Você está na página 1de 2

1 Estudo dirigido – 13/08

Texto: Clausewitz. Da Guerra (p. 75–93)

1) De que modo Clausewitz define a guerra e por que a guerra não é um ato
isolado?
Clausewitz define como guerra absoluta, uma “fantasia lógica” (CLAUSEWITZ, 1984:
78), um conceito de violência caracterizado por um choque de forças operando
livremente sem obedecer a leis, a não ser as suas próprias leis. No campo dos
extremos, a guerra absoluta faz parte de mundo abstrato, bem diferente do mundo
real, e é muito difícil ser concretizada. Um exemplo da manifestação da guerra
absoluta na realidade contemporânea seria o uso de armas atômicas ou nucleares, que
consistiria em uma manifestação extrema da violência, sem que a política apareça
como elemento moderador, mas isso não significa que a política saia de cena.
A guerra na sua forma real nunca ocorre como um ato isolado, repentino ou
desconexo de eventos que aconteceram anteriormente no mundo político, e nem por
um único evento decisivo ou um determinado conjunto de atos (CLAUSEWITZ, 1984:
78). A guerra ocorre por causa de uma somatória de obstáculos colocados pelo
oponente durante o desenrolar de atos políticos com hostilidades e complexidade.

2) Como Clausewitz explica o proposito político da guerra?


O propósito político é a razão que deu início a guerra; são inúmeros duelos em grande
escala. A guerra é uma instrumentalização da política para conseguir atingir o objetivo
em vista, uma continuação da política por outros meios. A utilização da força
necessária, após um estudo do cenário e todos os objetivos sobre o propósito político
devem ser claros, assim como os meios para alcançá-lo e como se pretende conduzi-la.

3) Qual é a avaliação de Clausewitz sobre a guerra como continuação da política


e sua natureza distinta?
Clausewitz diz que o propósito da guerra era para servir a um fim político, já a natureza
da guerra era para servir apenas a si mesmo. A relação entre a guerra e a política para
Clausewitz é que a guerra já não era mais um duelo entre simples entre um grupo de
indivíduos, mas sim “duelo em grande escala”.
“É um meio sério para atingir um fim sério (...) Quando comunidades inteiras entram
em guerra – nações inteiras e, principalmente, nações civilizadas – a razão sempre
reside em alguma situação política, e a ocasião sempre se deve a algum propósito
político. A guerra é, portanto, um ato de política (...) ela expulsaria a política das suas
funções e dominaria de acordo com as leis da sua própria natureza” (CLAUSEWITZ,
1984: 90)

Você também pode gostar