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Publicado em
14/01/2020
Leitor desde menino em Duartina (SP), onde nasceu em 1947 e permaneceu até
1962, nunca planejou ser editor. Gostaria de ser médico, mas a morte do pai,
Yukio Takahashi, em 1961, alterou os planos. “Após desistir da medicina,
continuei os estudos e segui com o meu hábito permanente de leitura. Só entrei
no meio editorial porque algumas pessoas se impressionaram por eu passar no
concurso do Banco do Brasil, em 1965, aos 17 anos, com nota alta em português.
Posteriormente, também fui aprovado no curso de Direito [na USP] com nota dez
em português, fato divulgado em jornais”, conta.
Fotos: Sergio Caddah
Ele concedeu entrevista ao Cândido em seu escritório, no sótão da Global,
localizado em um casarão construído em 1891 no bairro da Liberdade, na cidade
de São Paulo — onde vive desde 1966. Durante três horas, comentou alguns dos
principais momentos de seu vasto percurso no mercado do livro, com destaque
para o fato de ter editado, na Ática, Murilo Rubião. Takahashi tornou a literatura
do escritor mineiro visível em todo o país — o livro O pirotécnico Zacarias (1975),
de Rubião, inaugurou a coleção “Nosso tempo” e vendeu quase 100 mil
exemplares.
O editor falou sobre o convívio com Marcos Rey, que, de acordo com Takahashi,
tinha disposição para escrever um livro por dia e recebia aproximadamente R$
90 mil por mês para publicar, pela Ática, apenas 1 título por ano. O editor
mencionou outros sucessos editoriais, entre eles a coleção “Para gostar de ler” e
a série “Vaga-lume”.
E funcionou?
A tiragem inicial esgotou e a Ática ainda fez duas reimpressões. Ou seja,
O pirotécnico Zacarias, do Rubião, vendeu praticamente 100 mil exemplares.