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A reconstrução do pós-guerra
A definição de áreas de influência
• Alemanha e Japão perdem in uência, vencidas e humilhadas.
• Reino Unido e França estão empobrecidas e dependentes da ajuda externa, embora vencedoras.
• URSS, com a força do exército vermelho e a sua imensa extensão geográ ca.
Conferência de Ialta (1 de Fevereiro de 1945): Roosevelt, Estaline e Churchill reúnem-se nas margens
do Mar negro, com objetivo de estabelecer as regras que devem sustentar a nova ordem internacional
do pós-guerra. Ficou de nido o seguinte:
• Supervisionamento dos “três grandes” na futura constituição dos governos dos países de Leste
(ocupados pelo Eixo), com base no respeito pela vontade política das populações;
• Estabeleceu-se a quantia de 20.000 milhões de dólares, proposta por Estaline, como base das
reparações de guerra a pagar pela Alemanha;
• Embora não seja explicita, há claramente uma divisão dos territórios entre capitalismo e
comunismo, que sempre foi respeitado, mesmo durante a Guerra Fria.
Conferência de Potsdam ( nais de julho de 1945, junto de Berlim): reúnem-se com o objetivo de
consolidar os alicerces da paz:
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A União Soviética desempenho um papel fundamental na guerra, o Exercito Vermelho libertou vários
países do Leste da Europa do nazismo: a Polónia, a Checoslováquia, a Hungria, a Roménia e a
Bulgária.
Entre 1946 e 1948 todos os países libertados pelo Exército Vermelho resvalaram para o socialismo
• Manter a paz e reprimir os atos de agressão, utilizado, tanto quanto possível, meios pací cos, de
acordo com os princípios da justiça e do direito internacional.
• Funcionar como centro harmonizador das ações tomadas para alcançar estes propósitos.
• A ONU irá apresentar igualmente uma feição humanista, reforçada com a aprovação, em 1948, da
Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Orgãos de funcionamento
Assembleia Geral:
Reúne ordinariamente entre setembro e dezembro para colocar na sua agenda todo o tipo de
questões abrangidas pelo âmbito.
Conselho de Segurança:
Formada por 15 membros, sendo 5 permanentes (EUA, URSS, Reino Unido, França e
República Popular da China) e 10 utuantes, eleitos pela Assembleia-Geral, por dois anos;
▪ Emite “recomendações”
▪ Mediador
Decisões são obrigadas a uma maioria reforçada de 9 votos a favor (entre os quais devem
estar os dos 5 estados membros permanentes). Basta a oposição de um deles para inviabilizar
qualquer tomada de posição (direito de veto);
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Secretariado-Geral:
Sede em Haia;
Orgão máximo da justiça internacional, resolve, à luz do direito internacional, os litígios entre
os Estados.
Organismos especializados
BIRD - Banco Internacional para Reconstrução e o Desenvolvimento (Banco Mundial)
Regularizar os pagamentos.
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As medidas adotadas:
Criação de um novo sistema monetário internacional que garantisse a estabilidade das moedas,
indispensável para incrementar das trocas, assente no dólar como moeda-chave e em que as
restantes moedas passaram a ter uma paridade xa relativamente ao ouro e à moeda americana, já
que o Tesouro dos EUA garantia a convertibilidade dos dólares neste metal precioso – “tão bom como
o ouro” (as good as gold).
• Fundo Monetário Internacional (FMI): ao qual recorriam os bancos centrais dos países com
di culdade em manter a paridade xa da moeda ou equilibrar a sua balança de pagamentos.
Esta ideia do espaço Económico alargado, em que os países abriram mutuamente das suas
fronteiras, fruti cou na Europa a criação do BENELUX: união aduaneira entre a Bélgica, os Países
Baixos e o Luxemburgo. Estes viria a constituir-se como o embrião da Comunidade Económica
Europeia.
• Os EUA, em lembrança do seu próprio passado e em defesa dos seus interesses económicos
monstram-se adversos a manutenção do sistema colonial.
• A URSS atua em nome da ideologia marxista (prevê a revolta dos oprimidos pelos interesses
económicos capitalistas) e aproveita a possibilidade de estender nos países recém-formados o
modelo soviético.
Também a ONU, fundada sobre o signo da igualdade entre todos os povos do Mundo, se constituirá
como um baluarte Internacional da descolonização, obrigando os estados-membros ao cumprimento
do estipulado na Carta e nas Resoluções da Assembleia-Geral que condenaram a manutenção do
domínio colonial.
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A descolonização asiática
No Médio Oriente tornam-se independentes a Síria, o Líbano, a Jordânia e a Palestina, onde, em
1948, nasce, num estado de guerra, o Estado de Israel.
Os ingleses abrem mão das suas colónias, como é o caso da Índia inglesa que ca dividida em dois
Estados: a União Indiana, maioritariamente hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana; o Ceilão, a
Birmânia e a Malásia. Criação da Commonwealth: os ingleses preservam o interesse económico
na região (pragmatismo).
A URSS:
Os EUA:
Os EUA assumem (um ano após o alerta de Churchill), frontalmente, a liderança de oposição aos
avanços do socialismo é colocada em ação a doutrina Truman:
Plano Marshall junho de 1947 (ajuda económica à Europa) – European Recovery Plan (ERP):
O plano Marshall foi oferecido a toda a Europa, incluindo os países já sob in uência soviética,
mas esta tentativa de aproximação não teve êxito.
A URSS considerou o plano imperialista e impediu que os países, sob sua in uência, o
aceitassem.
Andrei Jdanov, formaliza, por sua vez, a rutura entre as duas potências:
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A URSS (reposta ao Plano Marshall):
• Bloqueio de Berlim (junho de 1948 - maio de 1949): a URSS impede o acesso das forças
ocidentais à cidade de Berlim, bloqueando o acesso terrestre à cidade.
Reação dos EUA: criação da “Ponte Aérea”, enviando mantimentos para a cidade por ar. Esta
situação irá manter-se até junho de 1948, altura em que termina o Bloqueio de Berlim.
A Guerra Fria
- Clima de tensão e antagonismo entre o bloco soviético e o bloco americano, essencialmente a
primeira fase desse mesmo afrontamento. São características salientes da Guerra Fria a corrida aos
armamentos, com particular relevância para o nuclear, a proliferação de con itos localizados e
crises militares nas mais diversas zonas do Mundo, bem como uma visão simplista e extremada do
bloco contrário.
O afrontamento entre as duas superpotências e os sues aliados durou até aos anos 80, altura em
que a URSS mostra os primeiros sinais de fraqueza.
Durante este longo período, os EUA e a URSS intimidaram-se mutuamente, gerando um clima de
hostilidade e insegurança que deixou o Mundo num permanente sobressalto.
Uma gigantesca máquina de propaganda inculcava nas populações a ideia da superioridade do seu
sistema e a rejeição e o temor do lado contrário, ao qual se atribuíam as intenções mais sinistras e os
planos mais diabólicos.
O mundo capitalista
A política de alianças dos Estados Unidos
Uma vez enunciada a doutrina Truman, os EUA empenharam-se, por todos os meios, na contenção
do comunismo.
Em termos político-militares, aliança entre os ocidentais não tardou também a o cializar-se. Atenção
provocado pelo Bloqueio de Berlim acelerou as negociações que conduziram: em 1949 à Organização
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN OU NATO): EUA, Canadá e 10 nações europeias. Aliança
apresenta-se como uma organização puramente defensiva, empenhada em resistir a um inimigo que,
embora não se nomeia, está omnipresente: a união soviética e tudo o que, para o mundo ocidental,
ela representa.
Esta sessão de ameaça e o afã em consolidar a sua área de in uência lançaram os EUA numa
autêntica “pactomania” que os levou a construir um vasto leque de alianças:
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ANZUS (1951): na Oceânia (Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos).
Pacto de Bagdade (1955): Médio Oriente, Pacto de Bagdade será depois chamado de CENTO-
Organização do Tratado Central.
Todas estas alianças foram complementadas com diversos acordos de caráter político e económico.
Em 1959, três quartas parte do Mundo alinhavam, de uma forma ou de outra, pelo bloco americano.
Nesta altura, sobressaíam no panorama político, duas forças (ambas são credíveis perante outros
partidos políticos liberais, tinham lutado contra o nazismo e partilhavam as mesmas preocupações
sociais e advogavam um Estado interventivo):
Democracia cristã:
• Tem a sua origem na doutrina social da Igreja, que condena os excessos do liberalismo
capitalista, atribuindo ao poder político a missão de zelar pelo bem comum;
• Consideram que o plano temporal e espiritual, embora distintos, não podem separar-se.
• Advogam condições justas de trabalho, reforço económico do Estado (que deve assegurar
condições de vida dignas a todos os seus cidadãos).
- Corrente política inspirada pela doutrina social da Igreja. A democracia cristã pretende aplicar à vida
política os princípios da justiça, entreajuda e valorização da pessoa humana que estiveram na base
do cristianismo. Deste modo, embora de índole conservadora, esta ideologia defende que a
democracia não se limita à aplicação das regras do sufrágio universal e da alternância política, mas
também por função assegurar o bem-estar do cidadãos.
Social-democracia:
• Advogam o controlo estatal dos setores-chave da economia e uma forte tributação dos
rendimentos mais elevados.
• A social democracia contenta-se em redistribuir a riqueza assim obtida pelos cidadãos, através
do reforço da proteção social.
- Corrente da do socialismo que teve origem nas conceções defendidas por Eduard Bernstein, na II
Internacional (1899). A social-democracia rejeita a via revolucionária proposta por Marx, opondo-lhe
a participação do jogo democrático, como forma de atingir o poder, e a implementação de reformas
socializantes, como meio de melhorar as condições de vida das classes trabalhadoras.
Deste modo, partindo de ideologias diferentes (acima referenciadas), estes convergem no mesmo
propósito de promover reformas económicas e sociais profundas. Na Europa do pós-guerra, assiste-
se a um vasto programa de nacionalizações que atinge os bancos, as companhias de seguros, a
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produção de energia, os transportes, a mineração, etc. Estado torna-se, por esta via, o principal
agente económico do país:
• Regula a economia.
• Garante o emprego.
• De ne a política salarial.
• Revê o sistema de impostos, reforçando o caráter progressivo das taxas (mais impostos para os
mais ricos).
Um tal conjunto de medidas modi cou, de forma profunda, a conceção liberal de Estado dando
origem ao Estado-Providência.
A afirmação do Estado-Providência
O Reino Unido é o pioneiro do Welfare State, isto é, o Estado do bem-estar, onde cada cidadão tem
asseguradas as suas necessidades básicas, "do berço ao túmulo”.
Ainda durante a guerra, o empenhamento do Estado nas questões sociais foi ativamente defendido
por Lorde Beveridge, cujo Relatório de 1942 in uenciou decisivamente a política trabalhista, um vez
que con ava que um sistema social alargado teria como efeito a eliminação dos “cinco grandes males
sociais“: carência, doença, miséria, ignorância e ociosidade.
• Prestações de ajuda familiar (“abono de família”) e outros subsídios aos mais pobres;
• Reduzir a miséria e o mal-estar social ( contribuindo para uma repartição mais equitativa da
riqueza).
A prosperidade económica
O crescimento económico do pós-guerra estruturou-se em bases sólidas: os governos não só
assumiram grandes responsabilidades económicas como delinearam planos de desenvolvimento
coerentes, que permitiram estabelecer prioridades, rentabilizar ajuda Marshall e de nir diretrizes
futuras; internacionalmente, os acordos de Bretton Woods, a criação do GATT e de espaços
económicos alargados (como a CEE) consolidaram as relações económicas entre os países.
A nova loso a de ação, o capitalismo, surge, após a guerra, renovado e revigorado. Entre
1945-1973: a produção mundial mais do que triplicou e, em certos setores, como a produção
energética e do automóvel, multiplicou-se por dez.
As economias cresceram de forma contínua, sem períodos de crise, registando apenas, de tempos
a tempos, pequenos abrandamentos de ritmo. As taxas de crescimento especialmente altas de certos
países, com a RFA, a França ou Japão caram marcadas como 2milagre económico”
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Entre as suas características, podemos destacar:
• A aceleração do progresso tecnológico: atingiu todos os setores, desde as bras sintéticas, aos
plásticos, à medicina, à aeronáutica, à eletrónica, etc. Rapidamente produzidas em série as
inovações tecnológicas revolucionaram a vida quotidiana e os processos de produção.
◦ Estas empresas investem grandes somas na investigação cientí ca, contribuindo para a
aceleração do progresso técnico;
◦ imigração dos trabalhos oriundos dos países menos desenvolvidos (gregos, portugueses,
argelinos, turcos);
• A modernização da agricultura:
◦ Setor onde a produtividade aumenta de tal modo que permite aos países desenvolvidos
passarem de importadores a exportadores de produtos alimentares.
◦ Renovada por grandes investimentos, nova tecnologia e nova mentalidade, libertando grandes
quantidades de mão de obra, que migra para os núcleos urbanos “êxodo rural” que contribui
para a alteração da relação entre os três setores de atividade.
◦ Alargamento das classes médias, que contribui para a subida do nível de vida e para o
equilíbrio social.
A sociedade de consumo
- Sociedade de abundância característica da segunda metade do século XX. Identi ca-se pelo
consumo em massa de bens supér uos, que passam a ser encarados como essenciais à qualidade
de vida. A sociedade de consumo é também identi cada com a sociedade do desperdício, já que a
vida útil dos bens é arti cialmente reduzida pela vontade da sua renovação.
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O efeito mais evidente dos “Trinta gloriosos” foi a generalização do conforto material.
Pleno emprego.
Salários altos.
Conduziram a uma sociedade de consumo, que transformou os lares e o estilo de vida da maioria
da população dos países capitalistas.
O consumismo, que entre as duas guerras fora um fenómeno unicamente americano, instala-se
duradouramente e torna-se o emblema das economias capitalistas da segunda metade do século XX.
O mundo comunista
Os países comunistas:
O expansionismo soviético
Após a Segunda Guerra Mundial, o reforço da posição militar soviética e o desencadear o processo
de descolonização criaram condições favoráveis que era a extensão do comunismo, quer ao
estreitamento dos laços de amizade e cooperação inter Moscovo e os países recentemente
emancipados.
Europa
A primeira vaga da extensão do Comunismo atingiu a Europa Oriental e fez-se sobre pressão direta
da URSS (exceção da Jugoslávia). Em mados de 1948: Partidos comunistas dos países de Leste
assumem-se como partidos únicos e, em pouco tempo, a vida política, social e económica destas
regiões foi reorganizada em modelos semelhantes aos da União Soviética.
• As eleições existem mediante sufrágio universal, mas o sistema funciona com a apresentação de
candidaturas e listas únicas, de carácter o cial.
• Dirigentes do Partido ocupam os altos cargos do Estado: de nem a vida política, as opções
económicas, o enquadramento ideológico e cultural dos cidadãos.
A Europa do Leste reconstrói-se de acordo com a ideologia marxista e a interpretação que dela faz
o regime soviético.
• Pacto de Varsóvia: aliança militar que previa a resposta conjunta a qualquer eventual agressão. É
uma organização diametralmente oposta à OTAN, simbolizando as duas coligações o
antagonismo militar que marcou a Guerra Fria.
A União Soviética não hesitou em usar a força perante protestos e rebeliões. Os dois casos mais
conhecidos:
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◦ As ruas de Budapeste e de Praga (“Primavera de Praga”) viram-se, então, ocupadas
pelos tanques soviéticos, que, depois de uma repressão severa, garantiram a
“normalização” da vida política.
• Berlim: milhares de cidadãos da Alemanha comunista utilizavam Berlim Oriental como forma de
alcançar a República Federal Alemã, atraídos pelos salários altos e pelo consumismo da
sociedade capitalista.
Democracia popular
- Designação atribuída aos regimes em que o Partido Comunista, a rmando representar os interesses
dos trabalhadores, se impõe como partido único, controlando as instituições do Estado, a
economia, a sociedade e a cultura.
Ásia
Fora da Europa, o único país em que a implantação do regime comunista se cou a dever à
intervenção direta da URSS foi a Coreia.
Ocupada pelos Japoneses no nal da 2ª Guerra Mundial a Coreia foi libertada com a ajuda da URSS e
dos EUA. A Coreia foi, por isso, dividida em dois Estados:
Guerra entre 1950-1953: violenta guerra, provocada pela tentativa de invasão do socialismo (norte)
face ao sul, com vista à uni cação do território sob a égide do socialismo. No nal, tudo cou na
mesma até à atualidade.
Nos restantes casos, o triunfo do regime comunista cou a dever-se a movimentos revolucionários
nacionais que contaram, no entanto, com o incentivo ou o apoio declarado da URSS.
Embora o apoio da URSS aos revolucionários tenha sido decisivo para a vitória comunista, meses
depois os dois Governos formam um Tratado de Amizade, Aliança e Assistência Mútua, que coloca a
China na esfera soviética. Posteriormente, a China afasta-se da URSS.
Com a hostilidade de Washington à porta, Cuba irá aceitar, mais tarde, o apoio da URSS,
transformando-se num bastião avançado do comunismo na América Central.
A in uência soviética em Cuba con rma-se quando os EUA detetam (fotogra a aérea), em 1962,
mísseis russos, de médio alcance, capazes de atingir o território americano.
Kennedy exige a retirada imediata dos mísseis e coloca o mundo perante a iminência de uma
guerra nuclear entre as duas superpotências. Após negociações, e com Ktruchtchev no lado
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russo, os russos aceitam retirar os mísseis e os EUA comprometem-se a não tentar derrubar,
novamente, o regime cubano.
Nos anos 70, a URSS ajuda diretamente, ou por intermédio de Cuba, as guerrilhas marxistas da
Guatemala, El Salvador e Nicarágua. O mesmo aconteceu em África com um impulso dado, por
exemplo, à instauração de regimes comunistas em Angola e Moçambique, para onde foram enviados
contingentes militares cubanos.
Esta industrialização foi um dos maiores êxitos das economias plani cadas nos países socialistas
(exceção da Checoslováquia e da RDA).
No entanto, o nível de vida das populações não acompanha esta evolução económica. Eis os
motivos:
Longas las de espera para adquirir bens essenciais são uma rotina diária.
Os bloqueios económicos
Após o primeiro impulso industrializador, as economias plani cadas começam a mostrar as suas
debilidades:
• Plani cação excessiva entorpece as empresas: que não gozam de autonomia na seleção das
produções, do equipamento e dos trabalhadores, na xação de salários e preços ou na recolha de
fornecedores e clientes.
• Gestão burocrática: sem entusiasmo nem iniciativa. Limita-se a cumprir as quantidades previstas
no plano, sem atender à qualidade dos produtos ou ao potencial de rentabilidade dos
equipamentos e da mão de obra.
Face a este sintoma de marasmo económico, nos anos 60 implementam-se um vasto conjunto de
reformas em praticamente todos os países da Europa socialista:
• Redução da duração do trabalho semanal (de 48 para 42 horas) e da idade de reforma (incluindo
agora trabalhadores agrícolas).
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• Nomenklatura: Aumento da autonomia dos gestores nas empresas face aos altos funcionários do
Estado, bem como prémios aos trabalhadores mais ativos, para aumentar produtividade.
No entanto, os efeitos destas medidas caram aquém das expectativas. Na década de 70, sob a
orientação de Leonidas Brejnev:
• A burocracia reforça-se.
Estes problemas irão alastrar-se aos países socialistas e irão conduzir à falência dos regimes
comunistas europeus no m dos anos 80.
• Em Setembro de 1949: URSS faz explodir a sua 1ª bomba atómica. A con ança do Ocidente
desmorona-se.
• 1952:americanos testam, no Pací co, a primeira bomba de hidrogénio (bomba H), mil vezes mais
destrutiva que a bomba de Hiroxima. A corrida ao armamento tinha começado. No ano
seguinte, os Russos possuíam também a bomba de hidrogénio e o ciclo reiniciou-se, levando as
duas super potências à produção maciça de armamento nuclear.
Imperativo “aumentar, tão depressa quanto possível, a nossa força aérea, terrestre e naval em
geral e as dos nossos aliados, a um ponto em que não estejamos tão fortemente dependentes
de armas nucleares“.
Os EUA triplicam o orçamento para a defesa, sobretudo após a invasão da Coreia do Sul pelos
exércitos comunistas.
O poder de destruição das novas armas introduziu na política mundial uma característica nova: a
dissuasão cada um dos blocos procurava persuadir o outro de que usaria, sem hesitar, o seu
potencial atómico em caso de violação das respetivas áreas de in uência. O mundo ameaçado de
destruição tinha, segundo Churchill, resvalado o “equilíbrio instável do terror”.
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O início da era espacial
Cientes de que a superioridade tecnológica pode ser decisiva, as duas super potências dedicaram
grande atenção aos ramos da Ciência relacionados com o equipamento militar.
Em novembro de 1957 a URSS coloca, em órbita o Sputnik 2 levando a bordo a cadela Laika, que
se tornou o primeiro viajante espacial. Nesse mesmo ano, os EUA tentam igualmente colocar um
satélite em órbita, mas este explodiu no lançamento.
Em 1961: URSS lança o primeiro ser humano a viajar na órbita terrestre, Yuri Gagarin.
Final da década de 60 (EUA): Neil Armstrong e Edwin Aldrin são os primeiros astronautas a chegar à
Lua.