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Artes

Aula 2 – Arte egípcia


Grandiosidade e eternidade
Professor Estéfani Martins
A história do Egito Antigo, localizado no desértico nordeste da África e nas
margens do Rio Nilo, é dividida em dois grandes períodos o pré-Dinástico
(Egito organizado em nomos liderados por nomarcas) e o Dinástico [surgido
com o primeiro faraó, Menés, responsável por unir os dois reinos do baixo e do
alto Egito, daí derivam o Antigo Império (3200-2000 a.C.), Médio Império (2000-
1580 a.C.) e Novo Império (1580-525 a.C.)], que respondem por um extenso
intervalo de tempo entre o início do desenvolvimento civilizatório mais
complexo e conhecido por volta de 3200 a.C. até o século I a.C., quando são
sucessivamente dominados por povos persas (525 a.C.), macedônios (332 a.C.)
e finalmente romanos (30 a.C.).
A civilização egípcia ficou notória pela sua sofisticação artística, pelos seus
feitos arquitetônicos singulares, por sua tecnologia avançada e por sua
relação peculiar com a morte e a religiosidade.
AD - A Paleta do Rei Narmer. Unificação do Egito. 3000 a.C
FF
A sociedade egípcia é uma das principais e primeiras civilizações da
Antiguidade, pois divide essa primazia, por exemplo, com a Mesopotâmia. Essa
distinção justifica-se em função do dinamismo, da abundância e da
complexidade de suas realizações artísticas, urbanísticas, culturais, sociais,
etc., muito amparadas na fertilidade de seus campos anualmente fecundados
pelas enchentes do Nilo, que era também sua mais importante via de
transporte e comunicação.
A organização social do Egito Antigo era complexa e hierarquizada, em função
da qual o faraó – para eles, um deus na terra – era a autoridade máxima
militar, civil e religiosa. Daí, pode-se depreender a razão dos aspectos
conservadores, estamentais e hierárquicos dessa sociedade.
Fonte: http://www.thinglink.com/scene/462716095791366145
A religião do Egito Antigo, baseada num panteão extenso de deuses, tinha
grande importância na orientação da existência prática dos egípcios, até
porque acreditavam que os deuses poderiam interferir decisivamente na vida
das pessoas, com a intenção de garantir, inclusive, uma sociedade
hierarquizada, conservadora e tradicionalista.
A religiosidade desse povo era muito associada a ritos funerários e à crença
na vida após a morte, que, aliás, era vista como mais importante do que a
terrena. Há ao menos 100 mil anos o homem pratica rituais funerários.
No contexto dos complexos ritos funerários egípcios, destaca-se a
mumificação que ambicionava conservar eternamente um corpo como uma
condição para que se gozasse da vida eterna. Era um privilégio reservado mais
comumente à realeza, que era sepultada com riquezas e recursos (mobiliário
funerário) para serem usados na vida pós-morte, a fim de que se pudesse
prover, com essas preocupações, conforto espiritual e material ao defunto.
A cultura do Egito Antigo foi muito influenciada pelas manifestações culturais
de várias regiões como a Ásia Anterior e o Mediterrâneo, das quais foram
assimilados variados ensinamentos e experiências, que enriqueceram de forma
espetacular a cultura egípcia a ponto de ser compreendida como uma das
civilizações mais importantes da História pela sua expressiva produção
cultural, pela sua ciência visionária, por sua arte monumental e requintada e
por sua influência na civilização ocidental.
http://www.thinglink.com/scene/462716095791366145

AD - Arte egípcia – pintura sobre papiro – “Livro dos mortos”.


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A arte egípcia, simbólica, hermética e grandiloquente, era um meio de
eternizar a grandiosidade do povo, dos líderes e dos deuses egípcios, como
bem ilustram templos como os de Carnac e Luxor, dedicados ao deus Amon, e
túmulos grandiosos como as pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e
Miquerinos.
Muitas de suas realizações nesse campo da atuação humana resistem há mais
de 3000 anos, o que confirma não só as aspirações da arte egípcia por meio
da busca pela eternidade baseada na monumentalidade e solidez de muitas
de suas obras, especialmente as arquitetônicas. Essa visão de arte associada à
construção de monumentais e grandiloquentes manifestações artísticas em
especial na arquitetura mortuária e na estatuária era uma forma de render
glórias aos deuses e eternizar a devoção religiosa desse povo.
Tecnicamente, a arte egípcia antiga é caracterizada em linhas gerais pela
representação estática e sem emoções de figuras, pela ordem geométrica,
pela Lei da Frontalidade e pela atenta observação da natureza.
Arte egípcia – Pirâmides de Gizé (Quéops, Quéfren e Miquerinos) – Cairo, Egito.
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Arte egípcia – Pirâmides de Gizé (Quéops, Quéfren e Miquerinos) – Cairo, Egito.
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A arquitetura egípcia foi concebida sob a perspectiva da conservação, da
solidez, da perpetuidade, da regularidade geométrica, da apropriação de
elementos naturais com a integração de suas edificações a formações
rochosas, da simbologia enigmática, da inacessibilidade e da grandiosidade.
Os túmulos e os templos são suas principais realizações, que refletiam em
grandeza o “status” social de quem seria sepultados neles. Os túmulos podem
ser divididos em três estilos:
Pirâmide - túmulo em formato piramidal que pode ou não ser escalonado e
é destinado exclusivamente ao faraó e à realeza;
Mastaba - túmulo escalonado (com degraus) em formato de trapézio feito
de tijolos, normalmente destinado à nobreza.
Hipogeu - túmulo subterrâneo formado por série de câmaras escavadas
nos flancos de montanhas, que foi usado por grupos sociais diversos até se
estabelecer como construção dedicada à nobreza.
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Arte egípcia – Esquema de pirâmide de degraus, mastaba e pirâmide lisa.
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Arte egípcia – Esfinge e Pirâmides de Gizé (Quéops, Quéfren e Miquerinos) –
Cairo, Egito.
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Arte egípcia – Pirâmides de Gizé (Quéops, Quéfren e Miquerinos) – Cairo,


Egito.
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Arte egípcia – Pirâmide de Djoser ou Pirâmide de Sacará ou Pirâmide de


Degraus (c. 2667–2648 a.C). 3°Dinastia. Sacará, Egito...
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Arte egípcia – Mastaba do faraó Shepseskaf, chamada “Mastaba el


Fara´un” (c. 2510 a.C.), da 4.a Dinastia, Sakara, Vale funerário de Mênfis,
Egito..
Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/falando-em-piramides/.
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Os templos eram dedicados a deuses e a faraós e tinham uma estrutura
regular composta de avenida ou dromos, obeliscos, estátuas, muros
inclinados, relevos, pátio, colunas, salas e sacrário.
Dentre as estruturas típicas dessas construções, destacam-se as colunas dos
templos egípcios que podem ser divididas em três tipos básicos conforme o
formato do capitel (parte superior): palmiforme, capitel inspirado nas folhas e
flores da palmeira branca; papiriforme, capitel inspirado nas flores do papiro,
nessa ordem o fuste da coluna é igualmente fasciculado com arestas vivas, em
alguns casos, o capitel apresenta as “pétalas” abertas, por isso passa a ser
chamado campaniforme; e lotiforme, capitel representa um ramo de lótus
com pétalas fechadas e o fuste simula vários caules como se estivessem
atados.
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Arte egípcia – Templo da rainha Hatshepsut, Deir el-


Bahari.( 1500 a.C.). Deir Elbari, Egito. .
Arte egípcia – capitéis palmiforme, lotiforme e papiriforme.

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A escultura egípcia da Antiguidade era caracterizada pelas proporções
exageradas do corpo; pela Lei da Frontalidade (Frontalismo) nos relevos; pelo
cromatismo em alguns casos; pela regularidade geométrica; pelo uso de
suportes duradouros como rochas duras (principalmente), metais preciosos e
bronze em busca da permanência e pela inexistência de emoção.
O tema majoritário das esculturas são deuses como Osiris, Amón, Horus, Isis,
Osiris, Hathor, etc., além de animais e indivíduos da nobreza.
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AD - Arte egípcia – Akhenaton com sua esposa Nefertiti e filhos. Relevo em


estela de calcário.
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Arte egípcia – Príncipe Rahotep com sua esposa. Calcário pintado. 2580 a.C.
AS - Arte egípcia – 2551-2528 a.C. – Cabeça encontrada em um
túmulo em Gizé. Cairo, Egito.
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AD - Arte egípcia – Busto de Nefertiti, esposa do Faraó Amenhotep IV, mais


conhecido como Akhenaton.
A pintura no Egito Antigo era caracterizada pela regularidade geométrica; pelo
processo de hierarquização em que a maior importância social era
determinada pelo maior tamanho na representação pictórica de acordo com a
seguinte ordem de grandeza: faraó, mulher do faraó, sacerdote, mulher do
sacerdote, soldados e povo (que também era usado como uma referência na
escultura); pela Lei da Frontalidade; pelos contornos bem definidos e pela
bidimensionalidade acusada pelo desconhecimento da possibilidade de simular
a profundidade num suporte de apenas duas dimensões (altura e largura).
As cores também eram usadas de forma bastante arbitrária, já que as figuras
femininas eram pintadas de ocre ou em tons mais pálidos (variação do
marrom); enquanto as masculinas, de vermelho ou em tons mais intensos.
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AD - Arte egípcia – pintura sobre papiro - Livro de Emergir na Luz ou Livro


dos Mortos.
A pintura egípcia era “chapada”, em função da aplicação de uma cor de cada
vez, sem matizes de claro-escuro, portanto não se construía a sensação de
volume nas obras.
Quanto à temática do que se pintava, apesar de ser uma arte, sobretudo, funerária,
tratava da vida na sua plenitude com cenas associadas ao cotidiano da vida
egípcia em toda a sua expressividade e representatividade, o que a torna uma
linguagem responsável por ser uma espécie de crônica sobre os costumes religiosos
e mundanos daquela época.
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Arte egípcia – 1450 a.C. – afresco - Cena de caça de aves selvagens


no pântano – Tumba de Nebamun - Tebas, Egito.
Arte egípcia – 1450 a.C. – afresco - Mural do túmulo de Khnumhotep.1900 a.C. FF
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AD - Arte egípcia – O jardim de Nebamun.1400 a.C.


Ainda sobre a Lei da Frontalidade, esse formalismo estético era aplicado de
forma hegemônica na pintura egípcia, a partir dela é estabelecida a
representação da figura com o tronco e olhos para frente; enquanto cabeça,
pernas e pés eram dispostos de perfil. A função dessa forma de representação
era ajudar os deuses a reconhecer as pessoas mortas quando elas rumavam
para a vida após a morte. Em geral, a maior parte da arte pictórica egípcia,
especialmente a pintura, não era para ser apreciada, mas para cumprir
determinados papeis mágicos e ritualísticos dentro de estruturas funerárias.
Ramsés II..
AD - Arte egípcia – Pintura na câmara tumular de Nefertari, mulher de
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AD - Arte egípcia – Página do Livro de Emergir na Luz ou Livro dos Mortos. Sentados, parte de
cima, estão os deuses Ra, Atom, Shu, Tefnut, Geb, Nut, Isis e Néftis, Hórus, Hathor, Hu e Sai.
Anúbis, agachado.
Além da pintura e da escultura que ornavam túmulos e templos, era
relativamente comum a construção de esfinges concebidas com corpo de leão
(força) e cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas próximas a entrada de
templos para afastar os maus espíritos. Além disso, o obelisco - pedra
monolítica vertical, de base quadrangular, que diminui progressivamente para
formar no ápice uma pirâmide - também foi um tipo de construção comum à
frente dos templos para materializar a luz solar.
Sobre aspectos da autoria artística e da ausência de nomes associados à
escultura e à pintura principalmente, o artista egípcio, na ampla maioria das
vezes, ocupava uma posição anônima frente a suas realizações, pois deveria
ser exímio executor dos ditames e dos preceitos das elites, e jamais revelar
qualquer traço estilístico pessoal.
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Ad - Arte egípcia – Obeliscos de Thotmes III e da Rainha Hatshepsut em


Karnak, Egito.
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Arte egípcia – Templo de Karnak, Egito.


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Arte egípcia – Tkhenaton como uma esfinge sob bênçãos de Aton.


Calcário. Kestner Museum, Hanover, Alemanha.
Como consequência da complexidade e da riqueza da cultura egípcia, a
sociedade desse profícuo período é uma das primeiras civilizações a
desenvolver sistemas de escrita a partir da estilização de desenhos, daí
entender-se que essa tecnologia deriva de uma primeira etapa da história da
escrita associada a formas pictográficas e rudimentares de representação de
ideias ou objetos por meio de um símbolo figurativo e estilizado. Escrita
Pictográfica foi a base da escrita cuneiforme e da hieroglífica. Escrita
ideográfica.
Esse desenvolvimento tecnológico ocorreu nessa sociedade devido à
complexidade de suas relações e de suas realizações que exigiram uma forma
de documentar tais peculiaridades.
O sistema de escrita egípcio era dividido em três tipos, a saber: hieroglífica,
considerados a escrita sagrada; hierática, uma escrita mais simples, utilizada
pela nobreza e pelos sacerdotes; e demótica, a escrita mais “popular” e
simplificada.
A ourivesaria, o artesanato e a movelaria foram manifestações artísticas
muito desenvolvidas no Egito. Máscaras funerárias e joias são exemplos muito
relevantes dessas expressões em que suportes nobres como pedras preciosa e
semipreciosas, metais preciosos, madeiras com propriedades especiais, etc.
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Arte egípcia – Esquema do sarcófago de Tutankhamon.


Arte egípcia – Howard Carter estudando o sarcófago de Tutankhamon.

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FP

AD - Arte egípcia – Máscara funerária de Tutancâmon – 1234 a.C. – ouro


cravejado por pedras semipreciosas e vidro colorido.
AD - Arte egípcia – Cadeira de Tutankhamon.
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Outras linguagens
Música
Como em outras artes, a música assumiu nesses povos uma função muito
pragmática, já que era uma manifestação associada prioritariamente à saúde,
à religião, à guerra, etc., ainda que se possa especular nessas civilizações o
início mais provável do uso dessa arte para a fruição e para o divertimento.
As cosmogonias de povos africanos como os egípcios atribuem à música
importâncias variadas em eventos importantes como a criação do mundo,
além de terem normalmente deuses que respondem como inspiradores,
criadores ou mesmo defensores da música. Isso faz concluir que essa forma de
arte deveria ser muito importante para essas civilizações.
Música

Arte egípcia – Músicos de Amon, Tumba de Nakht. 18°Dinastia, Tebas


Ocidental.
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Dança
No Egito Antigo, a dança, em função da influência opressora da religião na
vida egípcia, tinha características ritualísticas e sagradas apenas, já que era
executada apenas em funerais, casamentos e em homenagem aos deuses, em
especial Osíris, deus da vegetação e da vida no além.
As pessoas, muito provavelmente em todas as civilizações entre o fim do
Neolítico e o início da Antiguidade Clássica, acreditavam que, por meio dessas
danças rituais, era mais eficiente comunicar-se com deuses e com forças da
natureza, a fim de agradecer, pedir e mostrar respeito e devoção.
Dança

Arte egípcia – Mulheres egípcias dançando, detalhe da pintura na


tumba de Shaykh.
Arte egípcia – Deusa Hathor, patrona da FP
dança no Egito.
Teatro
O teatro é uma manifestação artística comprometida comumente com uma
linguagem própria, embora seja mais comumente associada à busca da
verdade; à arte de fingir quem não se é; ao respeito por valores básicos do ser
humano ou ao simples apuro e zelo pela realização dramática. É uma forma
de arte que remonta de forma organizada ao início das grandes civilizações e
- como meio de expressão espontâneo e pragmático - ao período Pré-
Histórico.
Essa forma de arte, fundamentada na performance, é realizada por um ator
ou um conjunto deles em um palco ou similar, em que é interpretada uma
história ficcional ou não, com a ajuda de técnicos e auxiliares, geralmente sob
a orientação de um diretor que encena a obra escrita por um dramaturgo. O
teatro apenas se realiza plenamente em cena, com a presença do público, que
pode inclusive participar do espetáculo como sugerem algumas
experimentações teatrais no século XX.
Teatro
No Egito Antigo, o caráter grandioso, requintado e elaborado da produção
artística dessa civilização, sobretudo nas artes plásticas, faz esperar que a
espontaneidade e certo improviso do teatro até então tenham sido
substituídos por grandes rituais formalizados e baseados em mitos, que eram
num mesmo tempo, para os egípcios de então, organizadores, explicadores e
alegorias da realidade percebida e da expectativa da vida após a morte, ainda
que essa percepção fosse controlada de forma rigorosa por sacerdotes e pelo
próprio faraó.
As encenações, portanto, tinham provavelmente um caráter didático e
instrucional, com o objetivo de que todos soubessem como proceder de
acordo com tradições que beneficiavam o Estado, a religião e a nobreza.
Nesse momento, apesar da rigidez formal e temática, pode-se afirmar que, o
teatro já desenvolvia as qualidades de um espetáculo, apesar de seu franco e
evidente pragmatismo no Egito Antigo.
Referências bibliográficas

BENNETT, R. Uma breve história da música. Tradução de Maria Teresa Resende Costa. 3. ed. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1986.
BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo, Ed. Perspectiva, 2000.
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CARDOSO, Ciro Flamarion. De Amarna aos Ramsés. Rio de Janeiro, 2001.
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GOMBRICH, Ernst Hans. A história da arte. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
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PAHLEN, K. História Universal da Música. Tradução de A. Della Nina. São Paulo: Melhoramentos.
PROENÇA, G. História da arte. 16. ed. SP: Ática, 2000.
STRICKLAND, C. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. 11. ed. RJ: Ediouro, 2004.

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