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Curso de Formação de Editor de Livros

Turma 11

Aula 1

PANORAMA GERAL DO MERCADO

Paulo Verano
8 jun. 2021
MAPA DAS CONVERSAS

Aula 1
1. Panorama geral do mercado (1980-2021).
2. Principais tendências observadas na atualidade.

Aula 2
1. Overview sobre mercado editorial brasileiro a partir das pesquisas
disponíveis.
PANORAMA GERAL DO MERCADO
MODIFICAÇÕES DO MERCADO EDITORIAL BRASILEIRO
(1990-2021)
▪ Até o final dos anos 1980, o mercado editorial brasileiro é
relativamente “estável”. * Sucessivas crises políticas e econômicas.
▪ Predomínio de editoras familiares. * Editores emblemáticos x
Surgimento de novos editores.
▪ Relacionamentos mais pessoais: autores e editores; editores e
livreiros etc.
▪ Desenho estático da cadeia editorial: escritor > editor > distribuidor
> livreiro > leitor.
▪ Editoras e livrarias estão estruturadas em departamentos definidos.
▪ Equipes editoriais estão no centro da estrutura. O editor é o dono.
▪ Predomínio de livrarias de rua, com livreiros curadores.
* A magia dos lugares.
▪ Jornalismo tem força e pauta lançamentos.
▪ Publicar é caro. Ações independentes têm baixo alcance.
A importância da livraria de rua.
Lêdo Ivo e Lygia Fagundes Telles, 1973
A importância dos cadernos culturais
Massao Ohno e Hilda Hilst; Itamar Assumpção.
O alcance dos independentes
Caio Graco. Primeiros Passos.
A importância da editora Brasiliense
A importância da editora Brasiliense
Luiz Schwarcz (Companhia das Letras) e
Jorge Zahar (Zahar Editores)
Ênio Silveira (Civilização Brasileira)
▪ A partir dos anos 1990, o mercado editorial brasileiro começa a se
profissionalizar com força. * Estabilização e abertura da economia.
▪ Os grandes negócios vão se tornando partes de grandes
conglomerados. * PNLD. Ao mesmo tempo, editoras médias se
organizam (LIBRE).
▪ Relações vão se formalizando. Cadeia editorial se complexifica.
▪ Novas tecnologias começam a alterar desenhos dos
departamentos.
▪ Marketing e Financeiro ganham força. * O editor entra na
engrenagem.
▪ Livrarias começam a migrar das ruas para os shoppings.
* Consignações.
▪ Jornalismo tem força e pauta lançamentos, mas amplia-se a
influência da tevê e, no final da década, engatinha a internet.
▪ Publicar ainda é caro. Ações independentes ampliam alcance.
* Surge o Indie.
Anos 1990. As livrarias de shopping.
O conceito das megastores
O PNLD (1985-)
Charles Cosac (Cosac Naify).
Novo sopro de inovação (1996-2015)
Nirvana (1990) e o novo alcance do Indie
Anos 1990. A importância dos lançamentos.
O jornalismo cultural ainda pauta
Anos 1990: a Casa da Palavra e a Primavera dos Livros.
A reinvenção vem do Rio
Entre os organizações livreiras tradicionais, a CBL (1940) e o Snel (1941),
surge em 2002 a Libre (Liga Brasileira das Editoras Independentes)
▪ A partir dos anos 2000, a profissionalização do mercado está
implementada. * Entrada de players internacionais.
▪ Os grandes negócios estão amplamente estruturados dentro de
grandes conglomerados, sejam nacionais ou internacionais.
* Ampliação do PNLD.
▪ Relações formalizadas. Cadeia editorial começa a abraçar o digital.
▪ Novas tecnologias se amplificam com internet e modificam a
cadeia editorial.
▪ Marketing e Financeiro se impõem. * O editor está na engrenagem.
▪ Livrarias se mudam para os shoppings.
* Livraria Cultura se consolida.
▪ Jornalismo impresso e digital começa a concorrer com dinâmica da
internet.
▪ Publicar ainda é caro, mas começam a aparecer alternativas.
Anos 2000: os grandes grupos se consolidam
Anos 2000: Pedro Herz consolida a Livraria Cultura
Anos 2000: Luiz Schwarcz consolida a Companhia das Letras
▪ A partir dos anos 2010, a profissionalização do mercado já está
incorporada à dinâmica do negócio. Concentração cresce.
* Seguidas incorporações.
▪ Os grandes negócios estão amplamente estruturados dentro de
grandes conglomerados nacionais ou internacionais.
* Aumenta dependência escolar.
▪ Relações formalizadas. Novos players na cadeia editorial.
* Agente literário.
▪ O negócio editorial tem suas peculiaridades.
* Epstein, 2001, Chiffrin, 2010, Calasso, 2020.
▪ Marketing e Financeiro tomam o principal das decisões. * O editor.
▪ Livrarias de shoppings dão sinais de esgotamento. Inicia-se um
processo de retomada das livrarias de rua. * Amazon Brasil (2014).
▪ Redes sociais se impõem e começam a pautar o jornalismo
impresso e digital.
▪ Surge uma nova cena publicadora independente.
* Embaralhamento.

➢ E essa nova cena publicadora independente está olhando


novamente para a cidade!

▪ Feiras de publicações: Tijuana, Plana, Miolo(s).


▪ Contato com novas editoras criativas e espaços comerciais
inovadores: Patuá, Lote 42.
▪ Um novo jeito de editar: leve, com qualidade, inovador,
“camarada”. Um “novo” independente.
▪ E o mais interessante: com novas esferas de circulação que
recolocam o livro no espaço público e acompanhado de
comercialização potente.
▪ A PARTIR DE ENTÃO, para pensar mercado editorial é preciso
pensá-lo necessariamente como um jogo de forças complexo.
* Tempos ambivalentes.
▪ Entre os grandes conglomerados e as pequenas estruturas
independentes.
▪ Entre os relacionamentos formais e burocráticos e a retomada do
trato pessoal.
▪ Entre as novas tecnologias digitais e o resgate da materialidade
do livro.
▪ Entre a imposição do Marketing/Financeiro e o resgate do Editor.
▪ Derrocada das grandes cadeias livreiras brasileiras. * Amazon.
▪ Pluralidade: retomada de livrarias de rua, feiras de publicações,
autopublicação, crowdfunding, clubes de livro etc. etc.
▪ Redes sociais e jornalismo impresso e digital interagem.
▪ Publicar fica mais barato e impulsiona esse novo mercado.
Anos 2010: a força dos conglomerados editoriais
Anos 2010: derrocada das grandes livrarias.
FNAC deixa Brasil em 2017
Anos 2010: derrocada das grandes livrarias.
Laselva pede falência em 2018
Anos 2010: derrocada das grandes livrarias.
Livrarias Cultura e Saraiva pedem recuperação judicial em 2018
Anos 2010: Jeff Bezos, Amazon.
Criada em 1994, a Amazon chega ao Brasil em 2012
Anos 2010: retomada das livrarias de rua.
A Livraria Martins Fontes (1960) se estabelece como livraria de rua que
aposta só em livros
Anos 2010: retomada das livrarias de rua.
A Livraria da Travessa (1986) se estabelece como livraria de rua que
aposta só em livros
Anos 2010: florescimento de novos negócios editorias.
A Feira Tijuana é criada em 2009
Anos 2010: florescimento de novos negócios editorias.
A Feira Miolo(s) é criada em 2014
Anos 2010: florescimento de novos negócios editorias.
A Banca Tatuí é criada em 2015
Anos 2010: florescimento de novos negócios editorias.
A Patuscada Bar e Livraria é criada em 2015
Anos 2010: florescimento de novos negócios editorias.
A Rizoma Livraria é criada em 2017
Anos 2010: florescimento de novos negócios editorias.
A Banca Curva é criada em 2018
Anos 2010: florescimento de novos negócios editorias.
A Mercearia São Pedro cria a Livraria Gutenberg em 2019
Anos 2010: florescimento de novos negócios editorias.
A Livraria da Tarde é criada em 2019
Anos 2020: a pandemia e os novos negócios editorias.
A Livraria Gato Sem Rabo é criada em 2021
PRINCIPAIS TENDÊNCIAS OBSERVADAS
▪ O profissional do livro entre a especialização e a visão
generalista.
▪ Desenvolvimento de duas competências: entendimento
aprofundado da função a ser desempenhada e, ao mesmo tempo,
necessidade de visão do todo.
▪ Do trabalho estruturado em departamentos (editor edita, designer
cria, revisor revisa, comercial vende) a uma grande integração.
(E ao acúmulo de funções.)
▪ Aumento da terceirização. * Riscos e oportunidades.
▪ Publisher x editor. Grande rede livreira x livreiro curador.
▪ O editor deixa de ser a “pessoa do texto” para ser um “gestor de
prazos”. Mas, ao mesmo tempo, começa a retomar seu papel
central. * Idem com livreiros.
▪ Nova cena editorial convive com a ascensão da autopublicação,
com os e-books, audiolivros e e-commerce.
▪ O ambiente profissional torna-se cada vez mais competitivo
dentro dos negócios editoriais.
▪ A nova cena publicadora independente resgata certa
“camaradagem” entre os profissionais, trocando a competição
pela colaboração.
▪ As novas livrarias de rua resgatam o contato íntimo com o autor,
com o editor, com o livro, com o autor. * Experiência.
▪ Destaque da cena independente leva a uma revisão nos fazeres
e a um novo modo de comunicar. E isso vale para determinadas
editoras de conglomerados, para novas editoras com
investidores que se inspiram nos independentes e para as
próprias editoras independentes, que ganham capilaridade.
Ubu Editora, criada em 2016 como herança da Cosac Naify
Todavia Livros, criada em 2017 por ex-editores da
Companhia das Letras
Editora Antofágica, criada em 2018 olhando para a
atualidade dos clássicos
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
▪ Os avanços tecnológicos levam a uma redução de custos editoriais
e a uma ampliação de oportunidades. * Porém, a uma grande
oferta de atrações.
▪ Impressão de pequenas tiragens com boa qualidade e custos
adequados.
▪ Publicação por demanda (P.O.D.) traz soluções para fundo de
catálogo.
▪ Surgimento de novos negócios editoriais ou retomada de antigas
iniciativas sob novos conceitos.
▪ Clubes de livro, e-books, audiolivros, crowdfunding, autopublicação
(KDP Amazon e outros), pequenas livrarias de nicho.
▪ Certa democratização de acessos solucionando antigos gargalos.
▪ Redes sociais, e-commerce, editais de governo.

➢ Resgate de um certo Do It Yourself punk dos anos 1970.


IMPACTOS DA PANDEMIA

▪ Editoras de modo geral ainda têm atuação offline, e situação as


obriga a atuarem mais vivamente no digital: lives, redes sociais,
e-commerce, plataformas digitais, e-books, audiobooks,
lançamentos virtuais, planejamento de lançamentos, feiras
virtuais. * Festa Virtual do Livro da USP; Miolo(s) Virtual 2020.
▪ Editoras precisam rever seu ritmo de lançamentos. Ao mesmo
tempo, longa pandemia traz temáticas e práticas de consumo
novas.
▪ Novas cenas editoriais vinham se desenvolvendo em torno do
contato: feiras de publicações, pequenas livrarias. Necessidade de
reinvenção.
▪ Livrarias físicas precisam se capacitar muito rapidamente para
atuarem online. E, ao atuarem online, dão de frente com a Amazon.
IMPACTOS DA PANDEMIA

▪ Distopias x escapismo.
▪ Pandemia x fantasia.
▪ Entendimento dos ritmos naturais.
▪ Aumento do mercado digital.
▪ Crescimento de vendas de boxes. Maratonar livros. O conforto do
conhecido.
▪ Emergência de bandeiras identitárias refletindo-se nos livros mais
vendidos.
▪ Fortalecimento de artistas e escritores negros.
▪ Crescimento dos clubes de assinatura de livros.
▪ Crescimento do mercado de livros para crianças.
▪ Crescimento das livrarias virtuais.
Anos 2020: fortalecimento das bandeiras identitárias
Anos 2020: fortalecimento das bandeiras identitárias
Anos 2020: fortalecimento das bandeiras identitárias
Anos 2020: fortalecimento das
bandeiras identitárias
Anos 2020: fortalecimento das
bandeiras identitárias
Anos 2020: entendimento dos ritmos naturais
Anos 2020: a força das distopias
Anos 2020: a
virtualização dos
eventos
presenciais
QUESTÕES GERAIS LIGADAS AO LIVRO NO BRASIL
QUESTÕES GERAIS LIGADAS AO LIVRO NO BRASIL

Sociais
• Baixo consumo per capita. Mercado potencial x mercado real. *
• Baixos níveis gerais de escolaridade.
• Incerteza nas políticas culturais e educacionais.
• Aumento das taxas de desemprego e queda no poder aquisitivo.
• Escassez do tempo e fragmentação do conhecimento.

Culturais
• Força do rádio (podcasts), da televisão e da internet (streaming)
como fontes de informação e de entretenimento.
• Crise das grandes redes x Amazon x novas livrarias de rua.
• Busca por atividades mais interativas. WhatsApp. Fake News.
• Mundo online: Pirataria, “cultura do grátis” e controle.
QUESTÕES ESPECÍFICAS LIGADAS AO LIVRO NO BRASIL

“Gargalos” e ampliação das concorrências


• Os grandes grupos corporativos x As pequenas editoras.
• A crise das grandes livrarias e do modelo de consignação.
• A Amazon, os marketplaces, os e-commerce e os metadados.
• A dependência das vendas governamentais e a maximização do lucro.
• O fortalecimento das livrarias de rua e das feiras de publicações. *

Mudanças e oportunidades
• A autopublicação, o e-book, o audiobook e os aplicativos.
• A internet, as redes sociais e os Youtubers.
• Nicho x massa. Materialidade do livro x oportunidades digitais.
• O crowdfunding. Os novos clubes de assinatura de livros.
• Certa democracia do consumo.
MODIFICAÇÕES EM RELAÇÃO À AUTORIA E À CRÍTICA:

• A importância dos autores que têm redes constituídas e


seguidores. Autores têm diferentes potenciais de vendagem.
• A competição com a internet leva a textos curtos e em pílulas,
mas ao mesmo tempo à produção de livros volumosos que
viralizam. * A imprevisibilidade do ato de publicar.
• As fan-fics e os Youtubers fazem muito sucesso, tornando o
leitor escritor e o fã, crítico. Os autores celebridades.
• A autopublicação ganha corpo (p. ex.: Kindle Direct Publishing),
levando ao risco do “apagamento” do editor, mas também a
oportunidades de atuação como prestador de serviços.
• A experiência da escrita se amplia com os vários suportes.
• Novas experiências de escrita e de publicações “transmídia”.
• Espaço cada vez maior para o “paratexto” audiovisual.
MODIFICAÇÕES EM RELAÇÃO À EDIÇÃO:

• O processo editorial se moderniza em todas as suas etapas.


• Grandes corporações: esforços de padronização e barateamento
dos processos de produção.
• Automação x Artesanal. Global x Local. Massa x Nicho.
• O livro: barato para produzir, mas caro para divulgar.
• Grandes grupos corporativos x Editoras independentes.
• Fortalecimento de uma cena independente que atualiza ações e
papéis do passado e se coloca com força nova no mercado.
• Ampliação do número de editoras, diluindo o mercado editorial.
• As editoras tradicionais passam a competir: com a
autopublicação, com o streaming, com as redes sociais, com outras
opções de lazer, com outros modelos editoriais.
• O e-book e o audiobook como apostas. *
• Surgimento de novos modelos comerciais e de logística:
crowdfunding, p.o.d., autopublicação, clubes de assinatura.
MODIFICAÇÕES EM RELAÇÃO ÀS LIVRARIAS:

• As livrarias físicas passam a ter a concorrência das lojas virtuais,


dos vários marketplaces e dos e-commerce.
• A Amazon desestabiliza o mercado livreiro brasileiro, atingindo
grandes redes como Cultura e Saraiva.
• Ficam fortalecidos os metadados, os algoritmos, os motores de
busca e a comparação de preços.
• A “cultura do desconto” torna-se prática e risco.
• A consignação expõe seus limites.
• Há um ilimitada oferta virtual e uma limitada oferta física.
• Há uma decadência das lojas de shopping e um florescimento
das lojas de rua, além do fortalecimento de lojas pioneiras e que
priorizam o livro (Martins Fontes Paulista).
• Há um crescimento das feiras de publicações, inclusive virtuais. *
MODIFICAÇÕES EM RELAÇÃO AOS BIBLIOTECÁRIOS E À
FORMULAÇÃO DE NOVAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE LEITURA:

• Cenário de hiper-informação dificulta o acompanhamento das


novidades editoriais.
• O mercado editorial opera entre a grande concentração de
editoras muito grandes e a gigantesca diluição das demais.
• A importância da bibliodiversidade.
• A representatividade dos acervos.
• O paradoxo brasileiro: a maior política de compra e distribuição
gratuita de livros do mundo (PNLD) versus um dos piores índices
de leitura do mundo.
• O PNLL e a Lei do Livro.
• A importância da mediação de leitura e da formação de leitores,
como tarefa urgente da cadeia editorial como um todo.
MODIFICAÇÕES EM RELAÇÃO AOS LEITORES:

• Busca por atividades mais interativas.


• Diminuição do tempo destinado à leitura, graças ao assédio de
outros meios digitais.
• Aumento da dificuldade de concentração.
• Aumento da dificuldade de leitura de textos mais complexos.
• E-book e audiobook com comportamentos diferentes.
• Aumento da produção editorial dificulta acompanhar as novidades,
o que reforça a importância de se investir em mediação de leitura.
• Necessidade de entendimento de que o leitor está na internet e
que os esforços precisam ser para a entrada do livro na internet, e
não para a retirada do leitor da internet em direção ao livro.
• Parcerias com NetFlix. Sucessos retroalimentados pela Internet.
• Influências de jogos e acompanhamento de outros fenômenos
culturais globais.
MODIFICAÇÕES NO TRABALHO DO EDITOR:

• Mapear modificações: sempre refletir sobre o negócio do livro.


• Acompanhar a atuação dos grandes editores do passado e do
presente: quem são eles? O que fazem de diferente?
• Da criação à comercialização: entender o funcionamento de toda a
cadeia editorial.
• Formação continuada: localizar-se entre a especialização e a visão
generalista. Aliar profundidade com visão geral.
• Mapear oportunidades: premiações, clubes de livro, autopublicação,
crowdfunding, programas governamentais, iniciativas digitais.
• A cena da publicação independente: coletivos e parcerias, uma
retomada do modo artesanal de editar, os grandes autores compondo
com as pequenas editoras, as novas livrarias.
• A aposta nas novas tecnologias: e-book, áudiolivro.
• Acompanhar iniciativas de outras áreas da cultura e do entretenimento.
REFLEXÕES FINAIS
ALGUMAS MUDANÇAS DE PARADIGMAS

▪ Tudo junto e misturado: possibilidade de atuações múltiplas.


▪ O lugar das inovações: nas corporações ou nas iniciativas
independentes? Ou em ambas?
▪ Um novo independente: híbrido em suas escolhas.
▪ A edição independente como um “espírito” que chega a
editoras que têm investidores: em busca de modelos mais ágeis
que têm o foco no fazer. Todavia, Ubu, Antofágica.
▪ O mercado editorial entre a concentração e o mosaico
multifacetado: best-sellers, corporações didáticas, infinitas
iniciativas editoriais, certa retomada do fazer artesanal.
▪ O papel da crítica hoje: a mídia tradicional, os blogs, os
Youtubers, as redes sociais, os fãs.
➢ Carreiras editoriais não precisam mais ser lineares ou
monótonas: difícil serem, inclusive. E isso é bom e é ruim.
ALGUNS IMPACTOS SOBRE O TRABALHO DO EDITOR:

▪ Mapear modificações: sempre refletir sobre o negócio do livro.


▪ Acompanhar a atuação dos grandes editores do passado e do
presente: quem são eles? O que fazem de diferente?
▪ Da criação à comercialização: entender o funcionamento de toda a
cadeia editorial.
▪ Formação continuada: localizar-se entre a especialização e a visão
generalista. * Aliar profundidade com visão geral.
▪ Mapear oportunidades: premiações, clubes de livro, autopublicação,
crowdfunding, programas governamentais, iniciativas digitais.
▪ A cena da publicação independente: coletivos e parcerias, uma
retomada do modo artesanal de editar, os grandes autores compondo
com as pequenas editoras, as novas livrarias.
▪ A aposta nas novas tecnologias: e-book, audiolivro.
▪ Acompanhar iniciativas de outras áreas da cultura e do entretenimento.
▪ Acompanhar iniciativas provenientes de outros setores da cultura
e do entretenimento. * Buscar chaves de convergência, e não de
oposição.
▪ A inovação pode estar nos grandes conglomerados e nas
pequenas iniciativas independentes. * Evitar visões dicotômicas.
▪ Carreiras editoriais não precisam ser lineares. E é mesmo difícil
serem.
▪ Novos modelos editoriais e comerciais digitais terão mais
dificuldades se se opuserem à liberdade de seus usuários. *
Controle. * Pirataria.
.
PARA ENCERRAR

➢ Não ter medo de pensar o livro como negócio.


➢ Não ter medo de não pensar o livro como negócio.

➢ Não ter medo de olhar para outros negócios.


➢ Não ter medo de reinventar o negócio do livro.
➢ Não ter medo de criar um lugar novo para o livro.

➢ Entre o impresso e o digital.


➢ Entre as corporações e os independentes.

➢ Época de valorização da autenticidade favorece a edição


independente/autoral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA
ACOMPANHAMENTO
SITES PARA SE INFORMAR SOBRE O MERCADO EDITORIAL

CBL. Disponível em: http://www.cbl.org.br


LIBRE. Disponível em: http://www.libre.org.br
MERCADO EDITORIAL. Disponível em: https://mercadoeditorial.org/
PUBLISHERS MARKETPLACE. Disponível em:
https://www.publishersmarketplace.com/
PUBLISHERS WEEKLY. Disponível em: https://www.publishersweekly.com/
PUBLISHNEWS. Newsletter gratuito. Disponível em:
www.publishnews.com.br
REVISTA QUATRO CINCO UM. Disponível nas bancas e em:
https://www.quatrocincoum.com.br/
SNEL. Disponível em: http://www.snel.org.br

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