O documento discute a isenção de IPTU para instituições de pessoas com deficiência de acordo com a Lei Municipal no 789/1969 e a Lei no 2.345/2020. A Lei no 2.345/2020 define o termo "estabelecimentos" usado na Lei no 789/1969 como significando "residência". No entanto, o efeito retroativo da Lei no 2.345/2020 para além de 5 anos viola o Código Tributário Nacional.
O documento discute a isenção de IPTU para instituições de pessoas com deficiência de acordo com a Lei Municipal no 789/1969 e a Lei no 2.345/2020. A Lei no 2.345/2020 define o termo "estabelecimentos" usado na Lei no 789/1969 como significando "residência". No entanto, o efeito retroativo da Lei no 2.345/2020 para além de 5 anos viola o Código Tributário Nacional.
O documento discute a isenção de IPTU para instituições de pessoas com deficiência de acordo com a Lei Municipal no 789/1969 e a Lei no 2.345/2020. A Lei no 2.345/2020 define o termo "estabelecimentos" usado na Lei no 789/1969 como significando "residência". No entanto, o efeito retroativo da Lei no 2.345/2020 para além de 5 anos viola o Código Tributário Nacional.
Analisando o caso, cabe destacar que o artigo 54 da Lei
Municipal nº 789/1969 dispõe que “as instituições pertencentes a pessoas com deficiência estão isentas de IPTU”.
Neste caso, o art. O artigo 5º da Lei nº 2.345/2020 define
o termo “estabelecimentos” conforme definido no art. artigo 54 da Lei nº 789/1969, interpretado como residência”.
Para extrair o conteúdo e o alcance precisos da norma, a
doutrina propõe diversos critérios de interpretação, visualizando a norma a partir de diferentes prismas não hierárquicos. Assim, a doutrina fala de interpretação literal ou gramatical, sistemática, teleológica e histórica. Nesse caso, o CTN estipulou que a legislação tributária que prevê a concessão de isenções deve ser interpretada literalmente (artigo 111, n.º 2, do CTN).
Ainda sobre a interpretação, sua fonte pode ser analisada a
fim de conhecer a real interpretação ao editar os artigos da Lei nº 2.345/2020 (implementado pelo mesmo órgão responsável pela interpretação da lei) voltados à interpretação da Lei Municipal nº. Regulamento 789/1969.
Há de se falar ainda que também se passa pela interpretação
do art. 106 do CTN:
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; A fictícia lei determinou que “O termo “estabelecimentos”, previsto no art. 54 da Lei 789/1969, é interpretado como residência.
No que se refere à legalidade do artigo 6º da Lei Municipal
nº 2.345/2020, é necessário fazer referência ao artigo 106 I do CTN, que dispõe que, em qualquer hipótese, a lei se aplica a atos ou fatos passados, interpretando.. O efeito retroativo da lei municipal, limitando-o a 5 anos a partir da data de sua promulgação, expôs a ilegalidade da lei municipal perante o CTN.