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A Arqueologia e a Escritura Sagrada 1

A ARQUEOLOGIA E A ESCRITURA SAGRADA

U M dos capítulos mais interessantes, em se tratando de autenticar a


Bíblia como a carta magna que Deus confiou ao homem, é sem
dúvida o que nos oferecem as explorações arqueológicas. A pá e o alvião
têm-nos trazido os mais inconcussos testemunhos da veracidade das
Escrituras. Fizeram ressurgir cidades inteiras, soterradas há séculos e
milênios em cinzas e lavas ou areias, e nelas escavaram ladrilhos em que
se lêem as mais curiosas inscrições de reis e potentados; as mais
interessantes crônicas sobre acontecimentos cuja memória ao contrário
se teria apagado na noite dos tempos; e os mais importantes registos em
apoio da verdade histórica da Bíblia.
Entremos sem mais preâmbulo nesse fascinante assunto, que
infelizmente aqui só nos é dado abordar ao de leve.

A Pedra de Roseta

Corria o ano de 1798. O gênio humano não conhecia limites aos


anseios de maiores conhecimentos, às sensações de descobertas novas.
Não estaria aí o dedo do próprio Deus, a tocar o coração e o cérebro dos
homens, promovendo como que um frêmito universal, que desde o
despontar da Renascença vinha num palpitante crescendo! Corria o ano
de 1798, dizíamos, quando Napoleão Bonaparte mandou para a África
uma expedição militar, acompanha(a de um grupo de cientistas, devendo
estes entregar-se a estudos geográficos e arqueológicos.
Um dos participantes dessa expedição (segundo uns, o oficial Pierre
François Xavier Bouchard, encarregado da reconstrução de um forte
perto de Roseta, segundo outros um soldado desconhecido) encontrou na
desembocadura do Nilo uma pedra de basalto de pouco mais de um
metro de comprimento, três quartos de largura e menos de meio metro de
espessura. Uma das faces da pedra era lisa e trazia uma inscrição em três
A Arqueologia e a Escritura Sagrada 2
línguas, isto é: grego, demótico (a língua popular dos egípcios) e outra
desconhecida.
Passaram-se vinte anos, durante os quais eruditos de toda a Europa
se empenharam ardorosamente em descobrir o sentido da inscrição
desconhecida. Um desses estudiosos perseverantes foi o orientalista
francês João Francisco Champollion que, concluindo deverem as três
inscrições dizer a mesma coisa, conseguiu, pelas conhecidas decifrar a
incógnita, que se compunha de hieróglifos (hieros - sagrado, e gluphein -
gravar.) Achara-se, pois, a chave para a decifração dos hieróglifos, de
que vinham cheios os monumentos antigos no Egito. Hoje se pode ver a
pedra de Roseta no Museu Britânico, em Londres.

A Inscrição de Behistum

Outro mistério, entretanto, desafiava ainda a argúcia dos sábios:


eram os caracteres cuneiformes, que abundavam nas inscrições assírias,
medas e persas. Mas dir-se-ia que a Providência divina velasse pela
reivindicação da Palavra. Em 1835 um oficial de marinha inglês, Henry
Rawlinson, descobriu em Behistum, aldeia persa ao pé de uma íngreme
montanha rochosa, uma curiosa inscrição. A escarpada rocha tinha a
altura de mais de quinhentos metros, e a inscrição achava-se a 150
metros da base.
Afrontando os maiores perigos, tanto mais quanto ao pé do monte
se abria um precipício de mais de cem metros de profundidade,
Rawlinson conseguiu, com auxílio de cordas e escadas e fazendo
prodígios de malabarismo, escalar à altura da inscrição e transcrevê-la.
Depois de empregar nessa tarefa o tempo vago durante quatro anos, eis
copiada toda a inscrição. Achava-se esta, semelhantemente à da pedra de
Roseta, em três línguas. Conhecendo uma delas, a persa, pôde
Rawlinson, depois de dezoito anos de perseverantes esforços, decifrar as
duas outras, que eram nas línguas meda e babilônica.
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Nessa parede enorme, Dario I, da Pérsia, descrevia seus feitos
guerreiros. Como no caso dos hieróglifos, não havia relação direta entre
essas crônicas e a Escritura Sagrada. O valor de ambas avulta, porém,
porquanto foram a chave da decifração dos hieróglifos, a primeira, e dos
caracteres cuneiformes, a segunda. Daí por diante floresceu o estudo da
arqueologia. Conhecimentos os mais interessantes tem ele trazido à luz,
quanto aos usos, costumes e grau de adiantamento de civilizações há
muito soterradas nas areias dos desertos.
Volumes incontáveis foram publicados pelas expedições
arqueológicas, e mais e mais cresce o seu número. De maneira que se
nos torna difícil escolher, dentre as inúmeras descobertas, um punhado
bastante pequenino para se adaptar aos moldes deste livro.

Dúvidas Dissipadas

Disse bem Luthardt:


"A pesquisa histórica vem confirmar as declarações da Escritura.
Tempo houve em que se tinham por fábulas os relatos sobre a estada de
Israel no Egito. Hoje disso nos falam os rolos de papiro egípcio e os
desenhos murais. E no Salão das Colunas, do Museu de Berlim, encontra-se
uma velha estátua do rei Ramsés II, sentado, a qual sem dúvida já fora vista
por Moisés. Punham-se em dúvida as narrativas do livro de Jonas, sobre
Nínive, assim como as de Daniel, acerca da corte de Babilônia. As
pesquisas de nossos dias, porém, as confirmam. E se viermos ao Novo
Testamento, terão de reconhecer todos os peritos que suas narrações
correspondem plenamente às circunstâncias históricas de seu tempo, tais
como nos são conhecidas por outras fontes." 1

O dilúvio era posto em dúvida. Entretanto, por toda parte se vêem


provas do mesmo. Ainda recentemente uma expedição americana fez
interessantes descobertas em suas explorações no Iraque. Fazendo
declarações à revista austríaca Atmos, diz o diretor da expedição, Prof.
Wooley, que nas escavações procedidas em Ur, a cidade de Abraão, se
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encontraram "traços indeléveis que dão testemunho formal em favor do
dilúvio bíblico, do qual todos os povos orientais conservam a tradição.
"A cidade de Ur achava-se situada no delta formado pelo Tigre e o
Eufrates. Ora, atravessando o cemitério que escavamos, chegamos a uma
camada de terra semelhante às que cobrem o fundo dos lagos. Este fato nos
permitiu tirar a conclusão de que as terras do nível inferior foram cobertas de
lodo em seguida a uma catástrofe que devastou muito extensas regiões.
"Este banco de lodo cobre as ruínas muito antigas, enquanto por cima
delas se encontram traços de uma civilização mais recente. O cataclismo
que subverteu a primitiva cidade não pode ter sido senão o dilúvio; pois era
preciso uma quantidade considerável de água, como foi o caso no dilúvio,
para depositar a camada de lodo de cerca de três metros de espessura,
debaixo da qual se sepultou a antiga cidade da Mesopotâmia."
Aliás, nem precisaríamos ir tão longe. Já o nosso Euclides da
Cunha, em sua magistral obra Os Sertões, dá um testemunho inequívoco
em favor do dilúvio, descrevendo certos lugares do sertão baiano, onde
se encontram "enormes ossuários de mastodontes, cheios de vértebras
desconjuntadas e partidas, como se ali a vida fosse, de chofre, salteada e
extinta pelas energias revoltas de um cataclismo." 2
Em 1902 o explorador francês encontrou entre as ruínas de Susã, a
cidade bíblica de Ester, uma laje contendo inscrições que consistiam nas
leis codificadas por Hamurabi. (No Museu do Louvre, em Paris, pode-se
ver essa laje.) Foi ele contemporâneo de Abraão, e é sensível a influência
de código na vida daquele patriarca, pois que uma de suas leis permite "a
senhora dar ao marido uma serva como segunda esposa, e a demissão
fresta quando agir com desdém ou rancor para com a esposa principal."
O descobrimento dessa inscrição serviu para identificar o grau de
civilização daquele tempo, corroborando as revelações da Escritura a
esse respeito. Destrói, assim, a alegação dos críticos dessa parte da
Bíblia, de não se harmonizarem as declarações desta com o estado de
civilização daquela época.
Aos mesmos críticos têm causado muito prurido os caítulos´25 e 28
do Êxodo, os quais, falando da construção do tabernáculo por parte dos
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hebreus, dão idéia de uma quase incrível abundância de ouro e prata.
Estes metais argúem eles, não podem ter abundado de tal maneira no
Egito. A recente descoberta do túmulo de Tut-Ank-Amen, por Lord
Carnarvon e sua comitiva, derriba tal alegação. Esse achado revelou as
fabulosas riquezas dos egípcios, nos referidos metais.
"Ali estavam", diz Fannie D. Chase, "carros, cetros, diademas,
relicários, tronos, máscaras, amuletos, espadas e bainhas, leques, fivelas,
colares, anéis, presilhas, contas, alfinetes, pregos, adagas, corseletes,
sandálias, luvas, vasos, estátuas, caixinhas de perfume, pendentes, brincos,
tamboretes, placas, braceletes e muitos outros objetos similares, todos eles
de ouro maciço, ou cobertos de grossas chapas de ouro ou prata. O
sarcófago no qual jazia o corpo do rei, era de ouro maciço. Calcula-se em
cerca de seiscentos milhões de cruzeiros o valor do ouro nesse túmulo. Esse
faraó era um dos mais jovens e menos ilustres dos monarcas egípcios, e é
natural concluir que os túmulos de seus famosos antepassados fossem
mobilados mais custosamente ainda. Mas infelizmente o sepulcro de Tut-
Ank-Amen é, dos que se descobriram, o único que não estava
completamente despojado por saqueadores. Encontrou-se ali um ladrilho em
que um correspondente de Faraó fala no Egito como uma terra 'em que o
ouro é abundante como o pó', tendo o mesmo vindo das terras do sul." 2

Os Filhos de Jacó no Egito

A estada dos hebreus no Egito, à qual já se refere Luthardt em


trecho que transcrevemos noutra parte, foi confirmada por descobertas
de uma expedição da Universidade de Pensilvânia, em Bethshean, na
Palestina. Acharam os exploradores uma pedra com inscrições de
Ramsés II, em que se regista que esse rei identificado como o faraó que
oprimiu os hebreus, "escolheu certos semitas e os fez construir em sua
honra a cidade de Ramessés, no delta oriental do Nilo." Vem isso
confirmar Êxodo 1:11: "E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-
celeiros, Pitom e Ramessés."
Em Paris, na Praça da Concórdia, encontra-se um obelisco de Luxor
que traz inscrições de Ramsés II em três faces, e de Ramsés IV na
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quarta. É que o preparo e as inscrições de um obelisco representavam
trabalho tão prolongado que acontecia por vezes não ficar pronto em
vida do monarca que o começara, completando-o o seu sucessor. Esse
obelisco foi sem dúvida visto por Moisés.
O transporte, do Egito para Paris, constituiu um trabalho colossal.
Teve de ser construído um navio especial para buscá-lo em Luxor, à
margem do Nilo. O engenheiro Lebas, que dirigiu os trabalhos, depois de
longos meses conseguiu, em 1833, erigir na praça o monólito. Conta-se
que tal era a confiança que tinha em seus cálculos, e tal sua identificação
com a obra que, ao ser erguido o colosso por possantes cabos, Lebas se
colocou debaixo dele, para ser por ele esmagado caso falhassem os
cálculos, pois não queria sobreviver ao fracasso.
A existência da terra de Gósen, ou Gessen, onde se estabeleceram
os hebreus até à sua libertação, era igualmente posta em dúvida. Até que.
em 1885, Edouard Naville descobriu uma estátua do mesmo faraó com
uma inscrição "que revelava ser o nome antigo dessa região Kesem,
pronunciado pelos hebreus Gósen."
Notemos um pormenor interessante relativo à descoberta das ruínas
da cidade de Pitom, em Tell el Maskhuta, pelo mesmo Naville, sob os
auspícios do Egyptian Exploration Found. É que ele conseguiu retirar de
sob a terra
"as espessas muralhas de uma construção longa e retangular cujos
tijolos tinham inscrito o nome Ramsés II. As câmaras do edifício eram de
várias dimensões e de curiosa construção, pois nenhuma delas se
comunicava com as outras, e sua única saída devia ter sido pelo telhado.
Eram celeiros destinados a armazenar o grão para a fome. Os tijolos das
paredes eram crus, e ao serem examinados, surpreendeu-se o explorador
de verificar que unicamente os ladrilhos das primeiras filas do alicerce eram
feitos com palha; os das filas superiores eram-no com restolho, e os ainda
superiores só tinham argila, sem palha nem restolho. Assim, os próprios
tijolos dos celeiros repetem a história da opressão dos israelitas. A cidade de
Pitom, da terra de Gósen, ou Ptum, da cidade de Kessem, como teriam dito
os egípcios antigos, já não é um mito, mas sim um lugar que todo viajante do
Egito pode visitar.' 3
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Pelas ruínas do Egito pode-se hoje acompanhar a peregrinação dos
hebreus até ao Sinai. Diz Henri Brugsh-Bey:
"Os monumentos egípcios contêm todo o material necessário para
encontrar esse caminho, e para opor aos nomes hebreus das estações de
parada, seus correspondentes nomes egípcios." 4

Jericó

As últimas pesquisas e escavações arqueológicas identificaram mais


de cinqüenta cidades mencionadas nas Escrituras. Entre estas Jericó,
nomeada pela Bíblia muitas vezes, desde Números 22:1 até Hebreus 11:30.
Sob a direção do professor Sellim, de Viena, a Deutsche Orient-
Gesellschaft procedeu em 1907 a escavações no sítio dessa cidade,
conseguindo trazer à luz vestígios de sua muralha em três lados da
mesma, faltando apenas o oriental. É interessante que, acima dos restos
da cidade primitiva, encontraram-se ruínas daquela posteriormente
edificada pelos hebreus. Esta descoberta vem também anular a alegação
dos que achavam impossível o registo bíblico segundo o qual os hebreus
teriam rodeado a cidade sete vezes num só dia. As escavações
demonstram ter sido pequena a Jericó original, como aliás todas as
cidades primitivas da Palestina. Assim é que se verificou que, para
rodear sete vezes a dita cidade, não seria preciso caminhar mais de
quatro quilômetros e poucos metros! Com efeito, segundo o relatório da
sociedade acima mencionada, toda a cidade caberia no Coliseu romano!
Diz o versículo 24 de Josué 6, que os hebreus, ao tomarem a cidade,
a queimaram a fogo. E eis o testemunho do Prof. John Garstang,
afamado arqueólogo que ali dirigiu escavações recentes: "Depois de
examinar a estrutura interior da cidade de Jericó", diz ele, "estou em
condições de poder afirmar que ela mostra sinais de haver sofrido um
incêndio geral, simultâneo com a queda dos muros."
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A Pedra Moabita

A pouco mais de vinte quilômetros do Mar Morto, na cidade


moabita de Dibon, sobre cujas ruínas se acha hoje Dhiban, o missionário
F. Klein recebeu a 19 de agosto de 1868, o aviso de que bem perto se
achava uma pedra que continha inscrições em caracteres fenícios. Klein,
depois de muitos entendimentos com os indígenas, fechou negócio e
pretendia transportar imediatamente o precioso achado para um museu
em Berlim. O mesmo desejo, porém, teve também o cônsul francês, que
a pretendia levar para Paris, e dispunha-se a pagar por ela quatro vezes a
soma oferecida pelo missionário, a qual era de cerca de cinco mil
cruzeiros. Os supersticiosos árabes, diante de tanto empenho em torno da
rústica pedra, concluíram residir nela algum poder mágico, e para não
perdê-la, puseram-lhe fogo por baixo. Quando bem quente, despejaram-
lhe água fria em cima, quebrando-a assim aos pedaços, que depois
distribuíram entre si, como preciosos talismãs.
Felizmente, porém, conseguiu-se reunir a maior parte dos
fragmentos, identificando 669 dos 1.100 caracteres que o documento
continha.
Citemos um trecho dessa inscrição, em que Mesha, rei de Moabe,
conta as suas façanhas, já que o espaço não nos permite citá-la toda.
Dizem, por exemplo, os períodos registados sob números 5 a 7:
"Omri era rei de Israel, e afligiu Moabe por muitos dias porque
Chemosh estava irritado contra a sua terra. E seu filho ficou em seu lugar, e
também disse: 'Vou afligir a Moabe! Foi nos meus dias que ele falou assim.
Mas vi o meu prazer sobre ele e sobre sua casa, e Israel pereceu com
eterna destruição." E diz o trecho sob número 17: "E trouxe dali as fornalhas
do altar de Jeová e as arrastei para diante de Chemosh." 5
Vê-se, enfiar, que essa "Pedra de Mesha," ou "Pedra Moabita"
como é chamada, constitui um monumento da vitória e independência de
Moabe.
Nesse documento "Israel é mencionado quatro vezes; Omri, o rei
hebreu, é também nomeado; é reconhecido Jeová, o Deus de Israel; e há
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duas referências ao domínio de Omri sobre Moabe. Eis um dos muitos
exemplos em que os escritos antigos confirmam a historicidade da
Bíblia. Há mais de dois mil e quinhentos anos o rei de Moabe mandou
que se escrevesse uma crônica, na qual se faz referência a outro rei que
governava Israel nesse tempo, e que oprimia Moabe. Dos registos da
Escritura sabemos que Omri era rei de Israel no tempo de Mesha, rei de
Moabe, e que ele exigiu tributo do rei de Moabe." 6

Os Ladrilhos de Tel-el-Amarna

Fala-nos a Escritura várias vezes nos heteus, como seja em Gênesis


23:8-16; 26:34 e II Samuel 11.
A crítica por muito tempo alvejou com as flechas de suas zombarias
esses registros, porquanto em nenhum documento profano se
encontravam traços da veracidade histórica desse povo antigo. Eis,
porém, que em 1887 se descobre em Tel-el-Amarna sem-número de
ladrilhos com inscrições em que a eles se fazem mais de trinta
referências.
Nesse ano uma pobre camponesa, ao cavar a terra, topou com
alguns desses tijolos, os quais vendeu para conseguir alguns níqueis a
fim de aliviar sua miséria. Outros ali desenterraram então cerca de
quatrocentos ladrilhos semelhantes, que eram disputados por ofertas
fabulosas e se acham hoje divididos entre os museus de Berlim, Londres,
Cairo, etc. Desse achado diz Huffman:
"Os ladrilhos de Tel-el-Amarna são de valor inapreciável, por motivo da
luz que fazem incidir sobre as condições políticas do Egito e da Ásia naquele
tempo. Os estudiosos da Bíblia, porém, têm neles um interesse peculiar, por
isso que fazem referências a não menos de vinte cidades mencionadas no
Velho Testamento, e a Jerusalém e seu rei, que era vassalo do Egito." 7
Dizia a crítica que Edom e Moabe, povos de que fala o Pentateuco,
só existiram depois de Moisés. Entretanto, o papiro "Anastásia",
encontrado no Egito, regista o pedido dos edomitas para apascentarem
seus rebanhos em Gósen. E quanto a Moabe, uma inscrição do templo de
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Luxor consigna acontecimentos anteriores ao Êxodo, nos quais menciona
também aquele povo.

O Túmulo de Absalão

Viajava certa vez pela Palestina o sábio francês Pierrotti. Pertencia


então à "Sociedade sem Deus", e percorria aquelas históricas paragens
para coligir matéria a fim de escrever um livro de combate ao cristianismo .
Chegando um dia ao túmulo de Absalão, subiu ao montão de pedras
que assinala o seu local, sentou-se e pôs-se a meditar. Logo passou por
ali uma mulher árabe, acompanhada do filho. A mulher tomou uma
pedra e atirou-a contra o monumento. O mesmo fez seu filho. Pierrotti,
surpreendido, perguntou-lhe o motivo desse gesto. "Porque este é o
túmulo de Absalão, que se rebelou contra seu pai" respondeu a mulher.
O sábio procurou na Bíblia a história de Absalão, e admirou-se não
pouco de que, 3.000 anos após o acontecimento, ainda houvesse quem
assim demonstrasse seu menosprezo pelo mau filho, continuando
justamente a prática instituída pelos israelitas (II Samuel 18:17).
Em 1905 um sábio inglês Flinders Petri descobriu no Sinai um
templo que data da época de Moisés (1500 anos antes de Cristo), e oito
tábuas de argila com inscrições que só em 1916 puderam ser lidas. Nesse
ano o egiptólogo Allen Gardiner averiguou tratar-se de inscrições
hebraicas. "Ao decifrá-las, Gardiner chegou a três linhas diante das quais
seu coração quase que ficou paralisado. Um dos superiores do templo
agradece ali ao faraó Hjtschepsut o havê-lo retirado do Nilo e lhe haver
aberto o caminho de altas dignidades, e assina o seu nome: 'Moisés''!"

Sinal de Ignorância

O Sr. J. Campbell Robinson, Melbourne, teve a curiosidade de


escrever um dia ao professor Arquibaldo H. Sayce, o conhecido lente de
assiriologia em Oxford, solicitando-lhe uma "sucinta declaração de sua
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crença particular na autenticidade da Bíblia, confirmada por sua vasta
bagagem de conhecimentos." Eis a resposta do ilustre professor:
"Acabo de receber sua carta de julho, a qual se havia extraviado.
Escusado é dizer quão grato me é saber que alguma coisa do que escrevi foi
de utilidade na Austrália. No Velho Testamento, as fantasias e cepticismo da
chamada 'alta crítica' estão mortos, pelo menos para o arqueólogo e o
historiador modernos que tenham cultura científica. As explorações
científicas têm sido feitas muito ativamente nestes últimos trinta anos, em
especial no Próximo Oriente.... Os patriarcas hebreus, como os heróis
homéricos, de novo se tornaram homens vivos. Os livros do Gênesis e
Êxodo em seus aspectos gerais retornam à idade do êxodo, a qual, como se
sabe hoje, foi no Próximo Oriente uma época de atividade e intercâmbio
literários. Com efeito, a educação achava-se lá tão vastamente difundida
como neste país [Inglaterra] há um século atrás, e numerosas eram as
bibliotecas públicas. O cepticismo da moda no século dezenove é hoje
simplesmente um sinal de ignorância.
"Seu etc., etc. A. H. Sayce."
O próprio Sayce participara. das idéias de Colenso, Welhousen,
Graf e outros que descriam da autenticidade o Pentateuco, mas a
descoberta dos ladrilhos de Tel-el-Amarna fê-lo ingressar no rol dos
mais ardorosos crentes. "Depois de 1888," diz ele em suas
Reminiscências, "já não era possível, a não ser para os ignorantes,
sustentar que obras literárias como as que encontramos no Velho
Testamento não pudessem ter existido na era mosaica." Concluía que as
pesquisas arqueológicas tinham de uma vez para sempre liqüidado a.
questão da historicidade e autenticidade dos livros de Moisés.
Um paciente investigador (William Henri Guiton, Le Crie des
Pierres) enumera, entre muitos outros fatos registados nas Escrituras e
gravados também em ladrilhos escavados na Síria, os seguintes: O caos
antes da criação, a criação das estrelas, dos animais e do primeiro
homem, a felicidade deste no jardim do Éden, a árvore da Vida, o fruto
proibido, a serpente, a queda do homem, Caim e Abel, as dez gerações
que vão de Adão a Noé, a torre de Babel, a confusão das línguas,
Quedorlaomer (citado em Gênesis, e contemporâneo de Abraão), os
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faraós egípcios coevos de José e de Moisés, muitos reis assírios
mencionados na Bíblia, como Pul, Tiglate-Pileser, Salmanasar, Sargão,
Senaqueribe, os sete anos de fome e sete de fartura. Refere-se também a
um ladrilho-calendário, registrando sete dias na semana e no qual o
sétimo é chamado 'dia impróprio para o trabalho'. Denominavam-no os
babilônios, já muito antes dos hebreus, sabattu, e era nos tijolos de
inscrições cuneiformes descrito como "dia de repouso para a alma." 8

Manuscritos do Mar Morto

Uma das mais importantes e sensacionais descobertas arqueológicas


já feitas são, sem dúvida, os chamados manuscritos do Mar Morto.
Na primavera de 1947, um pastor beduíno, Mohamed Adh-Dhib,
apascentava seu rebanho próximo do Mar Morto, quando lhe fugiu uma
de suas cabras, galgando as íngremes rochas. Eis como relata o incidente
John Marco Allegro, em seu interessantíssimo livro Os Manuscritos do
filar Morto:
"Mohamed subiu penosamente a encosta, chamando pelo animal, o
qual continuava a trepar, em busca de alimento. O Sol aquecia cada vez
mais e o pastor resolveu estender-se um pouco à sombra da saliência de
uma rocha. Seus olhos vaguearam distraidamente pela superfície lisa da
pedra. Detiveram-se, porém, numa cavidade do tamanho da cabeça de um
homem, estranhamente situada precisamente a meia altura de uma laje
vertical. Parecia conduzir a uma concavidade e, sem dúvida, estava
demasiado alta para ser a entrada normal de uma gruta idêntica às que por
ali existiam às centenas.
"Mohamed agarrou numa pedra e atirou-a para a cavidade, apurando
o ouvido para escutar a queda, a fim de determinar a profundidade .
O que ouviu deixou-o assombrado. Em vez do esperado ruído da pedra
contra a rocha sólida, o seu aguçado ouvido apercebeu um típico som de
louça. Fez outra experiência e verificou novamente que a pedra embatia
num montão de cacos. Um pouco admirado, o jovem beduíno içou-se até à
abertura e olhou para dentro. Logo que os olhos se habituaram à
obscuridade, teve de deixar-se cair para o chão. Mas o que tinha visto em
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escassos segundos deixou-o pasmado. No chão da gruta, que era irregular,
seguindo uma falha natural da rocha, havia vários objetos cilíndricos, de
grande tamanho, postos em pé. O rapaz trepou novamente até à abertura e,
agarrando-se a ela, até que os braços e os dedos adormeceram, viu, desta
vez, que se tratava de grandes vasilhas de boca estreita, com bocados
espalhados à volta. Não esperou muito mais; antes, pelo contrário, desceu e
fugiu rapidamente do sítio, esquecendo-se da cabra e do rebanho, com um
desejo frenético de se pôr o mais longe possível daquela gruta. Quem
poderia viver em semelhante sítio, com uma entrada excessivamente
pequena para um homem, senão um espírito do deserto?
"À noite, Mohamed comentou a sua descoberta a um amigo que, por
ser mais velho, se riu das superstições do jovem. Pediu a Mohamed que o
levasse ao local, e no dia seguinte os dois dirigiram-se à gruta, penetrando
nela. Era precisamente como o pastor tinha descrito." 9
Ali estavam rios vasos de barro cozido, uns já partidos e outros
intatos. Examinando-lhes o conteúdo, depararam com rolos de
pergaminho envoltos em panos de linho. Venderam alguns desses rolos a
um mosteiro de Jerusalém e outros a um professor de uma universidade
judaica.. A princípio ninguém dava importância ao achado. Logo, porém,
que se tornou conhecida a autenticidade dos manuscritos, puseram-se em
campo grupos de arqueólogos, e o que descobriram foi de molde a
empolgar o mundo da arqueologia bíblica. As pesquisas estenderam-se a
outras e outras cavernas, e é possível que ainda surjam novas surpresas.
"Certo é que o material depositado nas cavernas constituiu uma
biblioteca completa de documentos do Velho Testamento e da seita
essênia.... Os fragmentos provam que a biblioteca tinha pelo menos 10
cópias de Gênesis, 10 de Êxodo, 8 de Levítico, 7 de Números, 17 de
Deuteronômio, 2 de Josué, 3 de Juízes, 4 de Rute, 4 de Samuel, 3 de Reis,
1 de Crônicas, 2 de Esdras-Neemias, 2 de Jó, 15 de Salmos, 2 de
Provérbios, 1 de Eclesiastes, 1 de Cânticos dos Cânticos, 10 de Isaías, 4 de
Jeremias, 3 de Lamentações, 2 de Ezequiel, 6 de Daniel e 8 dos 12 profetas
menores." 10
Acredita-se que os monges essênios tenham ali escondido esses
manuscritos em tempo de guerra, para salvá-los do ataque da Décima
Legião Romana.
A Arqueologia e a Escritura Sagrada 14
Essa descoberta reveste-se de um valor extraordinário, pois se trata
dos mais antigos manuscritos do Velho Testamento existentes. "Qumran
oferece-nos quase toda a Bíblia hebraica em manuscritos anteriores de
um milênio aos até hoje possuídos." 11 É considerada "a maior descoberta
de manuscritos dos tempos modernos. "12 Há livros completos, ou trechos,
de Isaías, Habacuque, Daniel, Gênesis, Deuteronômio, Levítico, Juízes,
Salmos e Samuel.
O livro de Isaías apresenta-se "na forma de dois rolos. O primeiro,
desenrolado, mede sete metros e trinta e quatro, com a largura média de
vinte e seis centímetros. É formado por dezessete pedaços de pele cosidos
um ao outro, e dos quais vários foram costurados de novo antigamente, o
que atesta uso freqüente. Quarenta e quatro colunas de escrita, de vinte e
nove a trinta e duas linhas cada uma, são distribuídas ao longo do rolo. O
rolo A contém os sessenta e seis capítulos do livro canônico." 12
Além dos rolos de pergaminho, há-os também de papiro e de cobre.
A assombrosa harmonia desses textos com a Bíblia de nosso uso, deve
aumentar nossa confiança nela como o Livro de Deus, preservado
maravilhosamente pela providência divina através dos séculos. E não
seria também providencial que, especialmente do livro de Isaías,
conhecido como o "profeta evangélico", se conservassem todos os
capítulos?

A Arqueologia e o Novo Testamento

Como disse Arquibaldo Sayce, o grande arqueólogo, "cada


padejada tem fornecido prova corroborativa da rigorosa fidedignidade da
história sagrada."
Um incrédulo que viajava na Palestina teve sua atenção chamada
para as muitas fendas, nas pedras que rodeiam o Calvário. Examinou-as
de perto, e disse aos companheiros: "Faz muito tempo que estudo a
Natureza e concluo que estas fendas não foram produzidas por causas
naturais. Tampouco o foram por terremoto, pois seguiriam então as veias
e os pontos mais débeis. Aqui, porém, as pedras se partiram
A Arqueologia e a Escritura Sagrada 15
transversalmente às suas veias e nos lugares mais fortes. Há nisto algo de
anormal." E o ateu ali mesmo se fez crente.
É de duvidar-se que haja um sábio verdadeiramente sincero que,
com conhecimento de causa, combata a veracidade histórica do registo
sagrado. De um sabemos que o fazia, antes de inteirado dos conhecimentos
arqueológicos sobre o assunto. Foi Sir William Ramsay. Este quis tirar,
in loco, a prova quanto a ser ou não historicamente verdadeiro um bom
trecho do Novo Testamento, isto é, o livro dos Atos dos Apóstolos.
Propôs-se a "refazer as viagens de S. Paulo, tomar os Atos como guia de
seu itinerário, controlar, durante sua estada na Ásia Menor, os dados
desse livro relativamente à geografia, aos costumes, à vida política e
social daquela parte e daquele período do Império Romano que os Atos
nos fazem conhecer; e chegou à conclusão de que tal registo é de
exatidão rigorosa." O cético Ramsay, logo que começou as pesquisas na
Ásia Menor, tornou-se um entusiasta do livro de Atos em particular e do
Novo Testamento em geral. Eis duas de suas declarações:
"Eu me afasto da tendência que prevalece atualmente, porque parte
de premissas errôneas e de insustentáveis preconceitos."
"Quanto mais estudo o registo dos Atos, mais me familiarizo, ano a
ano, com a sociedade greco-romana, com a vida intelectual, moral e
administrativa dessas províncias, e tanto mais admiro e compreendo o texto
sagrado. Eu quis conhecer a verdade acerca dessa região onde se
encontravam a Grécia e a Ásia, e deparei-a neste livro." 13
E, dando esse testemunho insuspeito, Ramsay não está sozinho. Ao
contrário, tem a companhia dos demais arqueólogos que se entregaram
ao estudo do primeiro século.
"Um dos traços mais notáveis do livro dos Atos," diz Guitton, "do ponto
de vista histórico, é a harmonia absoluta das revelações que faz da
civilização romana, com todos os dados proporcionados pela
arqueologia. Tudo que sabemos desta civilização e de suas relações com a
grega e a hebraica está em pleno acordo com as descrições do livro dos
Atos. Esta rigorosa exatidão é tanto mais notável quanto as relações
recíprocas entre essas três civilizações eram complexissimas,
A Arqueologia e a Escritura Sagrada 16
variando freqüentemente de uma província para outra, e por vezes de um
para outro ano. Teria sido impossível para um falsário, estar a par de todas
essas particularidades que unicamente testemunhas oculares e
perfeitamente verdadeiras poderiam relatar fielmente." 14

E passa então o mesmo autor a citar sem-número de minudências


comprobatórias de outras tantas citadas por S. Lucas nos Atos. Eis umas
poucas apenas: Encontrou-se em Antioquia da Pisídia uma inscrição em
que aparece o nome de Lucius Sergius Paulus, cônsul de Chipre, de que
fala S. Lucas. Sabe-se que, na época de S. Paulo, houve na Palestina um
governador por nome Félix, sendo seu sucessor efetivo Pórcio Festo.
Josefo, o célebre historiador judeu, fala em ambos. Suetônio, escritor
profano do primeiro século, referindo-se ao imperador romano Cláudio
(A Vida dos Doses Césares, V), menciona a perseguição por ele movida
contra os judeus, e da qual trata S. Lucas em Atos 18:2. Encontram-se
também restos do teatro do qual a turba furiosa de Éfeso arrebatou a
Gaio e Aristarco (Atos19:28).

Ainda Tut-Ank-Amen

A arqueologia deu-nos, pois, em suas escavações como que uma


segunda edição das Escrituras Sagradas, a confirmar admiravelmente a
autenticidade da primeira. Vá aos museus das grandes capitais do Velho
Mundo e dos Estados Unidos, e você se certificará por si mesmo dos
fecundos resultados dessas explorações.
Assim é que você verá, por exemplo, num museu de Londres, uma
múmia pardacenta, encarquilhada e feia: é Tut-Ank-Amen. Conta-se que,
ao chegar à capital inglesa, despachada do Egito, os funcionários da
alfândega se viram em apuros por não saber como classificá-la. E
resolveram, depois de muito coçar a cabeça, rubricá-la como a
mercadoria com a qual maior semelhança apresentava: bacalhau!
A Arqueologia e a Escritura Sagrada 17
Credo

CLEOMENES CAMPOS

Senhor, eu creio em Vós! Não vos vejo, de certo,


porém vos sinto em tudo, até dentro de mim!
E quem sou eu, Senhor, para vos ver de perto?
Os meus olhos não têm tanta pureza assim.

Não poderei fazer nem uma idéia ao menos


do que sois, porque sois muito grande demais,
e eu não passo do mais pequeno dos pequenos,
eu quase não sou nada aqui entre os mortais.

Apenas creio em Vós. Ah ! Vós sois o Perfeito!


E se vos amo com uma espécie de temor,
não é porque vos tema, é porque vos respeito,
é porque sei quem sois e creio em Vós, Senhor!

No tempo dos faraós do Egito, um dos quais foi Tut-Ank-Amen,


gozava os privilégios da corte um jovem fadado a ascender ao trono de
seu protetor, o faraó Ramsés II. Era Moisés, o moço hebreu criado pela
filha do rei, em meio das pompas faraônicas.
Entretanto, "pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser
chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o
povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto
considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros
do Egito." Hebreus11:24 a 26.
E graças a esse gesto sublime de desprendimento, Moisés desfruta
hoje as glórias de uma corte bem mais fulgurante e gloriosa que a do
Egito antigo, pois que o próprio Cristo o fez ressurgir de seu solitário
A Arqueologia e a Escritura Sagrada 18
jazigo nas eminências do monte Nebo (S. Judas 9), para levá-lo aos
paços celestiais do Rei do universo.
Enquanto isso, a ressequida múmia – verdadeiro bacalhau – do
outrora glorioso monarca Tut-Ank-Amen, mofa em uma caixa de vidro
do museu de Londres.
Leitor amigo: a sua escolha, qual será?

Referências:

1. Apologetische Vortraege, Luthardt.


2. Os Sertões, Euclides da Cunha.
3. The Bible-Book Divine, Fannie D. Chase.
4. L'Exodo et les Monuments Égyptiens, Henry B. Bey.
5. Dicionário da Bíblia, John D. Davis.
6. The Spade and the Bible, W. W. Prescott.
7. Voices from Rocks and Dust Heaps, Huffman.
8. The Higher Criticism and the Verdict of the Monuments, A.
Sayce.
9. Os Manuscritos do Mar Morto, John Marco Allegro.
10. Christian Century, apud Expositor Cristão, 27-9-56.
11. A Bíblia e as Últimas Descobertas, Armando Rolla.
12. A Bíblia Disse a Verdade, Sir Charles Marston.
13. The Bearing of Recent Discoveries on the Trustworthiness of the
New Testament, William Ramsay.
14. Le Nouveau Testament et la Critique, William H. Guitton.

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