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Indica o tipo de relação que, no primeiro parágrafo, se estabelece entre as características da tia e as
características da sobrinha.
Justifica a tua resposta, fundamentando-a em elementos textuais.
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5. Explica o sentido das seguintes palavras do narrador: «Teria, enfim, de lutar com ambas.» (linhas 14 e 15).
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6. Indica dois comportamentos da tia que permitem ao narrador afirmar que ela é «autoritária e boçal» (linha 24).
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7. Identifica o problema a que o médico se refere com a palavra «cisma» (linha 24) e menciona os aspetos que ele
vai explorar para tentar resolver esse problema.
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8. Relê o último parágrafo do texto.
Explicita a razão pela qual a pergunta feita pelo médico corresponde a uma mudança de «pista» (linha 27).
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9. O parágrafo que se segue não pode ser a continuação da narrativa que acabaste de ler, pois apresenta aspetos
incoerentes com o texto
A rapariga, que me fazia lembrar um pássaro que debica enquanto está atento a uma armadilha,
consultou a tia antes de responder, pois era a primeira vez que se encontrava perante um médico. O
consentimento foi-lhe dado pela tia, que, com um gesto de impaciência, me revelou, novamente, a sua descrença no
problema da sobrinha.
Identifica dois aspetos que provocam essa incoerência, fundamentando a tua resposta em elementos do texto.
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GRUPO I
Parte A
Lê o texto com atenção.
Nelma Viana
Jornalista
Eu, idiota, me confesso
VOCABULÁRIO
1
eletrodoméstico que serve para cozinhar, cujo objetivo é preparar mais rapidamente as refeições, mantendo o
sabor original dos
alimentos
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são
dadas.
1. As afirmações apresentadas de A. a F. correspondem a ideias-chave do texto de Nelma Viana
1.1. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual essas ideias surgem no texto.
Começa a sequência pela letra C.
A. Com efeito, a inveja direciona-se para as coisas e não para as pessoas.
B. Na verdade, o que a autora inveja não é as pessoas, mas o que elas possuem.
C. A inveja é um sentimento vergonhoso.
D. Consciente da sua condição, a autora acabou por aceitar que era invejosa.
E. A autora considera idiota desejar a felicidade dos outros.
F. Não é a falta de sorte, mas a inveja, que leva a autora a cobiçar o que é dos outros.
2.4. Na frase “[…] aquela restiazinha de sorte que premeia sempre a pessoa ao lado.” (linhas 33-34),
a palavra que é:
a) uma conjunção coordenativa explicativa.
b) uma conjunção subordinativa consecutiva.
c) uma conjunção subordinativa comparativa.
d) um pronome pessoal.
Parte B
Lê o excerto do conto “História Comum” de Machado de Assis. Em caso de necessidade,
consulta o vocabulário apresentado.
Sou um simples alfinete vilão1, modesto, não alfinete de adorno, mas de uso, desses com que as
mulheres do povo pregam os lenços de chita, e as damas de sociedade os fichus 2, ou as flores, ou
isto, ou aquilo. Aparentemente vale pouco um alfinete; mas, na realidade, pode exceder ao próprio
vestido. Não exemplifico; o papel é pouco, não há senão o espaço de contar a minha aventura.
5 Tinha-me comprado uma triste mucama 3. O dono do armarinho vendeu-me, com mais onze
irmãos, uma dúzia, por não sei quantos réis; coisa de nada. Que destino! Uma triste mucama.
Felicidade, — este é o seu nome, — pegou no papel em que estávamos pregados, e meteu-o no baú.
Não sei quanto tempo ali estive; saí um dia de manhã para pregar o lenço de chita que a mucama
10 trazia ao pescoço. Como o lenço era novo, não fiquei grandemente desconsolado. E depois a
mucama era asseada e estimada, vivia nos quartos das moças, era confidente dos seus namoros e
arrufos; enfim, não era um destino principesco, mas também não era um destino ignóbil.
[…] Na véspera do dia em que se deu a minha aventura, ouvi falar de um baile no dia seguinte,
em casa de um desembargador4 que fazia anos. As senhoras preparavam-se com esmero e afinco,
15 cuidavam das rendas, sedas, luvas, flores, brilhantes, leques, sapatos; não se pensava em outra coisa
senão no baile do desembargador. Bem quisera eu saber o que era um baile, e ir a ele; mas uma tal ambição podia
nascer na cabeça de um alfinete, que não saía do lenço de uma triste mucama?
— Certamente que não. O remédio era ficar em casa.
— Felicidade, diziam as moças, à noite, no quarto, dá cá o vestido. Felicidade, aperta o vestido.
20 Felicidade, onde estão as outras meias?
— Que meias, nhanhã5?
— As que estavam na cadeira...
— Uê! nhanhã.! Estão aqui mesmo.
E Felicidade ia de um lado para outro, solícita, obediente, meiga, sorrindo a todas, abotoando uma,
25 puxando as saias de outra, compondo a cauda desta, concertando o diadema daquela, tudo com um
amor de mãe, tão feliz como se fossem suas filhas. E eu vendo tudo. O que me metia inveja eram os
outros alfinetes. Quando os via ir da boca da mucama, que os tirava da toilette6, para o corpo das moças,
dizia comigo, que era bem bom ser alfinete de damas7, e damas bonitas que iam a festas.
In Obra Completa, “História Comum”, Machado de Assis, Nova Aguilar, 1994
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VOCABULÁRIO
1
de origem plebeia; que não tem descendência nobre; 2 xailes; 3 nome (no Brasil e em África) da escrava ou criada
negra que servia especialmente a senhora e que, às vezes, era ama de leite; 4 juiz do Tribunal da Relação;
5
tratamento carinhoso que se dá às meninas; 6 vestuário e adereços combinados com algum cuidado, para usar em
determinada ocasião; 7 senhoras; mulheres nobres
Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.
3. Classifica o narrador quanto à presença, justificando a tua resposta.
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4. Caracteriza a personagem principal, fundamentando a tua resposta no texto.
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5. “[…] não era um destino principesco, mas também não era um destino ignóbil.”
(linha 12)
5.1. Explicita o sentido desta afirmação, começando por identificar de que destino
se trata.
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6. Identifica o sentimento que domina o “alfinete”, no último parágrafo, e a razão
do mesmo.
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Coluna A Coluna B
5. o narrador refere-se ao esforço que teria de fazer para conseguir convencer a tia e a sobrinha da
impossibilidade de alguém ter um alfinete de ama espetado na garganta.
6. A tia, ao coagir a sobrinha a contar ao médico a sua doença, revela autoritarismo e que, ao acusar os médicos de
verem «as coisas à ligeira» (linha 21), revela boçalidade.
7, A “cisma” refere-se à insistência da rapariga em afirmar que tem um alfinete atravessado na garganta e menciona,
por um lado, a perturbação dos nervos e do psiquismo da rapariga e, por outro, a influência da tia, como aspetos que o
médico vai explorar.
8. A pergunta corresponde a uma mudança de pista, porque o médico deixa de insinuar as suas dúvidas
sobre a possibilidade de a rapariga ter um alfinete espetado na garganta e passa a mostrar-se interessado nas
circunstâncias que envolveram o caso apresentado.
9. Por um lado, não é a primeira vez que a rapariga se encontra perante um médico, visto que, de acordo com o texto
da Parte B, outros médicos já se pronunciaram sobre o caso e, por outro, que a tia nunca manifesta descrença em
relação ao problema da sobrinha, pois, no texto da Parte B, a tia assegura
que «o alfinete está ali. Ela bem o sente.» (linha 21).
Parte A
1.1. C. F. D. B. A.
2.1. c) 2.2. d) 2.3. d) 2.4. d)
Parte B
Grupo II
1. A. 6. B. 1. C. 7. D. 2. E. 3.
2.1. As moças estimam a mucama.
3. a) as mulheres do povo pregam-nos
b) não há senão espaço de contá-la
c) dá-o cá
4. Exemplos:
a) O baile era tão importante que as senhoras se
preparavam com esmero e afinco.
b) Embora/Ainda que as moças e a mucama fossem
amigas, esta não foi ao baile.
5.1. a quem o dono do armarinho vendeu o alfinete –
oração subordinada substantiva relativa