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1. Evolução
O termo estratégia evoluiu do conceito grego strategia que na
antiguidade clássica significava “direção de uma expedição armada”,
onde a palavra se aplicava exclusivamente ao fenómeno guerra uma
vez que a guerra era o estado natural do homem.
Atualmente o seu conceito remete a uma área relacionada com a
segurança e defesa, como por exemplo a estratégia nuclear, que pode
até ter por objeto a não-guerra.
Na antiguidade clássica o
que prevalecia era a Cidade-
Estado, no entanto saltou-se
para os impérios, dos quais o
Romano e o Mongol foram
dos maiores da história antiga.
A arte da guerra
Este livro serve como um manual estratégico. Primeiramente é
abordada a importância de avaliar e planear tendo em conta 5
fatores: caminho, terreno, clima, liderança e gestão.
Para vencer em qualquer guerra é necessário: ataque, estratégia,
alianças, exércitos e cidades. Relembrando que a verdadeira força
bélica de um exército está na sua união e não o seu tamanho.
NICOLAU MAQUIAVEL
★ ★
✧Século das luzes (XIX)✧
Esta época tem uma implicação no pensamento estratégico graças aos
seguintes autores, considerados os pais da estratégia moderna apesar
de fazerem leituras diferentes.
O termo estratégia termo vai entrar na linguagem usual da Europa
devido a Henry Jomini e Carl Von Clausewitz, considerados o país
da estrategia moderna, porém fazem leituras diferentes.
HENRY JOMINI
VISÃO MONISTA
A guerra é um ato de violencia que visa forçar o adversario a
submeter-se ao nosso poder, por outro lado, a negociação e a
capitulação são uma forma de solução.
De acordo com a definição trinitária, a guerra é uma famosa trindade
composta pela violnêcia dos seus elemntos, ódio e amunusidade, jogo
das probabilidades de azar.
O ódio remete para o instinto cego (capitulação que pertence ao
povo), a amunusidade é sucistada pela atividade livre da alma
(exércitos) e o jogo das probabilidades pertence a razão (governo)
que, depois de tentar negociar e em última opção, passa para a guerra.
★ ★
✧ Pós IIGM (XX) ✧
LIDDELL HART
Seguidor de Sun Tzu, desenvolve o conceito de estratégia indireta, ou
seja, ter êxito sem usar mecanismos violentos de coação, no entanto o
seu conceito de estratégia não é claro para lá do uso de coação militar.
Estratégia: arte de coordenar e dirigir todos os recursos de uma nação
para cumprir os fins definidos pela política;
Este preocupou-se em tornar a guerra mais transparente, inteligente e
humana. A guerra passa a estar no interior da estratégia, isto é,
passaria a considerar outros meios de coação.
Basicamente assentou no facto de a estratégia ter ultrapassado a mera
preocupação da condução das operações militares e passou a ocupar-
se também a coordenação integrada de todos os setores de um país
para garantir o esforço militar.
➥ André Beaufre
A estratégia é a arte de usar a força para atingir o objetivo político, ou
arte da dialética de duas vontades opostas usando a força para resolver
as suas disputas.
➥ Jean-Paul Charnay
A estratégia é a função racionalmente organizadora e diretora da
totalidade das forças das entidades sociais nas suas negações
recíprocas.
➥ Edward Mead Earle
Hoje a estratégia é a arte de controlar e utilizar os recursos de um país
e as suas forças vitais (inclusive as suas forças armadas) a fim de
promover e assegurar efetivamente os interesses vitais contra os
inimigos.
Paul Claval
3. Estratégia aplicada
◦ Ramos da estratégia:
Relacionam-se com os meios de coação necessários para que a
estratégia se torne viável, podendo então considerar 3 ramos:
Estratégia genética: tem a ver com a geração e aquisição de
recursos e meios, ou seja, os meios devem adaptar-se à
estratégia e não o contrário.
Estratégia estrutural: corresponde à organização e articulação
dos recursos para assegurar a sua rentabilidade. Inclui a
conceção e o estabelecimento de condições para a manutenção,
preparação e avaliação da eficácia desses recursos e meios.
Estratégia operacional: compreende a utilização e
rentabilização dos recursos e meios através da análise
sistemática dos diversos fatores e planeamento cuidado do seu
desenvolvimento, ponderando sempre a sua eficácia.
◦ Atitudes estratégicas:
Referem-se às condutas a privilegiar tendo em conta a importância
dos fins e a previsão do comportamento do outro.
Estratégia ofensiva: visa modificar uma determinada ordem
substituindo-a por outra mais favorável aos objetivos, tentando
influenciar o outro sujeito a conformar-se com esses objetivos.
Estratégia defensiva: visa preservar uma ordem existente
impedindo que seja substituída por outra menos favorável virou
basicamente impedir que outros imponham aos seus objetivos.
◦ Modalidades estratégicas:
Tem haver com a natureza dos meios de coação a utilizar e a forma
como são utilizados.
Estratégia direta: exige que a coação seja exercida por meios
predominantemente militares ou diretamente sobre o outro.
Estratégia indireta: quando a coação é exercida por meios não
militares ou quando se utilizam como agentes indiretos,
beneficiando de estratégias diretas de terceiros.
Estratégia de dissuasão: modalidade estratégica com
especificidades próprias e que assumiu notoriedade maior com
estratégia Nuclear
Fórmula da sua eficácia: D=C1XC2, ou seja, a dissuasão é igual à
capacidade X credibilidade. É necessário ter meios para ameaçar o
outro (capacidade), como conseguir convencer o outro da disposição
de empregar esses meios (credibilidade). Se um dos termos for nulo o
resultado será nulo.
Dissuasão nuclear
Atitudes:
Dissuasão defensiva (quando A pretende impedir que B desencadeie
uma ação que A receie e que B possa ameaçar desencadear);
Dissuasão ofensiva (quando A procura impedir que B se oponha a
uma ação que A pretende executar);
Modalidades:
Ação contraforças, que é uma ameaça de desencadeamento de um
primeiro golpe da iniciativa de A contra sistemas nucleares de B antes
que este possa ativa-las, neutralizando a sua capacidade dissuasora;
Ação contraestruturas, que é a ameaça de A retaliar com um
segundo golpe dirigido a cidades, complexos económicos ou outros
centros vitais de B. Se B se antecipar no desencadeamento de um
primeiro golpe.
APLICÇAO DA ESTRATÉGIA’
4. Raciocínio Estratégico
É prospetivo, isto é, dever ter sempre em conta o futuro e refletir
sobre ele, de modo a preparar, no presente, um projeto para o futuro.
O raciocínio estratégico parte dos objetivos a atingir e esforça-se para
o alcançar, através daquilo que é necessário e desejado.
PODER
A definição de Estado não é consensual por isso recorre-se a fatores
geográficos, históricos, científicos e políticos. Nas inúmeras
definições de poder com que frequentemente nos deparamos,
distinguem-se diferentes níveis de capacidade de poder.
Para uns o Estado é a sociedade politicamente organizada, no entanto
nem todos os Estados são Estados-Nação pois nem todas as
sociedades politicamente organizadas são, ou foram, Estados, como
no caso das tribos ou do sistema feudal;
Formas de Poder
Consoante as atitudes:
‣ Poder defensivo que corresponde à capacidade de uma
entidade política impedir que outro imponha a sua vontade;
‣ Poder ofensivo que corresponde à capacidade de entidade
para submeter a outra a sua vontade
TRILOGIA DO PODER
Poder direto: quando exercido pela força e quando está nas mãos das
forças armadas ou da polícia;
Capacidade do poder
➛ O nível mais forte é a capacidade de uma unidade política impor
as suas vontades a outras unidades e até chegar ao poder absoluto;
Poder e Soberania
O poder no significado de soberania não é algo material, ainda que
dependa de fatores materiais. Adriano Moreira afirma que o poder não
é uma coisa, é uma relação, um exercício sobre um outro que pode
situar-se no exterior da entidade política.
Poder e Estado