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ESTRATIGRAFIA DO PERMO-TRIÁSSICO
DO RIO GRANDE DO SUL:
ESTILOS DEPOSICIONAIS versus ESPAÇO DE ACOMODAÇÃO
Volume 1
Tese de Doutoramento
2000
Agradecimentos
Capítulo 2
A ÁREA DE ESTUDO: CONTEXTO REGIONAL, EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS
ESTRATIGRÁFICOS E HIPÓTESE DE TRABALHO.......................................... 11
2.1 A Bacia do Paraná: aspectos gerais ....................................................... 11
2.1.1 A Bacia do Paraná no Rio Grande do Sul ............................................ 14
2.2 O Permo-Triássico da Bacia do Paraná: evolução dos conceitos
estratigráficos ................................................................................................. 17
2.2.1 Os trabalhos Pioneiros ......................................................................... 17
2.2.2 A década de Vinte ................................................................................ 22
2.2.3 Da década de quarenta ao anos setenta ............................................. 24
2.3 O Permo-Triássico do Rio Grande do Sul .............................................. 26
2.3.1 Litoestratigrafia do Triássico do Rio Grande do Sul ............................. 28
2.3.1.1 A Formação Rosário do Sul........................................................ 28
2.3.1.2 A Formação Rosário do Sul stricto sensu...................................... 30
2.3.1.3 O Grupo Rosário do Sul ................................................................ 32
2.4 Hipótese de Trabalho ............................................................................... 35
Capítulo 3
BASE CONCEITUAL: A ESTRATIGRAFIA DE SEQÜÊNCIAS APLICADA À
SUCESSÕES CONTINENTAIS ........................................................................... 44
3.1 Introdução ................................................................................................ 44
3.2 Ciclos Estratigráficos ............................................................................... 46
3.2.1 Ciclos de 1ª Ordem............................................................................... 49
3.2.2 Ciclos de 2ª Ordem............................................................................... 50
3.2.3 Ciclos de 3a. Ordem.............................................................................. 50
Possíveis controles da Ciclicidade de 3a. Ordem....................................... 52
3.2.4 Ciclos de 4a. e 5a. Ordens - Os Ciclos de Milankovitch........................ 53
3.3 Estratigrafia de Seqüências: Evolução dos Conceitos ......................... 55
3.3.1 As Seqüências Estratigráficas de Sloss (1963).................................... 55
3.3.2 As Seqüências Deposicionais de Vail et al. (1977) .............................. 60
3.3.3 Estratigrafia de Seqüências: SEPM Special Pub. 42 (1988) ................ 63
3.3.3.1 Conceitos Básicos ......................................................................... 64
3.3.3.2 Limites de seqüências e tipos de seqüências................................ 69
3.3.3.3 Tratos de Sistemas........................................................................ 70
3.3.3.4 Hierarquia das Unidades Estratais ................................................ 74
3.4 Estratigrafia de Seqüências em Estratos Continentais......................... 76
3.4.1 Conceitos e Controles da Arquitetura Estratigráfica............................. 76
3.4.1.1 Espaço de Acomodação e Nível de Base...................................... 77
3.4.2 Estratigrafia de Seqüências em Ambientes Costeiros.......................... 84
3.4.3 Bacias Interiores................................................................................... 86
3.4.3.1 Estratigrafia de Seqüências em Sistemas Lacustres..................... 87
3.4.3.2 Estratigrafia de Seqüências em Sistemas Aluviais ........................ 90
3.4.3.2.1 Limites de Seqüência.............................................................. 90
3.4.3.2.2 “Flooding Surfaces”................................................................ 94
3.4.3.2.3 Tratos de Sistemas e Modelos Estratigráficos ........................ 95
3.4.3.3. Estratigrafia de Seqüências em Sistemas Eólicos.......................107
3.4.3.3.1 Tipos básicos de estratificações em dunas eólicas................107
3.4.3.3.2 Formas de leito, conjuntos de estratos e hierarquia das
superfícies limitantes.............................................................................111
Conjuntos de Estratos .......................................................................113
“Bounding Surfaces”..........................................................................114
“Super Bounding Surfaces” ...............................................................116
3.4.3.3.3 Acumulação, Preservação e origem das Supersuperfícies....119
Deflação, Transporte e Acumulação .................................................120
Espaço de Acumulação e Espaço de Preservação ...........................121
Balanço Sedimentar ..........................................................................124
3.4.3.3.4 Sistemas Eólicos Secos ........................................................127
3.4.3.3.5 Sistemas Eólicos Úmidos......................................................131
3.4.3.3.6 Sistemas Eólicos Estabilizados.............................................135
3.4.3.3.7 Identificação das supersuperfícies ........................................135
Capítulo 4
A SUCESSÃO NEOPERMIANA-EOCRETÁCICA NA REGIÃO CENTRAL DO
RIO GRANDE DO SUL: FACIOLOGIA E ARQUITETURA DEPOSICIONAL....139
4.1 Introdução ................................................................................................139
4.2 Faciologia do Grupo Rosário do Sul......................................................145
4.2.1 A Formação Sanga do Cabral ............................................................145
Características Gerais..................................................................................145
4.2.1.1 Litofácies e Elementos Arquiteturais.............................................146
4.2.1.1.1 Associação de Fácies de Sistema Eólico...............................146
EA1. Dunas (DU)...............................................................................146
Interpretação..................................................................................153
EA2. Interdunas (IDU) .......................................................................157
Interpretação..................................................................................159
EA3. Draa (DR) e Interdraa (IDR) .....................................................162
EA4. Wadis (WD) ..............................................................................164
Wadis desconfinados WD(SB)......................................................166
Interpretação..................................................................................166
Canais de wadis WD(CH) .............................................................168
Interpretação..................................................................................170
Estratificações cruzadas deformadas ............................................171
Interpretação..................................................................................177
Sistema deposicional.........................................................................179
4.2.1.1.1 Associação de Fácies Aluviais ...............................................180
EA1. Lençóis de arenitos laminados – “sand sheets” (LS)................180
Interpretação..................................................................................180
EA2. Formas de leito arenosas (SB).................................................182
Interpretação..................................................................................183
EA3. Canais (CH)..............................................................................183
Interpretação..................................................................................185
EA4. Lobos de suspensão (LB) ........................................................186
Interpretação..................................................................................186
EA5. Litofácies subordinadas ............................................................188
EA5.1 Acumulações de conglomerados intraformacionais (Cgi) e
formas de leito conglomeráticas (GB)............................................188
EA5.2 Depósitos finos de planícies de inundação (FF) .................192
Interpretação..................................................................................192
Sistema deposicional.........................................................................194
4.2.2 A Formação Santa Maria ...................................................................199
Características Gerais..................................................................................199
4.2.2.1 Membro Passo das Tropas: litofácies e elementos arquiteturais..202
4.2.2.1.1 Associação de Fácies Fluviais ...............................................202
EA1. Depósitos de canal (CH) ..........................................................202
EA1.1 Formas de leito arenosas (SB) ..........................................204
Interpretação..................................................................................204
EA1.2 Acresções frontais (DA) e obliquas (LA/DA) .....................208
Interpretação..................................................................................210
EA2. Litofácies pelíticas (FF) ............................................................212
Interpretação..................................................................................213
Sistema deposicional.........................................................................215
4.2.2.2 Membro Alemoa: litofácies e elementos arquiteturais ..................217
4.2.2.2.1 Associação de Fácies de Planície Aluvial ..............................219
EA1. Depósitos finos de planícies de inundação (FF) e Paleosolos (P)
..........................................................................................................219
Interpretação..................................................................................219
Sistema deposicional.........................................................................224
4.2.3 A Formação Caturrita .........................................................................227
Características Gerais..................................................................................227
4.2.3.1 Litofácies e Elementos Arquiteturais.............................................229
4.4.3.1.1 Associação de Fácies de Canais Fluviais ..............................229
EA1. Canais (CH) - “Ribbons” .........................................................229
Interpretação..................................................................................231
EA2. Acresções laterais (LA) ............................................................233
Interpretação..................................................................................233
4.4.3.1.2 Associação de Fácies de Planície Aluvial ..............................235
EA1. “Crevasse splays” (CS) e canais de crevasse (CR) .................235
Interpretação..................................................................................235
EA2. Frentes deltaicas lacustres (FD)...............................................237
Interpretação..................................................................................237
EA3. Finos de planície de inundação (FF) e paleosolos (P) .............239
Interpretação..................................................................................240
4.2.3 1.2 Arenitos Mata: litofácies e elementos arquiteturais....................240
EA1. Depósitos de canal (CH) .........................................................240
EA1.1 Acresções frontais (DA) ......................................................240
Interpretação..................................................................................242
EA1.2 Formas de leito arenosas (SB) ...........................................242
Interpretação..................................................................................244
EA2. Litofácies subordinadas...........................................................244
EA2.1 Sedimentos gravitacionais (SG)..........................................244
Interpretação.......................................Erro! Indicador não definido.
EA2.2 Depósitos finos de planícies de inundação (FF) .................246
Interpretação..................................................................................246
Sistema deposicional.........................................................................246
4.3 Faciologia do Grupo São Bento .............................................................249
4.3.1 A Formação Botucatu..........................................................................249
Características Gerais..................................................................................249
4.3.1.1 Sistema Eólico: litofácies e elementos arquiteturais .....................251
EA1. Dunas (DU)...............................................................................251
EA2. Interdunas (IDU) .......................................................................253
Interpretação..................................................................................253
Sistema deposicional.........................................................................254
Capítulo 5
ESTRATIGRAFIA DE SEQÜÊNCIAS.................................................................256
5.1 Unidades litoestratigráficas e aloestratigrafia .....................................256
5.1.1 Eventos deposicionais e limites de seqüências ..................................258
5.1.1.1 O intervalo Neopermiano-Eotriássico ...........................................258
Seqüência Rio do Rasto/Sanga do Cabral ...............................................258
(1) Evento Pirambóia...........................................................................258
(2) Evento Sanga do Cabral................................................................261
5.1.1.2 O intervalo Meso-Neotriássico......................................................262
Seqüência Santa Maria/ Caturrita e o evento Mata ..................................262
(1) Seqüência Santa Maria/Caturrita.....................................................262
(2) Evento Mata ....................................................................................266
5.2 Tratos de sistemas e controles da arquitetura deposicional .............274
5.2.1 Contexto paleogeográfico e geotectônico ..............................................
5.2.2 Estilos deposicionais e variações do nível de base estratigráfico .......279
5.3 Considerações Finais..............................................................................290
Capítulo 6
CONCLUSÕES ...................................................................................................293
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................297
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Volume I
Capítulo 1
Figura 1.1 Mapa geológico esquemático da sucessão gondwânica no Rio Grande
do Sul e localização da área de estudo. ......................................................... 3
Figura 1.2 Mapa de localização das principais rodovias, referências geográficas e
índice das cartas topográficas utilizadas no estudo. ....................................... 6
Figura 1.3 Mapa de localização das seções estratigráficas (SE) regionais
levantadas durante o trabalho......................................................................... 8
Capítulo 2
Figura 2.1 Mapa de localização da área de estudo no contexto da Bacia do
Paraná........................................................................................................... 12
Figura 2.2 Divisão estratigráfica do intervalo Neopermiano-Eocretáceo da região
central do Rio Grande do Sul, baseada na correlação de seções colunares,
elaboradas a partir de seções estratigráficas regionais de superfícies. ........ 36
Figura 2.3 Mapa geológico simplificado e divisão estratigráfica da sucessão
gondwânica do Rio Grande do Sul em seqüências deposicionais, adotada
como referência para o desenvolvimento deste estudo.41Erro! Indicador
não definido.
Quadros e Tabelas
Quadro 2.1 Quadro estratigráfico da Bacia do Paraná: litoestratigrafia e
seqüências deposicionais relacionadas à variações relativas do nível do mar
(Milani, 1997). ............................................................................................... 15
Quadro 2.2 Evolução histórica das principais propostas de organização
litoestratigráfica do intervalo Permo-Triássico da Bacia do Paraná até o início
da década de oitenta, enfatizando os trabalhos relacionados à estratigrafia do
Rio Grande do Sul......................................................................................... 19
Quadro 2.3 Colunas representativas de três estágios evolutivos da estratigrafia
do Permo-Triássico da Bacia do Paraná, desde os primórdios até a década
de setenta. .................................................................................................... 20
Quadro 2.4 As contribuições de Gamermann (1973), Bortoluzzi (1974) e Andreis,
Bossi & Montardo (1980) à atual organização litoestratigráfica do Permo-
Triássico do Rio Grande do Sul. ................................................................... 29
Quadro 2.5 Faunas locais de tetrápodos do Permiano e Triássico da América do
Sul: localização, idades e correlações. Adaptado de Barberena et
al.(1985a,b). .................................................................................................. 38
Quadro 2.5 Quadro-síntese dos pressupostos estratigráficos a serem testados
neste trabalho: diagrama cronoestratigráfico esquemático, mostrando as
seqüências deposicionais do Permo-Triássico do Rio Grande do Sul e suas
equivalências litoestratigráficas..................................................................... 42
Capítulo 3
Figura 3.1 Variações eustáticas de 1a. e 2a. ordens durante o Fanerozóico......... 49
Figura 3.2 Ciclos de 3a. ordem de variações do onlap costeiro de parte do
Cretáceo da bacia de Alberta, Canadá, relacionados à ciclos de 2a. e 3a.
ordens derivados da curva de variação do “coastal onlap”. .......................... 51
Figura 3.3 As três causas dos Ciclos de Milankovitch. ....................................... 54
Figura 3.4 Seqüências estratigráficas de Sloss (1963) e suas relações com os
episódios orogênicos da América do Norte................................................... 57
Figura 3.5 Áreas de preservação e correlações entre as seqüências
estratigráficas de Sloss no oeste do Canadá e na plataforma Russa. .......... 58
Figura 3.6 Ciclos deposicionais e expressões geomórficas correspondentes aos
movimentos oscilatórios do embasamento, identificados nas três bacias
intracratônicas brasileiras e correlacionáveis com as seqüências de Sloss,
segundo Soares et al.(1974:1978). ............................................................... 59
Figura 3.7 Seções sísmicas mostrando padrões de reflexões estratais e
terminologia das terminações estratais definidas pela sismoestratigrafia.61
..........................................................................Erro! Indicador não definido.
Figura 3.8 Sumário dos principais tipos de padrões de refletores e terminologia
descritiva das terminações estratais dentro de uma seqüência sísmica
idealizada. .................................................................................................... 62
Figura 3.9 Procedimentos para construção de carta cronoestratigráfica e de
variação relativa do nível do mar com base em seções estratigráficas obtidas
a partir de a de seções sísmicas (Vail et al., 1977). ...................................... 64
Figura 3.10 Elementos da curva eustática. ........................................................ 65
Figura 3.11 Interações entre espaço de acomodação e suprimento sedimentar e
os padrões de empilhamento estratigráfico resultantes. ............................... 79
Figura 3.12 Elementos controladores do nível de base nos ambientes aluviais,
costeiros e de plataforma marinha. ............................................................... 83
Figura 3.13 Resposta dos sistemas fluviais ás variações do nível de base. ...... 86
Figura 3.14 Fatores de controle da sedimentação dos estratos continentais. ..... 87
Figura 3.15 Modelo generalizado de half-graben, mostrando componentes de
highstand e lowstand lacustrice system tracts. ............................................. 89
Figura 3.16 Escalas dos elementos deposicionais de um sistema fluvial............ 92
Figura 3.17 Diagrama ilustrando as relações entre arquiteturas fluviais e de
shoreface, em resposta às variações do nível de base (Shanley & McCabe,
1994). ............................................................................................................ 97
Figura 3.18 Seções esquemáticas de seqüências deposicionais aluviais,
baseadas em estudos do Mesozóico da Argentina. (Shanley & McCabe,
1994). ............................................................................................................ 98
Figura 3.19 Modelo de arquitetura e desenvolvimento de paleosolos para uma
seqüência fluvial de tipo 1, em resposta a um ciclo de 3ª. ordem de variação
de nível de base, segundo Wright & Marriot (1993). .................................... 99
Figura 3.20 Modelo de evolução da arquitetura fluvial em resposta à mudanças
no espaço de acomodação e terminologia dos tratos de sistemas, por Currie
(1997)...........................................................................................................101
Figura 3.21 Modelo de seqüência fluvial concebido por Miall (1996), composto a
partir da fusão dos conceitos de Wright & Marriot (1993), Shanley & McCabe
(1994) e Gibling & Bird (1994), contendo a terminologia da estratigrafia de
seqüências e da aloestratigrafia...................................................................103
Figura 3.22 Exemplo de análise estratigráfica através da relação entre geometrias
de corpos sedimentares e arquitetura aluvial em resposta às taxas de
avulsão/subsidência, segundo Blakey & Gubitosa (1984)............................104
Figura 3.23 Modelo estratigráfico genérico desenvolvido por Van Wagoner
(1996), enfatizando as variações dos padrões estratais e caraterísticas dos
sistemas fluviais em respostas à mudanças no nível de base. ....................106
Figura 3.24 Sumário dos conceitos da estratigrafia e seqüências e características
dos depósitos não-marinhos, em relação às variações do espaço de
acomodação produzidas por oscilações do nível de base estratigráfico......105
Figura 3.25 Características, distribuição e geometria dos tipos básicos de
estratos eólicos em dunas de pequeno porte, segundo Hunter (1977a, b) e
Kocurek & Dott (1981)..................................................................................108
Figura 3.26 Tipos de estruturas geradas por ondulações eólicas cavalgantes, em
função de diferentes ângulos de climbing. ...................................................111
Figura 3.27 Reconstituição esquemática de ambientes de draa, dunas e
interdunas, mostrando os conjuntos de estratificações cruzadas e as
superfícies limitantes correspondentes. .......................................................113
Figura 3.28 Definição dos conjuntos de estratos cruzados gerados pela migração
de dunas cavalgantes. .................................................................................114
Figura 3.29 Diagrama esquemático de três “superfícies de Stokes”, baseado no
estudo do Jufarah sand sea, Arábia Saudita................................................115
Figura 3.30 Hierarquias das superfícies limitantes em sistemas eólicos e modelos
de geração de superfícies de 1ª. Ordem. .....................................................116
Figura 3.31 Supersuperfícies, truncando superfícies de 1ª. ordem e seqüências
completas de ergs, compostos por dunas simples ou draas........................117
Figura 3.32 Classificação de supersuperfícies com base no balanço sedimentar e
na natureza do substrato..............................................................................118
Figura 3.33 Modelos de dinâmica de ergs, baseados nos padrões de fluxo de
areia, indicando áreas de deflação, transporte e acumulação eólica...........120
Figura 3.34 Distinções comparativas entre os conceitos de acumulação, espaço
de acumulação, espaço de preservação e espaço de acomodação, para
sistemas eólicos e marinhos, respectivamente. ...........................................122
Figura 3.35 Fatores controladores da preservação da acumulação eólica.123
..........................................................................Erro! Indicador não definido.
Figura 3.36 Diagrama ilustrando a geração do espaço de preservação devido à
subsidência e elevação do nível freático......................................................124
Figura 3.37 Seção bidimensional através de um sistema eólico ilustrando os
elementos relacionados ao controle do balanço sedimentar........................124
Figura 3.38 Acumulação eólica e exemplos de geração de supersuperfícies por
bypass e erosão, controladas pelo balanço sedimentar...............................126
Figura 3.39 Acumulação em sistemas eólicos úmidos, secos e estabilizados,
mostrando as variações dos estilos deposicionais, de sistemas úmidos a
secos, em função do aporte sedimentar e do efeito das variações do ângulo
de climbing em sistemas úmidos. ................................................................127
Figura 3.40 Modelos definindo espaço de acumulação em sistemas eólicos secos.
.....................................................................................................................129
Figura 3.41 Componentes do espaço de acumulação e preservação nos
sistemas eólicos secos.130..........................................................................130
Figura 3.42 (a) Campos de acumulação em ambientes subaquosos, sabkha e
sistemas eólicos úmidos e secos, em função do suprimento sedimentar
disponível, ao longo do tempo; (b) Campos de acumulação subaquosa e
eólica e geração de supersuperfícies de bypass e erosão, em função das
taxas de variação relativa do nível freático; (c) Espectro de transição de
sistemas úmidos à secos. ............................................................................132
Figura 3.43 Modelos de acumulação de interdunas dunas em sistemas eólicos
úmidos, relacionada à (a) subida do nível freático e (b) ao ângulo de
cavalgamento...............................................................................................133
Figura 3.44 Transição da acumulação de sistemas eólicos úmidos para secos.
.....................................................................................................................134
Figura 3.45 Componentes do espaço de acumulação e preservação nos sistemas
eólicos úmidos. ............................................................................................134
Figura 3.46 Feições associadas à supersuperfícies...........................................137
Quadros e Tabelas
Tabela 3.1 Ciclos globais de variações relativas do nível do mar........................ 48
Tabela 3.2 Ciclos estratigráficos e suas causas. ................................................. 48
Tabela 3.3 Características dos tratos de sistemas não-marinhos e terminologia
alternativa (degradational, transitional e aggradational systems tracts),
específica para sistemas continentais, proposta por Currie (1997)..............101
Tabela 3.4 Classificação e hierarquia das formas de leito eólicas, segundo suas
dimensões e relação com o regime de ventos, segundo Wilson (1972). .....112
Tabela 3.5 Classificação morfológica e morfodinâmica das dunas eólicas a partir
de imagens de satélite, adaptada de Allen (1997). ......................................112
Capítulo 4
Figura 4.1 Terminologia de Friend et al. (1979) e Friend (1979) para descrição da
geometria de corpos arenosos e critérios para classificação do
comportamento de canais. ...........................................................................141
Figura 4.2 Elementos arquiteturais básicos de sistemas fluviais........................143
Figura 4.3 Mapa geológico simplificado do Rio Grande do Sul, mostrando a faixa
de ocorrência da Formação Sanga do Cabral..............................................147
Figura 4.4 Fácies de arenitos finos a médios, com estratificações cruzadas
tangenciais de grande porte, principais constituintes do elemento de dunas
eólicas (DU) da Formação Sanga do Cabral no Rio Grande do Sul. ...........148
Figura 4.5 Exemplos de estratos eólicos produzidos por processos de fluxo de
grãos e queda livre de grãos........................................................................150
Figura 4.6 Estratificações formadas pela migração de ripples eólicas,
correspondentes à "wind ripple laminae" ou "climbing tranlatent strata". .....152
Figura 4.7 Gráfico relacionando espessuras de estratos individuais de grainflow e
altura das faces frontais de dunas eólicas recentes do Little Sahara Dune
Field (Kocurek & Dott, 1981). .......................................................................155
Figura 4.8 Dunas eólicas (DU) da Formação Sanga do Cabral com medidas de
paleocorrentes apresentando tendência à bimodalidade, padrão compatível
com dunas obliquas. ....................................................................................156
Figura 4.9 Afloramentos representativos das fácies constituintes do elemento de
interdunas (IDU)...........................................................................................158
Figura 4.10 Exemplares de traços fósseis pertencentes à icnofauna Scoyenia,
presente nas fácies de interdunas (IDU) da Formação Sanga do Cabral,
identificados por Netto (1989) e Netto et al (1992)......................................159
Figura 4.11 (a) Dunas eólicas (DU), constituídas por arenitos com estratificações
cruzadas de grande e médio portes, parcialmente homogeneizados por
liquefação, recobertos por arenitos com acamadamento plano e pelitos
laminados, correspondentes à planícies de interdunas (IDU); (b,c),
processadas (Photo Paint 8/Paint Shop Pro5) para facilitar a visualização das
superfícies e estruturas sedimentares; (c) hierarquia das superfícies limitantes e
os elementos de draa (DR) e interdraa (IDR) interpretados.........................163
Figura 4.12 Arenitos com estratificação cruzadas de grande porte (Sp,St)
recobertos por arenitos tabulares com estratificação plana (Sr, Sh, Sm),
correspondendo, respectivamente, a depósitos de dunas (DU) e planície de
interdunas eólicas (IDU). Superfície de 1ª ordem e elementos de draa (DR) e
interdraa (IDR) interpretados........................................................................164
Figura 4.13 Exemplos de afloramentos representativos do elemento de wadis
(WD), constituído pela superposição de dunas subaquosas 2D e 3D - “sandy
bedforms” (SB) - depósitos fluviais que ocorrem intercalados às fácies de
dunas (DU) e interdunas eólicas. .................................................................166
Figura 4. 14 Canal de wadi, WD(CH): (a) geometria do canal - ribbon –
implantado sobre arenitos com estratificações cruzadas acanaladas,
características do elemento de dunas eólicas (DU); (b, c) detalhes do estilo
multiepisódico de preenchimento do canal; (d) vista posterior do mesmo
afloramento, enfatizando os ciclos granodecrescentes com arenitos muito
finos/sílticos no topoe ilustrando a inserção dos depósitos de canal no
contexto dominante de campo de dunas eólicas (DU). ................................169
Figura 4.15 Estratificações eólicas deformadas por processos de fluidização,
liquefação (a, b, c, d) e colapso gravitacional de foresets em estado frágil (e).
.....................................................................................................................171
Figura 4.16 Tipos de deformação de estratos cruzados não litificados e suas
posições em relação a uma forma de leito hipotética. Produtos e processos.
Adaptado de Doe & Dott (1980). ..................................................................176
Figura 4.17 Mapa esquemático das áreas de predominância de ocorrência e
distribuição regional de paleocorrentes da associação de fácies eólicas da
Formação Sanga do Cabral no Rio Grande do Sul......................................179
Figura 4.18 Aspecto geométrico e litofácies características dos elementos LS e
SB, principais constituintes da associação de fácies aluviais da Formação
Sanga do Cabral. .........................................................................................181
Figura 4.19 Tipologia dos depósitos de canais fluviais (CH) identificados na
Formação Sanga do Cabral. ........................................................................184
Figura 4.20 Principais características geométricas e litofácies constituintes do
elemento de lobos de suspensão (LB) da Formação Sanga do Cabral. ......187
Figura 4.21Principais tipos de acumulações conglomeráticas da Formação Sanga
do Cabral e sua associação subordinada às litofácies constituintes dos
elementos LS e SB. .....................................................................................190
Figura 4.22 Exemplos de exposições de depósitos finos de planície de inundação
(FF) da Formação Sanga do Cabral. ...........................................................193
Figura 4.23 Mapa esquemático das áreas de predominância de ocorrência e
distribuição regional de paleocorrentes da associação de fácies aluviais da
Formação Sanga do Cabral no Rio Grande do Sul......................................196
Figura 4.24 Mapa esquemático da sucessão gondwânica (Permiano-Eocretáceo)
na borda sudeste da Bacia do Paraná, destacando a faixa de exposição da
Formação Santa Maria (Meso-Neotriássico), restrita à região central do
Estado do Rio Grande do Sul.......................................................................200
Figura 4.25 Exemplos de exposições do contato erosivo das fácies areno-
conglomeráticas de canais fluviais (CH) do Membro Passo das Tropas
(unidade basal da Fm. Santa Maria) sobre arenitos finos, avermelhados,
fluviais, da Fm. Sanga do Cabral. ................................................................204
Figura 4.26 Membro Passo das Tropas: exemplos de exposições das litofácies
de arenitos com estratificações cruzadas planares (Sp) e acanaladas (St), de
pequeno e médio portes, correspondentes a dunas 2D e 3D superpostas,
associadas a arenitos com laminação plano-paralela (Sh) ou suavemente
inclinadas (Sl), feições geradas por variações de regime de fluxo que, em
conjunto, caracterizam o elemento SB.........................................................205
Figura 4.27 Macroforma fluvial do Membro Passo das Tropas - unidade basal da
Formação Santa Maria - ilustrando os estágios de desenvolvimento de
padrão de acresção frontal (DA), relacionado a variações de descarga e nível
d'água. .........................................................................................................206
Figura 4.28 Afloramento do topo do Membro Passo das Tropas, em sua seção
tipo, mostrando litofácies de canal recobertas por depósitos finos (FF)
contendo elementos da flora Dicroidium. Análise de paleocorrentes
demonstrando o predominínio de acresções frontais (DA), e a ocorrência
subordinada de acresções laterais/obliquas (LA/DA)...................................209
Figura 4.29 Modelo de desenvolvimento de superfícies de reativação sobre
"linguoid bars" (dunas 2D de baixo relevo), relacionadas à variações de
descarga e nível d'água em canais fluviais, segundo Collinson (1970).
Consideradas as dimensões das formas de leito, as modificações de
estruturas internas previstas por este modelo são análogas às observadas
em exposições do Membro Passo das Tropas. ...........................................210
Figura 4.30 Diagramas exemplificando o desenvolvimento de acresções frontais
(elemento DA) e a morfologia de macroformas dominadas por este elemento,
ilustrando e a distribuição dos diferentes padrões de estruturas internas, em
relação às superfícies limitantes (Miall, 1996)..............................................211
Figura 4.31 Modelo genérico de macroformas caraterizadas pelo predomínio do
elemento arquitetural DA, mostrando a gradação de acresções frontais a
laterais (LA) dentro da mesma macroforma, em função de modificações
locais da direção do fluxo.............................................................................212
Figura 4.32 Afloramento de depósitos finos, correlacionáveis à litofácies de
planícies de inundação (FF) do Membro Passo das Tropas, incluindo detalhe,
mostrando o aspecto essencialmente maciço dos siltitos argilosos (Fsm), com
níveis de silcretes, litofácies dominantes deste elemento. ...........................214
Figura 4.33 Mapa esquemático da faixa de ocorrência da Formação Santa Maria
no Rio Grande do Sul, incluindo os Membros Passo das Tropas e Alemoa,
destacando a distribuição regional dos vetores médios de paelocorrentes das
litofácies fluviais da unidade.........................................................................216
Figura 4.34 Relações de contato entre os membros Passo das Tropas (PT) e
Alemoa (AL) em dois pontos extremos da faixa de afloramentos da unidade,
no sentido leste-oeste: (a) a oeste, nos arredores da cidade de São Pedro do
Sul e (b) na BR-471, a leste, no extremo sul da área urbana da cidade de
Santa Cruz do Sul. .......................................................................................218
Figura 4.35 Aspecto característico das exposições das litofácies de pelitos
maciços (Fsm) e ritmitos areno-pelíticos laminados (Sh,Fl) do Membro
Alemoa da Formação Santa Maria, caracterizando os elementos de planícies
de inundação (FF) e paleosolos (P) associados. .........................................220
Figura 4.36 Afloramento do Membro Alemoa mostrando o preenchimento de
depressão por ritmitos areno-pelíticos laminados (Sh,Fl), interpretados como
depósitos de preenchimento de corpos lacustres - FF(LC) - desenvolvidos no
contexto de planícies de inundação (elemento FF) do Membro Alemoa.221
..........................................................................Erro! Indicador não definido.
Figura 4.37 Afloramento típico dos “pelitos vermelhos fossilíferos” do Membro
Alemoa, ilustrando a presença freqüente de paleosolos imaturos (P)
associados. ..................................................................................................222
Figura 4.38 Seção de poços de água subterrânea da CORSAN na cidade de São
Pedro do Sul, mostrando a intercalação das litofácies pelíticas do Membro
Alemoa com depósitos de canais fluviais do Membro Passo das Tropas e da
Formação Caturrita. .....................................................................................225
Figura 4.39 Modelo de variação de maturidade dos solos desenvolvidos em
planícies de inundação, refletindo as relações entre pedofácies e sucessivos
eventos de avulsão (Allen & Wrigth, 1989). .................................................226
Figura 4.40 Mapa esquemático da faixa de ocorrência da Formação Caturrita no
Grande do Sul, incluindo os vetores médios de paelotransporte dos depósitos
fluviais da unidade. ......................................................................................228
Figura 4.41 Geometria característica (ribbons) dos canais fluviais (CH) da base
da Formação Caturrita em exposições representativas das relações de
contato com a Formação Santa Maria. ........................................................230
Figura 4.42 Exemplos de canais fluviais da Formação Caturrita preenchidos por
litofácies indicativas de carga mista (tração-suspensão), sem o
desenvolvimento de macroformas trativas. ..................................................232
Figura 4.43 Afloramentos de arenitos fluviais do topo da Formação Caturrita com
geometria sheet, indicativa de migração lateral dos canais. Litofácies e
análise de paleocorrentes indicativas da presença de padrão de acresção
lateral (LA) nos arenitos de topo da unidade................................................234
Figura 4.44 Aspecto geométrico e principais carcterísticas das litofácies
interpretadas como depósitos de crevasse splays (CS), associadas a
litofácies finas de planícies de inundação (FF). ...........................................236
Figura 4.45 Afloramento representativos dos depósitos de frentes deltaicas (FD)
lacustres da Formação Caturrita. (a) camadas tabulares e sigmoidais de
arenitos finos com climbing ripples (Sr) separados por pelitos laminados e
maciços (Fl, Fsm); (b) camadas lenticulares de arenitos finos (Sr), separados
e recobertos por ritmitos areno-pelíticos (Fl,Sh) e siltitos laminados (Fl); (c)
arenitos finos tabulares com laminações plano-paralelas (Sh) e climbing
ripples (Sr)....................................................................................................238
Figura 4.46 Exposição tipo dos Arenitos Mata na entrada da cidade de Mata.
Arenitos grossos a conglomeráticos, quartzosos, com estratificações
cruzadas planares (Sp) e tangenciais (St) superpostas em padrão de
acresção frontal (DA) a obliquo (LA/DA), contendo tronco silicificado no
interior da macroforma. ................................................................................241
Figura 4.47 Aspecto geral dos Arenitos Mata na região de São Pedro do Sul.
Superposição de arenitos médios com estratificações cruzadas tangenciais
(St), contendo troncos silicificados de coníferas no interior de formas de leito
arenosas 3D - elemento (SB) - depositadas em canais fluviais. ..................243
Figura 4.48 Acumulações de conglomerados intraformacionais matriz-suportados
(Gmm) dos Arenitos Mata associados a formas de leito arenosas (SB) de
canais fluviais. Fluxos gravitacionais (elemento SG), interpretados como
registro de episódios de colapso das margens dos canais, ocorridas em
períodos de diminuição da descarga fluvial. ................................................245
Figura 4.49 Mapa esquemático da faixa de ocorrência da Formação Botucatu no
Grande do Sul, incluindo a distribuição regional dos vetores médios de
paelocorrentes da unidade...........................................................................250
Figura 4.50 Afloramentos característicos da Formação Botucatu ilustrando os
elementos de dunas (DU) e interdunas (IDU) e as principais litofácies
litofácies constituintes da unidade................................................................252
Quadros e Tabelas
Quadro 4.1 Organização litoestratigráfica do intervalo Neopermiano-Eocretáceo
da Bacia do Paraná no Rio Grande do Sul. .................................................139
Quadro 4.2 Esquema de classificação de Formas de Leito recomendada pelo
SEPM Bedforms and Bedding Structures Research Simposium (Ashley,1990).
.....................................................................................................................140
Quadro 4.3 Classificação e códigos de litofácies de sistemas fluviais, segundo
Miall (1996). .................................................................................................142
Quadro 4.4 Escalas dos componentes da arquitetura eólica, segundo Chrintz &
Clemmensen (1993).....................................................................................144
Quadro 4.5 Elementos arquiteturais eólicos (Chrintz & Clemmensen, 1993). ...144
Quadro 4.6 Definições, características e critérios de identificação dos processos
de deformação de sedimentos não litificados, segundo Lowe (1975)..........176
Tabela 4.1 Feições diagnósticas dos estilos fluviais arenosos braided e maiores
similaridades observadas nas fácies aluviais da formação Sanga do Cabral.
.....................................................................................................................195
Quadro 4.7 Litoestratigrafia do intervalo Neopermiano-Eocretáceo da Bacia do
Paraná no Rio Grande do Sul, destacando a posição estratigráfica da
Formação Santa Maria no contexto do Grupo Rosário do Sul, conforme
definido por Andreis, Bossi & Montardo (1980)............................................199
Quadro 4.8 Posicionamento estratigráfico e idade da Formação Santa Maria, com
base nas associações de macrofósseis identificadas por Schultz (1985) para
as unidades litoestratigráficas que compõem o Triássico do Rio Grande do
Sul. ...............................................................................................................202
Capítulo 5
Volume II
Quadro 1 Área de estudo: contexto regional e referências geográficas.
Quadro 2 Quadro síntese da estratigrafia do intervalo Neopermiano-Eocretáceo
na região central do Estado do Rio Grande do Sul.
Mapa Base (MB) Mapa geológico simplificado da região central do Rio Grande do
Sul, enfatizando a distribuição das unidades estudadas.
Fotomontagens (FM)
FM1 Formação Sanga do Cabral: exemplos de exposições da faciologia e
associações entre os elementos de dunas eólicas (DU) e interdunas (IDU)
úmidas.
FM2 Formação Sanga do Cabral: associação entre os elementos de dunas (DU) e
interdunas (IDU) eólicas. Camadas tabulares (IDU), interpretadas como
depósitos de planícies interdunares ("interdune flats"), recobrindo dunas
eólicas (DU) segundo superfícies de primeira ordem. Litofácies
tentativamente interpretadas como possíveis elementos de draa (DR) e
interdraa (IDR).
FM3 Icnofósseis, indicadores de umidade do substrato, ocorrentes nas fácies de
interdunas (IDU) da Formação Sanga do Cabral. Icnofácies Scoyenia,
determinante de substratos continentais úmidos ou encharcados, ou
depósitos subaquosos rasos, periodicamente expostos ao ar. A presença
desta icnofauna caracteriza estas fácies como depositadas em regiões de
interdunas úmidos.
FM4 Formação Sanga do Cabral: tipos básicos de depósitos aluviais que ocorrem
intercalados aos elementos de dunas (DU) e interdunas eólicas,
interpretados como produzidos por canais de wadis (WD).
FM5 Formação Sanga do Cabral: estratificações eólicas deformadas por
processos de liquefação e fluidização, interpretadas como evidências de
paleosismicidade (sismitos), contemporânea à sedimentação do sistema
eólico.
FM6 Contato discordante entre as formações Rio do Rasto e Teresina , na região
de Vista Alegre (Folha Tiaraju, demarcado pela sobreposição de dunas
eólicas (DU) deformadas sobre depósitos de plataforma marinho-rasa.
FM7 (FM7) Formação Sanga do Cabral: exemplo típico das exposições das fácies
aluviais da Formação, ilustrando o aspecto geométrico das camadas planas
de arenitos finos a médios, constituindo lençóis de areias, ou "sand sheets"
(LS) e formas de leito arenosas (SB), associações de litofácies mais
características da unidade.
FM8 Formação Sanga do Cabral: associação de litofácies constituintes dos
elementos de arenitos tabulares laminados (LS) e formas de leito arenosas
(SB), às quais se associam acumulações de conglomerados
intraformacionais (Cgi), litofácies onde são encontrados os fragmentos de
vertebrados fósseis, incluindo anfíbios e répteis (Procolophon e
Lystrosaurus), relacionados à Biozona de Lystrosaurus da África do Sul.
FM9 Formação Sanga do Cabral: aspecto geométrico das camadas
representantes do elemento de lobos de suspensão (LB).
FM10 Membro Passo das Tropas (unidade basal da Formação Santa Maria):
aspecto geral dos depósitos fluviais da unidade, nas regiões de Cachoeira
do Sul e Venâncio Aires, ressaltando as feições erosionais e o estilo "multi
storey" de preenchimento dos canais.
FM11 Membro Passo das Tropas (Formação Santa Maria): exemplo típico das
exposições correspondentes ao elemento SB, caracterizado pela
superposição de arenitos com estratificações cruzadas acanaladas (St) e,
mais raramente planares, correspondentes a dunas 3D e 2D,
respectivamente.
FM12 Membro Passo das Tropas (Formação Santa Maria): macroforma fluvial,
com padrão de acresção frontal (DA).
FM13 Afloramento tipo do Membro Passo das Tropas (Formação Santa Maria):
litofácies fácies arenosas de preenchimento de canal fluvial, relacionadas à
evolução morfológica das macroformas, evidenciando o predomínio do
padrão de acresções frontais (DA), associado à ocorrência de acresções
laterais a obliquas (LA/DA) subordinadas.
FM14 Canais fluviais (CH) da Formação Caturrita, com geometria ribbon,
encaixados nos pelitos do Membro Alemoa da Formação Santa Maria.
FM15 Afloramento fossilífero da Formação Caturrita na região de Faxinal do
Soturno, mostrando a associação de litofácies de canal fluvial (CH) com
depósitos de crevasse (CS, CR) e finos de planícies de inundação (FF).
FM16 Formação Caturrita: litofácies areno-pelíticas, predominantes na porção
intermediária unidade, interpretadas como depósitos de frentes deltaicas
lacustres (FD).
FM17 Formação Caturrita. Exemplo de exposição de macroforma fluvial
caracterizada pelo elemento de acresção lateral (LA).
FM18a Afloramento tipo dos Arenitos Mata na entrada da cidade de Mata,
contendo tronco silicificado no interior de macroforma fluvial com padrão de
acresção frontal (DA) dominante.
FM18b Croqui do afloramento tipo dos Arenitos Mata (FM18a), evidenciando a
estruturação dos arenitos e a análise de paleocorrentes das formas de leito.
FM19 Arenitos Mata, próximo à cidade de São Pedro do Sul. Arenitos finos a
médios com estratificações cruzadas acanaladas, contendo caules
silicificados de coníferas, correspondentes a formas leito arenosas 3D
(elemento SB), desenvolvidas no interior de canais fluviais. Conglomerados
intraformacionais desorganizados, indicando sedimentação gravitacional
(SG), interpretados como depósitos de colapso das margens dos canais.
FM20 Formação Botucatu. Exemplos das litofácies dominantes desta unidade
(DU e IDU) em pedreiras localizadas na região leste de sua faixa de
ocorrência no Rio Grande do Sul.
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Triássico
I Sanga do Cabral
Figura 1.1 Mapa geológico esquemático da PASSA DOIS Rio do Rasto
Depósitos Continentais
1.2 Objetivos
No contexto exposto, os objetivos do trabalho são hierarquizados em dois
níveis, explicitados a seguir.
580 560 540 520 500 580 560 540 520 500
Bac ia do Paraná
70 o 50 o
A BORDA SUDESTE DA BACIA DO PARANÁ
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a. Principais rodovias b. Mapa índice
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Sucessão sedimentar
Gondwânica
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Capitais Federais Rodovias Federais Cartas Topográficas 1:50.000
34 0 020
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Capital de Estado Rodovias Estaduais
Cidades
BUENOS AIRES 50 km 0 15 0 k m
BUENOS AIRES
Figura 1.2 (a) Mapa de localização e principais referências geográficas; (b) Índice das cartas topográficas: 1Nova Esperança 2Jaguari 3Boa Esperança
4São Vicente do Sul 5Mata 6São pedro do Sul 7Santa Maria 8Camobi 9Faxinal do Soturno 10Agudo 11Candelária 12Vera Cruz 13Santa Cruz do Sul
14Venâncio Aires 15Estrela 16Paverama 17Montenegro 18Taquara 19Cacequi 20Coxilha do Pau Fincado 21Catuçaba 22Sanga Laranjeira 23Ferreira
24Rio Pardo 25Melos 26São Leopoldo 27Gravataí 28Cerro Samora 29Saicã 30Rosário do Sul-N 31Tiarajú 32Cachoeira do Sul 33Pantano Grande
34Guará 35Rosário do Sul 36Pampeiro 37Livramento 38Palomas 39Eng. Madureira 40Santana da Boa Vista 41Arroio Barracão 42Arroio da Bica.
7
1
Folhas de Rivera, Passo de Ataques, Cuchilla de Santa Ana, Ataques, La Calera, Puntas de Yaguari, Lapuente e
Cerrillada, utilizadas como base topográficas para as Seções Estratigráficas 2 e 3 (conferir Fig. 1.3).
2
Principais fontes: Tessari & Picada (1966); Bortoluzzi (1974); Eick et al. (1975); Jabur (1979); Andreis, Bossi & Montardo
(1980); Montardo (1982); Barberena (1984); DNPM (1984, 1989); DNPM/CPRM (1986); Gaspareto et al. (1988a,b); CPRM
(1984;1994); Zeltzer, Paula & Nowatzki (1991); Ribeiro et al. (1994); Lavina et al. (1994); Serviço Geológico do Brasil-
CPRM (em preparação).
8
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Seções estratigr áficas (SE)
Observações pontuais
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MONTEVIDEO
580 560 540 520 500
Figura 1.3 Seções estratigráficas (SE) regionais (conferir Fig 1.2 e Vol. II-SE):
SE1 Santana do Livramento- Dom Pedrito SE7 Gravataí-Taquara
SE2 Alegretre-Rosário do Sul SE8 Seção E-W: Montenegro-São Vicente do Sul
SE3 São Vicente do Sul-Jaguari SE9 Santana da Boa Vista
SE4 Santa Maria SE10 Corredor Internacional Brasil-Uruguay
SE5 Cachoeira do Sul SE11 Ruta 27
SE6 Rio Pardo-Santa Cruz do Sul SE12 Ruta 5
Cuiabá BRASIL
BRASIL
1000 km
Pantanal
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Superseqüências Litoestratigrafia
Bauru Grupo Bauru
Gondwana
0 200km
borda da bacia
Figura 2.1 Localização da área de estudo (retângulo tracejado) no contexto da Bacia do Paraná
Modificado de Milani (1997) e Azambuja Filho et al. (1998).
Bauru NW SE
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Taciba Inferior Permiano
Itararé Campo Mourão GI
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Namuriano
Carbonífero
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Turnaisiano
Superior
Ponta Grossa PG
Paraná Médio
MFS Devoniano
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Pridoli/W enlock
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Rio Ivaí Iapó Ashgil l
Alto Garças AG IAP RI Caradoc
Llandeilo
IU1 Arenig Ordoviciano
Tremadoc 500
Cambriano
Quadro 2.1 Estratigrafia da Bacia do Paraná, segundo Milani (1997), incluindo para o Permo-Triássico as subdivisões
adotadas aqui, neste trabalho. Intervalo de estudo representado pelas linhas tracejadas.
Superseqüências: RI Rio Ivaí P Paraná G Gondwana (I,II e III) B Bauru; MFS Maximum Flooding Surface IU Interregional unconformities
RR Formação Rio do Rasto PIR Formação Pirambóia SC Formação Sanga do Cabral SM Formação Santa Maria BOT Formação Botucatu
15
16
1
Revisões detalhadas sobre a evolução histórica dos conceitos lito e bioestratigráficos do Gondwana superior do Rio
Grande do Sul podem ser encontradas em Bortoluzzi (1971), Montardo (1982), Lavina (1991) e Zerfass (1997).
2
Equivalente à "Grés de Botucatu", termo originalmente introduzido por Gonzaga de Campos (1889), para denominar os
arenitos com estratificação cruzada de grande porte, subjacentes ou intercalados aos derrames de lavas basálticas, no
estado de São Paulo.
19
Passa
Série
Dois
Grupo Estrada Nova
Xisto Preto Irati
Grupo Irati
(b) A década de 20:
OLIVEIRA (1927) DU TOIT (1927) MORAIS REGO (1930)
Eruptivas Serra Geral Eruptivas Serra Geral
Eruptivas Serra Geral Arenito Botucatu
Série São
Série São Bento
Arenito Botucatu
TRIÁSSICO
Superior Teresina
Série Passa
Série Passa
PERMIANO
Dois
sensu stricto
Grupo Estrada Nova
Grupo Irati Grupo Irati
Grupo Irati (Mesosaurus)
CRETÁCEO
Grupo
Bento
JURO-
Formação Botucatu
Formação Botucatu
Formação Santa Maria
(restrita ao RS)
Mb. Teresina
PERMIANO
Estrada Nova
Mb Serra Alta Formação Serra Alta
Formação Irati
Folhelho Irati
21
1
A história dos primeiros achados fossilíferos na região de Santa Maria-RS é reconstituída em detalhe por Beltrão (1965).
22
Formação
JURÁSSICO? Formação Botucatu
Botucatu
Membro
Facies fluvial
Caturrita
(Pirambóia)
Fácies Alemoa
Formação
TRIÁSSICO Santa Maria
Superior Fácies Passo H
das Tropas
JURO-CRETÁCEO
Formação Botucatu
Formação Caturrita
Grupo Rosário
Formação
Membro Alemoa
do Sul
Santa
Maria
TRIÁSSICO
Membro Passo das Tropas
1
A nova denominação "Sanga do Cabral" foi introduzida por Andreis, Bossi & Montardo (1980) para designar os arenitos
fluviais subjacentes à Formação Santa Maria, em substituição a "Formação Rio Pardo", proposta anteriormente por
Delaney & Goñi (1963) devido á existência prévia do termo Formação Rio Pardo, utilizada por Hartt (1970) para rochas do
Siluriano do Estado da Bahia (apud Montardo, 1982; Baptista, Braun & Campos,1984).
34
1
Termo aqui utilizado como tradução de "unconformity", no sentido atribuído por Van Wagoner et al. (1988): "Superfície
que separa estratos novos de antigos, com evidências de truncamento erosional subaéreo ou exposição subaérea com
significativo hiato indicado". O uso do termo "discordância" - freqüente na literatura brasileira - por implicar relações
angulares entre os estratos, é aqui evitado e substituído por "desconformidade" ou "inconformidade erosiva",
correspondendo aos termos "disconformity", "erosional unconformity" ou ainda "stratic unconformity" (Schoch, 1989).
36
Cota(m)
320
300 300
300
280
IV
250 250
250
240
* ? III
2 20
200 200
200 200 200 200 2 00
200
II
1 50
150 15 0 1 50
150 150 150
130
50 50 50 50
50
30 30
os fluviais correspondentes à Alof ormaç ão Guará, unidade proposta por Scherer &
* arenit
Lavina (1997), restrita à região oeste do Estado e atribuída ao Neojurássico, por correlação
com a Formação Tacuarembó, no Uruguai. Esta unidade, a ser brevemente formalizada pelos 0
autores, ocorre fora da área-alvo dest e estudo e será abordada apenas superficialmente.
b. Seções Estratigráficas c. Estratigrafia
560 540 520 500 Seqüências Associações faciológicas e
Deposicionais Litoestratigrafia
0o
BRASIL Sucessão Seqüências Litofácies Fácies dominantes Formação
Rio G rande
30 o do Sul (2) derrames vulcânicos, intercalados
2 Serra Geral
a arenitos eólicos, na base
56o
280 280 Botucatu IV 1 Botucatu
A
Rio Grande do Su (1) dunas e interdunas eólicas;
IN
sistema eólico seco
NT
RGE
1 (2) pelitos (arenitos subordinados) de
A
planície de inundação
Ja gua rí 2
San ta ( 1) sistema fluvial de canais
Ma ta Maria Candelária Sa nta Cruz Mata* III
3 entrelaçados a moderada
S ão V ic ente 8
do Sul Mo nte neg ro
1
4 6 7 sinuosidade; madeira silicificada Caturrita
C ac hoeira
5 Rio
300 do Sul Pardo Gra vataí 300
2 Ro sário Porto Alegre
do Sul 4 (4) frentes deltaicas lacustres/
3 crevasse; vertebrados triássicos
4
Livramen to 1 (3) canais fluvias isolados; sistema Fc . Alem oa
s
Sa ntana Santa
to
da Boa Vi sta
Pa
meandrante/anastomosado
s
do
Maria/ II 2 (2) pelitos lacustres e de planícies de
CO
na
TI
Santa
gu
inundação com paleosolos;
La
Caturrita
LÂN
vertebrados triássicos Maria
AT
UR ( 1) sistema fluvial de canais
O
U
N
Aceguá entrelaçados a moderada Fc. P asso
EA
GU
320 320 sinuosidade; flora de Dicroídium das Tropas
OC
AI
Unidades Gondwânicas:
(4) sistema aluvial de planície
"Red beds" cont ine ntais entrelaçada; Procolophonídeos
1
Eop ermiano s e Mesozóicos Seções es tratigráficas Sanga do
(Fms. Rio do Rasto, Sanga do Cabral, Santa Sanga do
Maria, Caturrita e Botuc atu, indiferenc iadas ) Loc alidades de referência Cabral/ 3 (3) dunas e interdunas eólicas; Cabral
Depósitos gla ciais, marinh os e Rio do I sistema eólico úmido
t ransicionais permianos
(Fms.Itararé, Rio Bonito, Palermo, Irati, 50 km 0 1 50 km Rasto
Serra Alta e T eresina, i ndiferenciadas) 2 (1) pelitos de pró-delta e (2) frentes Rio do
340 340 1 deltaicas lacustres; Pareiassauros
560 540 520 500 Rasto
Localização: (1)Santana do Livramento-Dom Pedrito (2)Alegretre-Rosário do Areni tos Pelitos Estratificações cruzadas
Intraclastos pelíticos
Sul-São Gabriel (3)São Vicente do Sul-Jaguari (4)São Sepé-Santa Maria maciços eólicas
(5)BR290-Cachoeira do Sul-BR287 (6)Rio Pardo-Santa Cruz do Sul laminados fluviais Vertebrados fósseis
(7)Gravataí-Taquara (8)São Vicente do Sul-Montenegro (Seção W-E). "climbing ripples" Madeira silicificada
O retângulo tracejado indica a principal área deste estudo. * "arenito Mat a":unidade informal, pertencente a Formação Caturrita. Ver discussão no texto.
Figura 2.2 Correlação de seções colunares compostas (a), elaboradas a partir de seções estratigráficas regionais de superfície (b). Divisão estratigráfica
do intervalo Neopermiano-Eocretáceo da região central do Rio Grande do Sul em seqüências deposicionais (c) e suas equivalências com as uidades
litoestratigráficas formais (topo do Grupo Passa Dois e Grupos Rosário do Sul e São Bento). Seqüências individualizadas com base em mudanças abruptas
37
de fácies, relações contato e modificações de conteúdo fossilífero (conferir Quadro 2.5). Modificado de Faccini (1989).
38
219
La Esquina
BRASIL NORIANO Coloradian ? Los Colorados Série
Superior
Stromberg
225 Botucaraí Caturrita
TRIÁSSICO
5 Cha ñarian Chiniquá
i Paraná
g ua Los Chañares
ra Pinheiros Los Chañares
Curitiba 238
Pa
Médio
a Santa Catarina
in ANISIANO
nt
rge
A Rio Grande do Sul
6 7 4 243
5 Sa nt a Maria Porto Alegre Puesto Viejo Cynognathus
3
SCYTHIAN Puesto Viejo Série Beaufort
Puestoviejan
Ur
0
Superior
Inferior
32 ug Catuçaba Agua de los Burros Lystrosaurus
ua 2
i 248 Sanga do Cabral
200 km
Aceguá Daptocephalus
Série Beaufort
Faunas Locais do sul do BRASIL TATARIANO Inferior
Serra do Cadeado Rio do Rasto
Cistecephalus
PERMIANO
* Unidade informal (arenitos da Fm. Caturrita co ntendo troncos silicificados) con tato discordante con tato gradacional
Quadro 2.5 Localização e correlações entre as paleofaunas de vertebrados da América do Sul e África (modificado de Barberena et alii 1985a,b).
Os mapas à esquerda indicam as principais áreas de ocorrência de tetrápodes terrestres neopermianos e triássicos na América do Sul:
ARGENTINA: (1) Ischigualasto (2) Cacheuta (3) San Rafael (4) Los Menucos (5) El Tranquilo;
BRASIL: (1) Serra do Cadeado (2) Aceguá (3) Catuçaba (4) Pinheiros (5) Chiniquá (6) Alemoa (7) Botucaraí.
39
1
Escala de tempo geológico segundo Harland et al. (1982)
2
Os termos "autóctone/alóctone" e "in situ/ex situ" são aqui utilizados segundo os conceitos de Martínez & Santoja
(1994):alóctone, conceito tafonômico (oposto a autóctone), significando que o fóssil sofreu transporte lateral, em relação à
sua posição original; in situ, conceito bioestratigráfico que se refere à relação entre fóssil e rocha, significando que o fóssil
encontra-se incluído no corpo da rocha. Em oposição, o termo ex situ refere-se a fósseis que se encontram rolados,
portanto não incluídos no corpo rochoso.
40
0o
BRASIL V V V V V V
V V V V V V V V V V V
30 o
28 0 28 0
V V V V V V V V V V V V V V
V V V V V V V V V V V V V V V V V V
V V V V V V V V V V V V V V V V V
São Pedro
V V V V V Santa
Mata do Sul V V V
Candelária V V V V V V V V
Maria
V V V V V
Uruguaiana
Cachoeira 30 0
30 0 V V V V V do Sul
Rosário Porto Alegre
do Sul
V V V V
V V V
Santana
V V
Livramento da Boa Vista
Aceguá
32 0 32 0
Escala
0 50 100 200 km
Contato gradacional
Contato erosivo (disconformidade)
Estratigrafia:
Período Grupo Formação Seqüências Deposicionais
Cretáceo Serra Geral roch as vulcânicas
Infe rior V V Seqüência
SÃO
Superior
Juro-Cretácica
BENTO
Jurássico Botucatu IV Botucatu
Seqüência
ROSÁRIO Meso-Neotriássica
M DO SUL Santa Maria
II Santa Maria
Figura 2.3 Mapa simplicado e estratigrafia do Gondwana superior do Rio Grande do Sul: unidades
litoestratigraficas e seqüencias deposicionais equivalentes (modificado de Faccini, 1989).
42
213
RHAETICO Mata * Membro
SEQ III
219 Caturrita Fm. Caturrita
Fm. Botucatu
NORIANO
B
Fácies
Superior
225
Santa Santa
CARNIANO A
Maria/ Maria Fácies Alemoa Membro
231 SEQ II Caturrita Alemoa
C
LADINIANO P
TRIÁSSICO
238
Médio
Fácies Passo Membro Passo
ANISIANO
Fm. Santa Maria
das Tropas das Tropas
Fm. Santa Maria
Inf.
Sanga do fluvial Rosário do Sul s.s. Sanga do Cabral
248 Cabral/
PERMIANO Sup. SEQ I Rio do
(Tatariano) GRUPO PASSA DOIS - Formação Rio do Rasto
Ac Rasto
Quadro 2.6 Seqüências deposicionais do Permo-Triássico do Rio Grande do Sul e suas equivalências litoestratigráficas (Faccini, 1989; Faccini
et al.,1989). Diagrama cronoestratigráfico esquemático, baseado na correlação de seções estratigráficas (Fig. 2.2). Duração das seqüências e
hiatos deposicionais estimados a partir das idades das "faunas locais", estabelecidas por Barberena et alii, 1985a,b (conferir Quadro 2.5). Escala
de tempo geológico segundo Harland et al.(1982).
43
3.1 Introdução
1
Seqüência deposicional (SD) constituída inteiramente por depósitos não marinhos, localizados em áreas interiores à
região costeira, onde os mecanismos deposicionais são controlados indiretamente, ou não completamente, pela posição do
nível do mar;
2
SD constituída por depósitos costeiros e/ou marinhos, controlados parcial ou diretamente pela posição do nível do mar,
que atua como nível de base (Vail et al.,1977a).
47
1
Deposição progressiva de sedimentos costeiros (litorâneos ou não-marinhos costeiros) em direção ao continente, dentro
de uma dada unidade deposicional (definição original de Mitchum, 1977). Informalmente pode-se traduzir as variações do
coastal onlap (subida ou queda do onlap costeiro) como a expansão ou diminuição da área deposicional de determinada
bacia.
48
FINAL
COALESCENCE
OF PANGEA
Figura 3.1 Variações eustáticas de 1a. e 2a. ordens durante o Fanerozóico. Ciclos de 1a. ordem
produzidos pelas variações na geração de crosta oceânica (km2/ano) de longo período,
relacionadas à formação e ruptura de supercontinentes. Ciclos de 2a. ordem refletem variações
menores na produção de crosta oceânica. Períodos de grandes glaciações são caraterizados
por mudanças glácio-eustáticas de curta duração no nível do mar (Plint et al., 1992).
Figura 3.2 Ciclos de 3a. ordem de variações do onlap costeiro de parte do Cretáceo (à
direita), com referência à unidades estratigráficas da bacia de Alberta, Canadá. As curvas de
2a. e 3a. ordens derivam da curva de “coastal onlap” de Haq et al. 1988 (Plint et al., 1992).
al. (1988), sugerem que estes ciclos podem ser correlacionados globalmente.
Outros estudos (cf. Plint, 1992) apresentam também fortes evidências de que as
superfícies limitantes dos ciclos de 3a. ordem podem ser correlacionados tanto no
interior dos continentes quanto entre continentes.
Estudos estratigráficos detalhados, realizados no Cretáceo da Bacia de
Alberta - Canadá (e.g. Bhattacharya & Walker,1991; Walker & James, 1992; Plint,
1991, 1995), demonstram que a posição cronoestratigráfica da maioria dos limites
de seqüências e depósitos de lowstand daquela bacia (Fig. 3.2) apresentam
correspondência com a os ciclos de 3a. ordem previstos pela carta de variação
global do nível do mar de Haq et al. (1988).
52
Por outro lado, o tema é ainda controvertido (cf. discussão em Miall, 1991, cap. 8),
já que a grande maioria dos limites dos ciclos de 3a. ordem apresentam um
espaçamento temporal muito próximo ou mesmo abaixo dos limites de resolução
bioestratigráfica, o que impede a definição de suas idades com a precisão
suficiente para que seja comprovada a efetiva sincronicidade global destes ciclos.
Excentricidade Precessão
("stretch": 95K) ("wobble":21K)
21.5 o
24.5 o
Obliqüidade
("tilt": 40k)
Figura 3.3 As três causas dos “Ciclos de Milankovitch”. Estas variáveis, atuando
em combinação, controlam as quantidades de entrada das radiações solares na
Terra influenciando o clima global. Estes fatores têm sido chamados de “marca-
passo” das glaciações do Quaternário (Plint et al. 1992).
para o Pleistoceno, através de análises baseadas nas mudanças das razões dos
isótopos de oxigênio (18O/16O) em foraminíferos bentônicos e planctônicos
preservados em sedimentos marinhos profundos (Plint et al., 1992).
A redescoberta da teoria de Milankovitch - a partir de meados da década
de cinqüenta - deu origem à cicloestratigrafia 1 que é hoje plenamente
estabelecida para o Pleistoceno, com crescente aplicação para sucessões mais
antigas (Olsen, 1986; cf. Schwarzacher, 1993; Boer & Smith, 1994a, b).
“The sequence concept is not new and was already old when it was
enunciated by the writer and his coleagues in 1948. The concept
and practice is as old as organized stratigraphy” (Sloss, 1963).
1
Um ciclo sedimentar é um grupo de diferentes litologias ou texturas que se repetem regularmente numa seqüência. Esta
é uma definição preliminar, segundo Schwarzacher (1993); este autor define Cicloestratigrafia como um ramo da geologia
que usa o conceito de ciclos, de qualquer descrição, na construção e melhoramento do arcabouço estratigráfico.
Schwarzacher (op.cit.) relata que a primeira utilização pública do termo Cicloestratigrafia ocorreu em 1988, num encontro
científico em Perugia (Itália).
56
a. Quaternário
Terciário
TEJAS
Cretáceo ZUNI
Jurássico
Triássico
Permiano
Pennsylvaniano ABSAROKA
Mississippiano KASKASKIA
Devoniano
Siluriano TIPPECANOE
Ordoviciano
SAUK
Cambriano
Pré-Cambriano
Cretáceo ZUNI
Nevadan
Jurássico
Triássico
Permiano Sonoma
Appalachian
ABSAROKA
Pennsylvaniano
Mississippiano
Antler KASKASKIA
Devoniano Acadian
Siluriano S
TIPPECANOE Taconic
Ordoviciano
Seqüências Norte-Americanas
Sauk Tippecanoe Kaskaskia Absaroka Zuni Tejas
Plataforma Russa
Oeste do Canadá
a. 1000
900
BACIA DO PARANÁ
BACIA DO PARNAÍBA
BACIA AMAZÔNICA
DELTA
800
GAMA
700
BETA
Área em milhares de km2
600
500
400
300
200
100
0
600 500 400 300 200 100 0
C- Bacia do Paraná
A.U.
L.A.U.
D
Dt
C.S.
C.M.
L
N
A
1
Estudo da estratigrafia e das fácies deposicionais, a partir da interpretação de dados sísmicos (Mitchum,1977).
2
Terminações estratais em seções sísmicas:(1) onlap: relação discordante na base, na qual estratos horizontalizados
terminam progressivamente de encontro a uma superfície inicialmente inclinada;(2) downlap: relação discordante na base,
na qual estratos inicialmente inclinados terminam sobre uma superfície inicialmente horizontalizada; (3) toplap: terminação
superior de estratos contra uma superfície de não-deposição (bypassing sedimentar) ou erosão. Toplap ocorre ao longo
dos limites superiores de seqüências (Mitchum,1977).
61
a.
b.
c.
d.
Figura 3.7 Seções sísmicas mostrando padrões de reflexões estratais
de base discordante: a e b terminações estratais em onlap; c e d
terminações estratais em downlap. As segundas figuras de cada par
são interpretadas (Mitchum et al. 1977, p. 120).
Limite de
Seqüência
Truncamento
Toplap Unconformity
Onlap erosional
(Marinho)
Offla
p Unconformity
Onlap
Onlap (Costeiro) Limite de
Convergência Seqüência
Downlap Interna
Figura 3.8 Sumário dos principais tipos de padrões de refletores e terminologia descritiva das
terminações estratais dentro de uma seqüência sísmica idealizada (Mitchum et al., 1977; Vail,
1987): Onlap: superfícies estratais horizontalizadas recobrindo progressivamente uma
superfície prévia, originalmente inclinada; Offlap: migração progressiva de estratos inclinados,
em direção a offshore, dentro de uma sucessão concordante; Toplap: terminação superior de
estratos inclinados (offlaping strata), como resultado de erosão ou não deposição; Downlap:
terminação inferior de estratos inclinados sobre uma superfície inicialmente horizontalizada. Os
refletores sísmicos são assumidos como linhas síncronas de tempo geológico, na escala de
resolução do método, o que constitui ponto central da sismoestratigrafia.
Tempo
Alto
Pontos de inflexão
F R
Baixo
Limbo descendente Limbo ascendente
1
Condensed section: fácies constituída por estratos marinhos pelágicos ou hemipelágicos, depositados com taxas de
sedimentação muito baixa.
2
Maximum Flooding Surface: superfície que corresponde ao tempo da curva eustática onde ocorre a taxa máxima de
subida do nível do mar, também chamada superfície de downlap; separa o trato transgressivo do trato de mar alto.
67
1
Superfície que separa estratos novos de antigos, com evidência de abrupto aumento na profundidade d’água (flooding
surface; Van Wagoner, 1996).
69
1
Superfície que separa estratos novos de antigos, com evidências de truncamento erosional subaéreo (e em algumas
áreas, erosões submarinas correlativas), ou exposição subaérea com significante hiato indicado.
2
Posição na plataforma, em direção ao continente, na qual a superfície deposicional coincide ou está próxima do nível de
base, normalmente o nível do mar. Em direção à bacia coincide com a posição na qual a superfície deposicional encontra-
se abaixo do nível de base (Posamentier, et al.,1988). Esta posição normalmente coincide com o final das barras de
desembocadura deltaicas ou com os depósitos de shoreface superior (Van Wagoner et al., 1988).
70
1
A traduções brasileiras dos termos lowstand e highstand geralmente contêm a palavra “mar” (mar baixo, mar alto), o que
induz à relação do conceito de tratos de sistemas com trechos da curva eustática, tendência que tem sido abandonada,
especialmente para depósitos continentais. Os termos são aqui mantidos, apenas em fidelidade as suas definições
originais.
2
Basin-floor fan ou lowstand fan: leques submarinos na base do talude e assoalho da bacia; Slope fan: turbiditos e debris
flows, depositados na porção média e base do talude; Lowstand edge: vales incisos sobre a plataforma e sobre o talude;
composto por conjuntos de parasseqüências progradacionais a agradacionais. A deposição destes tratos de sistemas
ocorre durante o intervalo entre a queda rápida e a posterior subida lenta subida do nível relativo do mar.
72
• Trato de Mar Baixo: (1) lowstand fan: depositado durante rápida queda
eustática; (2) slop fan/lowstand wedge: depositados durante o final da
queda eustática e o inicio da subida do nível do mar;
• Trato de Margem de plataforma: depositado durante a queda eustática,
sobre um limite de seqüência tipo 2
• Trato Transgressivo: depositado durante uma rápida subida eustática;
• Trato de Mar Alto: depositado durante o final de uma subida eustática
(“stillstand”), e durante o início de uma queda eustática.
Paraseqüências
+ retrogradacionais
Paraseqüências
agradacionais
ã o
d aç
o
om
Ac
Paraseqüências
= progradacionais
r
ta
en
i m
s ed
to
en
im
pr
Su
"Bypass" sedimentar
Aumento da taxa
0
de suprimento
Perda de Espaço de Acomodação
sedimentar
Limite de Seqüência
Incisão Regional
1
Sob o aspecto geomorfológico, uma excelente revisão histórica e conceitual sobre os termos “grade”, perfil de equilíbrio e
nível de base pode ser encontrada em Cristofoletti (1981), Volume 1, Capítulo4.
81
Nível do mar
Carga sedimentar
Descarga Aumenta
Carga sedimentar Diminui
Gradiente Diminui
Nível de Base 1
Nível de Base 2
Nível de Base 2
Nível de Base 1
b.
(1) Incisão fluvial (2) Incisões mínimas
(3) Deposição
Clima
Importância te
a Fon
a Á re
100%
Relativa d
en to
dos gu im
Elementos So er
Controladores
Eustasia
*220 km
(distância máxima de incis ão fluvi al
do Mississippi, em resposta ao lo wstand
da gla cia ção Wiscosin (Emery &Myers, 1998)
resposta a estas variações do nível dos lagos tem relação com o espaço de
acomodação e a distribuição de energia física dentro do ambiente, atuando
diretamente sobre os processos de sedimentação. Desta forma a posição do nível
do lago afetará não só a faciologia lacustre como também o sistema fluvial
adjacente e sua estratigrafia, de forma similar à influência marinha nas regiões
costeiras. Períodos de incisão e agradação fluvial nas bordas dos lagos podem
apresentar clara e direta correspondência com as oscilações do nível dos lagos.
As possibilidades de correlação, contudo, diminuem progressivamente com o
aumento da distância em relação à linha de costa lacustre.
Diversos estudos têm demonstrado a resposta sedimentar às variações de
nível do lagos, atuando como nível de base, principalmente no sistema de lagos
do rifte leste africano (Johnson et al. 1987; Scholz & Rosentdahal, 1988, 1991;
Scholz et al. 1990).
Trabalhos detalhados em perfis sísmicos de alta resolução de vários destes
lagos sugerem que os níveis dos lagos podem ter estado a 200 metros abaixo do
nível atual, nos últimos 25.000 anos. Como resultado destas mudanças no nível
de base estratigráfico, extensos limites de seqüências têm sido reconhecidos,
truncando erosivamente depósitos lacustres de “highstand”. Mudanças e
deslocamentos bruscos (“shifts”) das fácies sedimentares , em direção ao centro
da bacia, têm sido reconhecidos e são associados à depósitos de “lowstand”,
cujas fácies variam a partir de depósitos de “highstand” (Fig. 3.15), sugerindo
que as maiores unidades sedimentares lacustres (e.g. lago Tanganika) refletem a
ação conjugada das variações do nível do lago, clima e proveniência.
Seqüências estratigráficas observadas em estratos lacustres, com base em
dados sísmicos de alta resolução, embora muitas vezes mais delgados que seus
equivalentes marinhos, apresentam estreita similaridade geométrica com estratos
observados ao longo de muitas bacias de margem passiva.
Olsen (1986, 1991) descreveu mudanças nas fácies lacustres mesozóicas
do supergrupo Newark do leste norte-americano, atribuindo as causas das
variações dos níveis do lago às variações dos parâmetros orbitais, e portanto aos
“ciclos de Milankovitch”. Algumas destas variações podem ter excedido os 100
metros em amplitude. Olsen (1991) reconheceu três conjuntos distintos de fácies,
relacionando-os com sucesso aos modelos da estratigrafia de seqüências, tendo
as variações dos níveis do lago como principal controlador da faciologia.
89
Lagoa
isolada
Slumps, Slides
e Debris Flow
Talus
Correntes de turbidez subaquosos
Depósitos turbidíticos
Canai s fluviais
Lagoa
isolada
Cânions, ravinas e
cataratas
Landslides
A Mb. D
Mb. C
M b. B
6 101-10 3m
M b. A
B
10 1-102km
C 5
B
10 1-10 3m
"sand flat"
CH
D
Barra em pontal
ou lateral
LA DA
C
4 4 5
10-3000m
3
4
D E
10-1000m
1
1-15m
E 2
C
Depósitos fluviais influenciados por ma rés
Tempo
B
Depósitos de canais fluviais amalgamados
b aixa sinuosidade
1-10's km
sistema de mar alto são caracterizados por depósitos finos de inundação, arenitos
fluviais isolados e finas e descontínuas camadas de carvão e folhelhos
carbonosos. Esta arquitetura é interpretada como reflexo de uma relativamente
rápida taxa de criação de espaço, em relação ao aporte sedimentar.
Um segundo exemplo apresentado por Shanley & MacCabe (1994),
baseia-se em depósitos triássicos e cretácicos de bacias da Argentina onde foram
individualizados tratos de sistema de mar baixo, transgressivo e mar alto, em
estratos aluviais (Fig. 3.18).
Neste modelo, o trato de lowstand ocorre em área restritas e é
caracterizado por depósitos de tração amalgamados, “multistory”,
correspondendo a uma seqüência de preenchimento de canais, grano e estrato
crescentes; o trato transgressivo é constituído pela mistura de depósitos de tração
e suspensão, arranjados em bedsets grano e estrato decrescentes. Estes estratos
têm maior extensão areal que os depósitos de lowstand e são interpretados como
produtos do aumento do espaço de acomodação, durante a subida do nível de
98
SB3
HST
TST
LST
SB2 Canais fluviais
HST
TST Sedimentos de "overbank"
LST Paleosolos
SB1 50-100m
5-10m
SB
Lamitos, siltitos e arenitos muito finos;
HST Laminação plano-paralela e climbing ripples;
Bioturbações e paleoso los
SB
5-20m
IV
HST
III
TST
II
LST
" gullying"
I
SB 6
Seqüência
HST 5 5
ou Alomembro
Aloformação
6 MFS
TST
4
LST
SB 5
6 Vale Inciso
preenchimento de canais fluviais
Figura 3.21 Modelo de seqüência fluvial concebido por Miall (1996), composto a partir da
fusão dos conceitos de Wright & Marriot (1993), Shanley & McCabe (1994) e Gibling &
Bird (1994), contendo a terminologia da estratigrafia de seqüências (Sequence
Boundaries-SB, Maximum Flooding Surfaces-MFS e System Tracts- LST, TST e HST) e
da aloestratigrafia; os números dentro dos círculos correspondem à hierarquia das
superfícies limitantes das unidades deposicionais. Note-se, também neste modelo, a
presença de sedimentação marinha – e carvão, como correspondente continental -
indicando o posicionamento da superfície de inundação e delimitando os tratos
transgressivo e de highstand.
Litologia,
Geometria, Membros Controles
Arquitetura
SW NE SW NE Upper
Owl Raros Kane Subsidência
Rock arenitos Springs Negligível
SW NE SW NE
Unidades Inferiores
Este trabalho, entre outros, pode ser considerado como incluído entre os
precursores do estágio atual da estratigrafia de seqüências, o qual pode ser
exemplificado pelo modelo de Van Wagoner (1996), apresentado na Fig. 3.23.
As características deposicionais e os padrões dos estratos fluviais
correspondentes a cada trato de sistemas são relacionados a uma curva de
variação do nível de base, utilizando raciocínio similar ao desenvolvido para a
105
Arenitos
"Multistory"
30m
LST
SB
Arenitos
não-canalizados
30m
Late TST - HST
Max FS
Arenitos
50m "Single story"
TST
FS
Arenitos
"Multistory"
30m
LST
SB
Figura 3.23 Modelo estratigráfico genérico desenvolvido por Van Wagoner (1996), a partir de
estudo do Castlegate Sandstone e Desert Member (Cretáceo Superior de Utah-Colorado,
U.S.A.). Variações dos padrões estratais e caraterísticas dos sistemas fluviais em respostas a
mudanças no nível de base. As relações entre estilos deposicionais, tratos de sistemas e
variações do espaço de acomodação são detalhadas na Fig. 3.24.
"Accommodation Cycle"
Estágios de um Ciclo de Variações Relativas do Nível de Base
Tempo
Figura 3.24 Sumário dos
conceitos da estratigrafia e
seqüências e características
Alto 4 dos depósitos não-marinhos,
em relação às variações do
Pontos de inflexão espaço de acomodação
F R produzidas por oscilações do
nível de base estratigráfico.
1 Conferir tratos de sistemas e
arquiteturas deposicionais
3 correspondentes a cada
2 trecho da curva na Fig.3.23.
(adaptado de Van Wagoner,
Baixo 1996).
Trecho descendente Trecho ascendente
(1) Queda relativa do nível de base (“early” LST e geração de limites de seqüências):
início da migração do “knickpoint” , incisão de vales aluviais coalescentes, formando amplos
vales incisos > 20km de largura; sistemas fluviais braided no interior dos vales, deposição de
barras de acresção frontal gerando arenitos multi-story; alta razão arenito/lamito dentro dos
vales; espaço de acomodação nulo nas planícies aluviais (nenhuma deposição fora dos
vales);
(2) Elevação acelerada do nível de base (“late” LST): continuação da migração do knickpoint
e deposição no interior dos vales; no caso de vales conectados ao mar: inundação inicial das
desembocaduras dos vales incisos e formação de depósitos estuarinos; razão moderada
arenito/lamito; início da deposição fora dos vales, nas planícies aluviais e costeiras;
(3) Rápida elevação relativa do nível de base (TST): transgressão; a plataforma é afogada e
ocorre ampla deposição nas planícies aluviais e costeiras; canais fluviais single-story,
preenchidos com sedimentos finos; deposição de barras em pontal; baixa a moderada razão
arenito/lamitos; desenvolvimento de carvões, horizontes de solos, “crevasse splays” e canais
abandonados; comum desenvolvimento de lagos;
(4) Elevação lenta a moderada do nível de base (HST): ampla deposição nas planícies
aluviais e costeiras; canais estreitos, com baixa razão largura/profundidade, preenchidos
com sedimentos muito finos; baixa razão arenito/lamito; presença comum de depósitos de
“overbank” e horizontes de solos bem desenvolvidos.
1
Alguns dos principais trabalhos de referência sobres estruturas e fácies sedimentares dos sistemas eólicos, publicados a
partir da década de setenta: Glennie, 1970; Wilson, 1973; Hunter, 1977a,b; Rubin, 1987; Kocurek,1988, 1991; Kocurek &
Dott, 1981; Kocurek & Fielder, 1980; Ahlbrandt & Fryberger,1981,1982; Brookfield, 1977, 1992; Brookfield e Ahlbrandt,
1983, entre outros.
108
a. b.
"climbing translatent strata"
"wind ripples"
"grainfall laminae"
"grainflow
cross-strata"
depósitos de "grainflow"
depósitos de "grainfall"
depósitos de "wind ripples"
c. Vento Ripples
Figura 3.25 Os três tipos
básicos de estratificações
"climbing translatent strata" eólicas, suas características e
Água
distribuição. Adaptado de
Hunter (1977a, b) e Kocurek &
Dott (1981):
(a) desenho esquemático mostrando a posição e geometria dos tipos básicos de estratos eólicos
em uma duna de pequeno porte (~1m de altura), a partir de Hunter (1977a); (b) distribuição dos
estratos em uma duna crescente simples (Kocurek & Dott, 1981); (c) desenho esquemático
detalhando as características distintivas entre os estratos transladantes subcríticos (ver Fig. 3.26)
gerados por ripples eólicas e seus equivalentes subaquosos. Conferir discussão no texto.
α β
completas completas
Supercrítico
α β
α − ângulo de climbing β − ângulo do stoss side das ripples
SD − superfície deposicional
Figura 3.26 Tipos de estruturas geradas por ondulações eólicas cavalgantes, em função de
diferentes ângulos de climbing, conforme Hunter, 1977a (modificado).
1
O termo “erg” (ou ergh) é originário de uma região do Sahara, coberta por areias móveis e ocupada por dunas
complexas (draa). Corresponde a grandes extensões desérticas, cobertas por areia trabalhadas por processos eólicos –
deserto arenoso ou sand sea. Plural: areg ou ergs (Bates & Jackson, 1987).
112
Tabela 3.4 Classificação e hierarquia das formas de leito eólicas, segundo suas dimensões e
relação com o regime de ventos (adaptado de Wilson, 1972).
Ordem Comprimento Altura Orientação Origem Nome
de onda
1ª 300 - 5.500m 20 – 450m Longitudinal Instabilidade Draa
ou transversal aerodinâmica
primária
2ª 3 - 600m 0,1 – 100m Longitudinal Instabilidade Dunas
ou transversal aerodinâmica
primária
3ª 15 - 250cm 0,2 – 5cm Longitudinal Instabilidade Ripples
ou transversal aerodinâmica aerodinâmicas
primária
4ª 0,5 – 2.000cm 0,05 – 100cm Transversal Mecanismo de Ripples de
impacto impacto
1 – 3.000cm 0,05 – 100cm Longitudinal Vórtices Ripples
secundários secundárias
(Taylor-Görtler
vortices)
Tabela 3.5 Classificação morfológicas das dunas eólicas a partir de imagens de satélite.
Adaptado de Allen (1997).
Nome Forma Tipo* Faces de avalanche Vento**
• Transversais:
Barcana Formas isoladas, curvas S, C 1 Transversal
(crescents) em planta
Barcanóide Dunas de cristas curvas S,C,CX 1 Transversal
(Aklé)1 (barcanas) conectadas
Transversal Forma alongada com crista S,C,CX 1 Transversal
(Aklé) sinuosa assimétrica
• Longitudinal Forma alongada com crista S,C,CX 2 Paralelo
(Seif) sinuosa simétrica
• Parabólica Forma de U, em planta S,C 1 ou mais Paralelo
• Dômica Circular ou elíptica, em C,CX nenhuma ou pobremente ---
planta definida
• Estrela Pico central com 3 ou mais S,C,CX 3 ou mais Múltiplo
ramificações
* S, simples;
C, composta: duas ou mais dunas do mesmo tipo combinadas por recobrimento ou superposição
(draa)1;
CX, complexa: dois diferentes tipos básicos de dunas ocorrendo juntos, superpostos (draa) ou
adjacentes1.
** orientação do eixo da duna em relação ao vetor do vento predominante.
(1)
definições segundo Brookfield, 1992.
DRAA
IN TER
DU NA
DRA A
Dunas
Dunas Crescentes
Bar canas
estratificações
cruzadas de draa
estratificações
cruzadas de barcanas 200 m
depósitos de interdunas
Nestes sistemas o termo draa é usado pelo autor para referir coletivamente
quaisquer dunas que não sejam do tipo simples, mas sim compostas ou
complexas, ou que apresentem múltiplas “slipfaces”. A distinção entre draa e
formas de leito mais simples é obtida a partir da individualização de conjuntos de
estratos e hierarquização da superfícies que os limitam. Estas superfícies
representam tanto variações internas ao sistema quanto a ação de fatores
externos, elementos que controlam a dinâmica e desenvolvimento dos campos
de dunas e a partição do registro estratigráfico.
Conjuntos de Estratos
Direção de Migração
Superfície
deposicional Vetor de
Crista Ângulo de cavalgamento
cavalgamento
Lee
s
St o s
Topsets
es
Foresets nsladant
antes Tra
ruzado s Cavalg
tos C
de Estra
Conjunto
“Bounding Surfaces”
Costa Interior
Dunas Evaporitos Sabkha arenoso Campo de dunas
Nível Freático
Campo de dunas novo
1
Superfícies aproximadamente horizontais ou horizontalizadas, originalmente individualizadas por Stokes (1968), que
representam planos de deflação eólica e são delimitadas pelo posicionamento do lençol freático, sobre a qual os depósitos
eólicos são removidos (cf. Fryberger, 1988; Kocurek, 1991).
116
3 2
Depósitos de 3 Set Cosets
Interdunas
2
3
1 1
Superfícies Deposicionais
Figura 3.30 Modelos de geração de superfícies de 1ª. ordem (1), segundo Kocurek
(1988), a partir da hierarquização estabelecida por Brookfield (1977): (a) superfícies
de 1ª. ordem geradas pela migração de dunas simples e interdunas e (b) pela
migração de draa e áreas de interdunas. Hierarquias das superfícies indicadas pelos
números (1, 2 e 3). Depósitos de interdunas indicados ou representados pelas linhas
espessas, relacionadas às superfícies de 1ª. ordem. Ângulo de cavalgamento
(climbing) medido em relação às superfícies deposicionais.
Supersuperfície
1 2
2
1
2
Depósitos de erg de 2
dunas compostas (draa) 1
2
2
1
1 Supersuperfície
Depósitos de erg de
dunas simples 1
1
rebaixamento do
freático
x x x
x
relictos de dunas vegetadas
dunas vegetadas ou c imentadas
x x x x
reg sabkha flat/
nível freático
Ponto de divergênci a
a. (saddle point) b.
E
Nódulo de
attachment
Nódulo de
separação
B
áreas de acumulação
A C
1
Remoção de material de praias, desertos ou outras superfícies, pela ação do vento: erosão eólica (Bates & Jackson,
121
1984).
1
“Accomodation” (sensu Jervey, 1988): espaço tornado disponível para potencial acumulação de sedimentos, o qual é
função interativa das flutuações do nível do mar e da subsidência (cf. discussão sobre o conceito no item 4.3.3.1);
122
Sistemas Eólicos
linha-base espaço de
de erosão
preservação
acumulação
Espaço de Espaço de
acumulação Preservação
Sistemas Marinhos
Nível do Mar
acumulação espaço de
acomodação
Espaço de acomodação
Espaço de Espaço de
acumulação Preservação
1
Preservação: incorporação da acumulação no registro estratigráfico; a preservação implica que a acumulação tenha
ocorrido, ou sido soterrada, abaixo do nível de base regional, posição na qual a probabilidade de erosão é reduzida.
123
. . . . .. . . . . . novo
. . . . . . . . .. .... .. .. .. . . . novo nível
. .. ... .. . . .. .. .. . . espaç o de freático
.
. . . antigo preservação
nível
antigo freático
espaç o de
preservação
antigo novo
nível nível
freático antigo novo freático
espaç o de espaç o de
preservação preservação
antigo novo
nível de base antigo novo nível de base
espaço de espaço de
preservação preservação
Subsidência
movimento subsidência
Sistemas Secos
Sistemas Úmidos
Subsidência
não
Sem
Registro
de Rocha
uplift
Nível Freático
Balanço Sedimentar
Os sistemas eólicos podem ser tratados como um “sistema controle de
volume” (Fig. 3.37). O fluxo de sedimento pode ser visto como a massa ou
volume total de sedimento que entra (Qi) e sai (Qo) do sistema durante
determinado período de tempo.
Qi Qo
Sedimento em transporte
+ h
h=0
Superfície
- h
Superfície
deposicional
Acumulação
Acumulação
Deposicional
Flutuação do ângulo
Áreas de interdunas < Áreas de dunas positivo
de cavalgamento
Acumulações lenticulares
SISTEMAS EÓLICOS SECOS
Figura 3.39 Acumulação em sistemas eólicos úmidos, secos e estabilizados, segundo Kocurek
& Havholm (1994). Variações dos estilos deposicionais, de sistemas úmidos a secos, em função
do aporte sedimentar (esquerda) e do efeito das variações do ângulo de climb em sistemas
úmidos (direita). Notar as maiores acumulações de fácies de interdunas nos sistemas úmidos.
Os sistemas eólicos secos são aqueles nos quais o nível freático e sua
franja de capilaridade encontram-se abaixo da superfície deposicional, de tal
forma que não têm qualquer efeito sobre o substrato. Assim, todo o sedimento do
substrato estará potencialmente disponível para o transporte eólico. Na ausência
de qualquer outro fator significativo atuante sobre a sedimentação, os processos
de deposição, bypass e erosão são controlados unicamente pela configuração
aerodinâmica do fluxo.
Em um modelo de fluxo bidimensional simplificado (cf. Fig. 3.37), a
tendência geral é a compressão das linhas de fluxo sobre o “stoss side”,
resultando em aceleração e erosão, seguida por posterior desaceleração e
deposição na face frontal da duna. Na região de interdunas o fluxo sofre
reaceleração, até que uma nova duna seja alcançada. Por serem caracterizadas
126
Acumulação
x x x
reg
Nível freático
descendente
1
Volume total de sedimentos em transporte (incluindo formas de leito e sedimentos movidos por suspensão e saltação)
sobre a superfície deposicional.
129
A. Zona de
Não-acumulação
Qi Zona de Qo
potencial Acumulação Espaço de Acumulação
Altura de
Equilíbrio
Acumulação
B. Zona de
Qi Não-acumulação Qo
Acumulação
Supersuperfície
de Bypass
C.
Qi Zona de Qo
Não-acumulação
Acumulação
Supersuperfície
de Bypass
Nível Freático
Espaço de Acumulação e Preservação
controlado pela subsidência
Acumulação
Espaço de Preservação
controlado pelo Nível Freático
Nível Freático
Espaço de Preservação
Acumulação controlado pelo Nível Freático
Sistemas eólicos úmidos são aqueles nos quais o nível freático ou sua
franja capilar (“front de umidade”) coincide ou localiza-se próximo à superfície
deposicional.
Diferentemente dos sistemas secos, pela posição rasa do nível freático,
nos sistemas úmidos a deposição, bypass, e erosão são controlados não somente
pela configuração aerodinâmica mas também pela umidade do substrato. Uma
conseqüência importante é que os depósitos de interdunas, nestes sistemas, são
mais preservados e menos passíveis de deflação pelas condições aerodinâmicas
(cf. Fig. 39).
Embora a sedimentação de depósitos de interdunas, inclusive eólica, possa
ser acumulada em alguma extensão devido à franja de umidade que ocorre sobre
o nível freático (zona de umidade potencial localizada sobre a zona saturada), a
acumulação de dunas e interdunas, por grandes períodos, somente poderá
ocorrer com a subida do nível freático. A subida pode ser absoluta, por mudança
climática ou por efeito de uma subida do nível do mar, ou relativa, provocada pela
subsidência da coluna sedimentar através do nível freático, que é estático em
termos absolutos. Portanto, diferentemente dos sistemas secos, onde os fatores
aerodinâmicos exercem o controle fundamental, nos sistemas eólicos úmidos o
controle hidrodinâmico é dominante. Ou seja, a acumulação é controlada,
essencialmente, pelo nível freático.
Conceitualmente, é possível delinear um continuum desde a acumulação
eminentemente subaquosa até sistemas eólicos secos, em função da relação
entre o suprimento sedimentar disponível e a taxa de subida do nível freático, ao
longo do tempo (Fig. 3.42).
Quando a franja de capilaridade do lençol freático atingir a superfície e
mantiver-se em ascensão, superando o influxo sedimentar, haverá a acumulação
132
a. b.
+ Acumulação Subaquosa
(Subida do Freático > Taxa de Acumulação Eólica)
Supersuperfície (Deposição)
Seco
Subaquosos Sabkha 0 Supersuperfície (Bypass)
SUPERSUPERFÍCIE (Erosão)
Sistema
Eólico
Úmido tempo
(-) 0 (+)
-
Suprimento Sedimentar Disponível
c.
Figura 3.42 (a) Campos de acumulação
SISTEMAS EÓLICOS ÚMIDOS em ambientes subaquosos, sabkha e
sistemas eólicos úmidos e secos, em
aumento do suprimento sedimentar
a. b.
1 Interdunas
t0 NF planas
Intercalações de dunas e interdunas
2
t1 NF Interdunas
côncavas
Interdunas amalgamadas
t2 3 Flutuação do
NF ângulo de
"climb
Acumulações lenticulares positivo
a.
Supersuperfície
b.
Nível Freático
Espaço de Acumulação
e Preservação controlado
pela subsidência
Acumulação Espaço de Acumulação e Preservação
controlado pelo Nível Freático
Nível Freático
Superfície
Superfície com depósitos
planar residuais
controlada pelo ("lag surface")
nível freático
1 1
1
1
Truncamento de
superfície de
1a. Ordem
paleosolos,
raízes,
bioturbação
Superfície irregular,
erosão da preenchimento
topografia de dunas por
depósitos eólicos,
fluviais ou
de sabkha
4.1 Introdução
Bento
JURO-
São
CRETÁCEO
Formação Botucatu
Formação Caturrita
Grupo Rosário do
Formação
Membro Alemoa
Santa
Maria
Sul
TRIÁSSICO
Membro Passo das Tropas
Bidimensional (2D)
Forma Tridimensional (3D)
a Características do sedimento (tamanho de grão e seleção)
2 .Ordem
Superposições: simples ou composta (tamanhos e orientações relativas)
Perfil da forma de leito (inclinação de stoss e lee, comprimentos e ângulos)
a História de comportamento e migração da duna (acresções verticais e horizontais)
3 .Ordem
Fração da camada coberta por formas de leito
Estrutura do fluxo
1
Esquema de classificação recomendado pelo SEPM Bedforms and Bedding Structures Research Simposium
(modificado de Ashley,1990, Tabela 6, pg.169);
2 a. a.
ordem decrescente de importância dos procedimentos descritivos: 1 ordem: necessária; 2 ordem: importante;
a.
3 ordem (incluindo parâmetros para descrições hidrológicas em formas atuais ou flume): útil;
3 0.8098
altura calculada usando a equação H=0.0677L
"SHEET" L/H>15
L
H
"RIBBON" L/H<15
Simples Complexo
H "wings"
"storeys"
L
corpo
central
Dimensões
superfície
Largura (L) erosiva
Profundidade (H) L&H
mínimas
Margens
íngreme suave
lama areia
Comportamento do canal
Meandrantes ou entrelaçados
"SHEETS"
Figura 4.1 (a) Terminologia para descrição de corpos arenosos e (b) critérios para
classificação do comportamento de canais, segundo Friend et.al. (1979) e Friend
(1983).
Sp
St
Sr
CH CH
Canal
Gm
Sh
Fl
Sl
LA Acresção La teral
de Macroformas
Gm
Gp
Sh
Fl
0.2 - 2.0m FF Finos de Overbank
Quadro 4.4 Escalas dos componentes da arquitetura eólica (Chrintz & Clemmensen, 1993)
Escala Componentes Básicos Significado Genético
Microescala Elementos texturais Processos de seleção
Mesoescala Tipos de estratificação Processos eólicos
Macroescala Elementos Arquiteturais Dinâmica das formas de leito
Megaescala "Storeys" sedimentares Evolução do deserto
1
O termo litosoma é utilizado ao longo deste trabalho em sua significação estritamente descritiva (não-genética), para
referir genericamente quaisquer unidades deposicionais individuais, limitadas por superfícies de qualquer hierarquia.
Diferentemente, o uso do termo elemento arquitetural (conceito discutido nas páginas anteriores) é reservado para definir
componentes dos sistemas deposicionais, maiores do que unidades faciológicas individuais, caracterizados por sua forma
externa, geometria interna e associação particular de litofácies (cf. Miall 1996, p.89-91).
145
d e
Figura 4.4 Fácies de arenitos finos a médios, com estratificações cruzadas tangenciais de grande
porte, principais constituintes do elemento de dunas eólicas (DU) da Formação Sanga do Cabral
no Rio Grande do Sul: a e b destacam os tons avermelhados dos depósitos, coloração
característica da unidade. Cores esbranquiçadas (c) também são observadas, especialmente nas
proximidades de falhamentos (d), particularmente no setor oeste de exposição da unidade e em
seu prolongamento para o Uruguai. Em e, detalhe das estratificações cruzadas e suas cores
dominantes.
149
Gfl
Gfw
Gfl
Gfw
Wrl
Wrl
Gfw
a b
Wrl (Cts)
Wrf
Wrf
Wrl (Cts)
5cm
Gfw
Wrl (Cts)
Wrf
Figura 4.6 Estratificações formadas pela migração de ripples eólicas. As laminações planas,
contínuas e inversamente gradadas, associadas a raros foresets preservados (c),
correspondem à "wind ripple laminae" (Wrl) ou "climbing tranlatent strata" (Cts). Cada lâmina
registra a migração de uma única ripple, superpostas segundo ângulo de cavalgamento
subcrítico (cf. Figs. 3.25c e 3.26), em condições de alta concentração de areia em transporte.
As lentes isoladas, com base plana e topo convexo, representam formas preservadas de
ondulações eólicas, ou wind-ripples forms (Wrf), resultantes da migração de ripples de impacto
solitárias, produzidas por ventos subsaturados. Em d, laminações de ripples eólicas associadas
a estratos de grainflow (Gfw).
153
m
20
10
5
Altura
1.0 SC
0.5
0.1 cm
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Espessura máxima dos
estratos de grainflow
Figura 4.7 Relação entre espessuras de
estratos individuais de grainflow e altura das
faces frontais de dunas eólicas recentes (Little
Sahara Dune Field; Kocurek & Dott, 1981). O
retângulo destaca a faixa mais freqüente de
espessuras de fluxos de grãos observadas na
Formação Sanga do Cabral (SC), indicando,
por analogia, que as dunas simples maiores da
unidade possam ter originalmente atingido
alturas em torno de 10m.
N S
N S
3m
10m
a b
DU
IDU
IDU
DU
DU
BR293- Livramento BR287- S. Vicente do Sul
e Sm f Sr,Sh
Sm
Sm,Fsm Sr,Sh
St,Sp
Sm
Sh
Sm,Fsm Icnofóssil
IDU
Fsm Sm
Corredor Internacional
g
Sh
DU
Fl N
IDU
Sh, Sl, Sr
St, Sp
DU
Sm
IDR
1a.Ordem
2a.Ordem
c 3a.Ordem
Paelocorrentes Figura 4.11 (a) Dunas eólicas (DU), constituídas por arenitos
com estratificações cruzadas de grande e médio portes
(St,Sp), parcialmente homogeneizados por liquefação (Sm),
recobertos por arenitos com acamadamento plano (Sh, Sl,
Sr) e pelitos laminados (Fl), correspondentes à planícies de
interdunas (IDU); (b,c) fotomontagens do mesmo
afloramento, processadas (Photo Paint 8/Paint Shop Pro5)
para facilitar a visualização das superfícies e estruturas
sedimentares; (c) hierarquia das superfícies limitantes e os
elementos de draa (DR) e interdraa (IDR) interpretados.
0 0
Localização GPS: 29 36' S - 54 41' W; BR287, entre as
n= 06 cidades de São Vicente do Sul e Jaguari.
164
Sh, Sr, Sm
IDU(IDR)
(1)
Sp, St DU(IDU)
Figura 4.12 Arenitos com estratificação cruzadas de grande porte (Sp,St) recobertos por arenitos
tabulares com estratificação plana (Sr, Sh, Sm), correspondendo, respectivamente, a depósitos
de dunas (DU) e planície de interdunas eólicas (IDU). Entre parêntesis, superfície de 1ª ordem e
elementos de draa (DR) e interdraa (IDR) interpretados.
165
WD(SB)
St,Cgi,Sh
b
D
U
b
Sh
WD(SB)
St,Cgi
DU
W E
DU
St WD(CH)
a
b c
Sm,St
St
Cgi
Sm,St
Cgi
St
NE SE
DU
Sh,Fl, Fsm
Sm,St
WD(CH)
d
Figura 4. 14 Canal de wadi, WD(CH): (a) geometria do canal - ribbon – implantado (setas) sobre
arenitos com estratificações cruzadas acanaladas (St), características do elemento de dunas
eólicas (DU); (b, c) detalhes do estilo multiepisódico de preenchimento interno do canal, indicado
pelas setas. Cada storey corresponde à um ciclo granodecrescente, constituído por
conglomerados intraformacionais (Cgi) na base e arenitos finos a muito finos, maciços (Sm) a
incipientemente estratificados (St) no topo; (d) vista posterior do mesmo afloramento, enfatizando
os ciclos granodecrescentes (setas) com arenitos muito finos/sílticos no topo (Sm, Fsm) e
ilustrando a inserção dos depósitos de canal no contexto dominante de campo de dunas eólicas
(DU).
Localização GPS: 300 14,55’ S - 540 48,33’; BR290, a leste da entrada da cidade de Rosário do
Sul, próximo à conexão com a estrada para Cacequi (RS640).
170
BR153 - Aceguá
c d
1m
Processo de
Deformação HIDROPLÁSTICO LIQUEFAÇÃO FLUIDIZAÇÃO
Definições
Coesão interna significativa negligível
do sedimento
Velocidade relativa <v >v
de fluído nos poros
Características
Tipo de fluxo laminar turbulento
% H2O
Viscosidade
Taxa de escape
d'água
Identificação
Estruturas preservadas
não preservadas
primárias deformadas
"dish structures"
Causas - Segundo Lowe (1978), a maioria das deformações geradas por escape
de fluídos desenvolvem-se durante os estágios finais ou logo após a deposição
das unidades individuais de sedimentação. Entre os principais mecanismos
geradores inclui: (1) carga sedimentar, (2) ação de correntes (“current drag”)
sobre as superfícies de camadas não consolidadas, (3) migração de formas de
leito, (4) ação de ondas de tempestades e (5) abalos sísmicos. Este último
mecanismo – vibrações cíclicas causadas por terremotos – é citado por diversos
autores como a principal causa de zonas extensivas de liquefação e fluidização
de sedimentos (Allen & Banks, 1972; Allen 1982,1984; Lowe 1975,1976; Doe &
Dott 1980, entre outros).
Em seqüências subaquosas (e.g. depósitos turbidíticos ou deltaicos),
caracterizadas pela interestratificação de areia e lama, o efeito da carga
sedimentar é especialmente importante. A abrupta deposição de camadas de
175
comportamento coesivo
"Sandflow"
Lâmina
dos sedimentos
Parabólica/Recumbente
Lâmina
Contorcida
Brechada/Falhada +
B D
A
G E
F
Sistema Deposicional
A partir do conjunto de observações descritos acima, o sistema eólico da
base da Formação Sanga do Cabral na borda sudeste da Bacia do Paraná é
interpretado como constituído dominantemente por campos de dunas transversais
barcanóides, simples e compostas, com alturas máximas em torno de 10m e
direções de transporte de espectro variável entre os quadrantes nordeste e
sudeste (Fig. 4.17).
A presença de depósitos de depressões e planícies de interdunas contendo
lentes pelíticas, arenitos bioturbados ou maciços, associados à laminações
corrugadas, somada às evidências de fluxos aquosos na forma de sheets e
canais de wadis, indica a ocorrência de períodos de umidade e afloramento do
nível freático, alternados às condições de aridez dominante, durante a migração
das dunas eólicas. Episódios de umidade superficial temporária sobre o campo de
dunas são reforçados pela ocorrência de brechas intraclásticas de colapso,
intercaladas ao foresets de dunas. Evidências adicionais da proximidade do nível
freático com a superfície deposicional são atestadas por deformações
penecontemporâneas de arenitos saturados, relacionadas a processos de
liquefação e fluidização, manifestados por dobramentos desarmônicos, camadas
homogêneas e estruturas de escape d'água. Tal conjunto de evidências permite
interpretar esta associação de fácies como pertencente a um sistema eólico
úmido, especialmente registrado na base da unidade, onde os depósitos de dunas
eólicas da Formação Sangra do Cabral ocorrem intercalados aos pelitos lacustres
da Formação Rio do Rasto.
179
180
St,Cgi (SB)
Sh,Sl
Sh, Sm (LS)
Sh (LS)
Sm,Sh
Cgi
Sh,Sm
Cgi
St,Sl (SB)
Sh,Sm (LS)
b
Sr (Sm, St)
Fm, Fl
Sr (Sm, Sl)
Sr
Interpretação
Depósitos conglomeráticos, clasto-suportados, são gerados pela ação de
fluxos aquosos, turbulentos, de baixa concentração, nos quais os clastos são
transportados e depositados por tração, com muito pouca suspensão associada.
As variações texturais e estruturas dos depósitos, refletem a variabilidade das
condições do fluxo e da taxa de transporte. Os clastos maiores tendem a ser
transportados durante pulsos de maior energia, sendo inicialmente depositados
como lags clasto-suportados, com empacotamento aberto. Os clastos mais finos e
a matriz arenosa são posteriormente infiltrados nos espaços vazios do arcabouço,
durante as fases de diminuição da velocidade do fluxo. Mantido o suprimento, e
dependendo da velocidade do fluxo, estas acumulações iniciais podem evoluir por
acresção vertical ou longitudinal. A relação entre estes dois componentes definirá
a estruturação final do depósito. Em condições de rápido transporte, o acúmulo de
clastos tenderá a se alongar na direção do fluxo, inibindo a acresção vertical e o
desenvolvimento de faces de avalanche, cuja migração dará origem à
estratificações cruzadas. Nestas condições o depósito resultante terá a forma de
sheet, com baixo relevo, maciços (Gm) ou com incipientes estratificações planas
(Gh) a suavemente inclinadas na direção do fluxo. Estas formas têm sido,
classificadas, classicamente como “barras longitudinais” (e.g. Hein &
Walker,1977), em oposição às “barras transversais”, geradas por agradação
vertical, em velocidades mais baixas, resultando no desenvolvimento de foresets
conglomeráticos que as diferencia. Contudo, mais recentemente, o termo “barra”
é exclusivamente utilizado para macroformas, constituídas pela superposição de
mesoformas amalgamadas (Miall, 1996). Por suas dimensões e características
internas as lentes aqui descritas correspondem a unidades deposicionais da
hierarquia das mesoformas, ou “formas de leito conglomeráticas” (GB), na
terminologia de Miall (op. cit.).
A ocorrência destes depósitos em associação direta com litofácies de SB (e LS)
predominantes é atribuída à variações de suprimento e condições de fluxo atuantes na planície
aluvial. Episódios de alta energia e de maior aporte de clastos grosseiros, principalmente a partir
da erosão e resedimentação de litofácies pelíticas, favorece o desenvolvimento de mesoformas
conglomeráticas e eventual concentração de fragmentos de vertebrados fósseis. Estas
acumulações constituem núcleos rudíticos iniciais sobre os quais se estabelecem estratos
190
b
LS
SB
LS
Cgi
LS
191
c
Sm
Cgi
Cgi
Sh
Sh St
Cgi, Sp
SB(GB) Gm
Sh
a Fl
b
Fl
b
Fl
Fl
Sh
Fm
Fsm, Sm
Fm, Fr
Sh
Figura 4.22 Depósitos finos de inundação (FF), compreendendo litofácies de ocorrência bastante
localizada no contexto da Formação Sanga do Cabral. (a) Intercalação de camadas milimétricas e
contínuas de siltitos-arenitos muito finos com pelitos laminados (Fl), contendo horizonte bem
definido de deformações convolutas (b), possíveis indicadoras de paleosismicidade (cf. discussão
no texto); (c) intercalação de arenitos laminados (Sh) e maciços (Sm) com depósitos pelíticos,
maciços e com gretas de contração (Fm), associados a níveis com raízes (Fr), evidenciando
exposição subaérea e incipiente desenvolvimento de processos pedogenéticos.
194
Sistema Deposicional
Os depósitos aluviais da Formação Sanga do Cabral são constituídos
predominantemente por fácies arenosas, com ampla dominância de estruturas
sedimentares que evidenciam transporte e deposição por tração, a partir de fluxos
aquosos desconfinados e eventualmente canalizados. Estes processos resultam
na freqüente ocorrência de camadas planas, constituídas por litofácies
representativas dos elementos LS e SB. Evidências de fluxos confinados,
embora relativamente raras em escala de afloramento, são representadas por
canais rasos e largos, com margens de inclinação suave (sheets), que incidem
sobre depósitos aluviais e são preenchidos por arenitos laminados, pela
superposição de formas de leito 2D e 3D ou pela combinação destas litofácies.
Esta associação, somada à pequena expressão de depósitos finos,
correlacionáveis a planícies de inundação, é genericamente compatível com os
modelos de sistemas fluviais arenosos de canais entrelaçados (“sandy braided
rivers” ou “sand-dominated, low-sinuosity rivers”; ), descritos na literatura 1 .
Embora esta abordagem preliminar aponte similaridades de processos e
produtos com modelos fluviais "clássicos" (Tabela 4.1), a ampla distribuição
areal, a relativa homogeneidade faciológica e os padrões de paleotransporte dos
depósitos aluviais da Formação Sanga do Cabral (Fig. 4.23), ensejam uma
segunda discussão, relativa aos conceitos de "braided rivers" e "braidplains",
conforme distinção proposta por Rust & Koester (1984).
1
Os modelos básicos de sistemas fluviais arenosos de canais entrelaçados foram originalmente estabelecidos com base
no estudo de rios atuais, sumarizados em Miall (1985), que passaram a ser reconhecidos no registro geológico, servindo
como referência para análise de sistemas antigos: “Platte River” (Miall, 1977; Smith & Smith,1984); South “Saskatchewan
River” (Cant & Walker, 1976;1978; Cant, 1978) e “Bijou Creek” (McKee et al., 1967; Rust, 1978; Miall & Gibling, 1978). As
características destes modelos e dos estilos “low sinuosity braided” (McCabe, 1977; Crowley, 1983; Bridge et al., 1986),
“high-energy sand-bed braided” (Cowan, 1991; Miall, 1996) e “sheetflood distal braided” (Rust & Nanson,1989)) são
discutidas em profundidade em Miall (1996), sendo suas principais características sintetizadas na Tabela 4.1.
Principais estilos arquiteturais de sistemas fluviais arenosos com canais de baixa sinuosidade
Sedimento Elementos
Estilo Sinuosidade Características gerais
dominante característicos
Low sinuosity Baixa Areia DA-LA, SB, FF Estilo intermediário entre os padrões braided e meandrante. O elemento mais caraterístico é
braided-meandering rivers a "alternate bar", macroforma análoga às "point bars" mas diferenciada pelo migração através
("alternate bars" ) de acresção obliqua ou frontal e não apenas perpendicular ao fluxo (elemento LA), típica das
barras em pontal.
Shallow Baixa Areia SB A arquitetura dos depósitos é tipicamente representada por extensas camadas tabulares de
perennial, sand-bed a (FF) arenitos, constituídas pela superposição de formas de leito de regime de fluxo inferior (dunas
braided rivers intermediária 2D ou 3D), resultando no predomínio do elemento SB. Correspondem a campos de amplas
"Platte type" formas de leito de topo plano ("linguoid bars"), construídas principalmente por estratificações
cruzadas planares (Sp) ou acanaladas (St), limitadas por superfícies subparalelas, que
tendem a ocupar a toda a extensão lateral dos canais, durante os períodos de alta descarga.
Deep Baixa Areia, DA, LA, SB (FF) A feição mais distintiva deste estilo fluvial é a presença de macroformas (barras compostas,
perennial, sand-bed a finos "sandflats", "sand shoals"), construídas por acresção frontal (DA), lateral (LA) ou ambas,
braided rivers intermediária subordinados desenvolvidas em pontos diferentes da mesma barra. Os canais são perenes, com
"S. Saskatchewan type" acentuadas diferenças de topografia entre o leito do canal, as barras e topo das
macroformas, resultando em associações faciológicas complexas e diversificadas. A
geometria acrescional das macroformas, em oposição às camadas tabulares características
dos "shallow braided rivers" , é o principal critério de distinção entre os dois estilos.
High-Energy Baixa Areia, DA,SB, HO Estilo diagnosticado pela presença do elemento "hollow" (HO), com forma de canais ou
sand-bed braided rivers a finos (FF) depressões elípticas de fundo côncavo, preenchidas por arenitos com laminação plano-
intermediária subordinados paralela (Sh) ou de baixo ângulo (Sl) depositadas sobre as superfícies inclinadas que limitam
a cavidade. Feição formada pela ação erosiva de vórtices espirais durante eventos de
inundação de alta energia, por escavamento em regiões de confluência de canais ou por
convergência do fluxo em áreas de coalescência de macroformas.
Distal Sheetflood Baixa Areia, SB Sedimentação dominada por lençóis, lentes e cunhas de arenitos, constituídos pela
sand-bed braided rivers finos (FF) superposição de formas de leito, representadas pelas diversidade de litofácies (St, Sp, Sh)
subordinados que tipificam o elemento SB, predominante neste sistemas. Deposição característica de
"braidplains" distais, especialmente em regiões áridas, gerada pela ação de fluxos efêmeros
sobre amplas áreas, formando uma rede de canais rasos, entrelaçados e pouco definidos.
Depósitos finos raros ou ausentes.
Flashy, Baixa Areia, LS Depósitos dominados pelo elemento LS: sheets de arenitos com laminação plano-paralela
ephemeral sheetflood finos (FF) (Sh) e cruzadas de muito baixo ângulo (Sl), produzidos em regime de fluxo transicional a
sand-bed braided rivers subordinados superior, por descargas episódicas de alta velocidade e alta energia, que durante o pico de
"Bijou Creek type" inundação ocupam amplas áreas, dominadas por fluxos desconfinados. Durante as fases
finais de inundação ("wanning flow stage") os sheets são recortados, em regime de fluxo
inferior, originando formas de leito 2D e 3D (Sp,St). Os canais são pobremente definidos ou
ausentes. Os depósitos finos são raros.
Tabela 4.1 Estilos fluviais arenosos braided e suas feições diagnósticas( adaptado de Miall,1996). Em cinza, maiores similaridades observadas na Fm. Sanga do Cabral.
195
196
197
1
Os padrões de paleocorrentes da Formação Sanga do Cabral (Fig. 4.23) indicam transporte dominante para N-NE,
indicando que o depocentro da bacia, ao final do Permiano - início do Triássico, esteve posicionado a norte da faixa
aflorante, em coerência com os mapas de isópacas disponíveis para este intervalo (Milani et al., 1998). As direções
discrepantes, para sul, obtidas no setor oeste do Estado (cf. Faccini, 1989), sugerem tratar-se de um sistema distinto,
preliminarmente individualizado por Lavina & Scherer (1997) e Scherer & Lavina (1997), sob a denominação de
"Aloformação Guará". Esta nova unidade, a ser brevemente formalizada pelos autores, tem idade preliminarmente
atribuída ao Neojurássico, sendo aqui apenas mencionada, por ocorrer fora da área geográfica de enfoque principal deste
estudo.
198
Bento
JURO-
CRETÁCEO
Formação Botucatu
Formação Caturrita
Grupo Rosário do Sul
Santa Maria
Membro Alemoa
Formação
TRIÁSSICO
Bacia do Paraná
56o
Sa
nta
Ca
V V V V V V tar
0o i na
BRASIL V V V V V V V V V V V
280 V V V V V V V V V V V V V V
280
30o
Rio Grande do Sul
Porto Alegre V V V V V V V V V V V V V V V V
A
IN
NT
V V V V V V V V V V V V V V V V V V
GE
V V V V V V V V V V V V V V V V V
AR
V V V V V V Santa
V V V V V V V V V V V
ai
Maria
u gu
Ur
V
V V V V
o
Ri
Uruguaiana
300 V V V V V 300
Rosário Porto Alegre
do Sul
V V V V V V
V V V V V V
Santana
s
da Boa Vista
to
O
Pa
Livramento
IC
V V V V V V
T
s
do
N
LÂ
na
AT
gu
V V V V V V
La
O
N
Tacuarembó
A
V V V V V
E
Ag eguá
C
URUGUAI Vichadero
O
Ansina
320 V V V V V V
320
Melo
V V V V V V 0 50 100 200 km
V V V V V V
V V V V T reinta y Tres
Legenda:
Vulcanitos das formações
V V V
Serra Geral e Arapey (Uruguai)
V V
Formação Santa Maria
V
Unidades sedimentares
gondwânicas, indiferenciadas
BUENOS AIRES
Embasamento pré-gondwânico e
coberturas indiferenciadas
MONTEVIDEO
580 560 540 520 500
da base para o topo: (1) Membro Passo das Tropas, predominantemente arenoso
(cerca de 70-80%), com camadas pelíticas subordinadas, portadoras de
elementos da Flora de Dicroidium, totalizando a espessura de 25-30m e (2)
Membro Alemoa, constituído por siltitos argilosos, vermelhos, com níveis de
paleosolos e portadores de vertebrados fósseis, com espessura de 50-55m.
As espessuras são bastante variáveis, ao longo da faixa de exposição,. As
máximas registradas chegam a 90-100m, sendo predominantes (60- 65%) as
fácies pelíticas correspondentes ao Membro Alemoa, cujas espessuras variam de
20 a 55m. As fácies arenosas do Membro Passo das Tropas - que constituem o
principal aqüífero da região central do Estado - afloram de forma mais
descontínua, com espessuras de 30 a 45m, compondo o restante da coluna.
O contato inferior da Formação Santa Maria é demarcado por uma
superfície erosional, que coincide com a incisão dos arenitos fluviais do Membro
Passo das Tropas sobre as fácies aluviais da Formação Sanga do Cabral. Esta
superfície corresponde a uma desconformidade regional, com hiato deposicional
paleontologicamente determinado (Faccini, 1989; Schultz, 1995; 1998, Quadro
4.8). As relações de contato superior são variáveis, ao longo da faixa de
afloramentos. Em geral, os pelitos vermelhos do topo de Membro Alemoa
interdigitam-se com arenitos lenticulares da base da Formação Caturrita,
caracterizando um contato gradacional com esta unidade litoestratigráfica. Em
alguns pontos, o Membro Alemoa é delimitado por superfícies de erosão,
significativas de omissão de registro estratigráfico, envolvendo extensões
temporais variáveis, sendo recoberto ora pelos “arenitos Mata”, portadores de
troncos silicificados e atribuídos ao Neotriássico (Rético), ora pelos arenitos
eólicos da Formação Botucatu, de idade Eocretacea (Faccini et al.1989;
Scherer,1998).
A idade da Formação Santa Maria (sensu Bortoluzzi, op. cit.) é
determinada com base em seu abundante conteúdo fossilífero, que inclui
fragmentos de plantas (cf. Guerra-Sommer et al., 1997) e, especialmente, sua rica
assembléia de vertebrados fósseis (Barberena, 1977; Barberena et al.
1985a,b;1991;1993; Schultz et al., op.cit.), que situam a unidade no Meso-
Neotriássico, intervalo Ladiniano-Eonoriano (Quadro 4.8; cf. também Quadro 2.5,
p.38).
202
Associação Unidade
Época
Tempo Estágio Ele mentos Constituintes
(Ma) Fossilífera Litoestratigráfica
2 05 .7
arenitos
RHAET ICO Associação 8 Flora de Coníferas Mata
209.6
210
Formação
215 NO RIANO
Caturrita
Superior
230
LADINIANO
Dicinodontes (Dinodontossaurus + outros)
Associação 3
+ cinodontes + tecodontes; sem rincossauros
Formação
Santa Maria
Médio
O LENEKIANO
Inferior
245 244.8
Formação
INDUANO
Associação 1 Procolophon + anfíbios Sanga
do Cabral
24 8.2
Quadro 4.8 Posicionamento estratigráfico e idade da Formação Santa Maria, de acordo com as
associações de macrofósseis identificadas por Schultz,1995 (quadro adaptado do original), para as
unidades litoestratigráficas que compõem o Triássico do Rio Grande do Sul, conforme nomenclatura
formalizada por Andreis, Bossi & Montardo, 1980 (cf. Quadro 4.7). A Associação 8 refere-se aos
"arenitos Mata" (unidade informal individualizada por Faccini, 1989), que correspondem aos depósitos
fluviais do topo da Fm. Caturrita, que ocorrem entre as cidades de Faxinal do Soturno e Mata, portadores
de significativas acumulações de madeira silicificada. Tabela de tempo geológico segundo Ross, Baud &
Menning, 1994.
S N
a
SE NW
(CH)
Mb. Passo das Tropas
SE NW
(CH)
Mb. Passo das Tropas
c d
Figura 4.25 Contato erosivo das fácies areno-conglomeráticas de canais
fluviais (CH) do Membro Passo das Tropas - unidade basal da Fm. Santa
Maria - sobre arenitos finos, avermelhados, fluviais, da Fm. Sanga do
Cabral. Localização dos afloramentos: (a) BR-158, a norte de Cachoeira
do Sul (290 46,11’S; 520 25,25’W); (b,c) RS-244, entre a cidade de
General Câmara e as localidades de Vista Alegre-Melos (290 53,04’S;
510 59,32’W); (d) detalhe do afloramento c, mostrando a contribuição de
P P
204
Sh
a Sp
St
n=25
W E
Sh, Sl
St
n=24
Figura 4.26 Exemplos de exposições das litofácies de arenitos com estratificações cruzadas planares (Sp) e acanaladas (St), de pequeno e médio portes,
correspondentes a dunas 2D e 3D superpostas, associadas a arenitos com laminação plano-paralela (Sh) ou suavemente inclinadas (Sl), feições geradas
por variações de regime de fluxo que, em conjunto, caracterizam o elemento SB (cf. Vol. II-FM11). Afloramentos situados ao longo da BR-287, entre a
cidade de São Pedro do Sul e a localidade de Chiniquá: (a) BR-287, km289, associação de cruzadas acanaladas (St) com sets de cruzadas planares (Sp),
205
separadas por superfícies subparalelas (estilo “Platte river”); (b) superposição de conjuntos de estratificações cruzadas acanaladas (St), BR-287, km294.
206
207
208
Sep aração
do fluxo
Estágio
de alta descarga
e elevado
nível d'água St
Sr
St
Estágio Redução na
intermediário separação
Sp do fluxo
Emersão da barra e
retrabalhamento da face frontal
Estágio de Fluxo perpendicular à
face frontal da forma Sp
rebaixamento Sp
St, Sr
St, Sr
Nova elevação do Sp Sp 3 Sp
nível d'água Sp 3
Geração de St, Sr
superfícies com a preservação das estruturas sem a preservação das estruturas
de reativação geradas no estágio de rebaixamento geradas no estágio de rebaixamento
Topo da
macroforma
Mesoformas
3
Canal
4
Topo da
b. Sr, Sp, St macroforma
pequ eno po rte
Sp, St médio a
grande porte
0 10
3 3
60 0
LA
3
3 5
4
DA
5-15m
5-100m
E W
E W
c
Figura 4.32 Afloramento de depósitos finos, correlacionáveis à litofácies de planícies de
inundação (FF) do Membro Passo das Tropas, na BR-158, trecho Santa Maria-Rosário do Sul
(GPS: 290 42,43' S; 530 52,56' W). (a) Vista geral do afloramento: fotomontagem ilustrando a
extensão lateral e a espessura dos depósitos; (b) porção do mesmo afloramento, com níveis de
silcretes, indicados pelas setas. (c) Detalhe, mostrando o aspecto essencialmente maciço dos
siltitos argilosos (Fsm), litofácies dominante deste elemento.
215
Sistema Deposicional
O elementos arquiteturais dominantes identificados do Membro Passo das
Tropas correspondem a depósitos de preenchimento de canais fluviais, com
menor contribuição de fácies finas de planície de inundação. Embora os dados de
superfície disponíveis não permitam a precisa delimitação das dimensões e
padrão geométrico dos canais, exposições isoladas indicam um estilo multistorey
de preenchimento (Vol.II-FM10), constituído principalmente pela superposição de
mesoformas de regime de fluxo inferior (elemento SB) e macroformas produzidas
por acresções frontais (elemento DA). Na escala de afloramento, os registos de
padrões de acresção lateral (LA), característicos de canais sinuosos, são raros e
restritos a áreas de coalescência de macroformas (Fig. 4.28). Análises detalhadas
de paleocorrentes nestes afloramentos indicam que, no contexto dominado pelos
elementos SB e DA, a ocorrência de padrões combinados (laterais/frontais) ou
acresções obliquas (LA/DA), são mais proeminentes do que acresções puramente
laterais (LA), características compatíveis com sistemas fluviais de canais
entrelaçados ou de baixa sinuosidade.
Nestes sistemas, depósitos finos de planícies de inundação (FF), são
preservados como acumulações descontínuas, podendo atingir espessuras
consideráveis em áreas morfologicamente protegidas da erosão ou ocupando
216
217
depressões abandonadas pela a migração lateral dos canais (Reinfeld & Nanson,
1993). As litofácies pelíticas, registradas em afloramentos isolados do Membro
Passo das Tropas, são interpretadas como representantes destas condições.
As espessuras superiores a 30m de arenitos organizados em padrão
multistorey, a presença dos elementos SB e DA como litofácies dominantes e a
ampla distribuição regional das exposições, permitem interpretar o Membro Passo
das Tropas como sistema de canais fluviais perenes, entrelaçados ou de baixa
sinuosidade, com padrão regional de paleocorrentes para norte-nordeste (Fig.
4.33). As direções de transporte e a mudança das características granulométricas
e composicionais dos arenitos em relação às unidades sedimentares subjacentes
indicam o Escudo Sul-rio-grandense como principal área-fonte do sistema.
AL
PT
b
Figura 4.34 Formação Santa Maria: relações de contato entre os membros
Passo das Tropas (PT) e Alemoa (AL) em dois pontos extremos da faixa de
afloramentos da unidade, no sentido leste-oeste: (a) a oeste, nos arredores da
cidade de São Pedro do Sul e (b) na BR-471, a leste, no extremo sul da área
urbana da cidade de Santa Cruz do Sul. Conferir Figura 4.33 para localização
regional.
219
1
Entisol: ordem de solos sem horizontes pedogênicos definidos (Parker, 1997); caracterizada pela dominância de material
mineral e ausência ou pobre desenvolvimento de horizontes pedogênicos (Bates & Jackson, 1987).
220
Fm, Fr
Sh,Fl
Fsm
Fsm
Fsm
Figura 4.35 Aspecto característico das exposições dos "pelitos vermelhos fossilíferos" do
Membro Alemoa da Formação Santa Maria: (a) pelitos maciços (Fsm) e ritmitos areno-pelíticos
laminados (Sh,Fl), estes últimos assentado em onlap (setas) sobre depressão paleotopográfica
(cf. Fig. 4.36); no topo do afloramento, horizontes com evidências de pedogênese incipiente (cf.
Fig. 4.37), caracterizada por arenitos muito finos e siltitos maciços (Fm) contendo raízes (Fr); (b)
pelitos maciços (Fsm) associados a concreções carbonáticas irregulares. Estas de litofácies
ocorrem extensivamente ao longo da faixa de afloramentos da Formação Santa Maria e
caracteriza os elementos de planícies de inundação (FF) e paleosolos (P) associados.
221
Sh,Fl
Fsm
Figura 4.36 (a) Vista geral de afloramento do Membro Alemoa mostrando o preenchimento de
depressão, evidenciada pela concavidade da superfície basal e (b) pela relação de onlap de
siltito-arenitos muito finos, laminados (Sh,Fl), sobre depósitos de siltitos maciços (Fsm), na base.
Os ritmitos areno-pelíticos laminados são interpretados como depósitos de preenchimento de
corpos lacustres - FF(LC) - desenvolvidos no contexto de amplas planícies de inundação
(elemento FF), representadas pela associação de litofácies pelíticas do Membro Alemoa.
Afloramento localizado na BR287, a oeste de Candelária; GPS: 29o 44’ 43,54’’S; 53o 05’04,31’’W.
222
P
Fsm
Fr
FF
b
3 cm
Fsm
Fr
Figura 4.37 (a) Afloramento típico dos pelitos vermelhos fossilíferos do Membro Alemoa, unidade
superior da Formação Santa Maria, exemplificando a freqüente associação entre os elementos de
planícies de inundação (FF), representado pelos pelitos maciços (Fsm), e níveis de paleosolos (P)
intercalados. (b) Detalhe das camadas centimétricas de síltitos-arenosos (Fr), maciços, contendo
raízes, mas sem horizontes pedogênicos definidos, feições características de solos pobremente
desenvolvidos, e diagnósticas da ordem dos Entisols (cf.Bates & Jackson, 1987; Retallack, 1990).
223
1
Vertisol: ordem de solos ricos em argilas, com baixo conteúdo de matéria orgânica, marcados por fendas de
ressecamento, devidas a variações sazonais nas condições de umidade (Parker, 1997); ordem de solos que contêm um
mínimo de 30% de argilas, usualmente esmectitas, gerados em áreas com rápidas alternâncias de período secos e úmidos
e caracterizados por gretas de contração, geradas por pronunciadas mudanças de volume, relacionadas a variações do
teor de umidade (Bates & Jackson, 1987).
224
Sistema Deposicional
As evidências indicativas de que as fácies pelíticas do Membro Alemoa
representem o registro de extensas ”floodplains” pressupõe a coexistência destes
depósitos com fácies de canais fluviais, configurando um amplo sistema aluvial
submetido a fases periódicas de inundação.
Em afloramentos, os contatos do Membro Alemoa com os arenitos fluviais
do Membro Passo das Tropas são bruscos (cf. Fig. 4.34), não sendo evidentes as
relações genéticas entre ambas as unidades. Contudo, seções de subsuperfície
demonstram que o Membro Alemoa associa-se lateral e verticalmente a depósitos
de canais fluviais, correlacionáveis tanto ao Membro Passo das Tropas quando a
Formação Caturrita (Fig. 4.38). A ocorrência de canais fluviais da Formação
Caturrita, encaixados nos pelitos do Membro Alemoa, são também observados
na faixa de exposições, relação que será abordada no item seguinte. Estas
observações indicam que as litofácies pelíticas do Membro Alemoa tenham se
desenvolvido em regiões adjacentes a canais fluviais, justificando sua
interpretação como depósitos finos de planícies de inundação (FF).
Como evidências adicionais, no contexto das fácies pelíticas, a presença
de siltitos arenosos contendo traços raízes (Fr) é feição diagnóstica de Entisols,
solos comuns em planícies de inundação, habitadas por vegetação de pequeno
porte (Retallack, 1990). Sua principal característica é o baixo grau de
desenvolvimento, devido ao pouco tempo de residência, relacionado a taxas
relativamente altas de aporte sedimentar, condição que inibe a maturação do
perfil pedogênico. Em planícies de inundação, o grau de maturidade de
225
226
Decrescente
1
2
Maturidade
3
Crescente
2 A vulsão
1
Formação Caturrita
CH
FF Membro
Alemoa
b Formação Caturrita
Sr
CH
Membro
FF Alemoa
Fsm
na base dos estratos. Embora a litofácies de arenitos finos maciços (Sm) sejam
também identificadas em direção ao topo da unidade (Fig. 4.42b), a precisa
definição da geometria dos canais é impossibilitada pela limitação das
exposições. A definição inequívoca de canais com geometria ribbon é registrada
na base da unidade (cf. Fig. 4.40; Vol. II-FM14).
Interpretação
A configuração geométrica dos canais fluviais da base da Formação
Caturrita indica um sistema composto por canais fixos ou com baixa migração
lateral, preenchidos pela deposição de carga mista, rica em material em
suspensão. Canais com esta configuração (ribbons) desenvolvem-se devido à
estabilidade das margens, constituídas por sedimentação pelítica e presença de
vegetação, fatores que inibem a migração lateral dos canais. Estas características
são plenamente observadas na porção inferior da sucessão estudada, uma vez
que os depósitos canalizados ocorrem encaixados nas litofácies pelíticas da
Formação Santa Maria (cf. item 2.2.2.1). Em algumas exposições são observadas
evidências de preenchimento segundo superfícies inclinadas, sugerindo
acresções laterais pouco desenvolvidas, no interior dos ribbons, indicando que os
canais poderiam possuir certa sinuosidade (Vol.II-FM14). Contudo, as
características das litofácies – especialmente a ausência de meso e macroformas
trativas - sugerem que o preenchimento dos canais tenha ocorrido principalmente
por agradação, indicada pela superposição de camadas de arenitos finos maciços
(Sm) ou contendo climbing ripples (Sr), raramente associadas a estratificações
cruzadas tangenciais de médio porte (St). Embora mais comuns na base da
unidade, canais com estas características são observados e diferentes níveis
estratigráficos, indicando a recorrência de controles e processos (Fig. 4.42). A
presença de climbing ripples como estrutura primária dominante (Fig. 4.42a; cf.
também Fig. 4.40b) indica a desaceleração de fluxos mistos, caracterizados pela
interação tração-suspensão. Os arenitos maciços (Fig. 4.42b) são interpretados
como produto da deposição de fluxos hiperconcentrados, nos quais a separação
de fluxo é inibida, impedindo o desenvolvimento de formas de leito 2D e 3D. Em
ambos os casos, as evidências indicam rios de baixa energia e carga sedimentar
com expressiva contribuição de material em suspensão, recortando extensas
planícies aluviais dominadas por sedimentação pelítica, sugerindo um
paleorrelevo suavizado, de baixa declividade.
232
Formação CH
Caturrita
Sr
Fsm
FF
Membro Alemoa
(St)
Sm
Figura 4.42 (a) Exemplos de canais fluviais da Formação Caturrita preenchidos por litofácies
indicativas de carga mista, sem o desenvolvimento de macroformas puramente trativas: (a) ribbon
(base da Formação na localidade de "Alemoa", Santa Maria). preenchido por camadas de
arenitos finos contendo climbing ripples (Sr) como estrutura primária dominante, indicando a
desaceleração de fluxos com significativa carga transportada por suspensão; (b) porção superior
da unidade (BR-287, Cerro Botucaraí, Candelária), mostrando a superposição de camadas
(storeys) de arenitos finos a médios, maciços (Sm), com raros indícios de estratificações cruzadas
tangenciais (St).
233
CS
FF
Fm
Fsm, Fl
b
St
Gretas de
Sh, Sr contração
Fm
Sr
o o
Localização: (a) São João Polêsine, GPS 29 39’ 12” S - 53
o o
27’39,8” W;(b) Faxinal do Soturno, GPS 29 33,4’ S - 53 26, 9’ W. Sh
Figura 4.44 (a) Afloramento representativo do aspecto geométrico das litofácies interpretadas
como depósitos de crevasse splays (CS). (b) Detalhe, ilustrando a associação de litofácies,
constituída por camadas tabulares de arenitos finos a médios, com estratificações cruzadas
tangenciais (St), laminações plano-paralelas (Sh) e climbing ripples (Sr) intercalados a siltitos
argilosos laminados (Fl) ou maciços (Fm), com gretas de contração (Fm), indicativas de repetidos
períodos de exposições subaéreas.
237
W E
Sh,Sr
Fl, Fsm
Sr
a
Fl,Sh
Sr
Sh, Sr 2m
Fl,Sh
b c
Figura 4.45 Afloramento representativos dos depósitos de frentes deltaicas (FD) lacustres da Formação Caturrita.(a) camadas tabulares e sigmoidais de
arenitos finos com climbing ripples (Sr) separados por pelitos laminados e maciços (Fl, Fsm); (b) camadas lenticulares de arenitos finos (Sr), separados e
recobertos por ritmitos areno-pelíticos (Fl,Sh) e siltitos laminados (Fl); (c) arenitos finos tabulares com laminações plano-paralelas (Sh) e climbing ripples
(Sr). Conferir Vol.II-FM16.
239
a
St, Sp
St
Superfície de
a
3 ordem
St, Sp
Interpretação
As litofácies de arenitos com estratificações cruzadas de pequeno e médio
portes (St, Sp) registram a migração de formas de leito 3D e 2D, respectivamente,
que ocorrem associadas a camadas planas, com laminações plano paralelas (Sh),
produzidas por variações de regime de fluxo, no interior de canais fluviais. A
superposição destas formas de leito, segundo superfícies inclinadas (superfícies
de reativação), formando conjuntos com espessuras observáveis de 4 a 5 metros,
são interpretadas como o registro da migração de macroformas fluviais. A média
das direções de paleocorrentes, coincidindo com o sentido geral de mergulho das
superfícies de acresção, indicam que a migração das formas de leito menores
ocorreram, principalmente, ao longo do eixo de maior inclinação das superfícies
de reativação, o que caracteriza um padrão dominante de acresção frontal das
macroformas. A dispersão de paleocorrentes em altos ângulos (iguais ou
superiores a 60o) com relação ao sentido de mergulho das superfícies de
reativação, indicam períodos de ocorrência de processos de acresção lateral (LA)
a obliqua (LA/DA). No conjunto, esta associação de litofácies é interpretada como
o registro da migração de macroformas no interior de canais fluviais, evidenciada
pelo predomínio do padrão de acresção frontal. A ocorrência subordinada de
acresções laterais e obliquas é atribuída a evolução morfológica das macroformas
(conferir item 4.2.2.1.1, EA1.2; Fig. 4.31, p.223), registrando variações locais das
direções do fluxo, produzidas por oscilações do nível d’água, relacionadas a
variabilidade das condições de descarga do sistema fluvial.
f
f
T SB
St
o o
BR-287. GPS 29 39,1’ S- 54 11.7’W
d e Palocorrentes
N
n=75
2m
NE SW
T
Gmm SG b T
St
SB
T troncos silicificados
SG
Gmm
St (SB)
St (SB)
c
St (SB)
SG Gmm
SG
Gmm
lateralmente mais amplos (CH, sheets), com significativa redução das litofácies
finas de overbank em direção ao topo.
Os arenitos basais da unidade constituem depósitos de preenchimento de
canais isolados, com margens bem definidas, baixas razões largura/profundidade
e evidências de acresção vertical como processo dominante de preenchimento.
Os canais são separados por litofácies pelíticas contendo vertebrados fósseis,
calcretes e níveis de paleosolos imaturos, pertencentes ao Membro Alemoa da
Formação Santa Maria, evidenciando o contato gradacional entre o topo desta
unidade e a base da Formação Caturrita.
A agradação vertical nas áreas de extra-canal ocorre quando a migração
lateral do canais é inibida pela coesão dos depósitos marginais (cohesive
floodplains). Estas condições favorecem o desenvolvimento de canais fixos ou
com baixa mobilidade lateral, os quais tendem a ser preenchidos por agradação
vertical, resultando na elevação do leito dos canais acima do nível médio das
planícies de inundação. Esta diferença de elevação condiciona tanto o
desenvolvimento de depósitos de crevasse quanto a mudança episódica da
posição dos canais principais, pelo processo de avulsão (Smith et al., 1989;
Bristow et al., 1999). Durante os períodos de cheia, as áreas laterais aos canais
são inundadas ou convertidas em corpos d'água temporários, favorecendo a
deposição de crevasse splays (CS, CR) e frentes deltaicas lacustres (FD). Estes
depósitos geram litofácies muito similares (Miall, 1996). Na seção estudada a
distinção entre crevasses e deltas lacustres teve por base as evidências de
pedogênese e exposição subaérea dos primeiros. Estes elementos reforçam a
interpretação de sedimentação episódica das fácies de extra-canal, sugerindo
períodos de alta precipitação e descarga fluvial, responsáveis pelos extensos
depósitos de crevasse, e fases mais secas, possibilitando o desenvolvimento de
paleosolos, gretas de contração e níveis de caliche e silcretes (Silvério da Silva,
1997). Por outro lado, a identificação de frentes deltaicas lacustres, representadas
por clinoformas, recobertas pelo onlap de depósitos finos, sugere a existência de
corpos dágua mais permanentes, instalados sobre as planícies adjacentes ao
canais e sujeitos a variações periódicas do nível de base estratigráfico. Esta
associação é característica de sistemas fluviais de canais anastomosados 1 .
1
Inúmeros exemplos recentes e antigos têm sido relatados na bibliografia, e.g.: Cairncross, 1980; Smith & Smith, 1980;
Rust, 1981; Smith, 1983; Smith et al., 1989; Eberth & Miall, 1991; McCarthy et al., 1999, entre outros (cf. Nadon, 1993).
248
1
Esta interpretação, inicialmente formulada por Montardo (1980), é compartilhada por diversos autores: Faccini, 1997;
Faccini et al., 1998; Holz & Scherer,1998; Fonseca, 1999; Barberena et al., 2000.
249
DU
St
IDU
Sl (Sr)
DU
Sp
c d Fm. Botucatu
DU
St
Desconformidade
Fm. Santa Maria
1
Conferir discussão nos itens 3.4.3.3.4 e 3.4.3.3.5, páginas 127 e 131. Conferir também Figs.3.39, 3.42.
255
1
Termo aqui utilizado no sentido atribuído por Miall (1990) para referir eventos dinâmicos de curta duração (furacões,
flashfloods) e de longa duração (10.000 -10.000.000 anos). Os eventos de grande duração incluem mudanças climáticas,
tectônicas e variações globais do nível do mar. Nesta escala de eventos (long-term events) incluem-se as seqüências, de
diversas ordens de magnitude. Este termo foi introduzido por Frazier (1974, apud Miall op cit.) para descrever seqüências
de eventos ocorridos durante a evolução do Delta do Mississipi, resultando no desenvolvimento de pacotes estratigráficos
separados por descontinuidades (hiatos deposicionais). Uma seqüência de eventos deposicionais relacionados constitui
um episódio deposicional.
Tabela 5.1 Unidades litoestratigráficas do intervalo Neopermiano-Eocretáceo do Rio Grande do Sul: Quadro sintético das principais características das
litofácies e elementos arquiteturais dominantes, descritas em detalhe no Capítulo 4. Os elementos de ocorrência subordinada aparecem entre parêntesis.
Formação Elementos Litofácies Principais características Interpretação Sistema deposicional
DU St, Sp Arenitos médio a grossos com estratificações Dunas eólicas 3D e 2D,
cruzadas de grande porte; simples e compostas;
Botucatu Interdunas secas e plinth Sistema eólico seco
IDU Sl, Sh, Sr Arenitos tabulares, dominados por ondulações deposits
eólicas, com moldes de cristais de gipsita
DA, SB Sp, St, Arenitos grossos a conglomeráticos com Canais fluviais, dominados Sistema fluvial arenoso;
(Sh, Sr) estratificações cruzadas e abundantes por macroformas com canais de baixa
Arenitos
Mata
acumulações de caules de coníferas; acresções frontais moderada sinuosidade
(SG, FF) (Gmm,Fl) Raras acumulações de conglomerados
intraformacionais e pelitos laminados
LA St, Sr Arenitos finos a grossos com geometria sheet-like Canais fluviais, dominados Sistema fluvial
por macroformas com meandrante
acresções laterais
FF, P Fsm, Fl, Fr Pelitos maciços ou laminados com marcas de Planícies de inundação Sistema fluvial de canais
Caturrita raízes com paleosolos fixos, sinuosos a
CS, CR, Sh, Sr, St, Arenitos muito finos a finos, tabulares ou em ou Crevasse splays e canais anastomosados,
(Sh) em forma de canais; de crevasse; associados a depósitos
FD Sm, Sh, Sr Arenitos finos a médios, tabulares ou sigmoidais Frentes deltaicas lacustres de planícies de
CH St, Sm (Cgi) Arenitos finos a médios lenticulares (ribbons), Canais fluviais isolados inundação e corpos
lacustres
FF Fsm, Fl, Sh Pelitos maciços a laminados e ritmitos areno- Planícies de inundação
Membro Planícies de inundação e
Alemoa
pelíticos;
corpos lacustres
P Fr (Sh,Fl) Impressões de raízes, calcretes e silcretes Paleosolos imaturos
Santa
SB, DA St, Sp Arenitos grossos a conglomeráticos com Canais fluviais, dominados
Maria Membro Sistema fluvial perene;
Passo (LA/DA) (Sr, Sh) estratificações cruzadas de pequeno e médio por macroformas com
das
canais de baixa (braided)
(Fl, Fsm) portes; padrão multistorey e acresções frontais; acresções frontais;
Tropas (FF) a moderada sinuosidade
Acumulações de pelitos laminados subordinadas Planícies de inundação
DU, St Arenitos finos a médios com estratificações Dunas eólicas crescentes,
Sanga Sl, Sh, Sr cruzadas de grande porte simples e compostas Sistema eólico úmido
do IDU (WD) Arenitos finos a médios, tabulares, bioturbados Interdunas úmidos
LS, SB Sh, St Arenitos finos a médios, tabulares, com Lençóis de areias Planícies de canais
Cabral
(LB,CH, HO, (Cgi, Gm, Sm, estratificações cruzadas e laminações planas laminadas, com canais entrelaçados (braidplains)
FF, GB) Fl, Fsm,Fm) subordinados fluxos efêmeros
257
258
Fig. 5.1
Coluna Síntese
p.259
Fig. 5.1
Coluna Síntese
p.259
260
205
RHAETICO Flora de
conífera s Arenitos Mata
NORIANO
Fm. Caturrita ?
Nível de Jachaleria
TRIÁSSICO
220
Cenozonas
CARNIANO
234
ANISIANO
Membro Passo
das Tropas
241
Formação
Inf.
SCYTHIANO
Sanga do Cabral
Z. Lystrosaurus S. do Cabral
248
Z. Daptocepha lus Formação Rio do Rasto ?
PERMIANO Pirambóia/
Superior GRUPO PASSA DOIS Rio do Rasto
1
Unidades aloestratigráficas (Allostratigraphic units) são definidas como corpos mapeáveis de rochas sedimentares
estratificadas, definidos e identificados com base em descontinuidades limitantes, traçáveis lateralmente (NACSN, 1983;
Article 58). Interpretações genéticas, duração temporal e inferências geo-históricas não são levadas em consideração na
definição de unidades aloestratigráficas. Segundo Miall (1990), as unidades aloestratigráficas podem ser consideradas
como uma variedade de um tipo mais geral unidades estratigráficas pertencentes à "Estratigrafia de Eventos" (Event
Stratigraphy), categoria ainda não formalizada nos códigos estratigráficos.
263
TEMPO
(Ma)
ESTÁGIO Espécies de Dicroidium no Rio Grande do Sul
2 05. 7
RHAETICO
209.6
210
220.7 5
6 D. lancifolium
CARNIANO 7 D. (Xilopteris) elongatum
225
8 D. odontopterigoides
227.4
var. remotun
9 D. odontopterigoides var.
230 odontopterigoides
LADINIANO 10 D. (Johnstoni a) stelzneriana
11 D. (Xilopteris) argentinium
Méd io
235
234.3 12 D. odontopterigoides var.
m oltenense
ANISIANO 8 9 10 11 12
240
241.7
7
SCYTHIANO
OLENEKIANO
Inf erior
245 244.8
1 2 3 4 5 6
INDUANO
2 4 8 .2
1
O termo "seqüência", embora formalmente inadequado para referir intervalos temporais, é aqui usado com certa liberdade,
entre parênteses (Figs. 5.1 e 5.7), como jargão técnico usualmente utilizado para mencionar tempo e registro estratigráfico
da área de estudo.
267
1
Alguns estudos sobre este tema, além dos mencionados no texto: Bortoluzzi et al., 1983; Andreis et al., 1982; Guerra-
Sommer & Gamermann, 1985; Minelo, 1994a,b,c; Bolzon & Guerra-Sommer, 1994; Bolzon 1995a,b, entre outros.
268
Glossopteris
Dicroídium
100%
da
Coníferas megaflora
50%
5% 1%
Ladiniano
Carniano
Rhaetico
Scytiano
Anisiano
Noriano
O limite superior, por sua vez, tem sido motivo discussão ao longo do
tempo. Rocha Campos et al. (1988), analisando em profundidade esta questão,
mencionam diversas referências à intercalação de derrames basálticos com
arenitos eólicos atribuídos a Formação Botucatu (Almeida, 1946, 1952, 1953;
Gordon Jr., 1947; Leinz, 1949, entre outros). Por outro lado, referem restrições à
generalização destas relações, pelo reconhecimento de corpos intrusivos
concordantes (sills), no estado de São Paulo, originalmente identificados como
fluxos basálticos. No Rio Grande do Sul, Gordon Jr. (1947), Eick et al. (1973) e
Carraro et al. (1974) interpretam uma “erosão pré-Serra Geral”, em função do
reconhecimento de derrames basálticos escavando ou preenchendo cavidades na
Formação Botucatu ou mesmo em contato direto com a Formação Santa Maria.
Entretanto, a reconhecida intercalação entre os arenitos eólicos e os
derrames basálticos, observada em diversos pontos da bacia (e.g. Almeira, 1954;
Soares, 1975), indicando a contemporaneidade entre a duas litologias, produziu
inclusive a discussão sobre o uso dos termos Botucatu e Serra Geral.
Historicamente, o nome Botucatu tem sido utilizado, tanto para designar
exclusivamente o pacote de arenitos eólicos que ocorrem abaixo do primeiro fluxo
basáltico, quanto para a intercalação de arenitos e basaltos que precede o
predomínio das lavas na porção superior. O reconhecimento desta intercalação
propiciou até mesmo a proposta de uma única denominação litoestratigráfica que
reunisse ambas as litologias. Tal unidade, segundo diversos autores citados em
Rocha Campos (op cit.) 1 , deveria preservar o nome “Botucatu” (Gonzaga de
Campos, 1889), na categoria de Formação ou Grupo, em função de sua
prioridade histórica sobre o termo “Serra Geral” (White, 1908).
Estas relações de contato, as datações isotópicas da Formação Serra
Geral (Fig. 5.6) e a natureza do sistema eólico constituem os principais elementos
para inferências sobre a idade da seqüência Botucatu, uma vez que o conteúdo
fossilífero da unidade (Leonardi, 1981, 1984; Bertini, 1993; Bonaparte, 1996) não
favorece o estabelecimento de conclusões precisas sobre início e duração do
episódio eólico.
Observações mais recentes (Faccini et al., 1989; Milani, et al. 1998; Scherer,
1998, 2000) confirmam a coexistência parcial entre o sistema desértico
1
Mendes & Fúlfaro, 1966; Rocha Campos e Farjallat, 1966; Bigarella & Salamuni, 1967; Cordani & Vandoros, 1967.
271
Limite da
Legenda:
Bac ia do Paraná rochas sedimentares mais jovens
Basaltos
Gramado, Ubirici
e Esmeralda Riolitos
Ribeira
Paranapanema Diques
55 W
0
Pitanga
600 W
0S
15
136.9 +
- 1. 3
450 W 0
AMÉRICA 20 S
DO SUL
Rio de
0 Amostra
20 S de poço Janeiro
137.4 +
- 0. 7 1506m
128.7 +
- 0. 8 133.3 - 129. 4
131.7 + - 0. 8
133.9 +
- 2. 5
134.1 +
- 1. 3
130.4 +- 2. 9
131.2 +
- 0. 5 Arco de
Ponta Grossa
131.8 + +-
Assunç ão - 1. 4
25 S
0
133.2 + - 4. 7 129.4 + 1. 3
131.2 +
- 1. 1 127.7 -
137.2 + +- 4. 6
- 1. 4 132.3 +
- 0. 8
132.9 +2.8
132.4 +1.4
Etendeka
Porto Alegre
Rio Grande
do Sul 130.3 + 1.2
132.8 +1.8
Escarpa da 129.1 +1.4
126.8 +2.0
Serra Geral 127.2 + 1.2
127.6 + 1.2
URUGUAI
127.0 -131.8
131.4 -133.1
Montevideo ÁFRICA
Buenos Aires
132.9 + 06 a 40
Ar/39Ar
~ 1 Ma (131-132Ma)
132.4 + 0.7 (Renne et al.,1992, 1993)
Fig. 5-7
Quadro Crono
P273
Fig. 5-7
Quadro Crono
P273
274
Triássico Triássico
Inferior Superior
220 Ma 200 Ma
90 0 N
60 0
30 0
90 0 N
Equador
30 0
60 0
90 0 S
~1000km
370 km
Influencia marés
105 km Holoceno- Recente Scott et al.1996
94 km micromarés Lake Calcasieu
Louisiana-USA
65 km Recente Smith,1987
micro-mesomarés Rios Daule e Babahovo-
Equador
b BP Bacia do Paraná
K Bacia do Karoo
H Huab
BP
H
LV K
CFB
G o
n d w
a n i d e s
Litosfera oceânica
Panthalassa
Neotriássico-Eojurássico
220-200 Ma
Sinc
lin a
l de T
o rre
s
Arc
o de Huab
Rio
Gr a
nde
1000 km
Grabens
Lavina, 1992; Milani et al, 1998; Milani & Ramos, 1998) quanto na escala do
presente estudo (Faccini, 1989; Faccini et al., 1989). Com relação ao intervalo
alvo deste trabalho, os principais eventos deposicionais e lacunas do registro
estratigráfico são identificadas também na África, na Bacia do Karoo (Veevers,
1988; Veevers et al., 1994, Visser, 1995; Smith, 1995; Fig. 5.11) e principalmente
Cretáceo
Open-marine
Closed- deep
Grupo Bauru marine Uitenhage Gr
Karoo
Etjo
Clarens
Clarens
Elliot RB
Elliot
Mata Upper
Triássico
Omingonde
Caturrita
Supergrupo
Middle
Santa Omingonde Molteno
Beaufort
Maria
Burgersdorp
RB Katberg
I Doros
Gai-as
Teresina
Permiano
Serra Alta
Irati Huab
Tsarabis
Auob
Rio Bonito Verbrandeberg Nossob Prince Albert
Dwyka
Itararé
Fig.5.13a
Accommodation
283
Fig 5-13b
Accommodation
Fotos
284
1
Este tema é tratado por diversos autores: e.g. Kilmurray, 1975; López-Gamundi et al., 1990, 1995; Zalán et al., 1990;
Cobbold et al., 1991; Milani et al., 1998.
289
Capítulo 6
CONCLUSÕES
AHLBRANDT, T.S. & FRYBERGER, S.G. 1982 . Introduction to eolian deposits. In:
Sholle, P.A & Spearing, D. (eds.), Sandstone depositional environments. AAPG
Memoir, 31:11-47.
AHLBRANDT, T.S. & FRYBERGER, S.G. 1981. Sedimentary features and significance
of interdune deposits. In: Ethridge, F. & Flores, R. (eds.), Recent and ancient
nonmarine depositional environments: models for exploration. SEPM Spec. Publ.,
31:293-314.
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