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FILOSOFIA

10º ANO
FICHA DE TRABALHO 5
GRUPO I

1. Na resposta a cada um dos itens 1.1 a 1.18 selecione a opção que permite obter a única afirmação
correta. Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1.1. Identifique a questão que envolve o problema da natureza dos juízos morais.
A. Será que só os princípios morais importam?
B. O juízo de que é correto acolher refugiados exprime uma preferência pessoal?
C. Será a escravatura moralmente permissível?
D. O juízo de que uma certa pessoa é corajosa é um juízo de valor acerca dessa pessoa?

1.2. Qual das frases seguintes exprime um juízo de valor acerca de uma certa pessoa?
A. Aquela pessoa usa transportes públicos.
B. Aquela pessoa não consome produtos de origem animal.
C. Aquela pessoa convive com criminosos reincidentes.
D. Aquela pessoa não age de modo responsável.

1.3. Atente nas afirmações seguintes.


1. Franklin Roosevelt é considerado pelos norte-americanos um dos três mais importantes
presidentes dos EUA.
2. Já adulto, Franklin Roosevelt contraiu poliomielite.
3. Franklin Roosevelt não gostava de ser fotografado em cadeira de rodas.
4. Franklin Roosevelt deveria ter decidido mais cedo a entrada dos EUA na II Guerra Mundial.

Selecione a opção correta.


A. Apenas a afirmação 4 exprime um juízo de valor.
B. As afirmações 1 e 4 exprimem juízos de valor.
C. As afirmações 2 e 3 exprimem juízos de valor.
D. Apenas a afirmação 3 exprime um juízo de valor.

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1.4. Para o subjetivismo moral
A. a razão desempenha um papel central na ética.
B. as verdades morais são objetivas.
C. as verdades morais são verdades de razão e não verdades pessoais.
D. Nenhuma das respostas anteriores.

1.5. Para os defensores do relativismo cultural


A. como as diferentes culturas são tão díspares, não merecem ser estudadas.
B. é possível a constituição de valores universais.
C. os valores éticos são iguais em todas as culturas.
D. os valores dependem das convenções culturais de cada sociedade.

1.6. Agimos em função dos valores. Esta afirmação é


A. falsa, porque por vezes a ação não é pautada por valores mas por afetos.
B. verdadeira, porque se a ação não fosse pautada por valores não existiria liberdade.
C. falsa, uma vez que a lei jurídica não é um valor mas sim uma imposição e agimos em função
dela.
D. verdadeira, pois as ações partem de escolhas do sujeito e estas são orientadas por valores.

1.7. Considere a afirmação “Existem factos morais objetivos.”

A. Um relativista e um subjetivista rejeitariam a afirmação.


B. Apenas um relativista aceitaria a afirmação.
C. Um relativista e um objetivista rejeitariam a afirmação.
D. Um relativista e um objetivista aceitariam a afirmação.

1.8. Imagine que um subjetivista se dirigia a si e dizia que “a prática da mutilação genital é errada”. Caso
fosse um relativista, o que lhe responderia?

A. “Ela é errada numas sociedades, mas pode não ser errada noutras.”
B. “Isso é apenas uma expressão de emoções sem valor de verdade.”
C. “Ela é errada para ti, mas pode não ser errada para outras pessoas da tua cultura."
D. “A prática da mutilação genital é objetivamente errada independentemente da tua opinião.”

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1.9. De acordo com o relativismo cultural, a liberdade de expressão é correta se, e só se

A. eu aprovo a liberdade de expressão.


B. a liberdade de expressão é aprovada pela maioria, na minha sociedade.
C. independentemente das nossas preferências pessoais ou convenções coletivas, há boas
razões para se aprovar a liberdade de expressão.
D. a liberdade de expressão é aprovada pela maioria, em qualquer sociedade.

1.10. A ideia que não podemos conceber que existem valores independentemente das nossas mentes,
das nossas preferências e dos nossos desejos constitui

A. uma objeção ao subjetivismo.


B. uma objeção ao relativismo.
C. um argumento a favor do objetivismo.
D. uma objeção ao objetivismo.

1.11. Juízos de facto e juízos de valor distingue-se uma vez que

A. os primeiros têm valor de verdade e os segundos não podem ser verdadeiros ou falsos.
B. os primeiros são normativos e os segundos avaliativos.
C. os primeiros são informativos e os segundos normativos.
D. os primeiros são objetivos e os segundos subjetivos.

1.12. Dos juízos que se seguem, apenas um é um juízo moral. Identifique-o.

A. Há alunos que utilizam transportes públicos.


B. Maria não come produtos de origem animal.
C. Diogo gosta de assustar a professora de Filosofia.
D. Pedro foi injusto com os colegas.

1.13. Se houver juízos morais objetivos, então


A. as sociedades que tiverem valores diferentes dos nossos devem corrigir tais valores.
B. as pessoas que tiverem valores diferentes dos nossos pensam e agem erradamente.
C. a correção, ou a incorreção, desses juízos não pode ser discutida.
D. esses juízos estão certos ou errados independentemente dos costumes.

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1.14. A Luísa viajou muito e notou diferenças significativas, por exemplo, no estatuto das mulheres em
diferentes sociedades. Alguns hábitos, como o de as mulheres apenas poderem passear acompanhadas,
chocaram a Luísa; contudo, pareceu-lhe que muitas dessas mulheres aceitavam tais hábitos sem
reservas. Esta observação foi a razão para a Luísa concluir que aquilo que é certo ou errado depende de
cada cultura. Perante o relato da Luísa, a Paula recordou que o estatuto das mulheres tinha mudado
muito em Portugal, nas últimas décadas, e afirmou que isso representava um progresso, pois a sociedade
portuguesa abandonara leis e hábitos errados.
É razoável presumir que
A. ambas são relativistas.
B. a Luísa é objetivista e a Paula é subjetivista.
C. a Luísa é relativista e a Paula é objetivista.
D. ambas são subjetivistas.

1.15. Selecione a afirmação que é incompatível com a perspetiva relativista acerca dos juízos morais.
A. Agir bem é agir de acordo com os padrões culturais do grupo a que se pertence.
B. Há indivíduos que não se ajustam aos padrões morais da sociedade em que foram educados.
C. Culturas diferentes têm padrões morais diferentes, havendo culturas com padrões morais
errados.
D. Diferentes grupos culturais, por vezes, têm os mesmos valores morais.

1.16. Nas teorias valorativas lecionadas nas aulas de Filosofia, os factos morais
A. somente existem na teoria objetivista.
B. somente existem na teoria subjetivista e na teoria relativista.
C. somente existem na teoria relativista e na teoria objetivista.
D. existem na teoria objetivista, na teoria relativista e na teoria subjetivista.

1.17. Identifique o juízo de facto.


A. A lei do aborto nunca devia ter sido aprovada em Portugal.
B. A lei do aborto foi aprovada em Portugal.
C. O Direito à vida é um valor inquestionável.
D. Há muito tempo que a lei do aborto devia ter sido aprovada em Portugal.

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1.18. “Se esta teoria fosse verdadeira, seria ilegítimo censurar ações individuais claramente erradas,
como as dos assassinos e dos pedófilos.”
Esta é uma das possíveis objeções ao
A. Objetivismo.
B. Relativismo.
C. Etnocentrismo.
D. Subjetivismo.

2. Associe cada uma das alíneas da coluna B às teorias valorativas apresentadas na coluna A.

Coluna A Coluna B

1. Subjetivismo moral A) Apenas alguns juízos morais são objetivos.


B) Existem factos morais, ou seja, os juízos morais têm valor
de verdade, mas a sua verdade não é objetiva, varia de
acordo com o ponto de vista de cada sujeito.
1. Relativismo cultural C) Só há opiniões pessoais e não verdades universais. No
que respeita aos juízos de valor, só há discordâncias, é
por isso que não são objetivos. Se fossem objetivos as
discordâncias não existiriam.

D) As convicções da maioria dos membros de uma


sociedade são a autoridade suprema em questões
morais.
2. Objetivismo moral. E) Os juízos morais de cada indivíduo são verdadeiros se
estiverem em conformidade com o que a sociedade a que
pertence considera verdadeiro. Assim, uma vez que o
indivíduo tem de se subordinar à maioria, esta teoria
promove a coesão social.

F) As avaliações morais têm de ser justificadas de uma


forma que seja aceitável para qualquer indivíduo racional,
seja qual for a sua sociedade. Quanto melhor for a
justificação que suporta um juízo moral, mais razões
teremos para considerá-lo objetivamente verdadeiro.
G) Conduz ao conformismo.
H) Não conseguimos provar se os juízos morais são

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verdadeiros ou falsos.

GRUPO II

1. “A Luísa gosta de dançar tango.” A afirmação anterior exprime um juízo de valor? Justifique a sua
resposta.

2. Leia o texto A.

Texto A

O seguinte diálogo consiste numa discussão entre o azul, que se afirma como subjetivista moral, e o
vermelho, que defende o relativismo moral, acerca das estratégias de jogo. No entanto, estes dois
membros da tripulação não são, propriamente, geniais.

Azul – Quando sou o impostor, procuro fazer o mais rapidamente uma reunião de emergência, para
acusar logo alguém. É que assim consigo lançar suspeitas sobre outros e confusão total.

Vermelho – Isso parece-me muito mal, tu é que és o impostor e acusas outras pessoas?

Azul – Não vejo onde está o mal. Faço aquilo que prefiro fazer, que é o que me vai levar a ganhar. Essa é
uma ação correta.

Vermelho – Fazes o que te leva a ganhar, mas não uma ação correta. É que há ações que são
moralmente incorretas sob qualquer perspetiva.

Azul – Não vejo como isso pode ser possível, se aquilo que é moralmente correto é o que a maioria de
uma cultura defende.

Vermelho – Eu até concordo com essa forma de justificar os nossos juízos morais. Mas os nossos juízos
morais, que são descrições da realidade, não nos devem levar a acusar pessoas inocentes.

Azul – Ó vermelho! É só um jogo, e afinal de contas, nem sequer existem factos morais.

2.1. Encontre as afirmações falsas no texto A e apresente a versão corrigida das mesmas.

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3. Indique duas críticas ao subjetivismo moral.

4. Identifique as seguintes afirmações como Juízos de facto ou Juízos de valor.

A. O teste de Filosofia está agendado para o dia 11 de fevereiro de 2019.


B. Acho que não deveriam existir testes de Filosofia.
C. Este teste de Filosofia é muito difícil.
D. Os professores de Filosofia são muito inteligentes.
E. Algumas pessoas consideram que os filósofos são sábios.

5.Indique em que consiste o problema da natureza dos juízos morais.

6. Leia o texto B.

Texto B
“Se as coisas não são valiosas em si, por que valem? Valem porque eu – como sujeito empírico,
individual – as desejo e, nesse caso, seria o meu desejo, a minha necessidade ou o meu interesse o que
confere às coisas o seu valor? Obviamente que sim.”

Adolfo Sanchez Vásquez, Ética. Ed. Civilização Brasileira, 1970.

6.1. Identifique a teoria apresentada no texto E e o(s) respetivo(s) argumento(s) que a sustenta(m).

7. Leia o texto C.

TEXTO C
“Se aceitarmos o Subjetivismo Moral, no ato educativo, não poderemos impor nada ao educando. Se
uma criança de tenra idade tiver um sentimento profundamente negativo em relação à escola,
provavelmente pensará que não há mal nenhum em faltar às aulas. E o subjetivista terá que aceitar
que, para ela, é verdade que não há mal nenhum em faltar as aulas.”
Adaptado, Pedro Galvão, Crítica na Rede (criticanarede.com).

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7.1. Identifique e clarifique a crítica ao Subjetivismo Moral expressa no texto A.

GRUPO III

1. Leia o seguinte texto.

“Desde que o indivíduo vem ao mundo, os costumes do ambiente em que nasceu moldam a sua
experiência dos factos e a sua conduta. Quando começa a falar, ele é o fruto da sua cultura, e quando,
crescido, é capaz de tomar parte nas atividades desta, os hábitos dela são os seus hábitos, as crenças
dela, as suas crenças, as incapacidades dela, as suas incapacidades.”
Benedict Ruth, Os Padrões de Cultura, F.C. Gulbenkian

Concorda com o autor do texto? Justifique a sua resposta tendo em conta os seguintes aspetos:

- explicar o problema discutido;

- apresente as razões pelas quais concorda ou discorda do autor do texto;

- apresentar inequivocamente a posição que defende;

- argumentar a favor da sua posição.

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