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Ficha Formativa
Tema: O problema da natureza dos juízos de valor morais: análise, comparação e discussão de três
teorias acerca da natureza dos juízos de valor morais (subjetivismo, relativismo e objetivismo).
9. Um juízo de facto e um juízo de valor podem distinguir-se na medida em que o primeiro consiste
numa
A. descrição e o segundo numa explicação quantitativa.
B. avaliação e o segundo numa descrição.
C. avaliação e o segundo numa apreciação.
D. descrição e o segundo numa apreciação.
10. Para o Rui, moralmente correto é aquilo que uma sociedade maioritariamente aprova. A posição
defendida pelo Rui enquadra-se no
A. subjetivismo.
B. relativismo.
C. objetivismo.
D. etnocentrismo.
11. A Sílvia pensa que o diálogo e o debate acerca de questões morais são possíveis e podem incluir
críticas, sem que isso constitua uma manifestação de arrogância. Este ponto de vista está de acordo
com as ideias defendidas pelo
A. etnocentrismo.
B. relativismo.
C. objetivismo.
D. subjetivismo.
1. Os valores não são dados adquiridos, a importância que é dada aos mesmos, a sua
hierarquização, vai sofrendo alterações ao longo dos tempos, quer do ponto de vista individual,
quer coletivo.
2. Constitui um juízo ético dizer-se que “É inaceitável gastar-se dinheiro com a arte quando há
pessoas a morrer de fome”, porque se está a tomar uma posição negativa em relação ao
dinheiro que se gasta com a arte, enquanto há pessoas que morrem à fome, o que por si só
pode ser discutível, já que no limite não se fomentaria a arte.
3. Para um subjetivista, o reconhecimento de que a ética é subjetiva promove a liberdade e o
respeito interpessoal, isto é, toda e cada opinião é válida, não podendo ser nenhuma criticada
em si mesmo.
4. O subjetivismo adota como tese que “qualquer juízo moral é subjetivo”, diz respeito a cada
pessoa, e deve ser respeitado como tal.
5. O relativismo adota como tese a ideia de que “todos os juízos morais são culturalmente
relativos”, isto é, dizem respeito e são validados por cada uma das culturas, não sendo nenhuma
cultura melhor do que a outra.
6. Para o objetivismo, “determinados juízos morais são objetivos”, isto é, têm validade universal,
sobre eles podemo-nos pôr de acordo.
7. O objetivismo moral defende que os valores “podem ser independentes do que as sociedades e
os indivíduos pensam”, estar acima das nossas diferenças pessoais ou culturais.
8. Objeção ao objetivismo: esta teoria é insatisfatória porque desvaloriza as profundas e
irremediáveis divergências éticas existentes, isto é, não dá relevo às diferenças, que são muitas,
quer nos indivíduos, quer nas coletividades. Objeção ao subjetivismo: esta teoria é insatisfatória
porque permite dizer que fazer sofrer pessoas de outras raças é um bem desde que eu goste de
o fazer, isto é, apenas privilegia o ponto de vista pessoal, ainda que o mesmo seja errado do
ponto de vista ético. Objeção ao relativismo: esta teoria é insatisfatória porque não reconhece
que é possível criticar costumes estrangeiros sem ser arrogante nem desrespeitoso, isto é, dá
como certo ou legítimo um valor ou costume só porque é normal a sua prática naquela
sociedade.
9. Um juízo de facto limita-se a descrever uma pessoa, acontecimento ou situação, podendo isso
ser feito de uma forma correta ou incorreta, logo, podem ser verdadeiros ou falsos. Por sua vez,
num juízo de valor procede-se a uma apreciação de algo, em função do nosso ponto de vista,
enquadrado pelos nossos valores, pelo que o mesmo não é suscetível, pura e simplesmente, de
ser considerado verdadeiro ou falso.
10. A posição do Rui, segundo a qual “é moralmente correto aquilo que uma sociedade
maioritariamente aprova”, enquadra-se no relativismo, porque é sustentado que cada cultura
vale por si mesma, não há culturas melhores do que outras, pelo que a nenhuma cultura é lícito
emitir juízos e muito menos interferir no normal desenvolvimento das mesmas.
11. A Sílvia defende o objetivismo, porquanto sustenta ser normal e desejável o debate, e até a
crítica, de questões morais, sem que se possa tomar isso como um sinal de arrogância, mas,
outrossim, algo de eminentemente construtivo.
12. A posição da Maria enquadra-se no subjetivismo, porque sustenta o ponto de vista de que o bem
“é aquilo de que ela gosta”, sem ter em conta o que possam pensar os outros em matéria de
juízos morais.