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1.

O determinista radical sustenta que:


A. as nossas ações não são causadas.
B. as nossas ações não são livres.
C. nem todos os acontecimentos são causados.
D. as nossas ações não são causadas nem são livres.
1. A ação intencional é:
A. um acontecimento que depende apenas de causas externas à vontade do agente.
B. um acontecimento que envolve o agente, mas não depende da sua vontade.
C. uma interferência voluntária do agente no curso dos acontecimentos.
D. um comportamento não dirigido nem controlado pelo agente.
2. Considere o texto seguinte.
Compare estes dois casos:
1) Uma pessoa pega numa arma, aponta cuidadosamente para o alvo, puxa o gatilho e dispara.
2) A pessoa chega a casa e põe a arma sobre a mesa. Enquanto o faz, a arma inesperadamente
dispara.
Ora, partindo da nossa distinção intuitiva entre ações e acontecimentos, concordaríamos, espero, que
disparar a arma, no primeiro exemplo, foi uma ação, enquanto, no segundo, o tiro foi um
acontecimento.
C. Moya, The Philosophy of Action: An introduction, Cambridge, Polity Press, 1990, p. 12 (adaptado).

De acordo com o texto, as ações distinguem-se dos acontecimentos na medida em que:


A. as ações não têm intenções como causas, nem envolvem um agente.
B. as ações envolvem um agente, mas não têm intenções como causas.
C. as ações têm intenções como causas, mas não envolvem um agente.
D. as ações envolvem um agente e têm intenções como causas.
3. Os deterministas moderados defendem que:
A. nenhuma ação é causada.
B. todas as ações são causadas e algumas são livres.
C. nenhuma ação é livre.
D. todas as ações são livres e algumas não são causadas.
4. Qual das frases seguintes não descreve uma ação?
A. A Ana teve subitamente um ataque de tosse.
B. A Ana, cheia de pressa, desceu as escadas a correr.
C. A Ana escutou atentamente as instruções dadas.
D. A Ana, ao chegar, abraçou carinhosamente os filhos.
5. De acordo com o libertismo, a vontade:
A. está sujeita ao determinismo natural, mas nós podemos fazer escolhas.
B. não está sujeita ao determinismo natural, e nós podemos fazer escolhas.
C. está sujeita ao determinismo natural, e nós não podemos fazer escolhas.
D. não está sujeita ao determinismo natural, mas nós não podemos fazer escolhas.
6. De acordo com o determinismo moderado:
A. o universo está sujeito a leis naturais, mas não os seres humanos.
B. algumas ações podem ser simultaneamente livres e causadas.
C. as nossas ações podem ser livres se não forem causadas.
D. o universo está sujeito a leis naturais, mas os seres humanos podem alterá-las.
7. Considere as afirmações seguintes.
1. Todas as ações são acontecimentos.
2. Se uma ação tem consequências que o agente não previu, então não é intencional.
É correto afirmar que:
A. 1 e 2 são verdadeiras.
B. 1 é falsa e 2 é verdadeira.
C. 1 e 2 são falsas.
D. 1 é verdadeira e 2 é falsa.
8. Atente nas frases seguintes.
1. Ao saber do incêndio, a população teve medo.
2. Os bombeiros combateram o incêndio durante toda a noite.
3. O incêndio ameaçou uma aldeia e destruiu uma vasta área de floresta.
4. Só de madrugada os habitantes da aldeia regressaram às suas casas.
Inequivocamente, apenas descrevem ações as frases:
A. 2 e 4.
B. 1, 2 e 4.
C. 1, 3 e 4.
D. 2 e 3.
9. Um libertista concordaria com a afirmação seguinte.
A. Se uma ação é livre, então é causada apenas pela decisão de quem a pratica.
B. O conhecimento das leis da natureza e das circunstâncias relevantes permite prever qualquer ação.
C. Uma ação pode resultar de escolhas nossas, mas estas resultam de fatores genéticos e ambientais.
D. Se uma ação resulta do livre-arbítrio de alguém, então não existem leis da natureza.
10. Identifique a propriedade que um acontecimento precisa de ter para também ser uma ação.
A. Ser causado.
B. Ser intencional.
C. Motivar um agente.
D. Ter consequências.
11. Imagine que um agente poderoso fazia recuar o tempo até um qualquer ponto do passado, para que, a
partir daí, mantendo-se as leis da natureza, a história recomeçasse.
Qual das situações seguintes poria em causa o determinismo radical?
A. As deliberações dos agentes seriam causadas por acontecimentos anteriores.
B. Em alguns casos, haveria alternativas aos acontecimentos da história.
C. Teríamos a ilusão de que haveria mais do que um futuro possível.
D. Ocorreriam acontecimentos que não teríamos sido capazes de prever.
12. Uma pessoa tinha curiosidade de ver o que aconteceria se pressionasse um certo botão no sistema de
comandos de um edifício inteligente. Para isso, pressionou esse botão e descobriu que o facto de o ter
pressionado levou a que as portas do edifício se fechassem.
A pessoa em questão realizou propositadamente a ação de:
A. associar o botão às portas.
B. fechar as portas do edifício.
C. pressionar o botão.
D. ver o que aconteceria.
13. Considere as afirmações seguintes.
1. As pessoas que não ponderam as consequências dos seus atos não merecem ter liberdade.
2. Nas democracias, os cidadãos têm mais liberdades do que nos outros regimes políticos.
A. Nenhuma das afirmações é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
B. Ambas as afirmações são relevantes para a discussão do problema do livre-arbítrio.
C. Apenas a afirmação 1 é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
D. Apenas a afirmação 2 é relevante para a discussão do problema do livre-arbítrio.
14. Imagine que quer ouvir música e que, em seguida, põe os auscultadores e ouve música.
De acordo com o determinismo radical, o facto de querer ouvir música:
A. é um indício de livre-arbítrio apenas se não foi sujeito a coação.
B. não tem qualquer conexão com uma suposta vontade livre.
C. resulta de uma causa mental independente da natural.
D. não tem uma causa, sendo um mero produto do acaso.
15. A Ana foi almoçar a casa da Sofia. Tinham combinado ir à praia nessa tarde. Depois do almoço, a mãe
da Sofia saiu à pressa para o trabalho e, sem dar por isso, levou consigo, além da sua chave de casa,
também a da filha. Como era habitual, a mãe da Sofia fechou a porta à chave. Por sorte, a Ana e a
Sofia decidiram não ir à praia, preferindo concluir um trabalho para a disciplina de Inglês.
Os defensores do determinismo moderado consideram que a Ana e a Sofia:
A. agiram livremente, pois a porta poderia não estar fechada à chave.
B. não agiram livremente, pois as obrigações escolares determinaram que ficassem em casa.
C. agiram livremente, pois não foram coagidas a ficar em casa.
D. não agiram livremente, pois, mesmo que quisessem ir à praia, não podiam agir de modo diferente.
16. Considere as afirmações seguintes.
1. Até aos 18 anos, os nossos pais respondem por nós e não somos livres.
2. As nossas escolhas são livres, ainda que estejam submetidas à causalidade natural.
3. As ditaduras caracterizam-se por suprimirem as liberdades fundamentais dos cidadãos.
4. No Universo, tudo está determinado e a liberdade é uma ilusão.
Quais são as afirmações que apresentam respostas ao problema do livre-arbítrio?
A. 2 e 4.
B. 1 e 3.
C. 3 e 4.
D. 1 e 2.
17. Em qual das seguintes opções é referida, de forma inequívoca, uma ação?
A. Um mosquito picou a Mariana.
B. A Mariana foi picada por um mosquito.
C. O Rui esqueceu-se de tirar o boné da cabeça.
D. A professora mandou o Rui tirar o boné.
18. Se dissermos que, numa determinada circunstância, poderíamos não ter realizado a ação que
realizámos, estamos implicitamente a admitir que:
A. o determinismo moderado é implausível.
B. o determinismo radical é falso.
C. o libertismo é falso.
D. o livre-arbítrio é incompatível com o determinismo.
19. Um determinista moderado afirma que:
A. tudo está determinado, mas continua a haver lugar para o livre-arbítrio.
B. tudo está determinado e não pode haver lugar para o livre-arbítrio.
C. quase tudo está determinado, mas continua a haver lugar para o livre-arbítrio.
D. quase tudo está determinado e não pode haver lugar para o livre-arbítrio.
Outras questões
1. Leia o texto seguinte do filósofo Espinosa acerca do problema do livre-arbítrio.
Uma pedra recebe de uma causa exterior que a empurra uma certa quantidade de movimento, pela
qual continuará necessariamente a mover-se depois da paragem da impulsão externa. (...)
Imaginai agora, por favor, que a pedra, enquanto está em movimento, sabe e pensa que é ela que faz
todo o esforço possível para continuar em movimento. Esta pedra, seguramente, (…) acreditará ser
livre e perseverar no seu movimento pela única razão de o desejar. Assim é esta liberdade humana
que todos os homens se vangloriam de ter e que consiste somente nisto, que os homens são
conscientes dos seus desejos e ignorantes das causas que os determinam.
Spinoza, «Lettre à Schuller», in Oeuvres Complètes, Paris, Gallimard, 1954.

Identifique a tese defendida no texto.


Justifique a resposta, a partir do texto.

2. Leia o texto seguinte.


Se admitíssemos o determinismo, o nosso vocabulário teria de sofrer modificações drasticamente
extremas. (...) Podemos admirar ou elogiar um indivíduo porque é belo, ou generoso, ou musicalmente
dotado – mas tais coisas não dependem da sua escolha (...). A conduta honrosa ou desonrosa, a
busca do prazer e o martírio heroico, a coragem e a cobardia, a mentira e a veracidade, o fazer o que
é justo resistindo às tentações, tudo isso passaria a ser como o sermos belos ou feios, altos ou baixos,
velhos ou jovens (...). Na realidade, a própria noção de ato implica uma escolha; mas se a escolha for,
pelo seu lado, determinada, que diferença poderá haver ainda entre a ação e o simples
comportamento?
Isaiah Berlin, O Poder das Ideias, Lisboa, Relógio D’Água Editores, 2006.

Concorda com as consequências do determinismo, apresentadas pelo autor?


Justifique a resposta, a partir do texto.
3. Leia o texto seguinte.
É difícil não pensar que temos livre-arbítrio. Quando estamos a decidir o que fazer, a escolha parece
inteiramente nossa. A sensação interior de liberdade é tão poderosa que podemos ser incapazes de
abandonar a ideia de livre-arbítrio, por muito fortes que sejam as provas da sua inexistência.
E, obviamente, existem bastantes provas de que não há livre-arbítrio. Quanto mais aprendemos sobre
as causas do comportamento humano, menos provável parece que escolhamos livremente as nossas
ações.
J. Rachels, Problemas da Filosofia, Lisboa, Gradiva, 2009, p. 182.

3.1. Como explicam os deterministas radicais a «sensação interior de liberdade» referida no texto?

3.2. Apresente uma objeção ao determinismo radical.

4. Poderá a consciência da nossa liberdade ser uma ilusão?


Responda à questão proposta.
Na sua resposta:
– apresente inequivocamente a sua posição;
– argumente a favor da sua posição.
5. Leia o texto.
O homem, estando condenado a ser livre, carrega o peso do mundo inteiro nos seus ombros (...). Ele
tem de assumir a situação em que se encontra com a consciência orgulhosa de ser o seu autor, pois
os piores obstáculos ou as piores ameaças que põem em perigo a sua pessoa apenas adquirem
sentido através do seu próprio projeto (...). É, portanto, insensato pensar sequer em lamentar-se, uma
vez que nada de exterior a si decidiu aquilo que ele sente, aquilo que ele vive ou aquilo que ele é.
J.-P. Sartre, L’Être et le Néant, Paris, Gallimard,1943, p. 612 (adaptado).

Identifique a posição acerca do livre-arbítrio que é apoiada pelo texto.

6. Compare a perspetiva dos deterministas radicais com a perspetiva dos deterministas


moderados acerca da responsabilidade moral.
Na sua resposta, comece por explicitar as teses do determinismo radical e do determinismo
moderado.

7. Temos uma tendência irresistível para nos vermos como seres livres, talvez porque a todo o momento
nos parece óbvio que fazemos escolhas. Mas também temos cada vez mais conhecimento de como a
hereditariedade e o ambiente nos moldam.
Uma vez que somos moldados pela hereditariedade e pelo ambiente, será que dispomos de
razões para acreditar que temos livre-arbítrio?
Na sua resposta, deve:
‒ explicar o problema apresentado;
‒ apresentar inequivocamente a perspetiva que defende;
‒ argumentar a favor da perspetiva que defende.
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‒ explicar o problema apresentado;


‒ apresentar inequivocamente a perspetiva que defende;
‒ argumentar a favor da perspetiva que defende.
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‒ explicar o problema apresentado;


‒ apresentar inequivocamente a perspetiva que defende;
‒ argumentar a favor da perspetiva que defende.
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8. A ação distingue-se do mero acontecimento.


Apresente uma frase que, inequivocamente, descreva uma ação e outra que, inequivocamente,
descreva um mero acontecimento.
Na sua resposta, para cada frase apresentada, assinale se é descrita uma ação ou se é descrito
um mero acontecimento.

9. Um determinista moderado e um determinista radical observaram a jogada a seguir descrita.

O João e o Carlos estão a jogar à bola em equipas contrárias. Numa das jogadas, o João correu para
a bola. Atrás dele, vinha o Carlos, também decidido a disputar o lance. O Carlos acabou por conseguir
chegar primeiro à bola, mas o João tocou-lhe com a chuteira no tornozelo. O Carlos caiu
imediatamente no relvado. O Manuel, que estava a arbitrar o jogo, expulsou o João. Mas o João disse
que era injusto ser penalizado pelo sucedido.
9.1. Relativamente às possíveis explicações para a intervenção do Manuel, o determinista moderado e
o determinista radical concordam apenas parcialmente.
Explicite os aspetos em que os dois observadores concordam e aqueles em que divergem.

9.2. Caso o Carlos tenha caído ao chão de propósito, de modo a prejudicar a equipa contrária, será que
o determinista radical lhe atribui responsabilidade moral pelo seu comportamento? Justifique a sua
resposta.
10. Alguns filósofos defendem que a sensação interior de liberdade se opõe à conceção
determinista do universo.
Será que essa sensação é uma razão forte para aceitarmos que o livre-arbítrio existe?
Na sua resposta,
‒ clarifique o problema do livre-arbítrio;
‒ apresente inequivocamente a sua posição relativamente à questão proposta;
‒ argumente a favor da sua posição.

11.
Por um lado, um conjunto de argumentos muito poderosos força-nos à conclusão de que a vontade
livre não existe no Universo. Por outro, uma série de argumentos poderosos baseados em factos da
nossa própria experiência inclina-nos para a conclusão de que deve haver alguma liberdade da
vontade, porque (...) todos a experimentamos em todo o tempo.
John Searle, Mente, Cérebro e Ciência, Lisboa, Edições 70, 2000, p. 108.

11.1. Identifique o problema filosófico abordado no texto.

11.2. Exponha duas críticas à teoria do determinismo radical, a partir do argumento presente no texto.

12. Considere a seguinte afirmação condicional.

Se todas as nossas ações forem determinadas, então não teremos livre-arbítrio.


Na sua opinião, a condicional anterior é verdadeira ou é falsa? Explicite a posição acerca do
problema do livre-arbítrio que defende e que o leva a ter essa opinião.

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