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 Direito Civil

o a obrigação de prestar alimentos fixada em juízo poderá ser exonerada,


reduzida ou majorada a depender de requerimento do interessado ao juiz,
desde que comprove alteração da situação financeira daquele que supre
ou recebe alimentos;
o principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente;
acessório, aquele cuja existência supõe a do principal (art. 92, CC);
pertenças são os bens que, não constituindo partes integrantes, se
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento
de outro (art. 93, CC), via de regra, os negócios jurídicos que dizem
respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário
resultar da Lei, circunstâncias do caso ou manifestação da vontade (art.
94, CC);
o Aquele que paga arras/sinal pode, caso o que recebeu tenha desfeito ou
não executado o contrato, exigir o equivalente ao valor pago com
atualização monetária, juros e honorários advocatícios; Aquele que
recebe arras/sinal pode, caso aquele que pagou a arras/sinal, não tenha
terminado de cumprir a obrigação contratual, reter o valor pago a título
de arras/sinal como multa (art. 418, CC);
o o comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se
com a tradição do objeto e cabe ao comodatário a conservação do bem,
podendo, em caso de mora, ser obrigado a pagar aluguel, art. 579 e 582,
CC;
o a responsabilidade dos profissionais liberais é atribuída mediante a culpa
do agente, todavia, há responsabilização pela totalidade de danos que
causa, seja emergentes, cessantes ou pensionários, art. 14, § 4, CDC e
art. 950, CC;
o são herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge,
art. 1.845, CC;
o para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador
disponha de seu patrimônio sem os contemplar, art. 1.850, CC;
o não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no
exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou
destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo
iminente, desde que na medida proporção para remover o perigo
iminente (art. 188, CC);
o se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188
(caso retratado acima), não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á
direito à indenização do prejuízo que sofreram (art. 929, CC) e se o
perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação
regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado (art.
930, CC);
o aquele que exercer, por 2 (dois) anos, ininterruptamente e sem oposição,
posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m2, cuja
propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o
lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano
ou rural (art. 1.240-A, CC);
o são direitos do multiproprietário, além daqueles previstos em
instrumento particular: I - usar e gozar, durante o período correspondente
à sua fração de tempo, do imóvel e de suas instalações, equipamentos e
mobiliário; II - ceder a fração de tempo em locação ou comodato; III -
alienar a fração de tempo, por ato entre vivos ou por causa de morte, a
título oneroso ou gratuito, ou onerá-la, devendo a alienação e a
qualificação do sucessor, ou a oneração, ser informadas ao
administrador; e IV - participar e votar, pessoalmente ou por intermédio
de representante ou procurador, desde que esteja quite com as obrigações
condominiais (art. 1.358-I, CC);
o se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o
corretor, e o negócio se realizar posteriormente, como fruto da sua
mediação, a corretagem lhe será devida; igual solução se adotará se o
negócio se realizar após a decorrência do prazo contratual, mas por efeito
dos trabalhos do corretor (art. 727, CC);
o na linha dos colaterais herdará os mais próximos, excluindo os mais
remotos, salvo quando houver direito a representação, e.g., duas irmãs
vivas e um irmão morto que possui dois filhos, deverá herdar os 3 irmãos
partes iguais, todavia, os filhos do irmão morto deverão dividir o quinhão
pertencente ao seu pai;
o se, notificado o locatário, não restituir a coisa, pagará, enquanto a tiver
em seu poder, o aluguel que o locador arbitrar, e responderá pelo dano
que ela venha a sofrer, embora proveniente de caso fortuito (art. 575,
CC); o devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação,
embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior,
se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou
que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente
desempenhada (art. 399, CC);
o

 Direito Processual Civil


o compete ao ordenamento jurídico brasileiro, com exclusão de qualquer
outro, em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de
testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no
Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou
tenha domicílio fora do território nacional (art. 23, I, CPC), devendo este
ser regulado pela lei brasileira, salvo em benefício do cônjuge ou dos
filhos brasileiros, ou de quem os represente, podendo, nestes casos, ser
regulado pela lei pessoal do de cujus, desde que esta lhes seja mais
favorável (art. 10, § 1º, LINDB);
o o juiz ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos do art.
319 ou documentos indispensáveis à propositura da ação ou caso
apresente defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de
mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende
ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado, caso o autor não cumpra a diligência, o juiz indeferirá a
petição inicial (art. 321, p.ú., CPC);
o se a oposição (ação que visa opor interesse de terceiro sobre lide que visa
interesse de autor e réu – art. 682, CPC) for proposta antes o início da
audiência de instrução será ela apensada aos autos e tramitará
simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma
sentença (art. 685, p.ú., CPC);
o a apelação possui efeito suspensivo, todavia, há casos em que haverá
efeito imediato após a sentença, sendo eles: a) aqueles previsto em Lei;
b) a sentença que homologa divisão ou demarcação de terras; c) a
sentença que condena a pagar alimentos; d) a sentença que extingue sem
resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
e) a sentença que julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
f) a sentença que confirma, concede ou revoga tutela provisória; e g) a
sentença que decreta a interdição. Art. 1.012, § 1º, CPC;
o cabe instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas
(IRDR) quando houver, simultaneamente: I - efetiva repetição de
processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão
unicamente de direito; e II - risco de ofensa à isonomia e à segurança
jurídica;
o conforme o art. 525, § 12 a 15 do CPC, cabe ação rescisória caso o STF
reconheça a inconstitucionalidade da ferramenta que fundamenta a
sentença de execução, desde que tal sentença já tenha sido tramitada e
julgada, caso contrario caberá impugnação com base no art. 525, § 1º, III
do CPC, ou seja, inexequibilidade do título ou inexigibilidade da
obrigação;
o da sentença cabe apelação (art. 1.009, CPC) e nesta, cabe o pedido de
efeito suspensivo para obstar a tutela antecipada (art. 1012, §4º, do
CPC);
o para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso,
exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a
outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la (art. 300, § 1,
CPC);
o em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo,
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou
de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo
abuso (art. 50, CC);
o os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os
terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções (art.
1.016, CC);
o processo é instrumento, caminho, e não um fim em si mesmo, logo,
eventual nulidade ou irregularidade, se não gerar prejuízo ao processo ou
às partes, em nome da instrumentalidade das formas, deve ser superada;
quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o
ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade (art. 277, CPC);
ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e
ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou
retificados, não sendo o ato repetido nem sua falta será suprida quando
não prejudicar a parte (art. 282, CPC), acarretando o erro de forma no
processo unicamente a anulação dos atos que não possam ser
aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de
se observarem as prescrições legais (art. 283, CPC);
o aviado agravo de instrumento, é obrigação da parte, juntar, no prazo de
03 dias, cópia do recurso aviado junto à primeira instância (até para
proporcionar a possibilidade de juízo de retratação do magistrado). Não
apresentada tal cópia (estamos falando de autos físicos), é obrigação da
parte contrária, na primeira oportunidade que tiver para falar nos autos,
sob pena de preclusão, alegar a falha da parte agravante (art. 278 e 1.018,
CPC);
o a Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial,
por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30
(trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir
(art. 535, CPC);
o apresentada impugnação apenas de parte do crédito (não se alegando
inexistência do crédito, mas sim eventual excesso de execução), cabe
cumprimento de sentença e busca de pagamento da parte que não foi
objeto de impugnação;
o no caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no
caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da
sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado
intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de
custas, se houver (art. 523, CPC);

 Direito da Criança e do Adolescente


o aquele que adquire, possui ou armazena, por qualquer meio, fotografia,
vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente comete crime específico
do ECA, previsto no art. 241-B, salvo se a posse ou armazenamento ter
por finalidade a comunicação para as autoridades competentes (art. 241-
B, § 2º, ECA);
o compete à autoridade judiciária disciplinar, através de portaria, ou
autorizar, mediante alvará a entrada, permanência ou participação de
criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável, em
locais possivelmente danosos (e.g., bares, boates, estádios ou eventos
esportivos) ou atividades com exposição a sua imagem (e.g., participação
em filmes, peças de teatro, espetáculos públicos, eventos de beleza), art.
149, ECA;
o contra as decisões proferidas com base no art. 149 caberá recurso de
apelação (art. 199, ECA);
o os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes
públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa
encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los
ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou
degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer
outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis,
às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do
caso: I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção
à família; II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; IV -
obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; e V –
advertência. Sendo tais medidas aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem
prejuízo de outras providências legais;
o são impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher,
ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados,
durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado.
Estende-se o impedimento do conselheiro, em relação à autoridade
judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação na
Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na comarca, foro
regional ou distrital (art. 140, ECA);

 Direito do Consumidor
o a publicidade deve ser vinculada de forma que o consumidor, fácil e
imediatamente, a identifique como tal (art. 36, CDC), sendo: a)
enganosa: aquela que, por qualquer meio, seja capaz de induzir em erro o
consumidor a respeito da quaisquer dados sobre os produtos e serviços
(art. 37, § 1º, CDC), ressalvo que, a publicidade é enganosa por omissão
quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço; e
b) abusiva: aquela que incite à violência, explore o medo ou a
superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da
criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o
consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde
ou segurança (art. 37, § 2º, CDC);
o é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas
abusivas, se recusar a vender ou prestar serviços diretamente a quem o
fizer mediante pronto pagamento, art. 39, IX, CDC;
o a defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá
ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo, sendo, a
defesa coletiva exercida quando se tratar de: a) direitos difusos, sendo
eles, objetos indivisíveis e titulares indeterminados ligados por uma
circunstância de fato; b) direitos coletivos, sendo eles, titulares
determinados e não havendo relação de fato comum, e sim uma relação
jurídica; e c) direitos individuais homogêneos, sendo eles, titulares
determinados e objeto determinado, relação de fato comum. ART. 81,
CDC;
o o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o
importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes
de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação,
apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos
(art. 12, CDC). É igualmente responsável o comerciante, quando: I - o
fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser
identificados; II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu
fabricante, produtor, construtor ou importador; III - não conservar
adequadamente os produtos perecíveis. Podendo aquele que efetivar o
pagamento ao prejudicado exercer o direito de regresso contra os demais
responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso
(art. 13, CDC), podendo a ação de regresso ser ajuizada em processo
autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos,
vedada a denunciação da lide (art. 88, CDC);
o É ilegítima a recusa de cobertura pelo plano de saúde de cirurgias
complementares de caráter reparador ou funcional em paciente pós-
cirurgia bariátrica, quando se revelarem necessárias ao pleno
restabelecimento do segurado acometido de obesidade mórbida, logo, ao
se tratar de cirurgias que visam a saúde do segurado é seu direito tal
cobertura, todavia, se tratando de estética é facultativo o acordo entre o
segurado e o segurador;

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