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Açores

Tectónica de placas

Disciplina: Biologia e Geologia


Realizado por: Ana Dias nº4 10ºD
Introdução
Neste trabalho, realizado no âmbito da disciplina de Bilogia e Geologia, irei dar a
conhecer algumas informações e curiosidades sobre a posição geográfica dos Açores.
Este trabalho tem como objetivo aprender mais sobre os limites tectónicos dos Açores
e perceber porque é que é um local com vulcanismo e grande probabilidade de
ocorrência de sismos.

Açores
A ilha dos Açores é uma região autónoma de Portugal, e no total é composta por 9
ilhas (Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico Faial, Flores e
Corvo) de origem vulcânica. Os Açores localizam-se num enquadramento tectónico
muito particular, a junção de 3 placas tectónias (placa Euro-Asiática, placa Norte-
Americana e placa Africana). Essa tripla junção está localizada ao longo da Dorsal
Médio Atlântica, na região do Atlântico Norte, numa posição a oeste do Estreito de
Gibraltar com o qual está ligada pelo limite entre as placas Euro-
asiática e Africana. Esta estrutura leva a que a Junção tripla dos
Açores seja classificada como “categoria R-R-R” já que os seus 3
limites estão associados a estruturas de riftes (limite construtivo
onde existe separação de 2 placas tectónicas). A sua forma “T”
resulta da interseção quase perpendicular da Dorsal Médio Atlântica,
com o rifte da Terceira e o seu prolongamento pela falha da Glória.

Devido há existência destes riftes muito próximo dos Açores, é muito comum que
existam vulcões e atividade sísmica nestas ilhas. No total, a ilha dos Açores tem 26
vulcões ativos, sendo 8 deles submarinos. Os Açores também contam com sismos
de média e forte intensidade, mas também apresenta sismos de pequena intensidade todos,
ou quase todos os dias. Normalmente esses sismos de pequena intensidade não são sentidos
pela população local.

Curiosidades
A última erupção vulcânica nas ilhas dos Açores, ocorreu a oeste da ilha Terceira, no vulcão
submarino da Serreta. O vulcão da serreta é do tipo fissural (Erupções que ocorrem ao longo
de fissuras situadas em zonas de maior fragilidade da crosta terrestre).

Esta erupção foi a segunda erupção histórica do vulcão da Serreta e decorreu desde 1998 até
meados do ano 2000. A partir do dia 25 de novembro de 1998 começaram a ser registados
microssismos nessa área. Mais tarde a 18 de novembro de 1998 alguns pescadores avistaram
colunas de vapor de água que saíam das águas a cerca de 10km a oeste-nordeste da Ponta da
Serreta.

A erupção da Serreta decorreu de forma intermitente com erupção de gases e de lava básica
(pobre em sílica >55%, fluida, fácil libertação de gases e temperatura elevada). Durante as
fases mais ativas da erupção, alguns clastos de material em semi-fusão, rico em gás e em
vesículas cheias de vapor de água, alcançaram a superfície, formando pequenas colunas
de vapores individuais que se aproximavam da superfície, os clastos explodiam devido à
diminuição da pressão externa, expondo o seu interior em fusão. Algumas das explosões
ocorriam acima da superfície do mar, o que à noite permitia que fossem vistos desde terra
como pontos de luz de cor laranja que se acendiam e rapidamente desapareciam.

Os piroclastos emitidos, são na


verdade grandes “balões” de lava,
com por vezes mais de 3 metros
de comprimento, com formas que
variam do quase esférico ao elipsoidal. Que devido ao seu conteúdo com gás, os torna
mais leves do que a água, o que os força a subir em direção á superfície do oceano.
Quando a diferença entre a pressão interna e a pressão externa invertem-se, e os
“balões” rebentam, libertando os gases contidos no seu interior.

Durante os anos de 1999 e 2000 foi possível identificar cerca de 7 pontos de emissão
de lava e gases, dispostos de forma quase linear em zonas com profundidades que
oscilam entre os 300 m e os 800 m.
Apesar dos numerosos enxames de microssismos que foram registados, a erupção
não provocou sismicidade sentida.

A erupção foi pela última vez visível em fevereiro de 2000


Com a emissão de gases e lava.
Graças á atividade vulcânica existente nos Açores estas ilhas tem paisagens únicas e
maravilhosas. São sítios onde a fauna e a flora são muito variadas. Por terem vulcões
no seu território as ilhas dos Açores tem terrenos propícios para a agricultura.

Furnas, Ilha de São Miguel Fumarola, ilha de São Miguel

Lagoa das Sete Cidades, Ilha de São Miguel

Conclusão
Em suma, podemos concluir que as ilhas dos Açores são únicas, não só pela posição
geográfica que possuem, mas também pela sua rica fauna e flora.

Bibliografia
Fontes:

http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=555

https://byacores.com/quantas-ilhas-tem-os-acores/

http://www.ivar.azores.gov.pt/vulcoes-activos/paginas/vulcoes-activos.aspx

https://www.wikiwand.com/pt/Jun%C3%A7%C3%A3o_tripla_dos_A%C3%A7ores

https://rosaliarodriguese-portefolio.blogspot.com/2012/12/a-juncao-tripla-dos-acores.html
https://azoresgetaways.com/pt-pt/destination/azores/general-articles/capelinhos-volcano-
azores

Livro BIOGEO 10 Texto- Ana Luisa Ferreira, Fernando Antunes Bação, Maria João Jacinto e
Paula Almeida Silva.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Vulc%C3%A3o_da_Serreta

Imagens:

https://www.ecosia.org/images?q=A%C3%A7ores%20placas
%20tectonicas#id=8F8D3226096546F808D8117E082A695EA29D403B- figura 1

https://www.google.com/search?q=vulc
%C3%A3o+da+serreta&tbm=isch&ved=2ahUKEwjNls2Xi8r8AhVwpycCHahtDIUQ2-
cCegQIABAA&oq=vulc
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36#imgrc=zAfnLZk3NiqFNM -Figura 2

https://www.google.com/search?q=vulc
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36 - imgrc=FbG4OXARaMu0UM- Figura 3

Figura 3, 4 e 5- Fotos tiradas numa visita aos Açores

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