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Origem dos Oceanos

A Figura abaixo apresenta a configuração de continentes e oceanos atuais, e o


relevo continental e submarino. Os oceanos ocupam uma área de quase 362
milhões de quilômetros quadrados, com uma profundidade média de 3690
metros, perfazendo um volume de mais de 1,3 bilhão de quilômetros cúbicos.

Relevo de continentes e oceanos. Fonte: http://www.ngdc.noaa.gov/mgg/image/color_etopo1_ice_low.jpg


Mas as características das bacias oceânicas não permaneceram constantes ao
longo da história geológica da Terra. A forma e dimensão de cada um dos
oceanos modifica-se em um movimento lento, mas permanente, ligado à
movimentação das placas tectônicas. Na verdade, os oceanos, tal como os
conhecemos hoje, não têm idade superior a 200 milhões de anos, cerca de
1/20 da história da Terra.
A origem dos oceanos está intimamente ligada à formação da atmosfera e ao
resfriamento do planeta e formação da litosfera. É da atmosfera que veio pelo
menos 50% da água que preenche as bacias oceânicas (acredita-se que outros
50% têm origem em meteoritos). E é do intemperismo das rochas que formam a
litosfera que veio a maior parte dos íons que formam os sais da água do mar.
As primeiras bacias oceânicas datam do Arqueano, entre 3,6 e 3,9 bilhões de
anos, ou seja, cerca de 1 bilhão de anos após a formação do planeta. É
importante observar que os primeiros oceanos deviam ter composição bastante
distinta da atual, na medida em que refletiam parcialmente a composição da
atmosfera. O aumento na quantidade de oxigênio no planeta só teria ocorrido há
cerca de 2,2 bilhões de anos.
O arranjo de oceanos e continentes na superfície terrestre é fator determinante
para as mudanças climáticas e para a evolução das espécies. No início do
Cenozóico (60 milhões de anos atrás), a existência de um mar circum-equatorial
(Mar de Tétis) favorecia um forte aquecimento das águas oceânicas e, portanto,
uma maior distribuição do calor no planeta. Em contrapartida, a formação de um
oceano em torno da Antártica, há cerca de 30 milhões de anos, é tida como
parcialmente responsável pelo isolamento térmico daquele continente, que teve,
como consequência, efeitos significativos na circulação oceânica e no clima do
planeta.

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