Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ϭ͘ Qual das teorias estudadas em relação ao livre-arbítrio aceitaria o seguinte argumento e porquê?
Ϯ͘ ŽŶƐŝĚĞƌĂŽƚĞdžƚŽƋƵĞƐĞƐĞŐƵĞ͘
“Na mente não existe vontade absoluta ou livre; mas a mente é determinada a querer isto ou
aquilo por uma causa que também é determinada por outra, e essa outra, por sua vez, por
outra, e assim até ao infinito.
A experiência faz ver, portanto, tão claramente como a razão, que os homens se julgam livres
apenas porque são conscientes das suas ações e ignorantes das causas pelas quais são
determinados.”
Bento de Espinosa. (1992). Ética. Lisboa: Relógio D'Água, pp. 253-272 (adaptado)
Qual das teorias estudadas em relação ao livre-arbítrio está a ser posta em causa neste argumento?
Porquê?
ϯ͘ ŽŶƐŝĚĞƌĂŽƚĞdžƚŽƋƵĞƐĞƐĞŐƵĞ͘
“O que se entende por liberdade quando esse termo é aplicado às ações voluntárias? Com
certeza não estamos a querer dizer que as ações têm tão pouca conexão com certos motivos,
inclinações e circunstâncias que não se sigam deles com um certo grau de uniformidade. Por
liberdade, então, só nos é possível entender um poder de agir ou não agir, conforme as
determinações da vontade; isto é, se escolhermos ficar parados, podemos ficar assim, e se
escolhermos nos mover, também podemos fazê-lo. Ora essa liberdade hipotética é
universalmente admitida como pertencente a todo aquele que não esteja preso e acorrentado.”
David Hume. (2002). Investigação sobre o Entendimento Humano. Lisboa: INCM, pp. 105-106 (texto com
supressões)
Qual das perspetivas em relação ao problema do livre-arbítrio está a ser defendida no texto anterior?
Porquê?
ϰ͘ ͞^ĞƵŵĂƚŽĠĂůĞĂƚſƌŝŽ͕ĞŶƚĆŽŶĆŽĠůŝǀƌĞ͘͟
Quem formula esta afirmação pretende levantar uma objeção a que perspetiva filosófica? Porquê?
ϱ͘ Alguns filósofos alegam que o facto de termos responsabilidade moral nos permite criticar uma das
ƉƌŝŶĐŝƉĂŝƐƌĞƐƉŽƐƚĂƐĂŽƉƌŽďůĞŵĂĚŽůŝǀƌĞͲĂƌďşƚƌŝŽ͘YƵĂůĚĞůĂƐ͍WŽƌƋƵġ͍
ϲ͘ >ġĐŽŵĂƚĞŶĕĆŽŽƚĞdžƚŽƋƵĞƐĞƐĞŐƵĞ͗
“Uma pedra recebe de uma causa exterior que a empurra uma certa quantidade de movimento,
pela qual continuará necessariamente a mover-se depois da paragem da impulsão externa. [...]
Imaginai agora, por favor, que a pedra, enquanto está em movimento, sabe e pensa que é ela
que faz todo o esforço possível para continuar em movimento. Esta pedra, seguramente, […]
acreditará ser livre e perseverar no seu movimento pela única razão de o desejar. Assim é esta
liberdade humana que todos os homens se vangloriam de ter e que consiste somente nisto, que
os homens são conscientes dos seus desejos e ignorantes das causas que os determinam.”
Bento de Espinosa. (1954). “Lettre à Schuller”, in Oeuvres Complètes. Paris: Gallimard
ϳ͘ >ġĐŽŵĂƚĞŶĕĆŽŽƚĞdžƚŽƋƵĞƐĞƐĞŐƵĞ͗
“É difícil não pensar que temos livre-arbítrio. Quando estamos a decidir o que fazer, a escolha
parece inteiramente nossa. A sensação interior de liberdade é tão poderosa que podemos ser
incapazes de abandonar a ideia de livre-arbítrio, por muito fortes que sejam as provas da sua
inexistência. E, obviamente, existem bastantes provas de que não há livre-arbítrio. Quanto mais
aprendemos sobre as causas do comportamento humano, menos provável parece que
escolhamos livremente as nossas ações.”
J. Rachels. (2009). Problemas da Filosofia. Lisboa: Gradiva, p. 182