Você está na página 1de 1

ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

A Constituição da Republica garante aos cidadãos brasileiros


e aos estrangeiros residentes no país a gratuidade na
obtenção de certidões nas repartições públicas, desde que
“para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal” (art. 5º , XXXIV , CF/88 ). Nas palavras
do eminente Ministro Celso de Mello,
“o direito à certidão traduz prerrogativa jurídica, de
extração constitucional, destinada a viabilizar, em favor do
indivíduo ou de uma determinada coletividade (como a dos
segurados do sistema de previdência social), a defesa
(individual ou coletiva) de direitos ou o esclarecimento de
situações” ( RE 472.489 -AgR, Segunda Turma, DJe de 29/8/08).
Essa garantia fundamental não depende de concretização ou
regulamentação legal, uma vez que se trata de
garantia fundamental dotada de eficácia plena e
aplicabilidade imediata.
Neste caso em análise, o remédio constitucional cabível será
o habeas data, previsto no artigo 5º, inciso
LXXII, destinado a assegurar que um cidadão tenha acesso a
dados e informações pessoais que estejam sob posse do Estado
brasileiro.
A lei 9.507/97 que regulamenta este remédio constitucional
estabelece em seu artigo 8º a necessidade de recusa como
pré-requisito indispensável para a propositura deste.
Além do mais, o STJ já firmou o entendimento de que a inércia
não viabiliza o habeas data, sem requisito indispensável a
recusa do ente público.

Você também pode gostar