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Arte 3° Trimestre

Professor Uilher Blatz

Monumentos megalíticos

Monumento megalítico, ou megálito, do grego mega = grande, e lithos = pedra,


designa uma construção monumental com base em grandes blocos de pedras rudes.
Em arqueologia, designa o conjunto de construções de grandes blocos de
pedras, típicas das sociedades pré-históricas, edificadas essencialmente no período
neolítico (por vezes também idade do Cobre e Bronze) com objetivos simbólicos,
religiosos e principalmente funerários.

Menir

A palavra menir foi adotada, através do francês, pelos arqueólogos do século


XIX, com base nas palavras do Bretão, significando men = pedra e hir = longa. Para
erigir seus monumentos, os homens da época pré-histórica provavelmente começaram
por levantar uma coluna, em honra de um deus ou de um acontecimento importante,
embora a maioria dos historiadores relacionem o seu aparecimento com: Culto da
fecundidade (menir isolado); Marcos territoriais (menir isolado); Orientadores de
locais (menires isolados e em linha); Santuários religiosos (menires em círculo).
Esses monumentos pré-históricos eram pedras, cravadas verticalmente no solo,
às vezes bastante grandes. Pelo peso dessas pedras, algumas de mais de três
toneladas, acredita-se que não poderiam ter sido transportadas sem o conhecimento
da alavanca. Os menires deram origem às colunas.
Cromlech

Cromlech, é o conjunto de diversos menires dispostos em um ou vários círculos,


em elipses, em retângulos e em semicírculo. Trata-se de monumentos da pré-história,
estando associados ao culto dos astros e da natureza, sendo considerados um local de
rituais religiosos e de encontro tribal. O termo cromeleque procede do galês antigo
crwm = torto e lech = laje. Portanto o significado literal seria "laje torta."

Dólmen

Dólmens são monumentos megalíticos tumulares coletivos (datados desde o fim


do V milênio a.C. até ao fim do III milênio a.C., na Europa). O nome deriva do Bretão
dol = mesa e men = pedra. Também são conhecidos por antas, orcas, arcas e por palas.

Os dólmens caracterizam-se por terem uma câmara de forma poligonal ou


circular utilizada como espaço sepulcral. A câmara dolmênica era construída com
grandes pedras verticais que sustentam uma grande laje horizontal de cobertura. As
grandes pedras em posição vertical, denominadas esteios ou ortóstatos, são em
número variável entre seis e nove. A laje horizontal é designada de chapéu, mesa ou
tampa. Existem câmaras dolmênicas que chegam a ter a altura de seis metros. Quando
a superfície da câmara dolmênica não supera o metro quadrado, considera-se que é um
monumento megalítico denominado cista.

Ao que tudo indica, os dólmens apresentavam outrora sempre encobertos por


um montículo artificial de terra, geralmente revestidos por uma couraça de pequenas
pedras imbricadas, formando aquilo que se designa por uma mamoa ou tumulus.
Os dólmens podem ser classificados em:
•Dólmens simples fechados: possuem a câmara dolmênica fechada, não tendo à
partida nenhuma abertura, sendo necessária a remoção da tampa aquando de cada
novo enterramento;
•Dólmens simples abertos: possuem a câmara dolmênica aberta na parte lateral da
câmara, por uma abertura que pode assumir várias formas;
•Dólmens de corredor: possuem um corredor ou galeria de acesso à câmara
formado por diversos esteios verticais, normalmente cobertos por lajes menores
designadas por tampas. Alguns corredores apresentam um pequeno átrio no lado
oposto à câmara.
Stonehenge

O santuário de Stonehenge é um dos principais monumentos arquitetônicos do


período Neolítico, a fase final da Pré-História, quando os grupos humanos passaram a
se sedentarizar e a praticar a agricultura, criando uma série de ferramentas com
novos materiais e novas técnicas. Pelos estudos que são realizados sobre Stonehenge,
percebe-se também que durante este período os conhecimentos sobre os fenômenos
astronômicos estavam sendo desenvolvidos. Entretanto, a falta de documentação e
vestígios arqueológicos mais claros impedem um conhecimento aprofundado sobre as
funções desempenhadas pelo santuário ao longo de sua existência, o que leva à criação
de uma série de teorias e especulações sobre Stonehenge.

Stonehenge está localizado na planície de Salisbury, no condado de Wiltshire,


próximo a Londres, na Inglaterra. É um dos mais conhecidos pontos turísticos do país.
Além disso, o santuário de Stonehenge é entendido como um local de observação
astronômica, principalmente na época dos solstícios de verão e inverno, já que as
pedras parecem ter sido dispostas de acordo com a posição do Sol nestas épocas do
ano. Por outro lado, há indícios de que o local era utilizado para a realização de rituais
religiosos, evidenciando a união que existe na humanidade entre os conhecimentos
astronômicos e o domínio religioso.
Stonehenge é formado por imensos blocos de pedras dispostos em forma
circular e construídos a partir de 3100 a.C., em três fases de construção. A primeira
seria uma estrutura de madeira. Já a segunda teria sido feito com pedras azuis vindas
da região do País de Gales, distantes 400 km de Stonehenge. A terceira fase
constituiria o formato atual do santuário. Essas pedras azuis ainda compõem o
santuário, estando localizadas em seu círculo central. No núcleo do santuário há uma
espécie de altar, formado por bancos de pedras.
Acredita-se que cerimônias religiosas foram realizadas no local, principalmente
por druidas, que realizavam sacrifícios e rituais destinados à adoração da divindade
solar. Estes rituais poderiam também ser constituídos enquanto festivais, em que os
druidas realizavam ainda algumas funções fora do âmbito religioso, como as judiciais.
Escavações arqueológicas indicam ainda que o local pode ter sido utilizado como
cemitério em virtude de restos mortais terem sido encontrados no local e a forma de
disposição desses restos.
Muitas dúvidas e superstições pairam sobre Stonehenge, o que acaba
fortalecendo sua vocação turística. Há ainda outros sítios arqueológicos semelhantes a
Stonehenge na Grã-Bretanha. Ao norte de Stonehenge existe o complexo de Avebury,
com datação próxima do famoso santuário. Foram encontrados indícios no norte da
Escócia, nas ilhas Orkney, da existência do Promontório de Brodgar, um complexo de
centenas de construções, cercadas por uma muralha monumental, possivelmente 200
anos mais antigo que Stonehenge.

Responder

1. O que significa a palavra Menir?


2. Para que servia o Menir?
3. O que significa a palavra Cromlech?
4. Para que servia o Cromlech?
5. O que significa a palavra Dólmen?
6. Para que servia o Dólmen?
7. Em que período histórico foi construído Stonehenge?
8. Onde está localizado Stonehenge?
9. A partir de que ano foi construído Stonehenge?
10. Em quantas fases foi construído o monumento de Stonehenge? Explique cada
fase.
11. O que era realizado em Stonehenge e que realizava?
12. O que mais Stonehenge poderia ter sido?
13. Qual o nome de outro sítio parecido com Stonehenge?
14. Em quantos grupos podem ser classificados os Dólmens? Explique cada um
deles.
15. Por quais outros nomes também são conhecidos os Dólmens?
16. Ao que os Menires deram origem?

Mastaba

Uma mastaba ("casa para a eternidade") é uma forma de túmulo egípcio antigo,
em que eram sepultados faraós ou nobres importantes do Egito Antigo. Tinham a
forma de um tronco de pirâmide (paredes inclinadas em direção a um topo plano de
menores dimensões que a base), cujo comprimento era aproximadamente quatro vezes
a sua largura.
Começaram-se a construir desde a I Dinastia (cerca de 3100 a.C.) e foi o gênero
de edifício que precedeu e preparou as pirâmides. Quando estas começaram a ser
construídas, mais exigentes do ponto de vista técnico e econômico, a mastaba
permaneceu a sua mais simples alternativa.

Eram construídas com tijolo


produzido a base de argila e palha e
exposto ao sol do deserto (tijolo
cozido) de barro ou pedra
(geralmente, calcário) talhada com
uma ligeira inclinação para o interior,
o que vai ao encontro da etimologia da
palavra. Etimologicamente, a palavra
vem do árabe maabba = banco de pedra. Efetivamente, vistos de longe, estes edifícios
assemelham-se a bancos de lama, terra ou pedra.

Estrutura e Funcionalidades

Uma das portas da mastaba ligava a um gênero de capela funerária ou templo de


menores dimensões. As paredes dessa capela, paralelas às das paredes exteriores,
estão revestidas, no interior, de pinturas murais. Na parede em frente à porta da
capela simula-se uma outra porta, fictícia, simbolizando a ligação ao Reino dos mortos.
A simbologia mistura-se com a crença de
que poderá facilitar o regresso do morto
ao Reino dos vivos.

As mastabas tinham câmaras funerárias,


muitas das vezes escavadas bem abaixo
da base da mastaba, ligando à entrada.
Geralmente, há um poço que liga o topo da
mastaba à câmara funerária onde repousa
o sarcófago. Esse poço varia consoante a
posição social do defunto. Quanto mais
fundo, presume-se que maior seria o seu
"status".

Materiais

Acima da base do solo, o edifício visível, sinalizando a sepultura, era constituído


essencialmente por paredes feitas de tijolo de adobe empilhado. Isto fazia com que o
túmulo atingisse as proporções monumentais tão ao gosto egípcio, no entanto, era
responsável por um maior arrefecimento do seu interior, o que não permitia que o
corpo sepultado se mantivesse seco. Como consequência, a umidade favorecia a
decomposição do corpo o que, segundo as crenças religiosas do Antigo Egito, era
preocupante.
Crê-se que a pirâmide de Djoser em Sakara foi inicialmente projetada para ser
uma mastaba, ainda que já por si originalmente - seria totalmente construída em
pedra. Esta mastaba foi sendo expandida, construindo-se gradualmente cinco troncos
piramidais cada vez mais pequenos, até ficar com a forma piramidal.
Pinturas Murais

Por todo o Egito existem milhares de mastabas com uma grande variedade de
pinturas murais, algumas com valor artístico inestimável. Essas imagens retratam,
geralmente, atividades do quotidiano no antigo Egito. Deste modo, estes monumentos
funerários revelam-se uma fonte importantíssima de informação sobre este período
da história da humanidade, no que diz respeito à vida das classes mais modestas. As
pinturas que ornamentam as mastabas contrastam com as das pirâmides que
representam, essencialmente, a vida na corte e as atividades no palácio do faraó.
As mastabas eram muitas
vezes utilizadas como túmulo
familiar. Por isso, apesar da sua
antiguidade, continuaram a ser
utilizadas como última morada
dos descendentes do defunto
que as tinha inaugurado. Assim,
remodelações posteriores levam
à substituição do tijolo de barro
original pelo calcário e à
perfuração do poço a diversas
cotas, segundo a posição social
dos sucessivos defuntos.
Responder

1. O que significa a palavra Mastaba?


2. Quando elas começaram a ser construídas?
3. O que tinha nas paredes interiores da Mastaba?
4. Como eram construídas as Mastabas?
5. Qual o nome da pirâmide que originalmente foi projetada para ser uma Mastaba
e onde se localiza?
6. O que retratam as pinturas murais das Mastabas?
7. Muitas vezes as Mastabas eram utilizadas de?
8. Como era enterrado o defunto na Mastaba?
9. Desenhe uma Mastaba.

Zigurate

O zigurate é uma forma de templo, criada pelos sumérios e comum para os


babilônios e assírios, pertinente à época do antigo vale da Mesopotâmia e construído
na forma de pirâmides terraplanadas. O formato era o de vários andares construídos
um sobre o outro, com o diferencial de cada andar possuir área menor que a
plataforma inferior sobre a qual foi construído — as plataformas poderiam ser
retangulares, ovais ou quadradas, e seu número variava de dois a sete.
O centro do zigurate era feito de tijolos queimados, muito mais resistentes,
enquanto o exterior da construção mostrava adornos de tijolos cozidos ao Sol, mais
fáceis de serem produzidos, porém menos resistentes. Os adornos normalmente eram
envidraçados em cores diferentes, possivelmente contendo significação cosmológica.
O acesso ao templo, situado no topo do zigurate, se fazia por uma série de rampas
construídas no flanco da construção ou por uma rampa espiralada que se estendia
desde a base até o cume do edifício. Os exemplos mais antigos de zigurates datam do
final do terceiro milênio a.C., enquanto os mais recentes, do século VI a.C., e alguns
dos exemplos mais notáveis dessas estruturas incluem as ruínas na cidade de Ur e de
Chorsabad na Mesopotâmia.
Com a descrição supracitada pode-se formular uma imagem, ainda que básica, de
com que se parece um zigurate. A ideia que se tem de que serviam como lugar de
idolatria ou cerimônias públicas, contudo, não é correta. Na Mesopotâmia acreditava-
se que eram a morada dos deuses. Através dos zigurates as divindades colocariam-se
perto da humanidade, razão pela qual cada cidade adorava seu próprio deus ou deusa.
Além disso, apenas aos sacerdotes era permitida a entrada ao zigurate, e era deles a
responsabilidade de cuidar da adoração aos deuses e fazer com que atendessem as
necessidades da comunidade. Naturalmente os sacerdotes gozavam de uma reputação
especial na sociedade suméria. Além disso, os zigurates serviam de depósito de
cereais,moradia de governantes, biblioteca e servia para a observação do céu e das
estrelas e dos níveis das enchentes dos rios (Tigre e Eufrates).
Um exemplo de zigurate mais simples é o do Templo Branco de Uruque, na
antiga Suméria, que deve ter sido construído por volta de 400-300 a.C.. O próprio
zigurate é a base sobre o qual o Templo Branco repousa, e sua função é trazer o
templo mais próximo aos céus, de forma que pudesse prover acesso desde o solo até
lá, por meio de degraus — a estrutura teria a função, portanto, de uma ponte entre os
dois mundos. Por isso acredita-se que o templo dos sumérios seria um eixo cósmico,
uma conexão vertical entre o céu e a terra, e entre a terra o submundo; e uma
conexão horizontal entre as terras.
Um exemplo de zigurate sólido e abrangente é o de Marduque, ou Torre de
Babel, situado na antiga Babilônia. Infelizmente não sobrou nem mesmo a base daquela
poderosa estrutura, mas de acordo com achados arqueológicos e fontes históricas, a
torre colocava-se sobreposta a sete camadas multicoloridas, em cujo topo achava-se
um templo de proporções singulares. Acerca desse templo, acredita-se haver sido
pintado e preservado em cor anil, combinando com o cimo das camadas. É sabido que
havia três escadarias que levavam ao templo, e diz-se que duas delas ascendiam apenas
até a metade da altura do zigurate.
O nome sumério para a estrutura era Etemenanki, palavra que significa "A Fundação
do Céu e da Terra." Provavelmente construído sob as ordens de Hamurábi, averiguou-
se que o centro do zigurate de Marduque continha restos de outros zigurates e
estruturas mais antigas. O estágio final consistia dum encaixamento de 15 metros de
tijolos reforçados construído pelo monarca Nabucodonosor.
Responder

1. O que é um Zigurate e por quem foi criado?


2. Como era o formato do Zigurate?
3. Com quais materiais era construído o Zigurate?
4. Segundo a crença dos mesopotâmicos, para que serviam os Zigurates?
5. Quem podia entrar no Zigurate e qual a função que desempenhava?
6. Cite um exemplo de Zigurate mais simples e onde se localizava.
7. Cite um exemplo de Zigurate sólido e onde se localizava.
8. O que significa o nome Etemenanki?
9. Quem ordenou a construção do Zigurate de Marduque e qual o outro nome que
ele possui?
10. Quem ordenou a construção do estágio final do Zigurate de Marduque?

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