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XI Congresso Internacional da ABRALIC 13 a 17 de julho de 2008

Tessituras, Interações, Convergências USP – São Paulo, Brasil

O CONFLITO FAMILIAR E O ESPAÇO EM RUÍNAS EM OS DOIS


IRMÃOS, DE GERMANO ALMEIDA E DOIS IRMÃOS, DE
MILTON HATOUM
Prof. Doutorando Antonio Aparecido Mantovani1 (USP/UNEMAT)

Resumo:
O intercâmbio literário entre Brasil e Cabo Verde, que nasce na década de 30 do século XX não se
esgota enquanto manifestação literária nesse mesmo contexto. Este pode ser observado até a
atualidade e em outras regiões além do Nordeste brasileiro. A partir desta reflexão, este estudo tem
como objetivo investigar um novo espaço adicionado à identidade brasileira, a Manaus do
romance Dois irmãos, (2000), de Milton Hatoum e o contexto tradicional da ilha de Santiago, Cabo
Verde, retratado em Os Dois Irmãos, (1995), de Germano Almeida. Nestes dois romances, há uma
estreita ligação entre as personagens e o espaço em virtude de uma série de fatores como a
emigração, a influência dos valores da sociedade e o drama familiar por causa do adultério e da
vingança. Aqui focalizaremos principalmente as tensões das personagens a partir do espaço em
que estão inseridas.
Palavras-chave: Literatura brasileira e caboverdiana, Germano Almeida e Milton Hatoum.

O espaço pode ser tão importante quanto as demais categorias de um texto narrativo, tais
como foco narrativo, personagem, tempo, estrutura etc. É nele que as personagens circulam e a ação
se desenvolve, muitas vezes, em virtude dele mesmo. Em certas narrativas esse componente pode
estar bem diluído e, por isso, sua importância torna-se secundária, enquanto que em outras, ao
contrário, ele poderá ser fundamental e determinante no desenvolvimento da ação. Sendo assim,
cabe ao leitor descobrir qual a sua eventual função no desenvolvimento do enredo e onde se passa a
ação narrativa.
No Brasil, o espaço seja urbano, rural ou selvático, foi utilizado logo cedo como índice
diferenciador do país pelos ficcionistas. Há uma forte adesão ao espaço no romance brasileiro, que
procura retratar literariamente todo o país com suas variedades. Essa preocupação com o espaço
confirma uma tendência formal cada vez mais consolidada, sobretudo nas décadas de 30 e 40 do
século XX, com o denominado regionalismo brasileiro.
Nessas mesmas décadas também na literatura cabo-verdiana encontramos uma maior
preocupação com o espaço. Destacamos aqui a publicação do romance Chiquinho (1947), de
Baltasar Lopes. Este romance dialoga com vários romances do regionalismo nordestino, como
Menino de engenho, Vidas secas e O quinze. Mas o diálogo não se restringe a esses romances, e
nem apenas à prosa dessas duas literaturas.
Considerado um discípulo de Baltasar Lopes, o também escritor cabo-verdiano Germano
Almeida tem retratado a história de Cabo Verde em suas obras. Em 2003 lançou o livro Cabo
Verde: viagem pela história das ilhas, que segundo ele mesmo, trata-se de uma obra que aborda a
história de Cabo Verde desde o seu achamento. Para isto, o autor faz um passeio por todos os
espaços do arquipélago cabo-verdiano para narrar a história de cada uma das ilhas. Antes, porém,

1
Antonio Aparecido MANTOVANI, Prof. Ms. da UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus
Sinop e Doutorando em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, pela USP – Universidade de São
Paulo.
XI Congresso Internacional da ABRALIC 13 a 17 de julho de 2008
Tessituras, Interações, Convergências USP – São Paulo, Brasil

desta publicação, Germano Almeida publicou várias narrativas em que o espaço assume extrema
relevância. Entre elas, destacamos o romance Os dois irmãos2, publicado em 1995.
Como se vê, a adesão do romance brasileiro e cabo-verdiano ao espaço é altamente
expressiva. No Brasil, entre tantos espaços preenchidos de significados graças ao trabalho de
grandes criadores, como Os sertões, de Euclides da Cunha, o Nordeste de José Américo de
Almeida, o agreste de Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz e o sertão de Guimarães Rosa,
destacamos aqui mais um rico espaço adicionado à identidade brasileira, a Manaus de Milton
Hatoum. Na Manaus retratada por este autor, além do espaço enquanto ambientação, é relevante o
mapeamento geográfico que assume uma dimensão simbólica, distante dos pressupostos que
definiram o regionalismo nordestino do início do século XX. Na obra de Germano Almeida, o
espaço e a ambientação também são muito relevantes. Os dois irmãos (1995) apresenta um retrato
do contexto tradicional cabo-verdiano da ilha de Santiago na década de 70.
Segundo Germano Almeida, no prefácio de Os dois irmãos (1995), a história que deu origem
a este romance aconteceu na ilha de Santiago, por volta de 1976, quando ele, como Agente do
Ministério Público, foi designado para a “acusação de ‘André’ pelo crime de fratricídio”. Passado o
julgamento, e nunca se sentindo em paz, Germano escreveu o romance, no qual, segundo o próprio
autor, a realidade se confunde com a ficção. Desta forma, a escrita parece, para além do ofício de
escrever, ser uma maneira de o autor resgatar e compreender os motivos que levaram André (nome
fictício) a matar o próprio irmão. Na verdade, a consumação do crime ocorre, não pela vontade do
infrator, mas pela intensa pressão social exercida sobre ele, principalmente por parte do pai que o
ignorou completamente até a consumação do crime, repondo assim, a honra desfeita.
Neste romance, o narrador traz a sociedade (representada nas personagens presentes no
julgamento) para dentro da narrativa que se constrói no desenvolver do julgamento de André. Para
isto, dá a voz a várias personagens (testemunhas) que também não esclarecem tudo sobre a real
culpabilidade do homicida: “O juiz acabaria por considerar provado que André Pascoal matou o
irmão, mas em circunstâncias não de todo perfeitamente esclarecidas...” (ODI, p. 11). Diante da
influência do meio sobre André tendo por conseqüência o desfecho do crime, não sabemos se ele é
realmente culpado. Esta dúvida enriquece o texto e instiga o leitor, pois André se viu obrigado a
cometer um crime de acordo com a expectativa e os valores de uma sociedade cujo código de honra
está acima de tudo. Neste romance, o fratricídio ocorre mais devido à comunidade que envolve os
dois irmãos do que propriamente ao fratricida, conforme já se disse. Sendo assim, ele
aparentemente é tão vítima quanto o próprio irmão, pois nem se sabe se realmente houve o adultério
uma vez que somente o pai, já idoso, diz tê-lo presenciado.
Em Os dois irmãos (1995), as personagens são impactadas pelo meio. Ele é o principal fator
do conflito que desencadeia o crime. Ao retornar de Portugal, André encontra seu lar desfeito, “um
velório”, palavra do narrador. Segundo o próprio pai, “a vítima tinha ultrapassado todos os limites
do respeito e da decência debaixo do mesmo tecto” (ODI, p. 61). Ou seja, mesmo após o crime, o
pai, autêntico representante da comunidade, não se arrepende da pressão exercida sobre o filho
ainda que a vítima fosse seu outro filho.
Encontramos neste romance um retrato de uma sociedade (a cabo-verdiana) repartida entre a
modernidade e a tradição, entre a ruralidade e a urbanização, entre o isolamento e a comunicação.
Ao começar a se abrir para o mundo, a sociedade de André começa a pagar o preço das
interferências e mudanças. André retorna da metrópole à Ilha de Santiago sem as idéias de
vingança, pois, após quatro anos na Europa, não partilha mais dos costumes e valores de sua aldeia.
Esta sua mudança é incompreensível e renegada pelos seus aldeões, que o desprezam.

2
Para evitar sucessivas repetições dos romances em estudo, utilizaremos apenas as iniciais nas citações de excertos.
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Durante o período da chegada de André a Santiago e o desfecho do crime, ele passa por um
período conflitante de perplexidade ao ter de deixar a cultura adquirida em Lisboa para se readaptar
aos costumes locais. Neste momento, André passa ao que Milton Santos (2008, p. 328) chama de
“um embate entre o tempo da ação e o tempo da memória”. Sobre esse tempo em que se olha para o
passado e ao mesmo tempo para o futuro imediato é assim definido por Milton Santos:
A memória olha para o passado. A nova consciência olha para o futuro. O espaço é
um dado fundamental nessa descoberta. Ele é o teatro dessa inovação por ser, ao
mesmo tempo, futuro imediato e passado imediato, um presente ao mesmo tempo
concluído e inconcluso, num processo sempre renovado (2006, p. 330).
Diante da adversidade em que André se encontrava e da urgência da ação entre “futuro
imediato e passado imediato”, e ante o dilema entre o seu próprio sentido de moral e a necessidade
de ser aceito, ele acaba não encontrando outra saída a não ser cometer um assassinato legitimado
pela sua comunidade e pelo próprio pai, ainda que não fosse da sua própria vontade.
Muito da valorização estética desta obra reside assim na expectativa e nos valores da
sociedade de André, afirma José Carlos Venâncio (2005, p. 15). Trata-se de um romance social que
remete a uma sociedade bastante conservadora. Segundo o próprio Germano Almeida (2003), o
homem de Santiago é muito retraído e há uma explicação histórica para isto. A ilha de Santiago foi
utilizada em Cabo Verde como base principal para o comércio de escravos. Por isto, foi objeto de
uma extrema atenção religiosa, pois a escravidão se justificava para a Igreja Católica se ela tivesse
como fim salvar a alma do escravo; esta atenção facilitava o comércio de escravos ao impedir a
comunhão entre eles na prática de crenças que os unificavam:
Porém, não já assim com Santiago onde a maior abundância de escravos
possibilitava um maior apego e comunhão entre eles e até uma maior facilidade de
prática das crenças trazidas da África e que, portanto, a todo o custo era preciso
extirpar (ALMEIDA, 2003, p. 179).
Perdida a pátria, a família e a língua, para consolidar a escravidão só restava tirar dos escravos
a comunhão da prática de crenças comuns entre eles; estas precisavam ser eliminadas urgentemente
para então conhecerem o novo Deus (único, verdadeiro e poderoso) que tinha poder sobre todos os
outros que os escravos cultuavam.
Em virtude desta urgência, Santiago, em 1533, mesmo possuindo um reduzido número de
almas a serem “salvas” na ilha, já possuía nada menos que o segundo Bispado fora do território
português, 17 dignidades eclesiásticas e mais 12 cônegos, acrescenta Germano Almeida (2003). Isto
justifica este maior apego à moral e o conservadorismo da sociedade em que se insere André.
Também na obra de Milton Hatoum, o comportamento das personagens é impactado pelo
ambiente. Yaqub, ao ser mandado para morar no Líbano, distancia-se da família para sempre. Ao
retornar ao lar, ele se sente um estrangeiro na própria terra. Sendo assim, resolve voluntariamente ir
morar em São Paulo:
Somente Yaqub aparentava não se enquadrar nos padrões de conduta local. A
vinda para São Paulo, lugar frio e sério, insinua que ele encontrara, enfim, seu
verdadeiro habitat.
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O mesmo não ocorreu com Omar. A ida a São Paulo obrigou-o a colocar uma
máscara temporária de “seriedade” e “juízo”, no intuito de não ser escorraçado de
imediato pelos demais, mas o engodo foi descoberto, pois ele era um “peixe fora
d’água” (TOLEDO, 2004, p. 79).
Como mostra a pesquisadora Marleine Marcondes, o espaço (habitat) é de fundamental
importância para o fortalecimento da personagem. Os irmãos Yaqub e Omar tiveram seus domínios
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cada um em seu próprio espaço: o primeiro em São Paulo; o último em Manaus. Não adiantou
Omar tentar obter a sorte do irmão na Capital Paulista, aquele não era seu espaço, ele não se
adaptou ali, e após roubar o irmão, retorna a Manaus, lugar onde se sentia à vontade para as suas
noitadas, com a cumplicidade da irmã e da mãe. É ainda na fria e solitária São Paulo que Yaqub
preparou-se “para dar o bote: minhoca que se quer serpente, algo assim. Conseguiu. Deslizou em
silêncio sob a folhagem” (DI, p. 61), planejou e executou sua vingança que aniquilou
definitivamente o irmão.
Em Dois irmãos (2000) há uma estreita ligação entre espaço e personagens. Nesta obra, à
medida que o narrador desenvolve a estória das personagens, ele narra concomitantemente a estória
de Manaus, seu crescimento transformado depois em ruínas e sua transição para uma outra cidade.
As ruínas de Manaus estão diretamente ligadas às derrocadas de suas personagens. A própria
Manaus é uma importante personagem. Sua transição remete-nos diretamente aos novos habitantes
como Rochiram: “A fachada, que era razoável, tornou-se uma máscara de horror” (DI, p. 255).
Aqui, a casa de Zana é transformada numa loja de Rochiram que representa o progresso destruidor.
Para Rochiram, nada é permanente, seu único compromisso é com o lucro imediato a qualquer
custo.
O progresso sobre o preço da destruição do passado transformando o mundo em ruínas nos
remete a Walter Benjamin, no ensaio Sobre o conceito da história, quando afirma:
(...) O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado.
Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que
acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. (...) Essa
tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas,
enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. É o que chamamos de progresso
(BENJAMIN, 1994, p. 226).
Como nos mostra Benjamin, nada detém o progresso. Ele chega como uma tempestade e, tudo
transforma, ainda que acumule “ruína sobre ruína”. A Manaus retratada nesta obra, em cerca de 30
anos transforma-se em escombros e é novamente reconstruída; pena que não há mais espaços para
os antigos moradores.
Desta forma, a cidade da infância do narrador não existe mais no tempo presente da narrativa.
E, para reconstruir o espaço perdido, o narrador Nael lança seu olhar à deriva, ao passado. E à
medida do que ouviu ou presenciou, ele vai reconstruindo a estória da cidade e da família de Halim
com seu drama. A estória da Manaus antiga, um dos pilares do romance, está ligada principalmente
à de Halim. Um dos momentos mais comoventes do romance é quando esta personagem presencia a
destruição da cidade flutuante:
Halim balançava a cabeça, revoltado, vendo todas aquelas casinhas serem
derrubadas. Erguia a bengala e soltava uns palavrões, gritava “Por que estão
fazendo isso? Não vamos deixar, não vamos”, mas os policiais impediam a entrada
no bairro.
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Tudo se desfez num só dia, o bairro todo desapareceu. Os troncos ficaram
flutuando, até serem engolidos pela noite (DI, p. 211).
Com a destruição da cidade flutuante (um bairro que flutuava sobre o Rio Negro), Halim vê
parte de sua vida destruída. Para ele aquela destruição representava o fim de muitos momentos
felizes e de tantas estórias que só ficariam na memória. Ali estavam naufragando tantas amizades e
uma parte boa do seu passado. Destruída a sua cidade, só resta ao náufrago Halim, “longe das
margens do rio, arrastado pela correnteza para o remanso do fim” (DI, p. 183), esperar pela morte
que não demora a chegar. Num final de noite é encontrado no sofá: “Estava quieto como nunca.
Calado, para sempre” (DI, p. 213).
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A morte de Halim representa o fim da Manaus romântica com sua ambientação diferente de
outras cidades, pois seu clima, suas cores e odores são incomuns. Nesta Manaus há uma constante
revitalização da vegetação equatorial com seu cheiro de floresta e lodo. É principalmente através da
trajetória desta personagem que conhecemos boa parte de Manaus com seu Mercado Municipal, A
Manaus Harbour (o porto), a Praça Nossa Senhora dos Remédios e a Igreja. Com a personagem
conhecemos ainda “Tantos pequenos povoados e vilas nas margens de cada rio e seu afluentes...”
(DI, p. 156).
A destruição da cidade flutuante representa ainda os males da colonização que esvazia e
desmorona casas, ficando apenas na memória o paraíso perdido para uma leva de novos ricos
representados por Rochiram. Esses buscam apenas o lucro fácil num mundo onde tudo pode ser
descartado, inclusive o ser humano. O passado para eles não tem nenhum valor, o que já não serve,
joga-se fora. O romance Dois irmãos, ainda em tempo, resgata e retrata o que resta da Manaus
antiga, que só existe na memória de quem a conheceu. Já na ficção homônima de Germano
Almeida, a estória do duelo entre os irmãos perpassa pelo social, numa sociedade que ainda não
perdera as amarras, mas que está pagando pela abertura às influências vindas de fora. No romance
cabo-verdiano de Germano, a casa, espaço familiar, tenta voltar à função primeira; no romance
brasileiro de Hatoum, tudo está acabado.

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