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Camadas da Atmosfera

A existência da atmosfera é extremamente importante para a vida na Terra. Para fins didáticos, ela foi
dividida em algumas camadas. As camadas da atmosfera, juntas, compõem uma extensão de aproximadamente
1000 km. São elas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. Elas não se distribuem de forma
igualitária e sua distância varia de acordo com a densidade dos elementos químicos que as compõem, de forma
que, à medida que se afastam da superfície da Terra, mais rarefeitas elas se tornam.

A atmosfera terrestre apresenta um total de cinco


camadas, cujas composições variam conforme a altura de
cada uma.
 Troposfera: A troposfera é a camada mais próxima
da crosta terrestre. Nela, encontra-se o ar usado na
respiração de plantas e animais. Ela é composta,
basicamente, pelos mesmos elementos encontrados
em toda a atmosfera, Nitrogênio, Oxigênio e Gás
Carbônico. Quase todo o vapor encontrado na
atmosfera situa-se na troposfera, que ocupa 75% da
massa atmosférica. Chega a atingir cerca de 17 km
nas regiões trópicas e pouco mais que 7 km nas
regiões polares.

 Estratosfera: A estratosfera é a segunda


camada mais próxima da Terra. Nela, encontra-se o gás
ozônio, responsável pela barreira de proteção dos raios ultravioleta, mais conhecida como Camada de Ozônio.
Podendo chegar a até 50 km de altura, a estratosfera é caracterizada por apresentar pouco fluxo de ar e por ser
muito estável. Como possui uma pequena quantidade de oxigênio, a estratosfera não é propícia para a presença do
homem. Contudo, no dia 14 de outubro de 2012, o austríaco Felix Baumgartner saltou de uma altura de 39 km,
impressionando o mundo todo (porém, para isso, ele precisou de uma roupa especial que garantisse a sua
respiração).

 Mesosfera: A mesosfera com alturas de até 80km, a mesosfera (do grego meso = meio + sphaira = esfera)
é caracterizada por ser muito fria, com temperaturas que oscilam em torno dos -100ºC. Sua temperatura, no
entanto, não é uniforme em toda sua extensão, uma vez que a parte de contato com a estratosfera é um pouco mais
quente, ponto da troca de calor entre as duas.

 Termosfera: A termosfera (do grego thérmos = calor + sphaira = esfera) é a camada atmosférica mais
extensa, podendo alcançar os 500 km de altura. O ar é escasso e, por isso, absorve facilmente a radiação solar,
atingindo temperaturas próximas a 1000ºC e se tornando, assim, a camada mais quente da atmosfera.

 Auroras polares: O fenômeno conhecido como aurora polar acontece geralmente nas épocas de setembro
a outubro e de março a abril. A aurora polar recebe esse nome justamente pelo fato de o fenômeno ocorrer apenas
nas regiões próximas a zonas polares, a aurora polar que ocorre no hemisfério norte é denominada de aurora boreal
e a que ocorre no hemisfério sul, aurora austral. A aurora polar caracteriza-se por um grande brilho difuso nos
períodos noturnos. Isso ocorre devido ao impacto de partículas de vento solar no campo magnético terrestre. O
fenômeno é semelhante a uma cortina no sentido horizontal, onde os raios ficam paralelos e alinhados na direção
das linhas do campo magnético. A combinação de diversos fatores pode ocasionar a formação de tonalidades de
cor específicas, dando uma representação óptica bastante particular e exuberante.
 Exosfera: A exosfera é a camada mais longe da Terra, alcançando os 800 km de altura. É composta
basicamente por gás hélio e hidrogênio. Nela encontram-se os satélites de dados e os telescópios espaciais.

HIDROSFERA TERRESTRE
Hidrosfera é a camada de água do planeta Terra, contendo o recurso nos estados sólido, líquido e gasoso. A
hidrosfera surgiu há bilhões de anos em decorrência do resfriamento do planeta, sendo formada por um volume
fixo de água que é de aproximadamente 70%. A maior parte dessa água está armazenada nos oceanos, e menos de
3% corresponde à água doce distribuída entre geleiras, rios, lagos e aquíferos.
É nessa camada que acontecem as etapas do ciclo da água, que se dá mediante a interação com as demais
esferas (atmosfera, litosfera e biosfera). A hidrosfera é, portanto, fundamental para a existência e manutenção da
vida no planeta Terra.
Água potável
Primeiro, é preciso ressaltar que nem toda água doce é potável. A água de fácil acesso, como a de rios e
lagos, não necessariamente apresenta boa qualidade. Para que seja considerada potável, a água necessita estar livre
de contaminação.
De acordo com o Ministério da Saúde, define-se água potável como:

“água que atenda ao padrão de potabilidade e que não ofereça risco à saúde”.
Sendo assim, corresponde à água que pode ser consumida por atender aos requisitos
físicos, químicos e biológicos que estabelecem sua qualidade e garantem a segurança e o bem-estar do
consumidor.
Para que seja considerada potável, a água também precisa atender alguns requisitos, como
ser inodora, incolor e ter sabor indefinível, e não pode apresentar organismos patogênicos (organismos que
causam doença).
Uso da água
A água, além de ser essencial para a sobrevivência dos seres vivos, é utilizada para diversas atividades
importantes ao desenvolvimento de uma sociedade. Segundo a Secretaria do Ministério do Meio Ambiente, o uso
da água pode ser classificado da seguinte maneira:
 Uso consuntivo: corresponde ao uso direto da água (afetando a quantidade de água disponível), como
ocorre no abastecimento humano, na dessedentação de animais, na irrigação, entre outras atividades.

 Uso não consuntivo: corresponde ao uso indireto da água (afetando a qualidade da água disponível), como
ocorre no uso destinado ao lazer, na navegação e na geração de energia.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), cerca
de 70% do consumo de água corresponde ao setor agrícola. Já o setor industrial vale-se, aproximadamente,
de 22% do consumo de água; seguido pelo abastecimento doméstico, que consome cerca de 8% de água,
segundo o Ministério do Meio Ambiente.
São diversos os fatores relacionados à possível falta de água no mundo, como o desperdício, o aumento
populacional, a urbanização, as mudanças climáticas, a poluição, o desmatamento, e a intensificação da
industrialização. Esses são, portanto, preocupantes e pauta de diversas conferências a respeito do meio ambiente.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 2 bilhões de pessoas no mundo não têm
acesso à água potável. A organização também alerta para as desigualdades encontradas nos países, pois cada um
deles vive uma realidade diferente acerca do consumo e da disponibilidade de água. Apesar de não estar
igualmente distribuída, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aponta
que há, no mundo, água suficiente para suprir a demanda da população que cresce cada vez mais, especialmente
nos países em desenvolvimento. Contudo, essa última organização alerta para a necessidade de mudar a questão
do uso, do gerenciamento e do compartilhamento dos recursos hídricos.
No que tange ao Brasil, segundo o Ministério do Meio Ambiente, entre 20% e 60% da água destinada ao
consumo são desperdiçados ao longo da distribuição. Os hábitos de grande parte da população brasileira não
colaboram para a preservação da água. É necessário, portanto, repensar o consumo, evitar o desperdício e
promover ações que projetam os recursos hídricos em qualquer lugar do mundo, a fim não só de evitar falta de
água mas também possíveis conflitos entre as nações.

Preservação da água
Sabemos que a disponibilidade de água está cada vez mais reduzida no mundo todo, por questões como uso
irracional, poluição, desperdício, contaminação, entre outros problemas associados aos recursos hídricos.
Preservar a água é fundamental para manutenção da vida, especialmente a das gerações futuras. E são muitas
as ações que podemos realizar com o objetivo de poupar os recursos hídricos, não delegando essa função apenas
ao governo ou a órgãos e instituições. Uma mudança de hábito é extremamente necessária, a começar por
pequenas ações, como:
 Não tome banhos demorados e feche as torneiras enquanto escova-se os dentes;

 Não jogue lixo no vaso sanitário;

 Não use sabão, excessivamente, na lavagem de roupas, para evitar maior uso de água;

 Reaproveite a água utilizada para lavar as roupas e use-a para outras atividades de limpeza;

 Não lave calçadas com água corrente;

 Feche a torneira enquanto as louças forem ensaboadas;

 Não jogue óleo de frituras ou restos de comida em pias ou vasos sanitários;

 Aproveite água da chuva;

 Não jogue lixo nos lagos e rios.

ÁGUA SUBTERRÂNEA

A quantidade de água existente no Planeta Terra é considerada constante desde 500 milhões de anos,
porém a maior parte dela que corresponde à 97,5% está contida nos mares e oceanos e, portanto, é salgada.
Excluindo a água congelada dos polos, a água doce representa apenas 0,6% do total. Destes, 98% estão contidas
nos aquíferos e apenas 2% nos rios e lagos.
Frente à crescente demanda dos recursos hídricos, a exploração das águas subterrâneas é uma alternativa
bastante atraente para abastecimento, em virtude da sua abundância, qualidade e relativo baixo custo de captação,
principalmente considerando-se a condição inadequada de qualidade das águas superficiais associada ao elevado
custo do tratamento dessas águas para os diversos usos e a escassez verificada em algumas regiões. Assim, o
recurso hídrico subterrâneo vem se tornando estratégico para desenvolvimento econômico da sociedade, devendo,
portanto, ser protegido contra a poluição.
É importante considerar as águas subterrâneas no ciclo hidrológico, de modo que sua exploração para os
diversos usos não altere o fluxo de base das águas superficiais. A Resolução n° 22 do Conselho Nacional de
Recursos Hídricos – CNRH estabelece que os Planos de Recursos Hídricos devem promover a caracterização dos
aquíferos e definir as inter-relações de cada aquífero com os demais corpos hídricos superficiais e subterrâneos e
com o meio ambiente, visando a gestão sistêmica, integrada e participativa das águas.

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