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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

TEMA III | METAFÍSICA

1. Atenta na imagem e respetiva legenda.

Num mar de braços erguidos numa saudação ao regime nazi, a única figura com os
braços cruzados é a de August Landmesser. Foi em 1936 e a imagem retrata o
momento em que a multidão assistia, junto ao porto de Hamburgo, ao batismo de mar
de um navio-escola da Marinha alemã. August Landmesser – um trabalhador dos
estaleiros de Hamburgo – tinha razões pessoais para se querer distanciar do regime
nazi. Mesmo tendo pertencido ao partido de Hitler, entre 1931 e 1935, foi dele expulso,
depois de ter decidido casar-se com a judia Irma Eckler.

As ações podem ser positivas (o facto de se mover) ou negativas (o facto de não se mover não
obstante as solicitações exteriores). (…) O agir pode coincidir com o nada fazer.

Stéphane Ferret (2007). Aprender com as coisas. Asa, p. 84.

Considerando a imagem, respetiva legenda e o conteúdo do texto, justifica as seguintes


afirmações:

1.1. August Landmesser realiza uma ação, não obstante nada fazer.

1.2. O agente não age por agir, ele age por ou em vista de qualquer coisa.

1.3. O mesmo movimento tanto pode ser como não ser uma ação.

1.4. A ação implica decisão, mas decisão e ação não são sinónimos.

1.5. A ação pressupõe os motivos que a explicam.

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2. Lê, atentamente, o texto.

Todos pensamos que temos livre-arbítrio. Como poderíamos não o pensar? Renunciar à
liberdade significaria deixar de fazer planos para o futuro, pois de que adianta fazer planos se
não temos a liberdade para mudar o que acontecerá? Significaria renunciar à moralidade, pois só
quem age livremente merece censura ou castigo. Sem liberdade, percorremos caminhos
predeterminados, incapazes de controlar os nossos destinos. Uma vida assim não vale a pena.

Earl Conee e Theodore Sider (2010). Enigmas da existência.


Uma visita guiada à metafísica. Bizâncio, pp. 145-146.

Na resposta a cada um dos itens 2.1. e 2.3., seleciona a opção que permite obter a única
afirmação adequada ao sentido do texto.

2.1. De acordo com o conteúdo do texto, renunciar à liberdade:


(A) Implica renunciar à moralidade.
(B) É compatível com a ideia de moralidade.
(C) É incompatível com o determinismo.
(D) Implica poder controlar os nossos destinos.

2.2. Os autores do texto consideram problemática a:


(A) Crença na moralidade.
(B) Crença no livre-arbítrio.
(C) Rejeição do determinismo.
(D) Rejeição do livre-arbítrio.

2.3. Segundo os autores do texto, sem livre-arbítrio:


(A) A vida é mais tranquila.
(B) A vida encontra-se predeterminada.
(C) As escolhas são mais fáceis de fazer.
(D) Podemos planear o rumo das nossas vidas.

3. Partindo do texto, expõe o problema do livre-arbítrio.


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4. Identifica as afirmações falsas. Justifica as tuas opções.

A. O problema do livre-arbítrio expõe um conflito entre ciência e liberdade.

B. De acordo com o determinismo, não há acontecimentos sem causa.

C. O determinismo aceita exceções ao princípio universal da causalidade.

D. A nossa crença no determinismo é razoável, porque fundada na ciência.

E. O determinismo parece sugerir que pessoas como Hitler não agiram livremente.

F. O determinismo radical aceita que controlamos parte do nosso comportamento.

G. O determinismo radical é uma teoria compatibilista.

H. O libertismo rejeita o determinismo do comportamento humano.

I. O libertismo defende que os seres humanos são especiais.

J. O libertismo afirma ser possível prever o comportamento humano.

K. Para o determinismo moderado, liberdade e causalidade são compatíveis.

L. O determinismo moderado afirma que o significado de livre é incausado.

M. O determinismo moderado rejeita que existam comportamentos constrangidos.

N. O determinismo moderado considera a possibilidade de responsabilidade moral.

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5. Escreve a letra que identifica a teoria que pode ser corretamente associada ao texto de
seguida apresentado.

Podemos ficar com o bolo e comê-lo ao mesmo tempo; podemos manter simultaneamente a
liberdade e o determinismo. Desse modo podemos preservar ao mesmo tempo a ciência e a
nossa humanidade. (…) O alegado conflito é uma ilusão, baseada numa incompreensão do
conceito de livre-arbítrio. As nossas ações (…) são na verdade causadas por acontecimentos
anteriores ao nosso nascimento. Mas são muitas vezes livres apesar disso.

Earl Conee e Theodore Sider (2010). Enigmas da existência.

Uma visita guiada à metafísica. Bizâncio, pp. 161-162.

(A) Determinismo radical


(B) Determinismo moderado
(C) Libertismo
(D) Libertismo radical

6. Completa as lacunas do texto com as palavras sugeridas.


• coação • real • deterministas moderados • valiação moral • incompatível • ilusória
• causalmente determinada • deterministas radicais • determinismo • livre-arbítrio

Toda a noção de que agimos livremente parece estar ameaçada pelo determinismo, e a par dela
o nosso estatuto de seres morais. É uma matéria com profundo significado que tem suscitado
uma ampla variedade de respostas filosóficas. Entre elas podem distinguir-se as seguintes
correntes principais:

Os ________________________ (1) sustentam que o determinismo é verdadeiro e


incompatível com o ________________________ (2). As nossas ações são causalmente
determinadas e a ideia de que somos livres, no sentido em que poderíamos ter agido de um
modo diferente, é ________________________ (3).

A censura e o elogio moral, tal como normalmente são concebidos, são inapropriados. Os
________________________ (4) aceitam que o determinismo é verdadeiro, mas negam que
seja incompatível com o livre-arbítrio. O facto de termos podido agir de um modo diferente se o
tivéssemos escolhido oferece uma noção satisfatória e suficiente da liberdade da ação. É
irrelevante que uma escolha seja ________________________ (5); o importante é que ela não
resulte de ________________________ (6) nem seja contrária aos nossos desejos. Uma ação
que seja livre nesse sentido está sujeita à ________________________ (7) normal.

Os libertistas concordam que o determinismo é ________________________ (8) com o livre-


arbítrio e, por conseguinte, rejeitam o ________________________ (9) (…). O libertista

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sustenta assim que o livre-arbítrio humano é ________________________ (10) e que as


nossas ações não são determinadas.

Ben Dupré (2011). 50 ideias. Filosofia. D. Quixote, p. 170 (adaptado)

7. Começa por ler o texto.

Ainda assim, aceitar o determinismo radical é quase impensável. Tão pouco é claro que
pudéssemos deixar de acreditar no livre-arbítrio, ainda que quiséssemos fazê-lo. Se o leitor
encontrar alguém que afirma acreditar no determinismo radical, eis uma pequena experiência a
ensaiar. Dê-lhe um murro na cara, com muita força. Depois tente convencê-lo a não o culpar.
Afinal, segundo ele, o leitor não teve escolha senão esmurrá-lo! Prevejo que terá muita
dificuldade em convencê-lo a praticar o que prega.
Earl Conee e Theodore Sider (2010). Enigmas da existência.
Uma visita guiada à metafísica. Bizâncio, pp. 152-153.

7.1. Partindo das afirmações contidas no texto, analisa criticamente as teses, argumentos e
consequências do determinismo radical.
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8. Atenta no conteúdo do texto seguinte.

O que torna os seres humanos tão especiais? Alguns libertistas respondem que temos almas,
fontes não-físicas da consciência e da escolha que não são controladas por leis da natureza.
Outros afirmam que os seres humanos são na verdade sistemas puramente físicos, mas que não
estão sujeitos às leis naturais que regem outros sistemas físicos. De uma ou de outra maneira,
as leis da natureza não determinam completamente o comportamento humano.
Earl Conee e Theodore Sider (2010). Enigmas da existência.
Uma visita guiada à metafísica. Bizâncio, p. 153.

8.1. Considerando as afirmações contidas no texto, analisa criticamente a resposta libertista ao


problema do livre-arbítrio.
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9. Estabelece a correspondência entre a coluna A (noções) e a coluna B (descrição).

COLUNA A COLUNA B
A. Razão de agir que justifica a ação. Por exemplo,
1. Fim ou finalidade
a convicção de que é meu dever lutar pelos
melhores resultados possíveis na escola e o meu
2. Algo que nos acontece desejo de ser bem-sucedido.

B. Projeto que identifica e causa a ação. Por


exemplo, o propósito de concluir o 10.º ano com o
3. Algo que fazemos
melhor aproveitamento possível.
inconscientemente
C. Acontecimento intencional. Por exemplo, comer
um bolo cheio de creme porque assim o
4. Algo que fazemos desejamos, mesmo sabendo que existem
consciente, mas alimentos mais saudáveis.
involuntariamente
D. Autor e responsável pela ação. São seus os
motivos e as intenções, bem como a

5. Ação responsabilidade pelas consequências da ação.

E. Objetivo último da ação.

6. Intenção F. Os tiques nervosos são um bom exemplo deste


tipo de realizações.

G. Opção por uma das alternativas possíveis.


7. Motivo
Determina o curso da ação.

H. Evento que nos afeta, sem que a sua


8. Deliberação ocorrência dependa de uma realização nossa. Por
exemplo, um dia frio de chuva.

I. Enquanto dormimos, sonhamos, rebolamos na


9. Deliberação
cama, falamos ou até andamos.

J. Momento de avaliação e de ponderação que


10. Agente
antecede e prepara a decisão racional.

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10. Faz corresponder a cada uma das afirmações a(s) letra(s) da doutrina que lhe está
subjacente.

DR – Determinismo radical L – Libertismo DM – Determinismo moderado

1. As leis da causalidade governam em absoluto todo o universo. Não há lugar para o


exercício de uma faculdade que se determine a si mesma.

2. Somos tão livres como um computador. Nada em nós é aleatório e sem causa.

3. A afirmação de que agimos livremente resulta de uma ilusão e traduz apenas o nosso
desconhecimento dos fatores causalmente relevantes que nos conduziram a fazer algo.

4. Seria um erro lógico negar a causalidade que rege os acontecimentos do universo. No


entanto, esta hipótese não elimina a liberdade da vontade.

5. Tal como as órbitas dos planetas e as marés, somos determinados por acontecimentos
precedentes. Porém, ao contrário daqueles, podemos frequentemente escolher e dizer
“quero!” ou “não quero!”.

6. Não há causas antecedentes ou simultâneas nas ações humanas. O comportamento


humano não é predizível.

7. A possibilidade de controlarmos o nosso comportamento por intermédio da vontade não


traduz uma liberdade radical. A liberdade está, agora e sempre, condicionada por fatores e
circunstâncias que lhe fixam as fronteiras.

8. Conhecidas que sejam todas as circunstâncias atuais de um ser humano, é possível


predizer sem erro o decurso unívoco da sua conduta.

9. Se tudo aquilo que fazemos se inscreve, como acreditamos, numa rede causal, então o
presente resulta necessariamente do passado e não somos responsáveis por coisa alguma que
façamos.

10. A vontade opta sem que nenhuma circunstância interna ou externa a anule ou limite.

Cenários de resposta
10. 1 → DR; 2 → DR; 3 → DR; 4 → DM; 5 → DM; 6 → L; 7 → DM; 8 → DR; 9 → DR; 10 → L.

11. Considera o texto.

Na opinião da maior parte dos filósofos de hoje, o compatibilismo tem as melhores hipóteses de
salvar o livre-arbítrio e de proteger a noção de responsabilidade moral do ataque do
determinismo. Contudo, o compatibilismo tem um problema grave. O compatibilismo afirma que

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somos livres se as ações decorrem do nosso caráter e dos nossos desejos não manipulados.
O problema é que, em última análise, o nosso caráter e os nossos desejos são causados por
forças que não controlamos.
James Rachels (2009). Elementos da filosofia moral. Gradiva. pp. 195-196.

11.1. Esclarece o sentido das afirmações do texto.

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12. Filosoficamente, o termo ação deve ser reservado para:

(A) Exemplos como a ação do vento, das marés ou das cegonhas.


(B) Exemplos de acontecimentos intencionais, como escrever.
(C) Exemplos de comportamento, como o das térmitas-soldado.
(D) Exemplos de comportamentos humanos involuntários.

13. Os motivos da ação:

(A) Respondem à pergunta «quem faz?».


(B) Respondem à pergunta «que faz?».
(C) Respondem à pergunta «para que faz?».
(D) Respondem à pergunta «por que razão faz?».

14. No exemplo João pretende trabalhar nas férias de Natal porque deseja comprar novos jogos
de computador:
(A) João é o agente e trabalhar nas férias de Natal o motivo da ação.
(B) O jogo de computador é o agente e o desejo de trabalhar é a intenção.
(C) Trabalhar é a intenção e o desejo de comprar os jogos é o motivo.
(D) As férias de Natal são o motivo e a intenção é o desejo de ter novos jogos.

15. De acordo com o determinismo radical, a liberdade:

(A) Existe, embora limitada a algumas escolhas.


(B) É apenas uma característica dos humanos.
(C) É uma ilusão que deve ser abandonada.
(D) É uma característica de todos os seres vivos.

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16. O determinismo é uma hipótese forte porque:


(A) É consistente com aquilo que a ciência nos diz sobre o universo.
(B) É consistente com a ideia que temos de nós mesmos como agentes.
(C) Nos retira a crença de que controlamos e inventamos a nossa vida.
(D) Pode ser provada e demonstrada em relação a todo o universo.

17. As nossas ações são causalmente determinadas, mas esta hipótese não elimina a liberdade
da vontade. Esta afirmação só poderia ter origem na corrente:

(A) Libertista.
(B) Determinista radical.
(C) Determinista moderada.
(D) Determinista universal.

18. As ações humanas não são causalmente determinadas nem aleatórias. Esta afirmação só
poderia ter origem na corrente:
(A) Libertista.
(B) Determinista radical.
(C) Determinista moderada.
(D) Compatibilista.

19. Falar em ação é falar em motivos. Caracteriza este conceito.

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20. O determinismo é uma das doutrinas mais persistentes na história do pensamento ocidental.
Expõe as teses nucleares do determinismo radical.

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21. O determinismo é simultaneamente uma hipótese forte e assustadora. Justifica a afirmação.

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22. A teoria libertista é uma doutrina incompatibilista. Porquê?

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23. Os defensores do compatibilismo admitem a possibilidade do livre-arbítrio. Mostra o que se
entende por liberdade, na perspetiva compatibilista.

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24. Considera o texto.

Por grande que seja a nossa programação biológica ou cultural, nós, seres humanos, podemos
acabar por optar por algo que não está no programa (pelo menos que lá não está totalmente).
Podemos dizer «sim» ou «não», «quero» ou «não quero». Por muito apertados que nos vejamos
pelas circunstâncias, nunca temos um só caminho a seguir, mas sempre vários. Quando te falo
de liberdade é a isto que me refiro. Ao que nos diferencia das térmitas e das marés, de tudo o
que se move de modo necessário e irremediável. É verdade que não podemos fazer tudo o que
quisermos, mas também é certo que não estamos obrigados a querer uma coisa só.

Fernando Savater (2005). Ética para um jovem. D. Quixote. pp. 29-30.

24.1. Partindo do texto, diz qual a posição defendida pelo autor em relação ao debate
determinismo versus liberdade.

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24.2. «É verdade que não podemos fazer tudo o que quisermos, mas também é certo que não
estamos obrigados a querer uma coisa só.» Apresenta as posições a que se opõe a afirmação de
Fernando Savater.

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25. Lê, atentamente, o excerto seguinte.

Uma ação é um gesto no sentido de um movimento ou de uma deslocação do corpo ou de uma


parte dele. Este gesto pode ser fixado, e então falamos duma posição. O homem-estátua age
por imobilidade. A imobilidade pode ser ação, é isso que nos mostram os cálculos mentais, as
jogadas de xadrez ou as reflexões metafísicas. A concentração é ação.

Stéphane Ferret (2007). Aprender com as coisas. Asa, p. 84.

25.1. A primeira frase do texto define de forma completa “ação”? Fundamenta.

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25.2. «A concentração é ação». Justifica a afirmação.


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26. Lê, atentamente, o texto seguinte.

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O mesmo mergulho aparente pode ser deliberado (o ator mergulha, deliciado, na água azul)
como não deliberado (o ator escorrega infelizmente no rebordo da piscina ou da falésia). Na
maior parte dos casos, podemos observar uma diferença fenoménica: o mergulho e a queda são
duas posturas típicas muito diferentes uma da outra. Um corpo tenso e afusado é a marca
tradicional do mergulho no momento de entrar na água. Um corpo agitado e desequilibrado é
aquilo que se espera no momento da queda.

Stéphane Ferret (2007). Aprender com as coisas. Asa, pp. 86-87.

26.1. Indica um exemplo de ação retirado do texto.

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26.2. A partir do texto, distingue movimento voluntário de movimento involuntário.


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27. Lê, atentamente, o texto que se segue.

Imagina-te a descer por uma rua, metido na tua própria vida, quando és subitamente
confrontado por um assaltante. Sem consideração pelos teus desejos ou sentimentos na
questão, ele deita-te ao chão, tira-te a carteira e afasta-se calmamente enquanto tu ficas a
tratar das tuas feridas. Se existe tal coisa como uma ação livre, esta foi uma.

Roger Scruton (2007). Guia de filosofia para pessoas inteligentes. Guerra e Paz. p. 122.

27.1. Partindo do texto, articula as noções de deliberação e decisão racional.


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28. Se o Sérgio dá uma bofetada ao Alberto quando visava a cara do Raul, esta bofetada:

(A) Trata-se de uma não-ação porque o objetivo foi falhado.

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(B) É uma verdadeira ação porque o objetivo foi atingido.


(C) Trata-se de uma não-ação porque ocorreu um erro.
(D) É uma verdadeira ação, ainda que uma ação falhada.

).
29. Uma não-ação é algo que:
(A) Nos acontece.
(B) Fazemos deliberadamente.
(C) Fazemos intencionalmente.
(D) Fazemos voluntariamente.

30. Quando Aristóteles aperta as sandálias antes de sair, os seus motivos são:
(A) Os processos neurofisiológicos que dão origem a este movimento.
(B) As razões que explicam o movimento: desejar arranjar-se para sair.
(C) As finalidades ou propósitos que visa atingir com o seu ato.
(D) Os meios que utiliza para realizar corretamente este ato.

31. O determinismo radical sustenta que o determinismo é:


(A) Incompatível com o livre-arbítrio e rejeita a causalidade universal.
(B) Verdadeiro e incompatível com o livre-arbítrio.
(C) Verdadeiro, mas nega que ele seja incompatível com o livre-arbítrio.
(D) Compatível com a censura e o elogio moral.

32. O libertismo sustenta que:


(A) Não somos moralmente responsáveis pelo que quer que façamos.
(B) Todo o evento tem uma causa anterior, incluindo as ações.
(C) As nossas ações são causalmente determinadas.
(D) O livre-arbítrio é real e as nossas escolhas não são determinadas.

33. Lê, atentamente, o texto seguinte.

Provavelmente vemos o edifício em que vivemos como um sistema determinista. Se as luzes se


apagam, pensamos que isso tem de ter uma causa. Supomos que, logo que a causa ocorreu, o
efeito tinha de se seguir. Se o eletricista nos dissesse que «isso pura e simplesmente
aconteceu», sem qualquer razão, essa afirmação violaria a nossa conceção do funcionamento
das coisas. Com a ascensão da ciência moderna, tornou-se comum conceber o universo inteiro
como um grande sistema determinista. (…) O universo inclui-nos. Fazemos parte da natureza e
tudo aquilo que acontece dentro da nossa pele está sujeito às mesmas leis físicas que tudo o
resto.

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James Rachels (2009). Problemas da filosofia. Gradiva. p. 160.

33.1. Expõe, justificadamente o problema que o texto introduz.

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33.2. Desenvolve, a partir do texto, o que se entende por relação causal (ou de causalidade).

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34. Lê, atentamente, o texto seguinte.

O problema em torno da liberdade da vontade não se põe a propósito da existência ou não


existência de razões psicológicas internas que nos levam a fazer coisas, ou também de
existência de causas físicas externas e de compulsões internas. Põe-se antes a propósito de se
ou não as causas da nossa conduta, sejam elas quais forem, são suficientes para determinar a
conduta de maneira que as coisas têm de acontecer da maneira como acontecem.

John Searle (1984). Mente, cérebro e ciência. Edições 70.

34.1. Problematiza a resposta do determinismo radical ao problema do livre-arbítrio. Na tua


resposta deves integrar, pela ordem que entenderes, os seguintes conceitos: determinismo,
livre-arbítrio e causalidade.

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