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Agrupamento de Escolas de Ílhavo – ESDJCCG

Filosofia
10º C - V1

Nome: _________________________________________________________________

GRUPO I
Na resposta a cada um dos itens, selecciona a opção que permite obter a única afirmação correcta.
(8x5 pontos)

1. O determinismo radical afirma que:


A) tudo no mundo tem uma causa excepto os actos humanos.
B) tudo no mundo tem uma causa podendo, eventualmente, ter hoje uma causa e amanhã uma
completamente diferente.
C) a ideia de que tudo resulta de causas anteriores, se aplica apenas aos objectos físicos.
D) um acontecimento resulta de uma causa ou conjunto de causas e que sempre que essa causa ou
conjunto de causas ocorrer dará, inevitavelmente, origem ao acontecimento.

2. Segundo a perspectiva determinista, o ser humano


A) está predestinado, logo, as escolhas não são mais do que uma ilusão
B) não é livre, pois o movimento do universo é aleatório e também ele está sujeito àquilo que acontece
C) é livre ao agir, pois, apesar das condicionantes que lhe são impostas, a escolha última é sempre do
sujeito
D) está sujeito à relação de causalidade e, por isso, não é livre, mas sim determinado pelas causas
anteriores

3. A crença de um determinista moderado no determinismo é radicalmente diferente da crença de


um determinista radical. Esta afirmação é:
A) falsa, porque a diferença entre ambos reside apenas em que o determinista moderado não pensa que a
sua crença no determinismo implique necessariamente que não haja livre-arbítrio.
B) verdadeira, porque o determinismo moderado modifica a ideia de causalidade.
C) falsa, porque o determinismo moderado é uma forma disfarçada de determinismo radical.
D) verdadeira, porque o determinismo moderado admite que algumas das nossas acções não fazem parte
de um encadeamento causal.

Judith Pressler de Pina – Grupo 410 1


4. Analisa as afirmações seguintes sobre o problema do livre-arbítrio. Selecciona a alternativa
correcta:
1) Dizer que somos livres é dizer que não há pessoas ou circunstâncias externas que nos impeçam de
fazer aquilo que queremos fazer.
2) Uma pessoa pode ser livre e determinada porque aquilo que ela faz pode ser causado por algo que
acontece dentro dela.
3) Uma acção é livre ou é determinada, mas não as duas coisas ao mesmo tempo.

A. 1 Libertismo; 2 Determinismo moderado; 3 Determinismo radical.


B. 1 e 2 Determinismo moderado; 3 Libertismo e determinismo radical.
C. 1 Determinismo moderado; 2 Determinismo radical; 3 Libertismo.
D. 1 e 2 Determinismo moderado; 3 Libertismo.

5. Analisa as seguintes afirmações sobre o libertismo. Selecciona a alternativa correcta:


A) para o libertismo, só faz sentido deliberarmos se pudermos escolher agir de modo diferente.
B) para o libertismo, como toda a gente de uma forma ou de outra delibera, isso significa que toda a
gente, quer o reconheça quer não, acredita que tem livre-arbítrio.
C) o libertismo justifica a realidade do livre-arbítrio com a alegação de que este é uma condição
necessária para se poderem responsabilizar as pessoas pelas suas acções.
D) o libertismo é uma teoria incompatibilista no que respeita à conciliação entre livre-arbítrio e
determinismo.

a) A e B são verdadeiras; C e D são falsas


b) B e C são verdadeiras; A e D são falsas
c) A é verdadeira; B, C e D são falsas
d) A, B, C e D são verdadeiras

6. Considera o seguinte argumento: “Se temos livre-arbítrio, o determinismo radical é falso.


Algumas das nossas acções são livres. Logo, o determinismo radical é falso.” A conclusão deste
argumento é verdadeira para:
A) o determinismo radical.
B) o determinismo moderado e o libertismo.
C) somente o libertismo.
D) qualquer das teorias que consideram incompatíveis o determinismo e o livre-arbítrio.
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7. As acções livres são não-constrangidas e não incausadas. Esta tese é típica de um:
A) determinista radical.
B) libertista.
C) determinista moderado.
D) determinista radical e de um determinista moderado.

8. Analisa as seguintes afirmações sobre o determinismo moderado. Selecciona a alternativa


correcta:
A) uma acção é livre desde que não seja o resultado de coerção.
B) uma acção é livre desde que o sujeito, caso o tivesse desejado, tivesse agido de outra forma.
C) a acção é livre se está sob o controlo das crenças e desejos do agente e se, tendo este tido outros
desejos, pudesse ter escolhido e realizado uma acção diferente.
D) uma acção é livre se não for o resultado de nenhuma causa.

a) A e B são verdadeiras; C e D são falsas


b) A, B e C são verdadeiras; D é falsa
c) A é verdadeira; B, C e D são falsas
d) A, B, C e D são verdadeiras

GRUPO II
1. Faz corresponder, a cada uma das afirmações seguintes, a(s) letra(s) da doutrina que lhe está
subjacente – DR: determinismo radical; DM: determinismo moderado; L: libertismo. (10x2
pontos)
A) As leis da causalidade governam em absoluto todo o universo. Não há lugar para o exercício
de uma faculdade que se determine a si mesma.
B) Somos tão livres como um computador. Nada em nós é aleatório e sem causa.
C) A afirmação de que agimos livremente resulta de uma ilusão e traduz apenas o nosso
desconhecimento dos factores causalmente relevantes que nos conduziram a fazer algo.
D) Seria um erro lógico negar a causalidade que rege os acontecimentos do universo. No entanto,
esta hipótese não elimina a liberdade da vontade.
E) Tal como as órbitas dos planetas e as marés, somos determinados por acontecimentos
precedentes. Porém, ao contrário daqueles, podemos frequentemente escolher e dizer “quero!” ou
“não quero!”.

Judith Pressler de Pina – Grupo 410 3


F) Não há causas antecedentes ou simultâneas nas acções humanas. O comportamento humano
não é predizível.
G) A possibilidade de controlarmos o nosso comportamento por intermédio da vontade não
traduz uma liberdade radical. A liberdade está, agora e sempre, condicionada por factores e
circunstâncias que lhe fixam as fronteiras.
H) Conhecidas que sejam todas as circunstâncias actuais de um ser humano, é possível predizer
sem erro o decurso unívoco da sua conduta.
I) Se tudo aquilo que fazemos se inscreve, como acreditamos, numa rede causal, então o
presente resulta necessariamente do passado e não somos responsáveis por coisa alguma que
façamos.
J) A vontade opta sem que nenhuma circunstância interna ou externa a anule ou limite.

GRUPO III
Lê atentamente o texto:
“Quem trabalha a tempo inteiro para impedir o casamento de crianças e para melhorar a vida das mulheres em
sociedades de tradição rígida esforça-se também por explicar que nada neste processo é simples. O casamento
forçado em idade precoce prospera em muitas regiões. É combinado pelos progenitores para os filhos,
desafiando a legislação, porque é considerada a forma adequada de uma jovem mulher crescer quando as
alternativas são inaceitáveis, sobretudo se compostam o risco de ela perder a virgindade para alguém que não o
marido.
O casamento infantil não conhece fronteiras de continente, idioma, religião ou casta. Na Índia, é normal as
raparigas serem unidas a rapazes quatro ou cinco anos mais velhos; no Iemen, no Afeganistão e noutros países
com taxas de casamento precoce mais elevadas, os maridos podem ser jovens ou viúvos de meia-idade ou ainda
raptores que primeiro violam as vítimas e depois as reivindicam como esposas, como acontece em certas regiões
da Etiópia. Alguns destes matrimónios são transacções comerciais. Quando se tornam conhecidos, geram
notícias que indignam as sociedades distantes. Em 2008, o drama de Nujood Ali, a rapariga iemenita de 10 anos
que se dirigiu sozinha a um tribunal para requerer o divórcio de um homem de mais de 30 anos com quem o pai
a obrigara a casar, desencadeou uma vaga de notícias em todo o mundo, e, mais recentemente, um livro,
traduzido em 30 idiomas – Chamo-me Nujood, tenho 10 anos e sou divorciada.”
G. Gorney, Jovens demais para casar

Partindo do exemplo do texto, esclarece a importância das condicionantes da acção para o livre-
arbítrio. (40 pontos)
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