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CENTRO UNIVERSITÁRIO – CESMAC

LEYLA ROSANE DE OLIVEIRA SILVA


RAPHAELA HIKARI LIMA TESHIMA

ESTUDO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE FONTES DE


ENERGIAS RENOVÁVEIS E SUAS PRINCIPAIS
TENDÊNCIAS

MACEIÓ-AL
2018/1
LEYLA ROSANE DE OLIVEIRA SILVA
RAPHAELA HIKARI LIMA TESHIMA

ESTUDO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE FONTES DE


ENERGIAS RENOVÁVEIS E SUAS PRINCIPAIS
TENDÊNCIAS

Trabalho de conclusão apresentado como requisito


final, para a conclusão do curso de Engenharia Civil,
Centro Universitário CESMAC, sobre a orientação do
professor Msc. Emerson Acácio Feitosa Santos.

MACEIÓ – AL
2018/1
REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC

Silva, Leyla Rosane de Oliveira


S586f Estudo sobre a utilização de fontes renováveis e suas
principais tendências / Leyla Rosane de Oliveira, Raphaela
Hikari Lima Teshima . -- Maceió: 2018
44 f.: il.

TCC (Graduação em Engenharia civil) - Centro Universitário


CESMAC, Maceió - AL, 2018.
Orientador: Emerson Acácio Feitosa Santos

1. Fontes de energia. 2. Sustentável. 3. Renovável. I.


Santos, Emerson Acácio Feitosa. II. II. Título.

CDU: 620.92

Evandro Santos Cavalcante


Bibliotecário CRB-4/1700
LEYLA ROSANE DE OLIVEIRA SILVA
RAPHAELA HIKARI LIMA TESHIMA

ESTUDO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE FONTES DE


ENERGIAS RENOVÁVEIS E SUAS PRINCIPAIS
TENDÊNCIAS

Trabalho de conclusão apresentado como requisito


final, para a conclusão do curso de Engenharia Civil,
Centro Universitário CESMAC, sobre a orientação do
professor Msc. Emerson Acácio Feitosa Santos.
AGRADECIMENTOS

A todos que fizeram parte de nossa caminhada ao longo de nossos cinco


anos, seja colegas de classe, professores, funcionários, o nosso mais sincero
obrigada, vocês foram peças fundamentais para nossa realização profissional. O
nosso agradecimento especial vai para nosso orientador, que nos aceitou de última
hora, tanto aguentou nossos estresses e impaciência, nossas perturbações ao longo
da semana, em especial nos finais de semana e nos incentivou a seguir em frente
em meio as dificuldades. E não podemos esquecer de agradecer a nossa família,
por toda confiança depositada em nós, e por todo incentivo e ajuda ao longo dos
anos. Á todos estes o nosso mais sincero sentimento de gratidão.
ESTUDO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE FONTES DE ENERGIAS RENOVÁVEIS E
SUAS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS
STUDY ON THE USE OF RENEWABLE ENERGY SOURCES AND THEIR MAJOR
TRENDS

Raphaela Hikari Lima Teshima


Graduanda do Curso de Engenharia Civil
raphaelateshima@gmail.com
Leyla Rosane de Oliveira Silva
Graduanda do Curso de Engenharia Civil
Oliveiraleyla82@gmail.com
Emerson Acácio Feitosa Santos
Mestre em estruturas
emerson.acacio2@gmail.com

RESUMO

Devido os grandes impactos ambientais e econômicos gerados pela vasta utilização de fontes de
energia não renováveis, surgiu a necessidade de adotar alternativas que causassem menos impactos
e custos para seus consumidores. O conceito de energia renovável surgiu como opção para
aumentar os níveis de preservação ambiental, diminuir os efeitos nocivos das mudanças climáticas e
suprir a necessidade da energia elétrica por meio de um desenvolvimento sustentável. O objetivo
desse trabalho é identificar as principais alternativas de fontes de energias renováveis já adotadas no
Brasil e diagnosticar a utilização dessas tecnologias no mercado regional. Após o estudo e a análise
de dados, foi possível identificar alternativas de fontes menos nocivas ao meio ambiente e concluir
que existe uma tendência regional para utilização de energia solar, eólica e de biomassa.

PALAVRAS- CHAVES: Fontes de Energia. Sustentável. Renováveis.

ABSTRACT

Due to the large environmental and economic impacts generated by the widespread use of
nonrenewable energy sources, the need arose to adopt alternatives that would cause fewer impacts
and costs to its consumers. Birnfeld comments that the concept of renewable energy has emerged as
an option to increase levels of environmental preservation, reduce the harmful effects of climate
change, and address the need for electricity through sustainable development. Therefore it was
necessary to identify the main alternatives of renewable energy sources already adopted in Brazil and
to diagnose the use of these technologies in the regional market. After the study and analysis of data,
it was possible to identify alternatives of less harmful sources to the environment and to conclude that
there is a regional tendency to use solar, wind and biomass energy.

KEYWORDS: Energy Sources. Sustainable. Renewables.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Balanço Energético Brasileiro .................................................................... 7


Figura 2. Processos de Conversão energética .......................................................... 9
Figura 3. Aerogerador de um Sistema Eólico .......................................................... 14
Figura 4. Módulo de placa solar .............................................................................. 17
Figura 5. Gráfico do crescimento mundial de energias renováveis ......................... 23
Figura 6. Fluxograma metodológico ........................................................................ 24
Figura 7. Gerador de transformação de energia térmica em elétrica ...................... 28
Figura 8. Painel de controle das transformações de energia ................................... 29
Figura 9. Área ocupada por cana de açúcar no estado de alagoas ........................ 29
Figura 10. Área de efetivos de bovinos no estado de alagoas ............................... 30
Figura 11. Área de efetivos de caprinos no estado de alagoas ............................... 30
Figura 12. Área de efetivos de equinos no estado de alagoas ................................ 31
Figura 13. Área de efetivos de suínos no estado de alagoas .................................. 31
Figura 14. Temperatura das estações ..................................................................... 32
Figura 15. Potencial Eólico a 50 m de altura ........................................................... 33
Figura 16. Potencial Eólico a 75 m de altura ........................................................... 34
Figura 17. Potencial Eólico a 100 m de altura ......................................................... 34
Figura 18. Média mensal da velocidade e direção do vento para Roteiro (Litoral) ... 36
Figura 19. Média mensal da velocidade e direção do vento para Girau do Ponciano
.................................................................................................................................. 36
Figura 20. Média mensal da velocidade (a 30 metros) e direção do vento para Água
Branca(Sertão) .......................................................................................................... 37
Figura 21. Comparação dos padrões médios mensais de velocidade do vento ...... 37
Figura 22. Média anual dos ventos no estado de Alagoas ...................................... 38
LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Quadro das principais empresas de energias renováveis brasileiras ..... 25


Quadro 2. Tabela das empresas de energias renováveis no estado de Alagoas .... 26
Quadro 3: Quadro dos maiores produtores de biomassa no Brasil ......................... 27
Quadro 4: Quadro de Usinas Termelétricas ............................................................ 27
Quadro 5: Quadro de Usinas Termelétricas ............................................................ 39
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
1.1 Objetivos .............................................................................................................. 5
1.1.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 5
1.1.2 Objetivos específicos.......................................................................................... 5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 6
2.1 Fontes alternativas de energias ......................................................................... 6
2.1.1 Biomassa............................................................................................................ 8
2.1.1.1 Conversão bioquímica ................................................................................... 10
2.1.1.2 Conversão termoquímica ............................................................................. 10
2.1.1.3 Conversão físico-química .............................................................................. 10
2.1.2 Biomassa no Brasil .......................................................................................... 11
2.1.2.1 Biomassa de origem agrícola ........................................................................ 11
2.1.2.1.1 Cana de açúcar ......................................................................................... 11
2.1.2.1.2 Milho ........................................................................................................... 12
2.1.2.1.3 Soja ............................................................................................................ 12
2.1.2.2 Biomassa oriunda de rejeitos urbanos e industriais ...................................... 12
2.1.2.2.1 Rejeitos urbanos sólidos e líquidos. ........................................................... 12
2.1.2.2.2 Rejeitos Industriais sólidos e líquidos ......................................................... 13
2.1.3 Energia Eólica .................................................................................................. 13
2.1.4 Energia Eólica no Brasil ................................................................................... 15
2.1.5 Energia Solar.................................................................................................... 16
2.1.5.1 Energia solar fotovoltaica ............................................................................. 16
2.1.5.1.1 Geração fotovoltaica................................................................................... 17
2.1.5.2 Energia Termossolar ..................................................................................... 18
2.1.6 Energia geotérmica ......................................................................................... 18
2.1.7 Energia das marés ........................................................................................... 20
2.1.8 Energia do hidrogênio ...................................................................................... 20
2.1.9 Energia hídrica ................................................................................................. 21
2.1.10 Energia hídrica no Brasil ................................................................................ 22
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 23
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 25
4.1 Biomassa em Alagoas ...................................................................................... 26
4.2 Energia Solar ..................................................................................................... 32
4.3 Energia Eólica .................................................................................................... 33
4.3.1 Litoral................................................................................................................ 35
4.3.2 Agreste ............................................................................................................. 35
4.3.3 Sertão ............................................................................................................... 35
5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 40
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 41
4

1 INTRODUÇÃO

Vários são os tipos de energias utilizados no mundo, sejam elas energias


renováveis ou não renováveis. Capriglione (2006), comenta que a diferença entre
elas é que a energia não renovável gera maiores impactos ao meio ambiente, e tem
o seu uso limitado de acordo com a quantidade de recursos existentes no planeta.
Já a energia renovável é encontrada em grande quantidade e é uma fonte que pode
ser bastante utilizada ao longo do tempo.
Com os grandes impactos ambientais e econômicos gerados pela vasta
utilização de fontes não renováveis, surgiu a necessidade de adotar alternativas que
gerem menos impactos e custos para seus consumidores.
Tendo em vista essa necessidade, grupos científicos buscam estudos que
viabilizem o uso de fontes de energias renováveis, que são provenientes de ciclos
naturais e basicamente não alteram as configurações ambientais. Contudo a
distinção entre exauríveis e renováveis pode se confundir, uma vez que recursos
renováveis podem ser exauridos se não forem gerenciados de maneira sustentável
(CAPRIGLIONE, 2006). Nesse contexto são necessários estudos que relacionem o
crescimento populacional com a utilização correta de recursos naturais.
Motta (2009) comenta que de acordo com o contexto atual, com o
crescimento populacional desenfreado, é gerado uma busca pela manutenção e
melhoria da qualidade de vida. Que por sua vez deve ser acompanhada de soluções
de maior eficiência no uso dos recursos naturais, proporcionando um menor impacto
ambiental. .
5

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo geral

Desenvolver um diagnóstico do mercado, nacional e regional, sobre a


utilização de fontes renováveis para produção de energia, procurando identificar qual
fonte pode ser instalada no estado de Alagoas, de acordo com as diferentes zonas
regionais, e analisar as possíveis dificuldades enfrentadas para a implantação
destas

1.1.2 Objetivos específicos

• Elencar as principais fontes de energias renováveis e suas utilizações no


Brasil;
• Apontar as alternativas mais adequadas para o mercado regional e suas
principais vantagens;
• Analisar a viabilidade da disseminação de fontes de energias renováveis
encontradas no âmbito regional.
6

2 REFERECIAL TEÓRICO

Neste capítulo será apresentado de forma sucinta um levantamento


bibliográfico sobre os assuntos associados ao tema, proporcionando uma melhor
compreensão sobre a importância do desenvolvimento e utilização de fontes de
energias renováveis.

2.1 Fontes alternativas de energias

Segundo Birnfeld (2014), o desenvolvimento sustentável baseia-se na teoria


de que o ser humano deve usufruir dos recursos naturais conforme sua capacidade
de renovação, para evitar o seu esgotamento. O desenvolvimento sustentável visa
atender as necessidades do presente sem comprometer as gerações posteriores.
Sendo assim o conceito de energia renovável surgiu como opção para aumentar os
níveis de preservação ambiental, diminuir os efeitos nocivos das mudanças
climáticas e suprir a necessidade da energia elétrica por meio de um
desenvolvimento sustentável.
Leite (2013) comenta que as principais energias renováveis são: biomassa,
eólica, solar, geotérmica, das marés, hidrogênio e hídrica. Estas energias dependem
principalmente de fontes naturais, como: sol, vento, chuva, marés e energia
geotérmica.
Com o aumento do aquecimento global, as nações passaram a buscar
soluções para diminuir a emissão de dióxido de carbono e outros gases. Bem como
buscou gerar energia de forma sustentável, sem causar prejuízo ao meio
socioambiental. No Brasil a primeira ação que impulsionou a utilização de energias
renováveis, foi em 2002 com a aprovação da lei 10.438 (BRASIL,2002) que criou o
programa de incentivos às fontes alternativas de energia, o qual determinou metas
para a implantação dessas fontes no sistema elétrico nacional. O principal objetivo
do projeto é aumentar a participação de empreendedores autônomos, com o intuito
de produzir energia renovável, para aumentar o mercado dessas fontes de energias
(BINRFELD, 2014).
Verifica-se que no contexto energético brasileiro, a maior fonte de energia
utilizada é a Energia hidrelétrica, seguida do gás natural e a biomassa, como é
mostrado na figura 1.
7

Figura 1 – Balanço Energético Brasileiro.


FONTE: BALANÇO, 2015.

Conclui-se que o país apresenta uma matriz energética predominantemente


por energias renováveis. O que se contrasta com o fato de ser um dos países que
mais produzem energias não renováveis e mais poluem no mundo. Perdendo a
oportunidade de liderar uma verdadeira revolução energética, visto a abundância de
fontes renováveis no país (BINRFELD, 2014).
Estudos realizados concluíram que no ano de 2050 a energia renovável seria
responsável por 88% da eletricidade gerada total, essa geração estaria distribuída
em 38% de energia hidrelétrica, 26% de geração a partir de biomassa, 20% de
energia eólica e 4% de geração solar a partir de painéis fotovoltaicos. Observa-se
que nesse cenário a geração elétrica à carvão, óleo diesel e nuclear é eliminada
totalmente da matriz (BAITELO, 2008).
8

2.1.1 Biomassa

De acordo com Krummenauer (2009), a biomassa é uma das melhores


opções para produção de energia por ser considerada limpa e renovável. Seu
desempenho e baixo custo vem apresentando resultados bastantes favoráveis. Por
isso ela ganhou espaço no mercado de energia, o que possibilitou a diminuição da
dependência de combustíveis fosseis. “Do ponto de vista energético a biomassa é
toda matéria orgânica, seja de origem animal ou vegetal, que pode ser utilizada na
produção de energia” (CARDOSO, 2012).
Dentre as vantagens da sua utilização está o seu aproveitamento direto por
meio da combustão em fornos e caldeiras e diminuição dos impactos
socioambientais. Entretanto, a grande desvantagem, é que ele apresenta eficiência
reduzida (CARDOSO, 2012).
“A energia da biomassa compreende basicamente de combustíveis
provenientes de produtos que sofreram fotossíntese, servindo desta forma como um
reservatório de energia solar indireta” (KRUMMENAUER, 2009).
Quando a biomassa é utilizada para fins energéticos, ela pode ser dividida em
três matérias primas: florestal, agrícola e rejeitos urbanos. Com o objetivo de se
aproveitar a energia presente em tais fontes foram desenvolvidos diversos
processos de conversão, que são classificados, segundo a natureza dos
processamentos primários aplicados à biomassa em: termoquímicos, bio-químicos e
físico-químicos (CARDOSO, 2012). Conforme a figura 2:
9

Figura 2 – Processos de Conversão energética.


Fonte: ROTAS, 2003.

Alencar Filho (2009) explica que esses processos de conversão da biomassa


em energia podem agir de forma conjunta ou separada, e dependem da matéria
prima e o tipo de biocombustível desejado. A conversão bioquímica depende da
fermentação e da digestão anaeróbia, já a conversão termoquímica utiliza a
combustão direta, gaseificação e pirolise, e a conversão físico-química compreende
a compressão-extração e transesterificação.
10

2.1.1.1 Conversão bioquímica

A conversão Bioquímica trata-se de um processo que ocorre de forma natural


com a maioria dos compostos orgânicos (MOURA; SANTOS; MACEDO, 2012). Ela
está dividida em dois processos:
• Fermentação: Aneel (2011) explica que esta ação acontece de forma
biológica, quando os microrganismos transformam a glicose em álcoois,
através das enzimas de leveduras Saccharomy cescerevisae para a obtenção
do etanol.
• Digestão anaeróbia: Segundo Aneel (2011) este processo ocorre quando a
matéria orgânica juntamente com a umidade e calor é decomposta devido à
ausência de ar. Assim, formando o biogás.

2.1.1.2 Conversão termoquímica

A conversão termoquímica ocorre quando a biomassa sofre alteração em sua


estrutura química, devido as altas temperaturas, essa conversão térmica tem o
objetivo de transformar biomassa em biocombustível (PAIVA, 2013). Nela ocorrem
três processos:
• Combustão direta: Ocorre a queima da biomassa com o intuito de gerar calor,
a umidade presente é alta, o que acarreta na baixa eficiência e baixa
densidade energética (SORDI, et al. 2006);
• Gaseificação: Nesta técnica a biomassa é convertida em gás de síntese
através da oxidação parcial (SORDI, et al. 2006);
• Pirolise: Esse processo consiste no aquecimento do material original, com um
mínimo teor de oxigênio, até que o material volátil seja retirado (MOURA;
SANTOS; MACEDO, 2012).

2.1.1.3 Conversão Físico-química

É um processo de prensagem ou compressão que antecede a extração de


óleos vegetais (MOURA; SANTOS; MACEDO, 2012). Para ocorrer uma modificação
química esse tipo de conversão é dividido em dois processos:
11

• Esterificação: Procedimento em que os óleos vegetais reagem com álcool, na


presença de um catalizador, resultando normalmente em biodiesel (MOURA;
SANTOS; MACEDO, 2012).
• Transesterificação: Neste processo ocorre a separação da glicerina do óleo
vegetal, deixando o óleo mais fino e consequentemente diminuindo a
viscosidade (MOURA; SANTOS; MACEDO, 2012).

2.1.2 Biomassa no Brasil

A biomassa está dividida em: origem agrícola e oriunda de rejeitos urbanos e


industriais. A biomassa de origem agrícola compreende a cana de açúcar, milho e
soja. Já a oriunda de rejeitos urbanos e industriais compreende rejeitos urbanos
sólidos e líquidos e rejeitos industriais sólidos e líquidos.

2.1.2.1Biomassa de origem agrícola

Consiste nos produtos e subprodutos, provenientes de plantações não florestais


de acordo com os teores de amido, celulose, carboidratos e lipídios. Essas culturas
agroenergéticas utilizam transformações biológicas e físico-químicas, como:
fermentação, hidrólise e esterificação, empregadas para a produção de combustíveis
líquidos, como o etanol, o biodiesel e óleos vegetais diversos (CARDOSO, 2012).

2.1.2.1.1 Cana de açúcar

A cana de açúcar é uma gramínea com uma haste fibrosa e espessa, que pode
crescer até seis metros de altura. Normalmente o ciclo da cana de açúcar é de cinco
anos, com a produtividade de aproximadamente oitenta e cinto toneladas por
hectare. É utilizada na produção de álcool, açúcar e energia. Uma tonelada é capaz
de produzir cento e trinta e oito quilos de açúcar, ou oitenta e dois litros de álcool. Na
energia térmica a geração de energia é feita em caldeiras, que utilizam o bagaço da
cana como combustível, onde o calor gerado aciona turbinas e moendas, gerando
energia elétrica. Em caso de produção excedente a energia elétrica pode ser
comercializada para o sistema público de distribuição (SILVA, 2006).
12

2.1.2.1.2 Milho

O milho é uma gramínea com altura de dois a três metros de altura, cuja o
tempo do plantio até a colheita leva em média um ano. Essa gramínea é capaz de
gerar energia elétrica por meio de sua palha e sabugo (CARDOSO, 2012).

2.1.2.1.3 Soja

A soja é um grão rico em proteínas, que apresenta um ciclo de cento e cinco


dias a cento e trinca e cinco dias. A transformação da soja em energia ocorre por
meio do processo de transesterificação ou craqueamento (CARDOSO, 2012).

2.1.2.2 Biomassa oriunda de rejeitos urbanos e industriais

A biomassa contida em resíduos sólidos e líquidos tem origens diversas e


normalmente se encontram em esgotos e lixo. Para o aproveitamento energético
desses lixos são utilizadas: a combustão direta e gaseificação, pela via
termoquímica e a digestão anaeróbica, na produção de biogás, pela via biológica.
Também se enquadram nessa categoria subprodutos das atividades agroindustriais
e da produção animal. Para essas situações são utilizadas: combustão direta,
pirólise ou gaseificação, passando pelas transformações biológicas e físico-
químicas, incluindo a digestão anaeróbica (CARDOSO, 2012).

2.1.2.2.1 Rejeitos Urbanos sólidos e líquidos

Os rejeitos líquidos são provenientes de fontes domésticas e residenciais, já os


sólidos, são provenientes de uma mistura heterogênea de materiais descartados
pelos setores comerciais e residenciais, como: plástico, vidro, madeira, papel, e
matéria orgânica. Esses resíduos geram biogás, que apresentam a seguinte
composição: metano de 60% a 70%, gás Carbônico de 30% a 40% e traços de
nitrogênio, hidrogênio e gás sulfídrico (CARDOSO, 2012).
13

2.1.2.2.2 Rejeitos industriais sólidos e líquidos

São rejeitos de criadouros, abatedouros, destilarias e fábricas de laticínios,


cuja as gerações de resíduos desses locais são consideradas pequenas, porém,
servem para a produção do biogás, que pode gerar energia elétrica. Nessa situação
a composição do biogás, resultante da biomassa é normalmente de 40 a 70% de
metano, de 30 a 60% de carbono, de 1 à 5% de outros gases, de 0 à 1% de
hidrogênio e de 0 à 3% de sulfeto de hidrogênio (CARDOSO, 2012).

2.1.3 Energia Eólica

Mendonça (2014) comenta que a utilização da energia eólica é considerada


uma tendência mundial por ser caracterizada como uma fonte de energia que gera
poucos impactos, contribuindo com a preservação do meio ambiente. Além disso
não requer água para sua produção, nem gera gases de efeito estufa, por isso é
denominada a fonte de energia renovável mais promissora para produção de
energia elétrica, em curto prazo.
A utilização da energia eólica teve início na Europa, Dinamarca e Holanda e
posteriormente nos Estados Unidos, esta difundiu-se para diversos lugares do
mundo, em destaque os países da Europa, como: Espanha, Portugal, Itália, Bélgica
e Reino Unido (VANNI, 2008).
Birnfeld (2014) argumenta que entre os países em desenvolvimento, a China
destaca-se por ter desenvolvido a mais moderna indústria de energia eólica, com
mais de 200 megawatts, esse país é responsável pela maioria das turbinas eólicas
fabricadas no mundo. Além de seu impacto na paisagem, questões como o uso da
terra, a proteção das aves e a diminuição da poluição sonora podem exercer um
papel importante na aceitação da energia eólica. “A energia eólica é energia cinética
contida nas massas de ar em movimento” (VANNI, 2008). De acordo com
KRUMMENAUER (2009), para transformar essa energia cinética dos ventos em
energia elétrica são utilizadas maquinas denominadas de aerogeradores. A potência
do vento é transformada em potência mecânica, quando há movimentação das
turbinas eólicas. O conjunto é composto pela turbina eólica que é acoplada ao
gerado através de um eixo. Quando ele entra em movimento ocorre a conversão
eletromecânica de energia. “Para uma visão global da conversão da energia dos
14

ventos em eletricidade, deve-se considerar os principais componentes, a seguir:


turbina, gerador, caixa multiplicadora, sistemas de controle e torre”, como pode ser
visto na Figura 3 (MENDONÇA JUNIOR, 2009).

Figura 3 – Aerogerador de um Sistema Eólico.


Fonte: AEROGERADOR, 2010.

Santos (2006) explica que para o bom funcionamento e rendimento final do


sistema eólico os vários componentes desses sistema devem trabalhar em harmonia
e desempenhar as seguintes funções:
• Vento: É responsável pela movimentação do rotor e depende da
disponibilidade eólica do local da instalação;
• Rotor: Transforma a energia cinética do vento em energia mecânica de
rotação;
• Transmissão e caixa multiplicadora: Transfere a energia mecânica do rotor
até a carga. Alguns equipamentos não apresentam esse componente, nesse
caso o eixo do rotor é acoplado à carga;
• Gerador elétrico ou Nacele: É encarregado pela conversão da energia
mecânica em energia elétrica;
15

• Mecanismo de controle: Responsável pela orientação do rotor, controle de


velocidade e controle de carga;
• Torre: Tem o objetivo de sustentar e posicionar o rotor;
• Sistema de armazenamento: Armazena a energia para produzi-la a partir de
uma fonte intermitente;
• Transformador: Responsável pelo acoplamento elétrico entre o aerogerador e
a rede elétrica.

2.1.4 Energia eólica no Brasil

O Brasil é considerado um país com um alto potencial de fontes renováveis,


porém, esses recursos são pouco explorados. De acordo com o cenário mundial
dentre as energias renováveis, a energia eólica vem se destacando (SILVA, 2006).
Essa fonte de energia é considerada recente no brasil, e sua comercialização está
crescendo de forma significativa com o passar dos anos. Em 1997 o Brasil
apresentava apenas 3 megawatts de capacidade instalada, já em 2002 teve um
aumento de 733% quando comparado ao ano de 1997, passando a ter 22
megawatts. Porem quando relacionado ao mercado internacional, o Brasil
representa apenas 0,07% da capacidade instalada no mundo (MAGALHÃES, 2009).
No que diz respeito a capacidade eólica brasileira, pode-se destacar que em
relação ao favorecimento de ventos, o Brasil se caracteriza por apresentar duas
vezes um maior potencial quando comparado à média mundial. De acordo com a
Agência Nacional de Energia Elétrica, no Brasil hoje existem 39 parques eólicos em
operação, que somam 740.784 megawatts instalados (SILVA, 2016).
Existem oito fábricas de aerogeradores instaladas no Brasil, duas em
construção, e outras em fase de projetos. Treze fabricantes de aerogeradores atuam
no mercado nacional, seis fabricas de torre em operação, o que torna o pais
bastante atrativo para os investidores. Apesar da crescente vontade de tornar setor
de energia eólica, mais estruturado, trabalhando de forma sustentável, o país ainda
sente uma grande dificuldade por apresentar poucos investimentos e normas que
viabilizem a implantação de tal (SILVA, 2006).
16

2.1.5 Energia Solar

O sol é uma das fontes de energia de fácil acesso ao homem, e sua energia
pode ser transformada em energia elétrica através de células fotovoltaicas ou por
sistemas termossolares. Nas células fotovoltaicas a eletricidade é gerada quando
um material semicondutor dopado é exposto ao sol. Já no sistema termossolar a
radiação solar é absorvida e convertida em calor, com o objetivo de aquecer um
fluido, no qual acionara uma turbina por meio de um gerador, transformando a
energia cinética em energia elétrica (NAKABAYASHI, 2014). “Os países que mais
geram energia a partir de centrais solares e placas residenciais são, respetivamente,
Alemanha, China, Itália, Estados Unidos e Japão” (PINTO, 2015).

2.1.5.1 Energia solar fotovoltaica

A energia solar fotovoltaica é obtida com a conversão da luz em eletricidade,


tendo como base o efeito fotovoltaico. Essa conversão ocorre por meio de uma
reação fotoquímica no interior dos painéis solares fotovoltaicos, que possuem
células instaladas. Para melhor compreender o funcionamento dessas células é
preciso entender que a luz é constituída por pequenas partículas chamada fótons
(TOLMASQUIM, 2016).
Normalmente as células são compostas por duas camadas, uma positiva, e
outra negativa, formadas por materiais semicondutores, como por exemplo o silício.
Ao absorver a energia dos fótons pelas células ocorre uma liberação dos elétrons,
que se movimentam em direção a parte inferior das células, gerando eletricidade,
por meio de uma corrente de elétrons (PINTO, 2015). Essas placas são inclinadas
de acordo com a latitude do local e é indicado uma inclinação de 10% orientada para
o norte verdadeiro.
“Enquanto houver luz iluminando a célula solar, ela produzirá energia
elétrica” (TOLMASQUIM, 2016). As células fotovoltaicas podem ser arranjas em
série ou em paralelo, cada um com sua característica. Quando associadas em série
são utilizadas para fornecer maiores tensões, pois a tensão de cada célula é
percorrida por uma única cor rente. Já associações em paralelo são recomendadas
quando é necessária uma corrente maior (RIBEIRO, 2012).
17

As células fotovoltaicas tem a durabilidade de 25 a 30 anos, porém, a garantia


de durabilidade é de 25 anos, caso sejam realizadas manutenções periódicas,
normalmente a cada seis meses. A manutenção dessas células podem ser
realizadas com escovas macias, rodos, ou panos.

2.1.5.1.1 Geração Fotovoltaica

Segundo Tolmasquim (2016), a célula fotovoltaica é o principal elemento para


geração fotovoltaica, porém o aproveitamento desse material se faz com o auxílio de
outros componentes (Figura 4).

Figura 4 – Módulo de placa solar.


Fonte: MÓDULO, 2017.

As camadas são descritas a seguir (TOLMASQUIM, 2016):


• Moldura: Parte externa estruturante do módulo, geralmente de alumínio. Tem
a função de fazer a fixação do modulo;
• Selante: Composto adesivo usado para unir as camadas internas do módulo
com a moldura. Impede a entrada de gases e umidade, e proteger o interior
de vibrações e choques mecânicos;
• Vidro: É uma camada externa cuja o objetivo é proteger células e condutores
do ambiente, ao mesmo tempo que permite a entrada de luz para ser
convertida em eletricidade. O vidro deve apresentar baixo teor de ferro e uma
camada anti-reflexiva e superfície texturizada;
18

• Encapsulante: Filme que envolve as células, protege da umidade e otimiza a


condução elétrica. Normalmente o encapsulante mais utilizado é o Etil Vinil
Acetato;
• Células Fotovoltaicas: É responsável pela conversão direta da energia
eletromagnética em energia elétrica;
• Backsheet: parte inferior do módulo, que tem a função de prevenir a umidade,
proteger a célula de elementos externos e oferecer isolamento elétrico.

2.1.5.2 Energia Termossolar

As centrais solares térmicas consistem em um outro método utilizado para


captação dos raios solares, e consequentemente, geração de energia. Nestas
centrais os raios solares são refletidos por meio de espelhos, cuja a forma varia de
acordo com o método de captura. Os raios são direcionados de forma a aquecer um
fluido, normalmente é utilizado o sódio líquido, pois apresenta uma alta capacidade
de aquecimento, possibilitando a contenção do calor por um maior período de
tempo, aumentando a rentabilidade. Esse fluido rotacionará uma turbina, devido ao
seu vapor ou forca mecânica exercida pelo mesmo, gerando energia elétrica
(PINTO, 2015)
Afim de elevar a produção de eletricidade do sistema, diminuir os custos de
energia, oferecer uma maior estabilidade e controle da produção, instala-se um
sistema de armazenamento. Essa energia estocada é utilizada em períodos que a
demanda de energia requerida seja maior que a energia do produzida (BIANCHINI,
2013).
Apesar de ter todas vantagens de ser uma energia limpa, esse tipo de energia
apresenta como desvantagem a dependência das condições climáticas e altos
custos de implantação.

2.1.6 Energia Geotérmica

A geotermia é a energia proveniente do calor no interior da terra, essa energia


é encontrada em locais com atividades vulcânicas, ou rochas à temperatura elevada
e em zonas que atinjam estratos magmáticos. Para gerar energia elétrica é utilizada
19

uma turbina, cuja a transformação de energia térmica para elétrica é realizada


através do vapor gerado pelo calor. Além de ser utilizada para gerar eletricidade,
essa energia renovável pode ser usada como fonte de calor para estufas, bombas
de calor e para aquecimento (PINTO, 2015).
Em alguns locais do planeta, as aguas subterrâneas podem atingir
temperaturas de ebulição, servindo para impulsionar as turbinas, gerando
eletricidade, ou aquecimento. O calor no interior da terra, ocorre por vários fatores,
dentre eles o gradiente geotérmico e o calor radiogênico (LEITE, 2013).
As fontes geotermais são exploradas de acordo com a característica de cada
região, onde cada poço, pode extrair energia geotérmica e aplica-la de acordo com
os recursos recuperáveis por ele fornecido. Essas fontes são classificadas de acordo
com os recursos de suas fontes extratoras, podendo ser dividido em de baixa, média
e alta entalpia, que estão relacionadas a temperatura do fluido que escoa pela
região em estudo, como está descrito a seguir (SILVA; COSTA; SANTOS, 2016):
• Baixa Entalpia- São aquelas que as temperaturas são inferiores a 125ºC;
• Média Entalpia- Apresentam temperaturas entre 125 e 225ºC;
• Alta Entalpia- As temperaturas são superiores a 225ºC.
São também classificados quanto a morfologia do solo em estudo e à
tecnologia empregada em sua exploração, como pode ser visto abaixo (SILVA;
COSTA; SANTOS, 2016):
• Rocha seca quente - Nessa fonte o fluído não escoa, devido as rochas
impermeáveis, porém, por apresentar elevadas temperaturas, as rochas
podem ser perfuradas, injetando fluidos que transportam o calor para a
superfície;
• Rocha úmida quente - Apresentam quantidades significativas de fluidos
aquecido, permeando as rochas, com temperaturas para bombear o fluido
para superfície, tornando o vapor aproveitável nas turbinas;
• Vapor Seco - São fontes raras que apresentam grandes bolsas d’agua com
pressão suficiente para transformar a agua em vapor instantaneamente,
transferindo energia para turbina;
• Ciclo Binário - Essas fontes não apresentam temperatura e pressão elevadas,
mas podem ser bombeadas aquecendo indiretamente os fluidos.
20

2.1.7 Energia das marés

A maré é uma fonte natural de energia, é renovável, não é poluidora e está


ligada diretamente a posição da lua e do sol, e do movimento de rotação da terra
(OLIVEIRA; BALDIM; CARPENTIERI, 2010). A energia das mares é similar a
energia eólica, a diferença entre elas é que ao invés do vento, ela capta a força das
mares, por meio de uma turbina, possibilitando a transformação da energia elétrica
por meio de um gerador (LAITHYENTSAI, 2013). A extração de energia ocorre por
meio da diferença da maré alta e maré baixa (OLIVEIRA; BALDIM; CARPENTIERI,
2010).
A água do mar possui energia cinética decorrente de seu movimento e
energia potencial devido a sua altura, com isso, o aproveitamento energético é
obtido através de um reservatório com a construção de uma barragem, contendo
uma turbina e um gerador. Quando ocorre a maré alta, a agua enche o reservatório,
passando pela turbina, e consequentemente gerando energia elétrica. Quando a
maré é baixa, o reservatório esvazia, e a agua que sai do reservatório passa
novamente pela turbina, em sentido contrário, gerando novamente energia elétrica
(OLIVEIRA; BALDIM; CARPENTIERI, 2010).

2.1.8 Energia do hidrogênio

O hidrogênio é um dos substitutos para o uso de combustíveis fosseis, seu


uso em células de combustíveis é uma alternativa para geração de energia, usada
em residências, automóveis, industrias e aviões. É considerado um combustível com
maior eficácia, menor poluição, prático e apresenta facilidade de produção e
distribuição (KENSKI, 2003).
As dificuldades em seu armazenamento e transporte, dificultam a implantação
desse tipo de energia no mercado, pois, em seu estado gasoso ele ocupa muito
espaço e apresenta alto risco de vazamentos e explosões. Já no seu estado líquido
é necessário muita energia pois precisa de alta pressão e temperatura de -253ºC. A
fim de aumentar a suas utilizações novas técnicas tem sido pesquisada como o uso
hidretos e nano fibra de grafite, pois são capazes de guardar 65% de sua massa em
hidrogênio (GOMES NETO, 2013).
21

A geração de energia elétrica ocorre através de células de combustível, no


qual estas células são alimentadas continuamente por hidrogênio, que se
decompõem em prótons e elétrons, ao entrar em contato com eletrodos. Através de
um circuito externo os elétrons se movimentam, formando uma corrente elétrica e
consequentemente gerando energia elétrica (SILVA, 2013).
Quando comparado a outros combustíveis o hidrogênio apresenta maior valor
energético, pois é considerado mais leve e não apresentam átomos pesados de
carbono. Por ser sempre ligado a outros elementos, o hidrogênio não pode ser
considerado uma fonte primaria de energia, mas sim, uma fonte intermediaria, pois é
necessário o emprego de energia em uma fonte primaria para sua obtenção
(SANTOS, 2013).

2.1.9 Energia Hídrica

No cenário mundial a energia elétrica, em 2006, representou 2,2% da


produção total de energia primaria. Os países que mais contribuíram para tal
porcentagem foi: China com 14,0%, Canadá com 11,3% e Brasil com11,2%
(LAVADO, 2009).
Para o bom aproveitamento dos recursos hídricos é necessário planejamento,
projeto, construção e operação de meios para o domínio e utilização da água. Cada
projeto deve constar um conjunto de condições especificas da região a ser
implantada a usina hidrelétrica. Essas usinas utilizam a energia potencial existente,
quando a água passa por um desnível, sendo obtida com o represamento de cursos
d’agua e com a conversão de sua energia potencial (SESMIL, 2013).
Apesar de ser considerada uma energia renovável, conhecida por liberar
concentrações de CO2 quase nulas para a atmosfera, a hidroeletricidade enfrenta
grandes dificuldades para a sua expansão, devido aos grandes impactos
socioambientais gerados, como: alagamento de áreas, alteração do ambiente,
prejudicando muitas espécies de seres vivos, impactos na comunidade de peixes,
através da construção de barragens e alteração do funcionamento dos rios
(TOLMASQUIM, 2016).
22

2.1.10 Energia Hídrica no Brasil

Atualmente a hidroeletricidade tem sido a energia renovável mais utilizada no


sistema energético brasileiro, isso ocorre pela abundância deste recurso energético.
Inicialmente foi difundida a implantação de usinas hidrelétricas de pequeno
porte, mas com o passar do tempo, o aperfeiçoamento das técnicas e o
desenvolvimento da tecnologia de geração e transmissão, as usinas de maior porte
foram construídas e ganharam espaço no cenário brasileiro. O primeiro potencial
hidrelétrico a ser explorado foi na região Sul e Sudeste, por serem os maiores
centros de consumo do pais. Seguido das regiões Norte e Nordeste (TOMALSQUIM,
2016).
Porém como já foi citado, mesmo sendo considerada uma fonte de energia
renovável, ela apresenta vários impactos socioeconômicos, o que possibilitou
estudos para torna-la uma fonte com menos utilização.
23

3 METODOLOGIA

Para o pleno desenvolvimento desse trabalho a metodologia adotada foi


dividida em quatro etapas, na primeira etapa foi realizada uma ampla pesquisa no
mercado nacional e internacional, procurando identificar as principais alternativas
renováveis adotadas com sucesso, visto que o uso mundial de energia cresceu
527% nos últimos cinquenta anos, como pode ser visto na figura 5 (NEVES, 2010).

Figura 5: Gráfico do crescimento mundial de energias renováveis.


Fonte: WORLD BANK, 2010

A segunda etapa focou a identificação de quais técnicas renováveis utilizadas


no mercado nacional, já foram aplicadas no estado de Alagoas e as principais
empresas envolvidas, através de uma visita nas principais empresas do ramo, onde
foi formulado um questionário para identificar como foi o processo de implantação de
tal fonte e as principais dificuldades enfrentadas pelas mesmas no processo de
implantação.
A terceira etapa analisou os dados coletados nas etapas anteriores com o
objetivo de identificar possíveis alternativas que ainda não foram adotadas
atualmente em Alagoas, em comparação com as alternativas já adotadas no estado.
24

Por fim, a quarta etapa visa adequar as sugestões para a distribuição de


energia no estado, levando em consideração as diferentes zonas regionais e seus
potenciais elétricos.
De forma geral o desenvolvimento desse trabalho pode ser esquematizado
por meio do fluxograma representado pela figura 6.

Revisão bibliográfica

Pesquisa Nacional Pesquisa estadual

Levantamento das
dificuldades

Propor possíveis soluções

Conclusões

Figura 6-Fluxograma metodológico


Fonte: AUTOR, 2018.
25

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Em busca de uma a maior eficiência produtiva, faturamento, e diante das atuais


exigências sociais e ambientais, empresas apostam em tecnologia de ponta para
adequar-se aos novos tempos. No Brasil as empresas que se destacam por sua
influência no mercado de energias são empresas de energia Eólica, de biomassa e
placas solares, de acordo com o quadro 1.

Quadro 1: Quadro de empresas de energias renováveis brasileiras.

EMPRESAS NACIONAIS TIPO DE ENERGIA


TECSIS EÓLICA
GRUPO ACCIONA WINDPOWER EÓLICA
GAMESA EÓLICA
WEG EÓLICA
SÃO MARTINHO BIOMASSA
CPFL ENERGIAS RENOVÁVEIS EÓLICAS E BIOMASSA
CSE SOLAR ENERGY SOLAR
PLP SOLAR SOLAR
TUCANA SOLAR SOLAR
BROKERENERGY SOLAR
SIGMA ENERGIA SOLAR SOLAR
ECOMAR ENGENHARIA SOLAR

Fonte: AUTOR, 2018.

A partir da pesquisa feita, notou-se que o estado de alagoas, apresenta em


maior quantidade empresas e investimentos na área de energia solar e energia de
biomassa como pode ser visto no quadro 2.
26

Quadro 2: Tabela das empresas de energias renováveis no estado de Alagoas.


EMPRESAS REGIONAIS TIPO DE ENERGIA

HIDROSOL ENERGIA SOLAR SOLAR


PURE ENERGY SOLAR
D'SOLARE SOLAR
LUZ SOLAR SOLAR
SMART SOLAR SOLAR
USINA SANTO ANTONIO BIOMASSA
USINA CAETE BIOMASSA
USINA SERESTA BIOMASSA
Fonte: AUTOR, 2018.

4.1 Biomassa em Alagoas

O interesse por energia de biomassa, se dá por meio dos recursos em grande


abundancia no estado de Alagoas, como por exemplo a cana de açúcar, pois, a
biomassa é toda matéria orgânica que pode ser transformada em energia elétrica.
De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica,
Alagoas ocupa a oitava posição no ranking brasileiro em produção de energia
através das usinas de biomassa. Apresentando uma geração média de 30,5 MW no
primeiro semestre do ano de 2015. O que faz do Estado o terceiro maior produtor do
Nordeste, atrás apenas dos Estados de Maranhão (60,66 MW) e Bahia (60,80 MW),
como pode ser observado através da figura 9 (TNH1, 2015).
27

Quadro 3: Quadro dos maiores produtores de biomassa no Brasil.

Fonte: TNH1, 2015.

Como pode ser visto no quadro 4 a usina Santo Antônio está entre as três
maiores usinas produtoras de energia elétrica através da biomassa em alagoas, ela
utiliza o bagaço da cana-de-açúcar como matéria orgânica para produção de
bioeletricidade. O que até o ano de 2001 era visto como problema, o descarte do
bagaço da cana, se transformou em economia e rentabilidade para empresa, através
de uma energia elétrica limpa, sustentável e renovável (ATLAS, 2008).

Quadro 4: Quadro de Usinas Termelétricas.

Fonte: ATLAS, 2008.


28

A Usina Santo Antônio investiu cerca de 15 milhões para se transformar em usina


sucroenergética e, assim, poder cogerar biomassa suficiente para manter a indústria em
funcionamento e ainda vender a força sobressalente para a Eletrobrás Distribuição. A
produção é feita durante os seis meses de safra da empresa, e gera cerca de 60 kw/h
com uma tonelada, totalizando 25 megawatts, dos quais 12 são consumidos e 13 são
vendidos (G1, 2013).
A energia sobressalente é suficiente para abastecer as cidades de Matriz de
Camaragibe e São Luiz do Quitunde. Em relação a retorno financeiro, a empresa
afirma que a rentabilidade é comprovada, visto que, quando comercializava o
bagaço da cana, recebia cerca de R$15,00 por tonelada, e hoje recebe cerca de R$
50,00 por tonelada (G1, 2013).

Figura 7: Gerador de transformação de energia térmica em elétrica.


Fonte: G1, 2013.
29

Figura 8: Painel de controle das transformações de energia.


Fonte: G1, 2013.

Observa-se que em alagoas as regiões que apresentam maior produção de


cana de açúcar, são Zona da Mata e Litoral, onde se encontram as usinas
canavieiras, como pode ser visto na figura 9.

Figura 9: Área ocupada por cana de açúcar no estado de alagoas


FONTE: SECRETARIA DO ESTADO DO PLANEJAMENTO, 2015.

Outra opção de geração de energia através da biomassa, é a utilização de


rejeitos de equinos, caprinos, bovinos e suínos. De acordo com as imagens 10,11,
30

12 e 13. A criação desses animais é feita em maior intensidade no Sertão e Agreste


Alagoano.

Figura 10: Área de efetivos de bovinos no estado de alagoas


FONTE: SECRETARIA DO ESTADO DO PLANEJAMENTO, 2015.

Figura 11: Área de efetivos de caprinos no estado de alagoas


FONTE: SECRETARIA DO ESTADO DO PLANEJAMENTO, 2015.
31

Figura 12: Área de efetivos de equinos no estado de alagoas


FONTE: SECRETARIA DO ESTADO DO PLANEJAMENTO, 2015.

Figura 13: Área de efetivos de suínos no estado de alagoas


FONTE: SECRETARIA DO ESTADO DO PLANEJAMENTO, 2015.
32

4.2 Energia Solar

Alagoas é um estado privilegiado pela alta incidência de raios solares, ainda é


um estado que apresenta alta temperatura, ao longo de todas as estações do ano, o
que propicia a instalação de placas solares, a fim de gerar energia elétrica por meio
de placas fotovoltaicas, como pode ser analisado na figura 14 (ATLAS, 2008).

Figura 14: Temperatura das estações


Fontes: ATLAS, 2008.

A empresa D’SOLARE é uma empresa que se destaca na instalação de


placas solares no estado de alagoas, ela comenta que a implantação de placas
solares no estado é bastante viável, visto que apresenta uma alta incidência solar ao
longo do ano, em quase todo o estado. Além do alto custo uma das grandes
dificuldades enfrentadas pelos consumidores de energia solar, é que só existe
financiamento do governo para pessoa jurídica, e o mesmo tem um prazo de
quarenta e cinco dias há seis meses para ser aprovado.
Apesar do alto custo, a implantação de energia solar é uma opção
considerável de fonte de energia, pois em um prazo de três anos e meio há seis
anos, consegue se obter um retorno. Vale ressaltar, que há um projeto
33

individualizado para cada situação, de acordo com o consumo de energia, essa


energia gerada, é vendida para a Eletrobrás, caso, a produção seja maior que o
consumo, há um acumulo de energia para o próximo mês.

4.3 Energia Eólica

Para investir em geração eólica existem limiares mínimos de velocidades


médias anuais dos ventos, estas devem ter no mínimo 5,5m/s. Tecnicamente, as
médias anuais a partir de 6m/s, são consideradas favoráveis para operação de
usinas eólicas. Nas figuras 15,16 e 17 é possível observar o potencial eólico
alagoano a cinquenta, setenta e cinco e cem metros de altura (ATLAS , 2008).

Figura 15: Potencial Eólico a 50 m de altura.


Fonte: ATLAS, 2008.
34

Figura 16: Potencial Eólico a 75 m de altura.


Fonte: ATLAS, 2008.

Figura 17: Potencial Eólico a 100 m de altura.


Fonte: ATLAS, 2008.
35

De acordo com as figuras 15,16 e 17, a uma altura de 50 metros poucas são
as áreas propícias para implantação de parques eólicos, visto que quase todo
estado apresenta velocidade dos ventos igual ou inferior a 6 m/s. A uma altura de 75
metros as áreas mais viáveis pra implantação são algumas regiões do agreste,
sertão e faixas litorâneas, pois apresentam velocidades dos ventos superiores a 6
m/s. Já a uma altura de 100 m, pode-se observar que quase todo estado, em
exceção a zona da mata, apresenta ventos com velocidades acima de 6 m/s.

4.3.1 Litoral

De acordo com a figura 18, o vento apresenta uma maior velocidade entre o
verão e a primavera, e uma menor velocidade entre o inverno e outono. A
velocidade média dos ventos foi de 5,3 m/s, com máximo de 6,7 m/s e mínimo de
3,9 m/s (COSTA; LYRA, 2012).

4.3.2 Agreste

Conforme as figuras 18 e 19, observa-se que a velocidade média dos ventos


no Agreste, foram superiores ao litoral. O agreste apresentou maiores velocidades
do vento entre maio e julho, enquanto as menores velocidades ocorreram em março
e abril. A média mensal de velocidade do vento foi de 7,1 m/s, com máximo de 8,1
m/s e mínimo de 5,1 m/s (COSTA; LYRA, 2012).

4.3.3 Sertão
Conforme a figura 20, as maiores velocidades ocorrem no início e final do
ano, com valores sempre acima dos 7 m/s, e menores velocidades entre março e
setembro. A média mensal de velocidade do vento foi de 6,8 m/s com máximo de 9,2
m/s e mínimo de 5,8 m/s (COSTA; LYRA, 2012).
36

Figura 18: Média mensal da velocidade e direção do vento para Roteiro (Litoral).
Fonte: COSTA; LYRA, 2012.

Figura 19: Média mensal da velocidade e direção do vento para Girau do Ponciano
(Agreste).
Fonte: COSTA; LYRA, 2012.
37

Figura 20: Média mensal da velocidade (a 30 metros) e direção do vento para Água
Branca (Sertão).
Fonte: COSTA; LYRA, 2012.

Figura 21: Comparação dos padrões médios mensais de velocidade do vento.


Fonte: COSTA; LYRA, 2012.

O estado de Alagoas possui potencial eólico considerável, entretanto com


base na figura 22 existem pontos que apresentam um maior potencial eólico,
indicando locais propícios a instalação de usinas eólicas.
38

Figura 22: Média anual dos ventos no estado de Alagoas.


FONTE: ATLAS, 2008.

Na área 1 encontram-se as dunas da cidade de Piaçabuçu, como pode ser


visto na figura 22, é uma das regiões mais promissoras do estado para obtenção de
energia eólica. Numa altura de 75m, apresenta ventos com velocidades medias
anuais igual ou acima de 7m/s. A região tem em cerca 15 km de extensão, e é capaz
de suportar dezenas de megawatts (ATLAS, 2008).
Já na área 2 estão localizadas as cidades de Mata Grande e as Serras de
Água Branca, no qual apresenta um alto aproveitamento eólico, porém está
condicionado a estudos, devido ao relevo acidentado. As médias de velocidades
anuais a 75m de altura varia entre 7,5m/s à 8m/s (ATLAS, 2008).
Na área 3 estão situadas as cidades de Carneiros, Senador Rui Palmeira e
Girau do Ponciano. Nessas cidades para se obter um maior potencial elétrico, os
aerogeradores devem ser instalados a uma altura mínima, nessa altura a velocidade
dos ventos, variam de 7m/s a 8m/s (ATLAS, 2008).
39

Quadro 5: Melhor localização para implantação de energias renováveis.

Fonte: Autor do trabalho

O quadro 5 demonstra as melhores localizações para a instalação de tais


fontes de energias renováveis de acordo com a disposição dos recursos naturais.
40

5 CONCLUSÃO

A partir dos resultados apresentados, foi possível concluir que existe uma
tendência nacional para utilização de fontes de energias renováveis no Brasil,
entretanto, esses investimentos se concentram principalmente na energia solar,
eólica e de biomassa.
Já no estado de Alagoas a produção de energia elétrica a partir de fontes
renováveis está focada na biomassa, através da utilização do bagaço da cana de
açúcar, como matéria prima, e na energia solar.
Por ter uma temperatura elevada, em quase todo seu território, durante todas
estações do ano e alto índice de radiação solar, o estado é propicio para instalação
de placas solares. Em especial, a região do Agreste e Sertão, pois, apresentam um
baixo índice pluviométrico ao longo do ano, e a temperatura e incidência solar, são
ainda mais elevados.
De acordo com os gráficos analisados foi possível observar que a região de
Sertão e Agreste tem um regime de ventos bastante peculiar para o aproveitamento
eólico, embora os valores analisados no litoral não sejam insatisfatórios. As regiões
situadas no interior do Estado tendem a apresentar maiores velocidades de vento,
por esta localizado em regiões mais elevadas, em relação a área litorânea. Portanto
a pouca variabilidade na direção do vento, e os padrões de velocidade, tornam o
estado de alagoas uma boa opção para instalação de aerogeradores.
Em relação a biomassa, como o estado apresenta um rebanho bovino, suíno,
equino e caprino significativo, uma outra opção de matéria prima para geração de
energia elétrica são os rejeitos de tais animais. A instalação de usinas de biomassa
de rejeitos animais pode ser implantada, no sertão e agreste, onde apresenta um
maior número de rebanhos.
Portanto Alagoas apresenta um excelente potencial para instalação e
investimentos em energias renováveis, como por exemplo, um maior investimento
em energia solar, instalação de uma usina eólica, visto que em Maceió ainda não
tem obtenção de energia através dos ventos e investimento em outros tipos de
biomassa, visto que a obtenção de tal energia se concentra na cana de açúcar.
41

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