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ESTRADAS II

Prof. Raphael Santos


ESTRADAS II
1. INTRODUÇÃO
2. MECÂNICA DOS SOLOS APLICADA À GEOTECNIA DE ESTRADAS
3. RUÍNAS DO PAVIMENTO
4. ENSAIOS PARA A DETERMINAÇÃO DO COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS
5. CAMADAS DOS PAVIMENTOS
6. CARREGAMENTO VEICULAR
7. DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS
8. ANÁLISE DOS PAVIMENTOS
9. DEFEITOS E REPAROS EM PAVIMENTOS
2
4 - ENSAIOS PARA A DETERMINAÇÃO DO COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS

4.1. Compressão simples


4.2. Compressão diametral
4.3. Compressão diametral cíclica
4.4. Módulo de resiliência
4.5. Índice de suporte Califórnia (CBR)
4.6. Triaxial convencional
4.7. Triaxial cíclico
3
4 - INTRODUÇÃO

A caracterização de materiais de pavimentação é uma tarefa


complexa em virtude das propriedades desses materiais
dependerem de diversos fatores:

➢ Meio ambiente
➢ Magnitude
➢ Tempo de aplicação e frequência das cargas dos veículos
➢ Estado de tensões
4
4 - INTRODUÇÃO

Um dos aspectos de maior interesse da engenharia geotécnica

Determinação das deformações devido a carregamentos verticais


na superfície do terreno

Cálculo de recalques
5
4 - INTRODUÇÃO

No caso das misturas asfálticas, o envelhecimento gradativo

devido à oxidação do ligante aumenta a complexidade, já que é

difícil a simulação desse fenômeno em laboratório para a devida

caracterização do material.

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4 - INTRODUÇÃO

Diante disso, a caracterização das misturas requer um balanço

apropriado entre rigor e praticidade, uma vez que nem todas as

variáveis podem ser consideradas simultaneamente.

7
4.5 Índice de suporte Califórnia (CBR)

8
4.5 Índice de suporte Califórnia (CBR)

9
4.5 Índice de suporte Califórnia (CBR)

Desenvolvido pelo engenheiro O. J. Porter, e aprimorado pelo


United States Corps of Engineers (USACE), com o objetivo de
integrar no dimensionamento de pavimentos rodoviários,
determinando a capacidade de suporte de um solo compactado.

California Bearing Ratio (CBR) = Índice de suporte Califórnia (ISC)


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4.5 Índice de suporte Califórnia (CBR)

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4.5 Índice de suporte Califórnia (CBR)

Velocidade
=
1,27
mm/min

0,05
pol/min

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4.5 Índice de suporte Califórnia (CBR)

REGIÃO DE RUPTURA NÃO LINEAR

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4.5 Índice de suporte Califórnia (CBR)

NECESSÁRIO CORREÇÃO
QUANDO HOUVER PONTO
DE INFLEXÃO, EM FUNÇÃO
DO REARRANJO INTERNO
DOS GRÃOS DO SOLO.

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4.5 Índice de suporte Califórnia (CBR)

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4.5 Índice de suporte Califórnia (CBR)

O Índice de Suporte Califórnia (ISC), em porcentagem, para cada


corpo de prova, é obtido por:

Pressão calculada ou corrigida


ISC = x 100
Pressão da amostra padrão

Adota-se o maior dos valores obtidos nas penetrações de 0,1 e


0,2 polegadas.
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4.5 Índice de suporte Califórnia (CBR)

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4.5 Índice de suporte Califórnia (CBR)

18
4.4 Módulo de resiliência (MR)

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4.4 Módulo de resiliência (MR)

Os estudos sobre o comportamento resiliente dos materiais


usados em pavimentação foram iniciados na década de 1930 com
Francis Hveem, que foi o primeiro a relacionar as deformações
recuperáveis (resiliência) com as fissuras surgidas nos
revestimentos asfálticos.

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4.4 Módulo de resiliência (MR)

Resiliência
“Energia armazenada num corpo deformado elasticamente, a
qual é devolvida quando cessam as tensões causadoras das
deformações”.

21
4.4 Módulo de resiliência (MR)

O nome módulo de resiliência (resilient modulus em inglês) foi


criado para que não fosse confundido com o módulo de Young,
determinado estaticamente (Hveem, 1955).

22
4.4 Módulo de resiliência (MR)
Problemas estruturais dos pavimentos são geralmente
provocados por:

➢ Repetição de carga pelos veículos em movimento


➢ Aplicadas em frações de segundo
➢ Magnitudes e frequências variadas

23
4.4 Módulo de resiliência (MR)
➢ Repetição de carga pelos veículos em movimento
➢ Aplicadas em frações de segundo
➢ Magnitudes e frequências variadas

Pequenos deslocamentos resilientes (denominados DEFLEXÕES)


bem menores que aqueles simulados nos ensaios de ISC.
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4.4 Módulo de resiliência (MR)

A repetição de tensões pode levar um material à ruptura por


FADIGA, embora estas tensões sejam inferiores a sua resistência
à ruptura.

Desenvolvimento por Seed e Fead, na década de 50, de equipamento


triaxial de cargas repetidas para mensuração das DEFLEXÕES.

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4.4 Módulo de resiliência (MR)

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4.4 Módulo de resiliência (MR)

Determina o MR de misturas asfálticas, a uma determinada


temperatura, geralmente a 25 °C, utilizando o equipamento de
compressão diametral cíclica (de carga repetida).

27
4.4 Módulo de resiliência (MR)

Determina os valores do módulo de resiliência de solos para


várias combinações de tensões aplicadas, utilizando o
equipamento triaxial cíclico (de carga repetida).

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4.4 Módulo de resiliência (MR) Módulo de Resiliência (MR)

➔Compressão diametral
cíclica

➔Triaxial cíclico

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4.4 Módulo de resiliência (MR) - Vantagens

➢ O MR indica uma propriedade básica dos materiais e é utilizado


na análise mecanística dos pavimentos (método mais moderno
de dimensionamento).
➢ Possibilidade de avaliação dos deslocamentos resilientes dos
pavimentos em campo (por métodos não-destrutivos) para
retroanálise e dimensionamento dos pavimentos.
➢ Aceitação internacional. 30
4.1 Compressão simples

31
4.1 Compressão simples

Para alguns materiais de reforço do subleito, sub-base e base;


principalmente os cimentados e os asfálticos, é necessária a
determinação da resistência à compressão simples.

Estes valores são empregados para verificação das especificações dos materiais.

32
4.1 Compressão simples

O ensaio de compressão simples


é o método mais simples e
rápido para determinar a
resistência ao cisalhamento de
solos coesivos.

33
4.1 Compressão simples

O ensaio de compressão simples pode ser executado de duas


maneiras:
➢ Por deformação controlada: controla-se a velocidade de deformação do
corpo de prova e mede-se a carga aplicada correspondente.
➢ Por carga controlada: controla-se a carga aplicada ao corpo de prova e
mede-se a deformação correspondente.

34
4.1 Compressão simples

Corresponde a um ensaio de compressão axial sem confinamento


(σc = 0).

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4.1 Compressão simples

36
4.1 Compressão simples
Pressão exercida sobre o corpo de prova
Onde:
p = pressão (kgf/cm²)
P
p=
P = carga aplicada (kgf) A
A = área (cm²)
C = carga do anel dinamométrico (kgf) P = C + PN
PN = peso do nivelador (kgf)

A determinação da carga C faz-se através da Curva de Calibração do Anel


Dinamométrico da Prensa, em que as deflexões correspondentes são relacionadas com
as carga transmitidas por ele. 37
4.1 Compressão simples
Traça-se o gráfico marcando-se X (deformações especificas do
corpo de prova), e em Y (as tensões).

38
4.1 Compressão simples
A ordenada máxima (pmáx) da curva obtida corresponde á
Resistência à Compressão (R ) do solo ensaiado ➔ R = pmáx

39
4.2 Compressão diametral

40
4.2 Compressão diametral

A maior dificuldade imposta na determinação experimental da


resistência à tração dos solos está diretamente ligada ao baixo
valor desta propriedade em relação à resistência à compressão.

41
4.2 Compressão diametral

Em ensaios de determinação direta da tração, que efetivamente


submetem o solo a tração medindo esse valor durante o ensaio,
há problemas relacionados à forma de prender as amostras nas
extremidades para que possam ser tracionadas.

42
4.2 Compressão diametral

Em decorrência disto, a resistência à tração de solos tem sido


determinada através de métodos indiretos que utilizam a
aplicação de outros esforços que não os de tração e interpretam
os resultados obtendo indiretamente o valor desejado

43
4.2 Compressão diametral

➢ Ou tração indireta

➢ Ou Ensaio brasileiro (Desenvolvido por Lobo Carneiro, em


1943, inicialmente para avaliação de amostras em concreto)

44
4.2 Compressão diametral

Consiste no carregamento de amostras cilíndricas, no sentido de


seu diâmetro.

45
4.2 Compressão diametral

46
4.2 Compressão diametral

➢ As cargas de compressão são aplicadas ao longo de duas linhas


axiais, as quais são diametralmente opostas.
➢ A carga é aplicada com uma velocidade constante.
➢ A tensão de compressão produz uma tensão transversal que é
uniforme ao longo do diâmetro vertical.

47
4.2 Compressão diametral

A resistência à tração é determinada através da equação abaixo,


baseada na Teoria da Elasticidade:

2𝐹
σ𝑡 =
π𝐷𝑙

F = Carga máxima obtida no ensaio(N)


D = Diâmetro (cm)
l = Altura do CP (cm)
48
4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

A resistência à tração (RT)


tem se mostrado um
importante parâmetro para
a caracterização de
materiais como as misturas
asfálticas.
49
4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

50
4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

51
4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

Prensa com anel dinamométrico. Prensa automatizada (célula de carga). 52


4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

Sensibilidade da prensa ≤ 20,0 N


Velocidade = 0,8 ± 0,1 mm/s
Temperatura do CP = 25 °C

CP antes e depois do ensaio realizado. 53


4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

54
4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

A resistência à tração é determinada através da equação abaixo:

2𝐹
σ𝑡 =
π𝐷𝐻

σt = resistência à tração, à temperatura do ensaio (MPa)


F = carga de ruptura (N)
D = diâmetro do cilindro (mm)
H = altura do corpo de prova (mm)
55
4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

A resistência à tração é determinada através da equação abaixo:

2𝐹
σ𝑡 =
π𝐷𝐻

A RT por compressão diametral da amostra da mistura asfáltica de CPs


moldados em laboratório nas mesmas condições é a média aritmética dos
valores obtidos de três corpos de prova, desde que a variação entre os
valores individuais e a média esteja em um intervalo de ± 10 %.
56
4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

A resistência à tração é determinada através da equação abaixo:

2𝐹
σ𝑡 =
π𝐷𝐻

No caso de corpo de prova extraído da pista, a RT por compressão


diametral refere-se a cada um dos corpos de prova ensaiados,
demandando uma análise estatística para determinação da resistência à
tração representativa de cada um dos segmentos da via.
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4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

O cálculo da RT para misturas asfálticas assume que o CP rompe


devido à tensão de tração uniforme gerada ao longo do diâmetro
solicitado que se iguala à tensão máxima admissível do material
(σadm= RT), que está em regime elástico durante todo o ensaio.

58
4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

A RT deve apresentar o valor mínimo de 0,6 MPa para concretos


asfálticos.

Valores típicos de RT para misturas asfálticas a quente recém-


moldadas ou logo após a construção em pista situam-se na
média entre 0,5 MPa e 2,0 MPa.
59
4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

60
4.2 Compressão diametral - Misturas asfálticas

À medida que as misturas


asfálticas envelhecem em
pista, a RT aumenta, o que
nem sempre representa
vantagem, pois também perde
sua flexibilidade (aumento do
MR). 61
4.3 Compressão diametral cíclica

62
4.3 Compressão diametral cíclica

Compressão diametral ➔ cargas monotônicas


Trincas continuamente crescentes

Compressão diametral cíclica ➔ cargas cíclicas


Trincas crescentes apenas no carregamento

63
4.3 Compressão diametral cíclica

Módulo de Resiliência (MR)

➔Compressão diametral
cíclica

64
4.3 Compressão diametral cíclica

Exemplos de equipamento para ensaio de compressão diametral de carga repetida.


65
4.3 Compressão diametral cíclica

66
4.3 Compressão diametral cíclica

Carga de ensaio = 5 a 25% da RT


Ciclo de carregamento = 1 segundo
✓ 0,1 s (aplicação de carga)
✓ 0,9 s (repouso)
Temperatura do CP = 25 °C
µ (coeficiente de Poisson) = 0,30
Linear Variable Differential Transformer (LVDT) preso em CP. 67
4.3 Compressão diametral cíclica

68
4.3 Compressão diametral cíclica

69
4.3 Compressão diametral cíclica

70
4.3 Compressão diametral cíclica

71
4.3 Compressão diametral cíclica

MR ➔ relação entre a tensão de tração e a deformação de tração


geradas no ensaio de compressão diametral sob carga repetida,
com a medição do deslocamento (LVDT).

P
MR = (0,2692 + 0,9976μ)
|∆H|t
72
4.3 Compressão diametral cíclica

P
MR = (0,2692 + 0,9976μ)
∆xH

MR = módulo de resiliência (MPa)


P = carga vertical repetida aplicada diretamente no CP (N)
Δ = deslocamento elástico ou resiliente registrado para 300, 400 e 500
aplicações da carga (mm)
H = altura do corpo de prova (mm)
µ = coeficiente de Poisson 73
4.3 Compressão diametral cíclica

P
MR = (0,2692 + 0,9976μ)
∆xH

O MR do CP ensaiado será a média aritmética dos valores


determinados a 300, 400 e 500 aplicações de carga (P).

74
4.3 Compressão diametral cíclica

75
4.3 Compressão diametral cíclica

O MR de misturas asfálticas varia com (MARQUES e MOTTA, 2006):

➢ Tipo de mistura
➢ Faixa granulométrica
➢ Tipo de ligante asfáltico
➢ Propriedades volumétricas
➢ Energia de compactação
➢ Temperatura de compactação
➢ Temperatura de ensaio
76
4.3 Compressão diametral cíclica

Valores típicos, como ordem de grandeza, podem ser


considerados na faixa de 2.000 a 8.000 MPa para concretos
asfálticos a 25 °C.

Menores valores ➔ Asfaltos modificados por polímeros ou por borracha


Maiores valores ➔ Asfaltos de consistência dura

77
4.3 Compressão diametral cíclica
Utiliza-se o ensaio de Compressão diametral cíclica também para
obter parâmetros de FADIGA das misturas asfálticas.

78
4.3 Compressão diametral cíclica

Cargas cíclicas produzem falhas nos materiais para valores de


tensão mais baixos do que aqueles obtidos na ruptura em
ensaios estáticos, porém a mesma carga é aplicada diversas
vezes.

FADIGA
79
4.3 Compressão diametral cíclica

Fadiga: “o processo da mudança estrutural permanente,


progressiva e localizada que ocorre em um ponto do material
sujeito a tensões de amplitudes variáveis que produzem as
fissuras que conduzem para totalizar a falha após um
determinado número de ciclos”. (ASTM, 1979)

80
4.3 Compressão diametral cíclica

81
4.3 Compressão diametral cíclica

Corpos de prova antes, durante e após a ruptura.


82
4.3 Compressão diametral cíclica

Carga de ensaio = 4 níveis de


tensão entre 5 % e 40 % da RT
Ciclo de carregamento = 1 segundo
✓ 0,1 s (aplicação de carga)
✓ 0,9 s (repouso)
Temperatura do CP = 25 °C
Equipamento idêntico ao utilizado para obter o MR. 83
4.3 Compressão diametral cíclica

1 𝑛1 1 𝑛2 1 𝑛3 σ𝑡 𝑛4
N= 𝑘1 N= 𝑘2 N= 𝑘3 N= 𝑘4
σ𝑡 Ɛ𝑖 ∆σ σ𝑟

N = número de repetições de carga necessárias à ruptura do CP


Σt = tensão de tração aplicada
εi = deformação de tração inicial
Δσ = diferença entre tensão horizontal e vertical
σr = resistência à ruptura estática do material
ki, ni = parâmetros experimentais 84
4.3 Compressão diametral cíclica

1 𝑛1 1 𝑛2 1 𝑛3 σ𝑡 𝑛4
N= 𝑘1 N= 𝑘2 N= 𝑘3 N= 𝑘4
σ𝑡 Ɛ𝑖 ∆σ σ𝑟

Cabe observar que no método de dimensionamento mecanístico


a função de transferência que ajusta o modelo de fadiga é
estabelecida individualmente para cada equação indicada.

85
4.3 Compressão diametral cíclica

86
4.3 Compressão diametral cíclica

Relaciona-se então o número N determinado a partir do tráfego


previsto com o número de golpes em laboratório por um fator
laboratório-campo (FLC).

87
4.6 Triaxial convencional

88
4.6 Triaxial convencional

O ensaio de compressão triaxial é um dos mais confiáveis


métodos para a determinação dos parâmetros de resistência ao
cisalhamento do solo.

89
4.6 Triaxial convencional

O corpo de prova é envolvido por


uma fina membrana de borracha e
colocado dentro de uma câmara
cilíndrica. Pode-se aplicar uma
tensão de confinamento, inserindo
um fluido (água ou glicerina).
90
4.6 Triaxial convencional

O corpo de prova é envolvido por


uma fina membrana de borracha e
colocado dentro de uma câmara
cilíndrica. Pode-se aplicar uma
tensão de confinamento, inserindo
um fluido (água ou glicerina).
91
4.6 Triaxial convencional

Aplica-se uma tensão axial ao corpo de prova através de uma


haste vertical para provocar a sua ruptura por cisalhamento. Há 3
tipos padrões de ensaios triaxiais:

➢ Adensado drenado (CD)


➢ Adensado não-drenado (CU)
➢ Não-adensado não-drenado (UU)
92
➢ Adensado drenado (CD)
▪ Parâmetros: resistência em termos de tensões efetivas.
▪ Aplicação: análise da resistência ao cisalhamento em solos permeáveis.

➢ Adensado não-drenado (CU)


▪ Parâmetros: resistência em termos de tensões totais e efetivas.
▪ Aplicação: análise a curto prazo da resistência ao cisalhamento de solos de
baixa permeabilidade.

➢ Não-adensado não-drenado (UU)


▪ Parâmetros: resistência em termos de tensões totais.
▪ Aplicação: análise a curto prazo da resistência ao cisalhamento de solos de
baixa permeabilidade não consolidados.
93
4.7 Triaxial cíclico

94
4.7 Triaxial cíclico

Utiliza-se o equipamento triaxial de carga repetida para obter os


valores do módulo de resiliência de solos para várias
combinações de tensões aplicadas.

95
4.7 Triaxial cíclico

O comportamento resiliente do material representa sua resposta


elástica resultante de uma carga aplicada em pulsos de curta
duração.

96
4.7 Triaxial cíclico

Módulo de Resiliência (MR)

➔Triaxial cíclico

97
4.7 Triaxial cíclico

98
4.7 Triaxial cíclico

99
4.7 Triaxial cíclico

100
4.7 Triaxial cíclico

101
4.7 Triaxial cíclico

102
4.7 Triaxial cíclico

Condicionamento = 500 ciclos de carga


Aplicação de 18 pares de tensões
Ciclo de carregamento = 1 segundo
✓ 0,1 s (aplicação de carga)
✓ 0,9 s (repouso)
Tensão de confinamento (𝜎3) aplicada
com ar comprimido
Laboratório de Ensaios Dinâmicos - DER/MG. 103
4.7 Triaxial cíclico

104
4.7 Triaxial cíclico

𝜎𝑑 = 𝜎1 − 𝜎3

𝜎𝑑 = Tensão desvio
𝜎1 = Tensão axial principal
𝜎3 = Tensão de confinamento

105
4.7 Triaxial cíclico

106
4.7 Triaxial cíclico

MR ➔ Relação entre a tensão-desvio (σd) aplicada


repetidamente em uma amostra de solo e a correspondente
deformação vertical recuperável ou resiliente 𝜀𝑟:

σ𝑑
MR =
𝜀𝑟

107
4.7 Triaxial cíclico

σ𝑑
MR =
𝜀𝑟

MR = módulo de resiliência (MPa)


σ𝑑 = tensão desvio (MPa)
𝜀𝑟 = deformação específica recuperável ou resiliente

108
4.7 Triaxial cíclico

σ𝑑
MR =
𝜀𝑟

Cada combinação de tensões ( 𝜎1 /𝜎3 ) gera um valor de MR, sendo as


deformações resilientes (𝜀𝑟 ) medidas por LVDT.

109
4.7 Triaxial cíclico

σ𝑑
MR =
𝜀𝑟

Os resultados devem ser


apresentados conforme o
modelo de Relatório de
Ensaio de Módulo de
Resiliência.
110
4.7 Triaxial cíclico
Materiais
σ𝑑
MR = Estabilizados com cimento ➔ MR constante
𝜀𝑟 k
Granulares ➔ MR = k1 . σ32
Estes resultados podem ser
Coesivos ➔ MR = k 2 + k 3 . | k1 − σd |
expressos por relações
matemáticas (modelos de MR = k 2 + k 4 . | k1 − σd |
comportamento elástico
linear ou não linear) entre o
Módulo de Resiliência e as Modelo composto (MACEDO, 1996)
k k
tensões aplicadas, obtidos MR = k1 . σ32 . σd3
por regressão. 111
4.7 Triaxial cíclico

Valores de módulo de resiliência em pesquisas.

112
Referências
BALBO, J.T.B. Pavimentação asfáltica: materiais, projetos e restauração. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.

BERNUCCI, L. B. et al. Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros. Rio de Janeiro: PETROBRAS: ABEDA,
2006.

DNIT. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES. Diretoria de Planejamento e Pesquisa.


Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de Pavimentação. 3ª Edição. Rio de Janeiro. 2006.

SENÇO, W. Manual de técnicas de pavimentação. São Paulo: PINI, 2001. v. 2.

113
Dúvidas

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