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MANDADO DE SEGURANÇA

LEI Nº 12.016, DE 7 DE
AGOSTO DE 2009.
Histórico
MANDADO DE SEGURANÇA -
SURGIMENTO:
Constituição de 1934 (“Dar-se-á mandado
de segurança para a defesa do direito
certo e incontestado ameaçado ou violado
por ato manifestamente inconstitucional
ou ilegal de qualquer autoridade”).
Com exceção da Constituição de 1937,
todas as posteriores Contexto Histórico,
todas as posteriores previram o Mandado
de Segurança.
Garantia constitucional (CF, 1988)
Art. 5º,LXIX - conceder-se-á mandado de
segurança para proteger direito líquido e certo,
não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-
data", quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público.
Lei nº. 12.016, Art. 1º Conceder-se-á
mandado de segurança para proteger direito
líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, sempre que,
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer
pessoa física ou jurídica sofrer violação ou
houver justo receio de sofrê-la por parte de
autoridade, seja de que categoria for e sejam
quais forem as funções que exerça.
Incorporação do princípio do acesso à
justiça (art. 5º, XXXV - a lei não excluirá
da apreciação do Poder Judiciário lesão
ou ameaça a direito).
Direito líquido e certo
Aquele em que pode ser comprovado,
pelo julgador, tão logo a impetração do
mandado de segurança.
Não cabe comprovação posterior, pois
não seria líquido e certo.
Direito de não apresenta dúvidas, que
estar isento de obscuridade.
Cabe salientar, que o mandado de segurança
deve apresentar- se com prova pré-
constituída, ou seja, reafirmando o fato de
não haver possibilidade de se juntar prova aos
autos após a impetração do mesmo.
No entanto, caso não seja possível a
apresentação de prova pré-constituída, nada
impede que o interessado procure outros meios
judiciais.
Conceito de autoridade
Equiparam-se às autoridades, os
representantes ou órgãos de partidos
políticos e os administradores de
entidades autárquicas, bem como os
dirigentes de pessoas jurídicas ou as
pessoas naturais no exercício de
atribuições do poder público, somente no
que disser respeito a essas atribuições.
Autoridade coatora
Art. 2o Considerar-se-á federal a
autoridade coatora se as consequências
de ordem patrimonial do ato contra o
qual se requer o mandado houverem de
ser suportadas pela União ou requer o
mandado houverem de ser suportadas
pela União ou entidade por ela
controlada.
Lei nº. 12016, art.6º, § 3o Considera-
se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual
emane a ordem para a sua prática.
ilegalidade
A ilegalidade a que se refere deve ser ato
atual, descabendo o MS caso a
irregularidade já tenha cessado.
Lei 12.016/2009, o direito de requerer
mandado de segurança extinguir-se-á
decorridos 120 dias contados da ciência,
pelo interessado, do ato impugnado.
ESPÉCIES
PREVENTIVO quando o autor
demonstrar justo receio de sofrer violação
de seu direito pro ato de autoridade.
Existe também para prevenir possíveis
ilegalidades, sob a forma de mandado de
segurança preventivo, onde poderá ser
deferido um pedido de liminar.
REPRESSIVO quando o autor já estar
sofrendo os efeitos da ilegalidade ou
abuso de poder, cabe o mandado de
segurança repressivo, no sentido de
corrigir a ilicitude “devolvendo o direito
ao impetrado”.
LEGITIMIDADE ATIVA
Qualquer pessoa física ou jurídica titular
de um direito líquido e certo devidamente
acompanhada de seu advogado
(capacidade postulatória).
NATUREZA
Natureza de ação civil e constitucional do
mandado de segurança
Fatores a seguir enumerados
justificam a sua utilização:
a) Caráter vinculado dos atos, com o
lançamento, a inscrição, a expedição de
certidões, que induz ao exame amplo
pelo Poder Judiciário;
b) Preferência no julgamento, com
exceção do habeas corpus;
c) A possibilidade de suspensão liminar
de ilegalidade ou abuso;
d) Ausência se sucumbência e o menor
rigor quanto ao controle do valor da
causa, minimizando a antecipação das
custas;
e) A admissão da modalidade preventiva,
possibilitando ao impetrante de boa-fé,
antecipar-se à imposição de sanções e
inscrições e cobranças do passivo fiscal;
f) Rito simplificado, pouco oneroso e
tendente ao rápido desate, aliado ao
efeito meramente devolutivo da apelação
interposta em fase da sentença de
procedência.
As peculiaridades dessa ação favorecem o
seu manejo na órbita fiscal, uma vez que
seus requisitos e seu trâmite se ajustam
com precisão às necessidades tributárias
que, frequentemente, envolve a proteção
a direito líquido e certo.
Se a própria Constituição Federal de 1988
configura como legítima o estado da ação
do mandado de segurança do direito
líquido e certo, a ausência desta condição
leva a privação da ação.
O mandado de segurança em matéria
tributária, deve ser usado apenas em
casos muitos especiais, eis que o limitado
rito escolhido, especialmente no que
tange ao conjunto probatório, vem a ser
extremamente perigoso, para o
impetrante (que corre o risco de não
conseguir produzir as provas
necessárias).
PROCEDIMENTO
Nos termos do art. 6º da Lei n. 12.016/2009, a
petição inicial, que deverá preencher os
requisitos estabelecidos pela lei processual, será
apresentada em 2 (duas) vias com os
documentos que instruírem a primeira
reproduzidos na segunda e indicará, além da
autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta
integra, à qual se acha vinculada ou da qual
exerce atribuições.
No caso em que o documento necessário à
prova do alegado se ache em repartição ou
estabelecimento público ou em poder de
autoridade que se recuse a fornecê-lo por
certidão ou de terceiro, o juiz ordenará,
preliminarmente, por ofício, a exibição
desse documento em original ou em cópia
autêntica e marcará, para o cumprimento da
ordem, o prazo de 10 (dez) dias.
Art. 7º Ao despachar a inicial,
o juiz ordenará:
I - que se notifique o coator do
conteúdo da petição inicial, enviando-
lhe a segunda via apresentada com as
cópias dos documentos, a fim de que, no
prazo de 10 (dez) dias, preste as
informações;.
II - que se dê ciência do feito ao órgão de
representação judicial da pessoa jurídica
interessada, enviando-lhe cópia da inicial
sem documentos, para que, querendo,
ingresse no feito;
III - que se suspenda o ato que deu
motivo ao pedido, quando houver
fundamento relevante e do ato
impugnado puder resultar a ineficácia da
medida, caso seja finalmente deferida,
sendo facultado exigir do impetrante
caução, fiança ou depósito, com o
objetivo de assegurar o ressarcimento à
pessoa jurídica
Da decisão que aprecia o pedido de
liminar em mandado de segurança em
primeira instância caberá agravo de
instrumento, observando o
procedimento do Código de Processo Civil
para o processamento desse recurso.
Findo o prazo para a autoridade
impetrada prestar informações, o juiz
ouvirá o representante do Ministério
Público, que opinará, dentro do prazo
improrrogável de 10 (dez) dias. (art. 12
da Lei n. 12.016/2009)
Após o prazo para o Ministério Público
exarar seu parecer, o juiz prolatará a
sentença em até 30 dias (parágrafo
único do art. 12), sendo tal prazo
considerado impróprio (a inobservância
não gera consequências no âmbito do
processo de mandado de segurança).
Não haverá condenação em honorários
advocatícios, sem prejuízo da aplicação
de sanções no caso de litigância de má-fé
(art. 25).
Concedida ou não a segurança, da
sentença caberá apelação (art. 14). E
concedida a segurança.
Tal sentença estará sujeita a reexame
necessário pelo Tribunal (duplo grau
de jurisdição obrigatório – § 1º do art.
14 da referida lei).
Valor da causa: À semelhança das
demais causas civis, o Mandado de
Segurança exige o arbitramento do valor
da causa, cujo montante deve
corresponder ao do ato impugnado,
quando for susceptível de quantificação,
ou, caso negativo, este deve ser
estimado.
Mandado de Segurança
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE
DIREITO DA___VARA DA FAZENDA PÚBLICA
DA COMARCA DE SÃO PAULO.
MERÍTISSIMO JUÍZO DA __VARA DA
FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE SÃO
PAULO.

(espaço de 8 a 12 linhas)
“x”, pessoa jurídica de
direito privado, inscrita no CNPJ sob nº.
XX.XXX.XXX/XXXX-XX, regularmente
constituída e representada, conforme
documentação anexa, por seu advogado que
esta ao final subscreve, constituído através
de incluso instrumento de mandato
(procuração anexa), com escritório
(endereço), onde recebe intimações, vem,
respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, com fulcro no artigo 5º, LXIX, da
Constituição Federal c.c. a Lei nº. 12.016, de
7 de agosto de 2009
MANDADO DE SEGURANÇA
COM PEDIDO DE LIMINAR
em face do ato do (autoridade
coatora), pelos motivos de fato e de
direito a seguir expostos:
I - DOS FATOS
(descrever os fatos e juntar a documentação)
II - DO DIREITO
Do cabimento do
presente mandado de segurança
O competente instrumento
de defesa para o Impetrante proteger seu direito
líquido e certo, qual seja, ..................................., é
o mandado de segurança, consoante artigo 5º., LXIX,
da Constituição Federal e Lei nº. 12.016, de 7 de
agosto de 2009.
Este é o meio adequado
porque trata-se de uma lesão praticada, há
menos de 120 (cento e vinte) dias, por um
ato do Impetrado contra o direito líquido e
certo da Impetrante, ou seja, contra sua
imunidade tributária.

(desenvolver a fundamentação + 2 jurisprudências +


doutrina)
III - Da presença dos
requisitos para a concessão da liminar
Quanto ao “fumus boni iuris”
....................................

Quanto ao “periculum in mora”


.........................................
IV – DO PEDIDO
Diante de todo exposto,
requer a Vossa Excelência:
1) a concessão da LIMINAR, para
.............
2) a notificação do Sr....... ora
Impetrado, para prestar informações,
no prazo legal;
3) a intimação do digno membro
do Ministério Público;

4) a segurança em caráter
definitivo, para fins de ratificar a
liminar deferida, no sentido
de.................
....................................................
IV – DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de


R$......................................................
...................
Nestes termos
Pede deferimento.

Local, data.
________________
Assinatura do advogado

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