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Teste 6

Nome: N.º: Turma:

Professor/a: Classificação:

Grupo I

Seleciona a opção correta.

1. Identifica nos exemplos seguintes a falácia da amostra não representativa:


A. O António esteve em risco de morrer devido à queda grave que sofreu quando estava
a escalar. Muitos que tiveram a mesma experiência quase fatal tornam-se avessos à
escalada depois. Portanto, o António certamente ficará avesso à escalada após a sua
queda.
B. Aviso-te, é melhor vires a todas as sessões de treino. Começamos as aulas na
segunda-feira. Se falhares o primeiro dia, ficarás para trás e nunca mais conseguirás
alcançar os outros.
C. Se eu for à entrevista de emprego descontraído e despreparado, vou estragar tudo.
Mas, se me preparar para a entrevista, posso exagerar e ficar tão nervoso que mesmo
assim estrago tudo. Estou num estado lastimável. Não há maneira de me preparar para
esta entrevista.
D. Acabei de lançar uma moeda ao ar duas vezes e saiu cara ambas as vezes. Então,
nas próximas duas vezes que lançar, a moeda sairá coroa, porque as hipóteses são
50-50.

2. Considera o seguinte argumento falacioso:

«A pressão naquele dia foi intensa. Tive de sair da universidade para o meu trabalho, uma viagem
que normalmente demorava 25 minutos. Mas o professor atrasou-nos e depois o meu carro não
pegou. Nesse dia havia um engarrafamento na autoestrada, logo nesse dia em que eu precisava de ir
rapidamente para o trabalho porque tinha uma apresentação importante para fazer. A minha cabeça
doía e o meu coração batia tão depressa. Sentia-me suado e era cada vez mais difícil respirar. Acho
que tudo isso aconteceu porque não conseguia respirar. A pressão vinha daí. Falta de ar.»
Peter Facione, Carol Ann Gittens, Thinking Critically, Pearson Education, 2011, p. 203.

Qual é a falácia cometida?


A. Falsa causa.
B. Falsa analogia.
C. Generalização precipitada.

Susana Teles de Sousa | Isabel Pinto Ribeiro | Rui Areal


D. Derrapagem.

3. Qual é a visão dos incompatibilistas sobre a relação entre livre-arbítrio e determinismo?

A. Defendem que o livre-arbítrio é possível mesmo sendo o determinismo verdadeiro.


B. Sustentam que o livre-arbítrio e o determinismo não são compatíveis.
C. Afirmam que o determinismo permite a existência de múltiplas escolhas livres.
D. Argumentam que o determinismo confirma a existência do livre-arbítrio absoluto.

4. De acordo com o libertismo, qual é a principal diferença entre uma bola de bilhar e uma
decisão humana?

A. A bola de bilhar é capaz de tomar decisões baseadas em leis causais, enquanto a


decisão humana não é afetada por tais leis.
B. A bola de bilhar é determinada por leis causais, ao passo que a decisão humana é
livre de tais determinações.
C. Ambas, a bola de bilhar e a decisão humana, são estritamente determinadas por leis
causais.
D. Tanto a bola de bilhar como a decisão humana estão sujeitas a escolhas
predeterminadas.

5. Qual é a perspetiva dos deterministas radicais sobre a relação entre ações humanas e
circunstâncias anteriores?
A. As ações são resultado da monotonia regular das circunstâncias.
B. As ações são influenciadas exclusivamente pelos desejos imediatos da pessoa e,
portanto, são sempre imprevisíveis.
C. A ação é resultado apenas das leis conhecidas do universo.
D. As circunstâncias anteriores a uma ação, em conjunto com as leis da natureza, tornam
essa ação inevitável.

6. De acordo com um compatibilista, um homem que faz uma greve de fome por uma
causa política é livre se, e só se,
A. ele escolheu fazer a greve de fome com base nas suas crenças e desejos, mesmo
sem possuir alternativas reais de escolha.
B. não puder optar por interromper a greve de fome, mesmo que possua alternativas
reais de escolha.
C. estiver coagido a fazê-lo por circunstâncias externas, apesar de possuir alternativas
reais de escolha.
D. a greve de fome for uma escolha determinada unicamente por fatores externos.

Susana Teles de Sousa | Isabel Pinto Ribeiro | Rui Areal


7. Qual das seguintes afirmações melhor caracteriza os juízos de valor moral e os juízos
de facto?
A. Os juízos de valor moral são meramente descritivos, enquanto os juízos de facto
expressam avaliações e prescrições.
B. Os juízos de facto expressam avaliações sobre o que devemos/não devemos fazer,
enquanto os juízos de valor moral são puramente descritivos.
C. Juízos de valor moral são apenas descrições das noções de certo e errado, justo e
injusto, enquanto juízos de facto são independentes das preferências pessoais e
culturais.

D. Juízos de facto são puramente descritivos e independentes das crenças individuais,


enquanto juízos de valor moral expressam avaliações sobre o que é certo e errado,
justo e injusto.

8. O João afirmou que a injustiça da pena de morte é tão óbvia como a existência de
estrelas no céu. Sendo o João um subjetivista moral, ele está obviamente a
A. expressar uma verdade objetiva sobre a injustiça da pena de morte, baseando-se em
fatos morais independentes das perspetivas individuais.
B. demonstrar que a injustiça da pena de morte é universal e incontestável,
independentemente das opiniões pessoais.
C. expressar uma preferência pessoal e subjetiva sobre a injustiça da pena de morte, já
que, para os subjetivistas morais, os juízos morais refletem perspetivas individuais.
D. evidenciar que a injustiça da pena de morte é um fato moral absoluto, independente
das crenças individuais sobre o tema.

9. O Pedro repara que a frase do João “A injustiça da pena de morte é tão óbvia como a
existência de estrelas no céu” implica a existência factos morais objetivos. Este facto
pode levar o Pedro a afirmar que
A. o João pode continuar a defender consistentemente o subjetivismo moral, pois esta
teoria aceita a existência de factos morais objetivos.
B. o João pode defender o subjetivismo moral, já que esta teoria defende que os juízos
morais descrevem apenas preferências individuais e não factos objetivos.
C. o João não pode defender coerentemente o subjetivismo moral, já que esta teoria
defende que os juízos morais refletem apenas preferências individuais e não factos
objetivos.
D. o João está a contradizer o subjetivismo, pois, para esta teoria, os juízos morais são
apenas expressões de preferências pessoais e não factos objetivos.

Susana Teles de Sousa | Isabel Pinto Ribeiro | Rui Areal


10. Apenas uma das seguintes afirmações não pode ser usada para refutar o relativismo,
pois não contraria as suas teses principais. Identifica-a.
A. A diversidade cultural não implica necessariamente a inexistência de uma verdade
moral objetiva.
B. A diversidade cultural é suficiente para provar a inexistência de uma verdade objetiva
sobre determinado assunto.
C. A existência de culturas com códigos morais diferentes não impossibilita a existência
de uma verdade moral objetiva.
D. O consentimento da maioria numa sociedade não é, por si só, uma condição suficiente
para legitimar um sistema moral.

Grupo II

1. Esclarece de que forma a falta de representatividade da amostra pode afetar a força de um


argumento indutivo. Apresenta um exemplo ilustrativo para demonstrar a importância da
representatividade na formação de generalizações.

2. Lê atentamente o diálogo seguinte:

Eduardo: Luciana, tenho pensado muito sobre a eutanásia, ultimamente. Acredito que a
decisão de terminar a vida de alguém por misericórdia pode ser moralmente aceitável em
certos casos.
Luciana: Eduardo, discordo. Acredito que a eutanásia é sempre moralmente questionável.
Afinal, não existe um consenso moral sobre esse assunto. Cada cultura, cada pessoa, tem a
sua visão sobre o que é certo ou errado.
Eduardo: Compreendo o seu ponto de vista, Luciana. Mas essa diversidade de opiniões
justamente reforça minha perspetiva. Se não há um consenso universal, então a moralidade
da eutanásia depende das crenças individuais, é subjetiva.
Luciana: Não vejo dessa forma, Eduardo. A diversidade de opiniões reflete a complexidade
moral desse tema. Não podemos simplificar a discussão sobre eutanásia apenas com base na
variedade de pontos de vista. Acredito que existem princípios morais objetivos que devemos
considerar.
Eduardo: Mas, Luciana, se cada um de nós tem visões tão distintas sobre a eutanásia, como
poderia haver uma verdade moral única? Não é mais razoável aceitar que a moralidade é
subjetiva e varia conforme as convicções de cada pessoa?
Luciana: Entendo o seu raciocínio, Eduardo. Contudo, creio que a diversidade de opiniões não
anula a existência de princípios morais objetivos. Talvez precisemos buscar um entendimento
além das diferenças individuais para compreender a verdadeira complexidade ética da
eutanásia.
Eduardo: É uma perspetiva interessante, Luciana. A moralidade da eutanásia parece ser um
tema em que é difícil encontrar um consenso absoluto. Acho que precisamos de considerar
profundamente as várias facetas desse assunto antes de tirarmos conclusões definitivas.
Luciana: Concordo, Eduardo. A eutanásia é um assunto delicado que exige compreensão e
reflexão cuidadosa. Independentemente das diferenças de opiniões, precisamos manter um
diálogo aberto e respeitoso para chegar a um entendimento mais amplo sobre as suas
implicações morais.

Susana Teles de Sousa | Isabel Pinto Ribeiro | Rui Areal


2.1. Esclarece o argumento em defesa do subjetivismo moral a que Eduardo faz
referência neste diálogo.

2.2. Consideras que a posição de Luciana se aproxima do objetivismo moral? Justifica.

3. O que significa afirmar que o problema do livre-arbítrio é um problema de compatibilidade?

4. Esclarece dois argumentos que podem ser usados para defender o libertismo como
resposta correta ao problema do livre-arbítrio.

Grupo III

1. Imagina que és um crítico do subjetivismo moral. Como argumentarias a tua posição?

COTAÇÕES

Grupo Item (cotação em pontos)


1 a 10
I 80 pontos
10 × 08 pontos

1. 2.1 2.2 3. 4.
II 100 pontos
20 20 20 20 20

III Item único 20 pontos

TOTAL 200 pontos

Susana Teles de Sousa | Isabel Pinto Ribeiro | Rui Areal

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