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HISTÓRIA

HISTÓRIA GLOBAL
Gilberto Cotrim – 2ª série do Ensino Médio
3º Bimestre – Liberdade e independência

NESSA UNIDADE:

• Independência do Brasil

• Primeiro Reinado

• Período Regencial

• Segundo Reinado

• Crise do Império

HISTÓRIA GLOBAL | Volume 2 | 3º Bimestre


CAPÍTULO 13 – INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Sidnei Moura
Crise colonial – sociedade colonial
(colonizadores, colonizados, colonos);
insatisfação dos colonos com medidas
restritivas impostas pela metrópole

Rebeliões coloniais – Revolta de


Beckman (1684); Guerra dos Mascates
(1710); Revolta de Vila Rica (1720)

Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de et


al. Atlas histórico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro:
MEC/Fename, 1986.

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CAPÍTULO 13 – INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Conjuração Mineira Conjuração Baiana

Declínio da exploração do ouro; governo decretou movimento popular (negros livres e escravizados,
nova derrama; membros da elite colonial se soldados e profissionais liberais) – Revolta dos
Causas organizaram para planejar movimento contra as Alfaiates; crise econômica; inspiração nos ideais da
autoridades portugueses; influenciados pelas ideias Revolução Francesa
iluministas

Fim da dominação portuguesa, República


Separação de Portugal; proclamar República; criar
Reivindicações democrática, abolição da escravidão, aumento do
universidade, implantar indústrias
salário dos soldados, abertura dos portos;

Movimento dos inconfidentes foi denunciado ao


Denúncia dos autores dos cartazes levaram a prisão,
governador; prisão, julgamento e condenações;
Resultado julgamento e condenação – punição exemplar
Tiradentes – punição exemplar

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CAPÍTULO 13 – INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Chegada da corte portuguesa (1808) – Portugal não atendeu às exigências do Bloqueio Continental e Napoleão
invadiu o país; a família real portuguesa fugiu para o Brasil; Portugal recebeu proteção militar da Inglaterra

Governo de d. João no Brasil – abertura dos portos; Tratados de 1810 (favoreceu produtos ingleses); permissão para
atividade industrial; 1815: Reino Unido a Portugal e Algarves; criação do Banco do Brasil; Academia Militar e da
Marinha; instituições de Ensino Superior; duas escolas de Medicina; Jardim Botânico; Biblioteca Real; Imprensa Régia;
Academia de Belas Artes; 1816: Missão Francesa

Portugal
Engenharia Militar, Lisboa,
Carlos Julião. 1779/ Gabinete De
Estudos Arqueológicos Da
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CAPÍTULO 13 – INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Revolução Pernambucana (1817) – insatisfações: aumento dos impostos, grande seca de 1816, queda do preço do
açúcar e do algodão; reivindicações: proclamação de República, inspirada nos ideais da Revolução Francesa; os
rebeldes chegaram ao poder, mas foram derrotados com repressão violenta

Rompimento – Revolução Liberal do Porto (1820): monarquia constitucional, recolonizar o Brasil e o retorno de d.
João VI; d. João VI retornou para Portugal e, seu filho, d. Pedro permaneceu no Brasil; processo de recolonização
aumentou desejo em brasileiros por autonomia política e liberdade comercial; criação do Partido Brasileiro; Dia do
Fico

07/09/1822: Proclamação da Independência do Brasil

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CAPÍTULO 14 – PRIMEIRO REINADO

Lutas internas e negociações internacionais – resistências à

Jean-baptiste Debret. Coroação De D. Pedro I. 1828.


independência: comerciantes portugueses, principalmente,
nas regiões Norte e Nordeste; confrontos entre tropas
portuguesas e tropas brasileiras

1824: EUA reconheceram independência do Brasil

1825: México reconheceu independência do Brasil

1825: Portugal reconheceu independência do Brasil


mediante pagamento de indenização

1826: Inglaterra reconheceu independência do Brasil Coroação de D. Pedro I. Óleo sobre tela de Jean-Baptiste Debret, de
1828. A obra encontra-se no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF).
mediante abolição da escravidão

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CAPÍTULO 14 – PRIMEIRO REINADO

Constituição de 1824 – d. Pedro recusou projeto de Constituição e dissolveu Assembleia Nacional Constituinte;
Constituição de 1824: divisão do poder (Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador), voto censitário masculino,
catolicismo: religião oficial

Confederação do Equador (1824) – autoritarismo de d. Pedro I e crise econômica causaram insatisfações;


reivindicações: influência de ideias liberais, regime republicano federalista; líderes: Frei Caneca e Cipriano Barata;
expansão do movimento para províncias vizinhas; enfraquecimento do movimento com divisões internas e repressão
do governo

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CAPÍTULO 14 – PRIMEIRO REINADO

Abdicação de d. Pedro I – motivos do desgaste da imagem de d. Pedro:


• Autoritarismo (fechamento da Assembleia, imposição da Constituição, repressão violenta da Confederação do
Equador)
• Derrota na Guerra da Cisplatina (1825-28)
• Preocupação com a sucessão do trono português
• Crise econômica
• Agravamento da crise política
• Noite das Garrafadas

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CAPÍTULO 15 – PERÍODO REGENCIAL

Regência trina provisória – readmissão do Ministério Brasileiro,


anistia aos presos políticos e suspensão do Poder Moderador;

Arnaud Julien Pallière. Dom Pedro De Alcântara. C.1830.


início do período liberal até 1837

Regência trina permanente – liberais moderados; Guarda


Nacional e Ato Adicional de 1834

Regências unas – Feijó: rebeliões regenciais; Araújo Lima:


conservadores, Ministério das Capacidades

Clube da Maioridade: anteciparam a maioridade de d. Pedro II


para que assumisse o trono (figura do imperador levaria a
unidade do Estado)

Dom Pedro de Alcântara. Óleo sobre tela de Arnaud Julien Pallière, de aproximadamente 1830.
Essa obra faz parte do acervo do Museu Imperial, em Petrópolis (RJ).

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CAPÍTULO 15 – PERÍODO REGENCIAL

Cabanagem (1835-40) Farroupilha (1835-45)

Revolta popular na província do Grão-Pará contra Movimento liderado por fazendeiros do Rio Grande do
Características miséria, ganhando apoio de fazendeiros Sul

Produtores de charque lutavam por medidas


protecionistas para combater a concorrência do charque
Cabanos chegaram ao poder, matando várias
Reivindicações uruguaio e argentino e mais liberdade administrativa
autoridades do governo
para a província; fundação das Repúblicas de Piratini (RS)
e Juliana (SC)

Repressão e acordo com governo central colocaram fim


Instabilidade entre os revoltosos e repressão
ao movimento (não punição dos revoltosos; incorporação
Resultado violenta por parte do governo central acabaram
dos soldados ao exército imperial; liberdade aos escravos
com o movimento
que lutaram na Farroupilha)

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CAPÍTULO 15 – PERÍODO REGENCIAL

Revolta dos Malês (1835) Sabinada (1837-38) Balaiada (1838-41)


Movimento de escravos africanos Revolta na Bahia com liderança por
Revolta popular no Maranhão
de origem ou formação homens cultos e de posses de
Características contra crise econômica na região
muçulmana na Bahia Salvador

Líderes populares não tinham


Malês conseguiram acesso a armas
Objetivo de proclamar república até estratégia clara para o movimento,
Reivindicações e munições e elaboraram plano de
que d. Pedro II assumisse o trono que passou a ser liderado pelos
luta contra donos de escravos
“bem-te-vis”

“Bem-te-vis” passaram a apoiar as


Denúncia antecipou levante e tropas do governo imperial para
Resultado Repressão violenta
houve repressão do movimento reprimir o movimento popular

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CAPÍTULO 16 – SEGUNDO REINADO

Partido Representava Defendia

Conservador • proprietários rurais das lavouras de exportação • governo imperial forte e centralizado
Apelido: saquarema • burocratas do serviço público
• grandes comerciantes

Liberal • profissionais liberais urbanos • governo imperial não tão centralizado, com a
Apelido: luzia • proprietários rurais que produziam para o mercado concessão de certa autonomia às províncias
interno ou de áreas de colonização mais recente

Governo de d. Pedro II
• Eleições do cacete
• Revolta Liberal
• Parlamentarismo às avessas
• Predomínio conservador

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CAPÍTULO 16 – SEGUNDO REINADO

Revolução Praieira (1848)

• Pernambuco

• Motivos: crise econômica, concentração do poder político em apenas duas famílias, monopólio português do
comércio;

• Criação do Partido da Praia e divulgação no jornal Diário Novo; Antônio Pinto Chichorro da Gama

• 1848: Chichorro foi demitido por gabinete conservador e houve início da rebelião

• Manifesto ao Mundo: voto masculino livre e universal, liberdade de imprensa, garantia de trabalho, extinção do
Poder Moderador e fim do monopólio comercial pelos portugueses, direitos individuais e federalismo

• Repressão violenta do movimento e punição das lideranças

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CAPÍTULO 16 – SEGUNDO REINADO

Fundação Da Biblioteca Nacional, Rio De Janeiro (Rj).


Café – principal produto exportado; região Sudeste; cafeicultores se
tornaram grupo mais poderoso do país; primeira região: Fluminense e
Vale do Paraíba; segunda região: Oeste paulista (Marcha para Oeste)

Imigração – proibição do tráfico negreiro em 1850, estimulou imigração


europeia; sistema de parceria gerou revoltas dos colonos

Fim do Tráfico Negreiro – pressão inglesa para o fim do tráfico com a lei
Bill Aberdeen (1845); lei Eusébio de Queirós (1850): proibição da entrada
no Brasil de africanos escravizados; consequências: aumento do tráfico
interno, liberação de capital para outras atividades

Negras Depois do Trabalho, fotografia colorizada feita pelo francês Victor Frond, durante
visita ao Brasil. Foi tirada em 1861, após a promulgação da Lei Eusébio de Queirós.

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CAPÍTULO 16 – SEGUNDO REINADO

Lei de Terras (1850) – adquirir a propriedade da terra por meio da compra e não mais a posse/ocupação da terra;
passagem do trabalho escravo para o trabalho livre, dificultando acesso a terra e facilitando a posse latifundiária

Crescimento industrial – lucro da cafeicultura e capitais antes empregados no tráfico negreiro foram aplicados na
instalação de indústrias e na modernização das cidades

Tarifa Alves Branco (1844): nova tarifa alfandegária sobre produtos importados (medida protecionista)

Barão de Mauá: empresário no império; concentração das indústrias na região sudeste; economia permaneceu
agroexportadora

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CAPÍTULO 17 – CRISE DO IMPÉRIO

Questão Christie – conflitos diplomáticos com a Inglaterra; diplomata

Acervo Iconographia/ Fundação Biblioteca Nacional, Rio De Janeiro


exigiu indenização relativa a carga de navio inglês roubada e pela
punição de três marinheiros ingleses; o governo brasileiro não atendeu
e governo inglês aprisionou navios brasileiros; julgamento internacional
do caso e rompimento diplomático entre Inglaterra e Brasil em 1863,
retomado em 1865
Questão Platina – interesses brasileiros na região platina: navegação na
bacia do Prata, impedir vaqueiros uruguaios de ultrapassar fronteira e
impedir que Argentina anexasse Uruguai; Brasil participou de duas
guerras: Guerra contra Oribe e Rosas (1851-52), presidentes do Uruguai
e Argentina, respectivamente, e Guerra contra Aguirre (1864-64),
presidente do Uruguai

Charge sobre a Questão Christie, representando o rompimento das relações


entre Brasil e Inglaterra. Publicada na Semana Illustrada, de 1863.

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CAPÍTULO 17 – CRISE DO IMPÉRIO

Guerra do Paraguai (1864-70) – início: aprisionamento do navio


brasileiro pelo Paraguai, como represália à intervenção brasileira no

Sidnei Moura
Uruguai;
• Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) contra Paraguai;
• Motivos para o conflito: modelo de desenvolvimento econômico
paraguaio e disputas geopolíticas para livre navegação na bacia do
Prata
• Conflito violento com grande número de mortos
• Derrota do Paraguai e destruição de sua economia
• Consequências para o Brasil: aumento da dívida externa;
fortalecimento do Exército como instituição

Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de et al. Atlas


histórico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: MEC/Fename, 1986.

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CAPÍTULO 17 – CRISE DO IMPÉRIO

Abolicionismo – século XIX foi o auge da escravidão africana;

Acervo Iconographia
• Diversas formas de resistência à escravidão (fugas, quilombos, etc.);
• Campanha Abolicionista (1870-88): movimento social que lutou para
libertação dos escravos; interesses ingleses pela abolição da escravidão e
participação dos escravos na Guerra do Paraguai influenciaram campanha
abolicionista
• Abolicionistas: Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Raul Pompeia, Luiz
Gama, Chiquinha Gonzaga, André Rebouças e Castro Alves
• Leis emancipatórias: lei do Ventre Livre (1871), lei do Sexagenário (1885),
lei Áurea (1888)
• Conquista da liberdade não foi acompanhada por políticas que garantissem
a cidadania plena e a igualdade de direitos para a população negra no país

Retrato de Luiz Gama feito no final do século XIX.

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CAPÍTULO 17 – CRISE DO IMPÉRIO

Queda da monarquia – fatores que levaram à

Acervo Iconographia/ Fundação Biblioteca Nacional, Rio De Janeiro


crise do império:
• Questão dos escravos
• Movimento Republicano
• Conflito com a Igreja
• Conflito com o Exército
Proclamação da República – 15/11/1889:
marechal Deodoro da Fonseca assumiu o
comando das tropas revoltosas contra o
governo monárquico e ocupou o quartel-
general do Rio de Janeiro; gabinete imperial Charge sobre a Questão Christie, representando o rompimento das relações
entre Brasil e Inglaterra. Publicada na Semana Illustrada, de 1863.
foi deposto e teve início o Governo Provisório
da República dos Estados Unidos do Brasil

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