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Mecânica das rochas

Ciência que estuda as propriedades fisicas, mecânicas e tecnológicas das


rochas e maciços rochosos.
Fundamentos:
1) Na maior parte dos problemas de engenharia as propriedades do maciço
dependem mais do grau de descontinuidade do que da resistência do material
rochoso
2) A resistência do maciço rochoso depende da forma de união ou embricamento
dos blocos de rocha que formam o maciço.
3) A deformabilidade deve-se aos deslocamentos internos dos blocos rochosos
unitários dentro da estrutura geral do maciço
4) Anisotropia geomecânica dos M.R. é uma função da estratificação, da
xistosidade e do grau de fraturamento.
Maciço Rochoso:
Rocha intacta mais descontinuidades. É um conjunto de blocos de
rocha, justapostos e articulados. O material que forma os blocos
constituti a matriz do maciço rochoso, também denominada rocha
intacta, e as superficies que os limitam, as descontinuidades.
Características das Descontinuidades:
Identificar e destacar aquelas que devem ser consideradas no projeto.
Descontinuidade Geomecânica:
Condições mais desfavoráveis representadas por feições tabulares ou planares, de
reduzida qualidade mecânica, isto é, com propriedades de resistência e rigidez
inferiores às da rocha encaixante. Toda estrutura que se encaixa nesta descrição é uma
DG.
Juntas, falhas, foliações proeminentes, contatos litológicos bruscos,
Corpos intra-rocha, com propriedades mecânicas bem diferentes (- resistentes).
SOLOS ROCHAS
Menor coesão Maior coesão

Homogêneo (mesmas pouco homogêneo, anisotrópico e


características fisicas e descontinuo (quase sempre)
mecânicas), isotrópico e contínuo
(quase sempre para engenharia)
maior representatividade da Menor representatividade da
amostra amostra
Maior deformabilidade Menor deformabilidade
melhores condições de piores condições de caracterização
caracterização em laboratório em laboratório

pior confiabilidade com fundação Melhor confiabilidade com


menos variações de suas fundação
propriedades com o tempo Mais variações de suas
propriedades com o tempo
Propriedades Físicas, mecânicas e tecnológicas:
Físicas: densidade,
porosidade e índice de vazios (granular, intersticial, fissural),
compacidade,
absorção (teor de umidade),
permeabilidade (V=Ki; Ki=Q/A),
consistência (resistência ao quebramento e ao risco relacionada à dureza dos minerais, ou seja ao risco de
sua superficie)
Mecânicas
A distribuição do estado de tensão, em um determinado instante, é denominada de "Campo de tensões".
- Tensão induzida,
- Tensão residual
- Tensão tectônica
Tecnológicas:
Reatividade,
abrasão,
esmagamento,
tenacidade,
flexão,
alterabilidade, etc...
Tensões atuantes nas rochas
Confinante, Trativa, Compressiva e Cisalhante
(Confining, Tensional, Compressional and Shear Stress)
Fatores que determinam a rocha a se romper ou
sofrer apenas flexão

Pressão Hidrostática
Pressão vertical exercida em um determinado ponto da crosta, que é igual à pressão exercida
pelas rochas sobrejacentes.
Rochas submetidas a pressões elevadas, por longos períodos de tempo, não apresentam
grandes resistências aos esforços, ao contrário, fluem como se fossem um líquido
extremamente viscoso.

Temperatura
Com o aumento da temperatura, a rocha se deforma mais facilmente

Profundidade
influencia na pressão e temperatura

Velocidade ou taxa de deformação


deformação ocorrida em uma rocha durante um intervalo de tempo. Na natureza... 5 a 10% em
um milhão de anos
Foliações e Lineações
Rocha Origina l
(Todos os la dos igua is)

Comprimida
(Folia çã o)
Estira da
(linea çã o)
Material Dúctil e Rúptil
-

• Campo Rúptil: Baixas temperaturas, Baixas tensões confinantes, Alta


taxa de deformação
• Campo Dúctil: Altas temperaturas, Altas pressões confinantes, baixas
taxas de deformação
Descontinuidades: dobras

• Plano Axial • Ângulo de Caimento (plunge)


• Charneira • Eixo da dobra (Fold axis)
• Flanco (Limb)
Charneiras
Fraturas
Falhas
d
e
a

b
c

• Componentes de uma
falha: ab
= Rejeito Total; ac,db=
rejeito de mergulho;
ad,bc = rejeito direcional;
ae= rejeito horizontal

• Atitudes de um plano
inclinado:
Direção e mergulho
Falha da BR-040
http://www.brasilengenharia.com.br/ed/592/Art_Risco_Geologico_
em_Obras_Civis.pdf
Classificação dos maciços rochosos
Maciço rochoso:
É definido como o conjunto formado pela matriz rochosa e por todas as
descontinuidades nela contidas.

Descrição do maciço rochoso:

Se a fraturação dos maciços rochosos condiciona o seu comportamento mecânico,


será então necessário localizar e descrever as descontinuidades desses maciços à
escala das obras projetadas ou apenas do local da obra, podendo-se citar:

Acamamentos
Contatos litológicos
Foliações
Juntas ou diáclases
Falhas
CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICA

No estudo de maciços rochosos com fins geotécnicos é necessário


evidenciar os atributos que, isoladamente ou em conjunto,
condicionam o seu comportamento ante as solicitações impostas.

Classificação Geomecânica – hierarquização das características


em grupos ou classes de forma que se possa associar os
comportamentos diferenciados do meio rochoso para as
solicitações consideradas (tipo de obra).

Nas fases de um projeto de Engenharia as investigações devem


proporcionar dados em níveis progressivos de detalhamento.
CARACTERIZAÇÃO DA ROCHA INTACTA (MATRIZ)

1) Classificação litológica - Mineralogia, textura e fábrica dos


materiais, além da gênese.

Maciços calcários  Grutas, vazios


Materiais gipsíferos  Solubilidade, expansão
Materiais graníticos  Boa resistência, dificuldade de escavação

2) Estado de alteração - Determinante da qualidade do material.

A alteração reduz a resistência, aumenta a deformabilidade, a


porosidade e a permeabilidade.
Classificações baseadas em métodos expeditos de observação
3) Resistência (compressão simples)

A - Resistência
Branda  C  35 Mpa (1 MPa = 10kg/cm2)
Resistente  35  C  137 MPa
Muito resistente C  137 MPa

B - Deformabilidade
Elásticas - Não apresentam fluência a 50% de C
Viscosas - apresentam fluência

C - Ruptura
Frágil - ruptura se dá repentinamente
Plásticas - ruptura por fluxo (25% da deformação é permanente antes
da ruptura).
(Fluência - deformação sob carga constante)
As rochas podem ser classificadas também quanto à coerência,
definida com base em propriedades de tenacidade, dureza e
friabilidade das rochas
Graus de Coerência (Guidicini et al., 1972)
SIGLAS DENOMINAÇÕES CARACTERÍSTICAS DA ROCHAS
C1 Rocha coerente Quebra com dificuldade ao golpe do
martelo, produzindo fragmentos de
bordas cortantes. Superfície dificilmente
riscável por lâmina de aço. Somente
escavável ao fogo.
C2 Rocha medianamente Quebra com dificuldade ao golpe do
coerente martelo. Superfície riscável com lãmina
de aço. Escavável ao fogo.
C3 Rocha pouco coerente Quebra com facilidade ao golpe do
martelo, produzindo fragmentos que
podem ser partidos manualmente.
Superfície facilmente riscável com lâmina
de aço. Escarificável.
C4 Rocha incoerente Quebra com a pressão dos dedos,
desagregando-se. Pode ser cortada com
lâmina de aço. Friável e escavável com
lâmina.
CARACTERIZAÇÃO DAS DESCONTINUIDADES

Agregado de blocos de material rochoso, separados entre si por


superfícies de descontinuidades (qualquer entidade geológica que
interrompa a continuidade física do maciço).

As descontinuidades conferem ao maciço um caráter


compartimentado:
- Anisotrópico
- Heterogêneo
- Descontínuo

Foliação, acamamento, estratificação, fraturas, contatos, falhas.

Descrição - afloramentos, testemunhos de sondagens e fotografias


terrestres.
 Falhas - estudadas individualmente devido ao número
reduzido das que têm importância geotécnica e pela diferença de
propriedades físicas.

 Outras descontinuidades - associadas em famílias que se


agrupam em sistemas.

 Juntas ou fraturas - principal tipo de descontinuidade e por


isto tomadas como base para o estudo.

- Alívio de tensão
- Cisalhamento (esforços tectônicos)
- Resfriamento (rochas ígneas)
- Secagem (sedimentos)
- Dobramentos (dissipação de tensões residuais)
PARÂMETROS DESCRITIVOS

- Orientação espacial (atitude)


- Espaçamento
- Persistência (extensão)
- Rugosidade
- Resistência das paredes
- Abertura
- Preenchimento
- Percolação
- Número de famílias
- Tamanho dos blocos
1) Orientação espacial
Estudo estatístico das atitudes predominentes:
- Dados colhidos em campo (bússula geológica)
- Tratamento em projeções estereográficas
- Definição famílias e sistemas principais
2) Espaçamento
- Distância entre descontinuidades de uma mesma família
- Condiciona o tamanho dos blocos individuais de rocha intacta
- Influencia a permeabilidade e percolação
- Representado em histogramas de freqüência
Espaçamento de descontinuidades (ABGE, 1983)
Siglas Espaçamento (cm) Denominações
E1 200 Muito afastadas
E2 60 a 200 Afastadas
E3 20 a 60 Medianamente afastadas
E4 6 a 20 Próximas
E5 <6 Muito próximas
3) Persistência

- Extensão exposta do plano de descontinuidades


- Representada em histogramas de tamanho e comprimento
Persistência da Descontinuidade ISRM (1983)

Classe Termo Faixa de valores


1 Muito pequena < 1 metro
2 Pequena 1 a 3 metros
3 Média 3 a 10 metros
4 Grande 10 a 20 metros
5 Muito grande > 20 metros
4) Rugosidade

- Importante na resistência ao cisalhamento

- Influência diminui com preenchimento e abertura da juntas

- Caracterizadas através de ondulações que podem ser de 1 a


(dilatância) ou de 2a ordem (ruptura no cisalhamento)

- É medida em perfis lineares na direção potencial de


movimentação, quando são acessíveis e típicas

- Pode ser descrita e analisada também através de perfis de


rugosidade
5) Resistência das paredes

- Importante componente na resistência ao cisalhamento e na


deformabilidade (sem preenchimento)
- Desintegração mecânica e decomposição química
- Esclerômetro de Schimidt – estimativa de resistência da paredes
e subsequente cálculo da resistência ao cisalhamento (em
conjunto com a rugosidade)

- Fresca Grau I
- Levemente alterada Grau II
- Moderadamente alterada Grau III
- Altamente alterada Grau IV
- Completamente alterada Grau V
- Solo residual Grau VI
(1MPa – 10Hgf/cm2)
6) Abertura

- É a distância que separa as paredes de uma descontinuidade.


- Importante no estudo da percolação.
- Grandes aberturas são resultantes de deslocamentos cisalhantes de
descontinuidades com apreciável rugosidade (ondulação) ou por
dissolução.
7) Forma e natureza dos preenchimentos

- Material que separa as paredes da descontinuidade, causando


grade variedade de comportamento da mesma.
- Condiciona a condutividade hidráulica e a resistência ao
cisalhamento.
- Influência depende da mineralogia, tamanho das partículas,
existência de água, resistência do preenchimento, espessura, etc.
Formas de preenchimento
de fraturas
A amplitude da rugosidade e a espessura do preenchimento pode
ajudar a indicar o deslocamento cisalhante necessário para as
paredes entrarem em contato.
8) Percolação (conectividade entre as descontinuidades)

 Representada pela percolação, ou o fluxo através da


descontinuidade (permeabilidade secundária)

 Em rochas sedimentares a persistência pode conectar


hidraulicamente grandes áreas

Feições persistentes impermeáveis ou muito permeáveis (diques,


falhas, preenchimentos argilosos) são de importância
(irregularidade do NA, perda de água, fluxo direcional)

 A determinação do NA, do caminho preferencial de percolação e


apressão de água auxiliam na previsão de problemas de
instabilidade ou dificuldades na construção
9) Número de famílias

- Controla o comportamento mecânico e a “aparência” do maciço

- Determina o quanto o maciço pode deformar-se sem provocar o


fraturamento da rocha intacta

- Pode determinar o grau de sobre escavação

- Um grande número de famílias pouco espaçadas podem dar ao


maciço um comportamento de material granular, passando o
modo potencial de ruptura de translacional ou tombamento para
um movimento rotacional

- Famílias de juntas sistemáticas (persistentes) e não sistemáticas


10)Tamanho dos blocos

- É função do espaçamento, da persistência e do número de


famílias
- O número de famílias e a orientação destas determinam as
formas resultantes dos blocos
- A combinação tamanho dos blocos e resistência ao cisalhamento
determinam o comportameno do maciço sob um dado estado de
tensão

- Estimativa do tamanho dos blocos (contador volumétrico de


juntas) - soma do número de juntas por metro para cada família
de juntas, contados ortogonalmente ao plano da família principal
(5 a 10 m).

Jv = 6/10 + 24/10 + 5/10 + 1/10 = 3,6 m3


RQD = 115 - 3,3 Jv
PERCOLAÇÃO EM DESCONTINUIDADE SEM PREENCHIMENTO (ISRM, 1983)

DESCRIÇÃO
1 A descontinuidade é muito fechada e seca, não parecendo
ser possível o aparecimento de fluxos d´água.
2 A descontinuidade é seca com nenhuma evidência de fluxo
d´água
3 A descontinuidade é seca mas mostra evidência de fluxo
d´água, como manchas de ferrugem, etc..
4 A descontinuidade é úmida mas não existe água livre
5 A descontinuidade apresenta percolação, ocasionalmente
apresenta gotas d´água, mas não apresenta fluxo contínuo
6 A descontinuidade mostra fluxo d´água continuo (vazão deve
ser estimada em l/min e pressão, avaliada como baixa, média
ou alta).
CLASSIFICAÇÕES GEOMECÂNICAS

 São sistemas simples, relativamente baratos e práticos.

 Caracterização dos maciços rochosos através de um conjunto de


propriedades identificadas por observação direta e ensaios
realizados in situ ou em amostras recolhidas em sondagens.

 Interesse - Sistematização do conjunto de elementos geotécnicos


que interessa caracterizar num determinado maciço rochoso.

Estimativa do comportamento complexo do maciço.


Correlacionam características de um local com características e
experiências de outros locais.
Fornecem o tipo e a quantidade de suporte necessário para
estabilizar a escavação subterrânea (empírico).

Inicialmente concebidas para escavações subterrâneas, foram


estendidas para aplicação em taludes e fundações

Há inúmeras classificações geomecânicas na literatura, porém


poucas são usualmente aplicadas
A mais aplicadas atualmente são:
- Bieniawski (Sistema RMR)
- Barton (Sistema Q).
CLASSIFICAÇÃO DE BIENIAWSKI (Sistema RMR)

Bieniawski publicou esta classificação em 1976, tendo por base


uma vasta experiência colhida em obras subterrâneas.

O Sistema RMR (“Rock Mass Rating”) é atualmente muito


divulgada e tem sido sucessivamente refinada à medida que são
incluídos os resultados de análises de um maior número de casos
práticos.

Atenção especial o caso das obras subterrâneas

Neste texto será apresentada a versão de 1989.


Atribuição de pesos aos seis parâmetros considerados mais
significativos para o comportamento dos maciços rochosos:

1. Resistência à compressão uniaxial da rocha intacta;


2. RQD (“Rock Quality Designation”);
3. Espaçamento das descontinuidades;
4. Condição das descontinuidades;
5. Influência da água;
6. Orientação das descontinuidades (fator de correção).

O somatório dos pesos atribuídos a cada um destes parâmetros


constitui um índice, usualmente designado por RMR, ao qual
corresponde uma das cinco classes de qualidade de maciços
Abertura no sentido da inclinação da descontinuidade

Abertura contra a inclinação da descontinuidade


Correlações

O valor do índice RMR dá indicações do tempo médio de auto-


sustentação para vãos não revestidos em túneis.

Auto-sustentação - períodos de tempo durante os quais deverá ser


colocado o suporte sob pena de ocorrer o colapso previsível da
abertura.

São também dadas estimativas relativas às características


resistentes do maciço rochoso, principalmente a coesão e o ângulo
de atrito.

O índice RMR tem sido correlacionado com o valor do módulo de


deformabilidade (E) do maciço rochoso.
Rock Mass Rating (RMR) (Bieniawski, 1989)

RMR = JA1+JA2+JA3+JA4+JA5+JB
Para a classificação veja : Classe de maciços rochosos

Para interpretação veja: Significado da classificação

Rock Mass Rating System*


(Sistema de Classificação do Maciço Rochoso)
A. Parâmetros de classificação e notas

Parâmtero valores

A1. Resistência da rocha intacta

Índice de
> 10 4 - 10 2-4 1-2 Ensaio de compressão
compressão MPa MPa MPa MPa uniaxial preferido
puntiforme

Resistência a > 100 - 50 -


25 - 50 5 - 25 1-5 <1
compressão 250 250 100
MPa MPa MPa MPa
simples MPa MPa MPa

Peso relativo
15 12 7 4 2 1 0
J A1
Campos estimados para a resistência a compressão uniaxial

Índice de
Índice de compressão Estimativa de
Termo compressão Martelo Schimidt Exemplos*
puntiforme resistência de
uniaxial (Martelo tipo L)
(MPa) campo
(MPa)

R5 Material rochoso
> 250 > 10 50 - 60 Basalto fresco,
Extremame apenas se lasca
diabásio, gnaisse,
nte forte com repetidos
granito, quatzito
golpes do martelo

Anfibolito, arenito,
Requer muitos
basalto, gabro,
R4 golpes do martelo
100 - 250 4 - 10 40 - 50 gnaisse,
Muito forte de geólogo para se
granodiorito,
quebrar em amostra
calcário, mármore
intacta
riollito.
Amostras de mão são Calcário, mármore, ,
R3
50 - 100 2- 4 30 - 40 quebradas com um filito, arenito, xisto,
forte
simples golpe do martelo folhelho
de geólogo

R2 Firme golpe com a ponta


argilito, carvão, xisto.
moderadamente 25 - 50 1- 2 15 - 30 do martelo pode identar a
folhelho, siltito
f orte rocha por 5mm, canivete
apenas raspa a superfície

Material é cortado pelo


R1
5 - 25 < 15 canivete mas é duro gesso, evaporitos,
fraco
para ser modelado em
amostras triaxiais

Material esmigalha-se
R0 Rocha altamente
1-5 após firme pancada com
muito fraco alterada
a ponta do martelo,pode
se raspado pelo
canivete.

Extremamente 0.25 - 1 Pode ser marcado pela Preenchimento


fraco unha argiloso
75% 50%
A2. Qualidade do 90% - 25% -
- - < 25%
testemunho RQD 100% 50%
90% 75%

Peso relativo J A2 20 17 13 8 3

A3. Espaçamento >


0.6 200 - 60 - < 60 mm
das descontinuidades 2
- 600 200m
m
2m mm m
Peso relativo J A3 20 15 10 8 5
•RQD = 115 – 3,3Jn ou  p/n onde p = peças > 10cm
e n = comprimento da manobra
•RQD = 100 e-0,1f x (0,1f + 1)
•Onde f = número médio de descontinuidades por
metro, e 0,1 o valor limite, por definição, do RQD
(Deere et al. 1967)
A4. Condição das Superfícies Paredes Paredes Superfícies Preenchimento mole de
descontinuidades muito rugosas, pouco pouco estriadas ou espessura > 5 mm ou
descontínuas, rugosas, rugosas Preenchi-
( veja E) abertura > 5 mm
fechadas, abertura < abertura mento
paredes duras 1 mm < 1 mm < 5 mm de Juntas persistentes
e não Paredes Parede espessura ou
alteradas ligeirament muito abertura 1 -
e alteradas alterada 5 mm
Juntas
persistentes

Peso relativo JA4 30 25 20 10 0


E. Guia para a classificação das descontinuidades**

Persistê <1m 1- 3 m 3 - 10 m 10 - 20 m > 20 m


ncia

Peso 6 4 2 1 0
relativo

abertura nenhum < 0.1 mm 0.1 - 1.0 mm 1 - 5 mm > 5 mm

Peso 6 5 4 1 0
relativo

rugosida Muito rugoso Moderadamente liso estriado


de rugoso rugoso

Peso
6 5 3 1 0
relativo

preenchi Nenhum
Preenchimento Preenchimento Preenchimento Preenchimento
mento
duro < 5 mm duro > 5 mm mole < 5 mm mole> 5 mm

Peso
6 4 2 2 0
relativo

Sem
alteração Ligeiramente Moderadamente Decomposto
alteraçã Muito alterado
alterado alterado
o
A5. água subterrânea

Infiltração em 10 m < 10 25 - 125


10 - > 125
de túnel (L/min) Nenhuma
25

Poropressão na 0.1 -
0 < 0.1 0.2 - 0.5
junta/tensão 0.2 > 0.5
principal σ

Condições gerais Completam Umidade (água mollh


Gotejamento Fluxo abundante
ente seco intersticial) ado

Peso relativo J A5 15 10 7 4 0
Classificação RMR - Bieniawisk, 1989
Parâmetros Faixas de valores
Índice de Recomenda-
resistência à se o ensaio
compressão > 10 4 - 10 2-4 1-2 de
pontual compressão
Resistência
(MPa) simples
do material
Resistência
rochoso
à
5-25 / 1 - 5 /
compressão > 250 100 - 250 50 - 100 25 - 50
<1
simples
(MPa)
2 1
Nota 15 12 7 4
0
RQD em (%) 90 - 100 75 - 90 50 - 75 25 - 50 < 25
Nota 20 17 13 8 3
Espaçamento das 200 - 600
>2m 0,6 - 2 m 60 - 200 < 60
descontinuidades mm
Nota 20 15 10 8 5
Superfícies
Superfície Persistentes,
persistentes.
s muito Superfícies Superfícies com
Estriadas ou
rugosas e pouco pouco preenchimen
espessuras
sem rugosas e rugosas e to de
Condição das do
alteração; levemente muito material
descontinuidades preenchimen
fechadas alteradas; alteradas; argiloso
to
e sem abertura < 1 Abertura < > 5 mm ou
< 5 mm ou
persistên mm 1 mm abertura > 5
abertura 1-5
cia mm
mm
Nota 30 25 20 10 0
Vazão de
infiltração 10 - 25 25 - 125
Nula < 10 l/min > 125 l/min
por 10 m de l/min l/min
Ação da túnel
água
Razão ( /
subterrânea Nula 0,0 - 0,1 0,1 - 0,2 0,2 - 0,5 > 0,5
1) *
Condição Fluxo
Seco Umedecido Úmido Gotejante
geral abundante
Nota 15 10 7 4 0
Tabela 6- Ajuste para orientação das descontinuidades em relação ao eixo da escavação.
Orientação das Muito Muito
Favorável Regular Desfavorável
descontinuidades favorável Desfavorável
Túneis 0 -2 -5 -10 -12
Fundações 0 -2 -7 -15 -25
Taludes 0 -5 -25 -50 -60
Fonte: Bieniawski, 1989.

Tabela 7 - Notas totais e classes de maciço.


Somatório das
81-100 61-80 41-60 21-40 < 20
notas (RMR)
Classe do
I II III IV V
maciço
Condição geral Muito bom Bom Regular Ruim Muito ruim
Fonte: Bieniawski, 1989.

Tabela 8 - Significado das classes de maciço.


Classe do
I II III IV V
Maciço
Coesão (Kpa) > 400 Kpa 300-400 Kpa 200-300 Kpa 100-200 Kpa < 100 Kpa
Ângulo de atrito >45º 35º-45º 25º-35º 15º-25º < 15º
Fonte: Bieniawski, 1989.
CLASSIFICAÇÃO DE BARTON (Sistema Q)
A partir da observação de um grande número de escavações
subterrâneas, Barton, Lien e Lund, do Norwegian Geotechnical
Institute, propuseram, em 1974, uma classificação geotécnica para
maciços rochosos.

O índice de qualidade Q baseado na análise de 6 fatores


considerados relevantes para a caracterização do comportamento
dos maciços rochosos.

 O valor numérico do índice Q apresenta um largo campo de


variação, entre 10-3 e 103, e é determinado pela expressão:
• Sistema Q (Barton et al.,1994)
• A partir da compilação de mais de 200 casos históricos de obras de
escavações subterrâneas, Barton et al. (1974) propuseram um novo sistema
para quantificar o comportamento geomecânico de maciços rochosos, o
sistema de classificação Q do NGI (Instituto Geotécnico da Noruega). É
definido pela expressão:

• Q = [RQD/Jn] x [Jr/Ja] x [Jw/SRF]

• Sendo:

• RQD = índice de designação da qualidade da rocha;


• Jn = índice de influência do número de famílias das
descontinuidades;
• Jr = índice de influência da rugosidade das paredes das
descontinuidades;
• Ja = índice de influência da alteração das paredes das
descontinuidades;
• JW = índice de influência da ação subterrânea;
• SRF = índice de influência do estado de tensões no maciço no
entorno da cavidade
• Os valores de J, Ja, Jr, Jw, e SRF são obtidos pelas tabelas
•Q = [RQD/Jn] x [Jr/Ja] x [Jw/SRF]

[RQD/Jn] = representa uma medida aproximada do


tamanho do bloco

[Jr/Ja] = rugosidade e grau de alteração das


paredes das juntas

Jw/SRF = define o esforço ativo no local


Tabela 1. Classificação do Maciço rochoso baseada no RQD

RQD Classificação

<25% Muito pobre

25-50% Pobre

50-75% moderado

75-90% bom

90-100% Excelente
Índice dos números de famílias de fraturas (Jn)

DESCRIÇÃO VALORES

Fraturas esparsas ou ausentes 0.5-1.0

Uma família de fratura 2

Uma família mais fraturas 3


esparsas
Duas famílias de fraturas 4

Duas famílias mais fraturas 6


esparsas
Tres famílias de fraturas 9

Tres famílias mais fraturas 12


esparsas
Quatro ou mais famílias de 15
fraturas
Rocha triturada, completamente 20
fragmentada
Índice de rugosidade (Jr)

DESCRIÇÃO VALORES
a)Fraturas sem deslocamento relativo. Contato rocha-rocha entre
as paredes das fraturas e,
b) Fraturas com deslocamento relativo (menos de 10 cm). Contato
rocha-rocha entre as paredes das fraturas
Fraturas não persistentes 4

Fraturas rugosas ou irregulares, onduladas 3

Fraturas lisas, onduladas 2

Fraturas polidas, onduladas 1.5

Fraturas rugosas ou irregulares , planas 1.5

Fraturas lisas planas 1.0

Fraturas polidas ou estriadas, planas 0.5

c) Fraturas com deslocamento relativo. Não há contato rocha-rocha


entre as paredes das fraturas

Fraturas com preenchimento 1.0

Zonas esmagadas 1.0


Índice de alteração das fraturas (Ja) DESCRIÇÃO VALORES

a) fraturas sem deslocamento relativo. Há contato rocha-rocha entre as paredes das fraturas

Condições das alterações das paredes

A) paredes duras compactas, preenchimentos impermeáveis (quartzo) 0.75

B) Paredes sem alteração, somente com leve descoloração(r = 25-35O) 1.0

2.0
C) Parede levemente alterada, com partículas arenosas e rochas desintegradas não argilosas (r = 25.35)
D) Paredes com películas siltosas ou areno-argilosas (r = 20 – 25O )
3.0
E) Paredes com películas de materiais moles ou com baixo ângulo de atrito (caolinita, clorita, talco, grafita,
4.0
etc..) e pequena quantidade de minerais expansivos (r = 8 – 16O )
b) Fraturas com deslocamento relativo (menos de 10 cm). Há contato rocha-rocha entre as paredes
das fraturas
F) Paredes com partículas de areia e rochas desintegradas, sem argila (r = 25 – 35O )
4.0
G) Fraturas com preenchimento argiloso sobreconsolidado (espessura < 5 mm) (r = 16 – 24O )
6.0
H) Fraturas com preenchimento argiloso subconsolidado (espessura < 5mm) (r = 12 – 16O )
8.0
I) Fraturas com preenchimento argiloso expansivo, como por exemplo a montmorilonita (espessura < 5mm)
8.0 – 12.0
(r = 12 – 16O )
c) Fraturas com deslocamento relativo. Não há contato rocha-rocha entre as paredes das fraturas

J, K, L ) Zonas com rochas trituradas ou esmagadas, com argila (ver G, H e I para condições do material 6.0-8.0 ou 8.0 –
argiloso ) (r = 6 – 24O ) 12.0

M) Zonas siltosas ou areno-argilosas com pequena quantidade de argila 5.0

N,O,P) Zonas ou bandas contínuas de argila (ver G, H e I para condições de material argiloso) (r = 6 – 10.0 – 13.0 ou
24O ) 13.0-20.0
Índice do caudal efluente, Jw
Pressão da água
Condição de afluência da água Jw
(kPa)

Escavação a seco ou com pequena afluência da água (menos que 5


<100 1.0
lit/min)

Afluência media de água com lavagem ocasional do preenchimento


100-250 0.66
das fraturas

Afluência elevada em rochas competentes, sem preenchimento das 250-1000 0.5


juntas

Afluência elevada com considerável lavagem do preenchimento das


250-1000 0.33
fraturas

Afluência excepcionalmente elevada (ou jatos de pressão), decaindo


>1000 0.2-0.1
com o tempo

Afluência excepcionalmente elevada (ou jatos de pressão), sem


>1000 0.1-0.05
decaimento com o tempo.
Índice SRF do estado de tensão do maciço SRF

a) Zonas alteradas

Condições das tensões no maciço

10.0
Ocorrência de múltiplas zonas alteradas contendo argila quimicamente desintegrada (profundidade
qualquer)

Zona alterada contendo argila ou rocha quimicamente desintegrada (profundidade da escavação < 50 m) 5.0

Zona alterada contendo argila ou rocha quimicamente desintegrada (profundidade da escavação >50m) 2.5

Múltiplas zonas esmagadas em rocha competente, sem argila (profundidade qualquer) 7.5

Zona esmagada em rocha competente, sem argila (profundidade da escavação < 50 m) 5.0

Zona esmagada em rocha competente, sem argila (profundidade da escavação > 50 m) 2.5

Fraturas abertas, fraturamento muito intenso (profundidade qualquer) 5.0


b) Rocha competente, problemas de tensões de rochas

2.5
Tensões baixas, próximas a superfície (c /1 > 200)

1.0
Tensões moderadas (c /1 = 200 - 10)

Tensões elevadas (eventuais instabilidades nas paredes) (c /1 =10 - 5) 0.5 – 2.0

Explosões moderadas de rocha (c /1 = 5 – 2.5) 5.0 – 10.0

Explosões intensas de rochas (c /1 < 2.5) 10.0 – 20.0

c) Rochas incompetentes (comportamento plástico às deformações)

Tensões moderadas 5.0-10.0

Tensões elevadas 10.0 –20.0

d) Rochas expansivas (atividade expansiva devido à presença de água)

Tensões moderadas
5 –10

Tensões elevadas
10 -15
Estimativa da resistência ao cisalhamento aparente, a partir dos parâmetros (Jr) e (Ja)

a) fraturas sem deslocamento relativo. Contato rocha-rocha entre as paredes das fraturas

Descrição Valores Jr

Ja = 1 2 3 4
0.75

A) Fraturas descontínuas 4 79o 76o 63o 53o 45o

B) Fraturas ásperas ou irregulares, 3 76o 72o 56o 45o 37o


onduladas

C) Fraturas lisas, onduladas 2 69o 63o 45o 34o 27o

D) Fraturas polidas, onduladas 1.5 63o 56o 37o 27o 21o

E) Fraturas ásperas ou irregulares, 1.5 63o 56o 37o 17o 21o


planas

F) fraturas lisas, planas 1.0 53o 45o 27o 18o 14o

G) Fraturas polidas, planas 0.5 34o 27o 14o 9.5o 7.1o


Padrão Geomecânico do maciço Valores Q

Péssimo 0.0001 – 0.01

Extremamente ruim 0.01 – 0.1

Muito ruim 0.1 –1.0

Ruim 1.0 – 4.0

Regular 4.0 – 10.0

Bom 10.0 – 40.0

Muito bom 40.0 – 100.0

Ótimo 100.0 – 400.0

Excelente > 400.0


Correlação entre RMR e Q:

Um total de 111 casos da Escandinávia, África do Sul, Europa,


Austrália, EUA e Canadá foram analisados resultando na seguinte
equação:

RMR = 9.ln Q + 44

Comparações entre Q e RMR:

O RMR enfatiza a orientação das descontinuidades e considera a


resistência da rocha diretamente nos seus parâmetros ao contrário
do sistema Q.

O Q leva em consideração as tensões da rocha ao contrário do


RMR.

RMR é claramente mais simples.


Correlações entre os índices RMR e Q.
Rupturas comuns em maciços rochosos e de solo...

Ruptura Circ ular


(padrão estrutural
desordenado)

Ruptura Planar
(plano desfavorável)

Ruptura em Cunha
(interseç ão de planos)

Tombamentos
(planos sub-vertic ais)
Descontinuidades e Mecanism os de
Ruptura Circ ular Rupturas Planares
(padrão estrutural Deslizamento por
desordenado) cisalhamento

Ruptura Planar Deslizamento por tração


(plano desfavorável)

Ruptura em Cunha Separação através das juntas


(interseç ão de planos) e ruptura por cisalhamento

Tombamentos Redução do ângulo de mergulho


(planos sub-verticais) efetivo da superfície de ruptura
devido ao dobramento

(Hoek & Lance, 1974; Pitesu & Martin, 1981)


PROCESSOS GEOLÓGICOS COMUNS EM ÁREAS DOS GRUPOS
PIRACICABA E SABARÁ

Escorregamentos
Os tipos de mecanismos de ruptura que ocorrem dependem da
relação geométrica entre os cortes dos taludes e as descontinuidades
dos maciços, obviamente levando-se em consideração os outros
fatores condicionantes.
Mecanismos de ruptura em taludes com cortes que não expõem os
planos de foliação

Ruptura em cunha e geração de duas novas faces no interior do


talude que desconfinam a xistosidade ou outras
descontinuidades.....
Mecanismos de ruptura em taludes com cortes contrários à
xistosidade

Tombamentos ou queda de blocos

- água percola nas diversas descontinuidades que delimitam


blocos susceptíveis à ruptura. Perda de resistência progressiva e
queda dos blocos.
Mecanismos de ruptura em taludes com cortes paralelos à xistosidade

- água percola nas


descontinuidades e juntamente
com processos de alívio de
tensão e empastilhamento,
provocam a redução da coesão
ao longo da xistosidade. Blocos
na forma de finas lascas se
desprendem do maciço e
escorregam

Rupturas planares
Mecanismos de ruptura dos depósitos de vertentes

Fluxos de detritos ocorrem em depósitos pouco espessos em encostas


com cicatrizes de ruptura e depressões
Escorregamentos circulares sucessivos e rastejamentos ocorrem em
depósitos espessos em taludes pouco inclinados e extensos,
geralmente cortados em sua base
Escorregamentos planares ocorrem em taludes mais inclinados
Método para o cálculo de FS para talude com ruptura em
cunha, considerando coesão e pressão de água (Hoek &
Bray,1991)...
Face superior do talude

4
Plano B
5
3
Plano A
2

1
Face do talude
Ruptura em Cunha....

e
ud
Ta l a
o nh
lh od d a li
rg u lho
Me e rg u
M
ito
Atr
Método de Equilíbrio Limite

FS 
 forças de resistênci a
 forças solicitant es
 FS > 1 (estável)

FS < 1 (ruptura)
C FS = 1 (estado
2
limite)
Ca X  Cb Y 3 
 A 
w 
X tg
 w 
FS    a 
 B  2 Y tgb
H  2   
Onde,
FS = fator de segurança para a ruptura em cunha

Ca = coesão do plano da família de descontinuidade Fa ( família com menor mergulho)

Cb = coesão da outra família de descontinuidade Fb , conjugada à família anterior.

 = densidade média do maciço

 w = densidade da água

 a = ângulo de atrito do plano Fi

 b = ângulo de atrito do plano Fi’

H = altura do talude
sen  24
X
sen  45  cos  2.na

sen 13
Y
sen 35  cos 1.nb

cos  a  cos  b  cos na .nb 


A
sen  5  sen 2 na .nb

cos  b  cos  a  cos  na .nb 


B
sen  5  sen 2  na .nb

filito = 2,4g/cm3
W = 1,0 g/cm3
Método para o cálculo de FS para talude com ruptura em cunha, considerando
apenas o atrito...

Fs = A Tana + B tan b
Plano A 40o 165
Plano B 50o 285
Diferenças 100 120
Ruptura Planar (Hoek & Bray)...

1) Fenda no topo do talude:

W = 1/2 (HX - Dz) (peso do


bloco deslizante)
2) Fenda na face do talude:

W = 1/2  (HX - Dz + z0(D-X))


Geral:
Força horizontal da água: V

V = 1/2  w . Zw2
Força da sobrepressão da água: U
X D
D
U = 1/2  w . Zw . A
X

Z Zo
H Zw
H Z Zw F= f +A. c
S
A A
Y = peso específico
CONCEITOS BÁSICOS

•TALUDE NATURAL - ENCOSTA


SUPERFÍCIE NATURAL INCLINADA UNINDO OUTRAS
DUAS COM DIFERENTES POTENCIAIS GRAVITACIONAIS

TALUDE
NATURAL/
ENCOSTA
H = DIFERENÇA DE
POTENCIAL
GRAVITACIONAL
•TALUDE DE CORTE
talude natural com algum tipo de escavação
•TALUDE ARTIFICIAL
taludes de aterros diversos (rejeitos, bota-foras, etc.)

TALUDE NATURAL/ ENCOSTA

TALUDE ARTIFICIAL
(ATERRO) TALUDE DE CORTE
Ruptura Circular
FS do círculo de ruptura (superfície)

H
FS =1 ??

C, , , , u, i, H ????
Ruptura Circular (Hoek & Bray)...
Dados de entrada:
 = 1,44 . 10 -3 kg/cm 3
 = 30º
c = 0,050 Kgf/cm2
i = 55º
H = 1200cm
Resultado:
c/ H . Tan  = 0.049
Tan /F = 1,1 F = 0,52
c/ H F = 0,055 F=0,52

C
F
H
F  tan 
Método das fatias (Bishop)...

Primeiro Passo:
encontrar o centro da provável superfície de escorregamento...
F =  X/ (1 + Y/F’) (Talude seco)
Z

Onde X = (c +  h (tan )) x/cos


Y = tan tan
Z =  h x sem
 = inclinação da fatia
x = espessura da fatia
h = altura média da fatia
 = densidade = 1,44 x 10 –3 kg/cm 3
 = ângulo de atrito = 30º
c = coesão = 0,05 kg/cm2
F’ = Fator de segurança suposto para
o talude
F = fator de segurança calculado
Resultado: F = 0,85
Legenda:
Perfil original do Talude

_______ Perfil idealizado

- - - - - - Variação hipotética do ângulo de mergulho do talude

Tabela 3- Diminuição hipotética da inclinação do talude (Engenho Nogueira) e os


respectivos aumentos do Fatores de Segurança (F) (Vide Figura 2).
(Cálculo pelo método de Hoeck & Bray, 1981)
Ângulo do Talude (º) C/ .h.Tan Tan/F F
55º 0,053 0,74 0,78
50º 0,049 0,67 0,86
45º 0,045 0,61 0,95
40º 0,041 0,55 1,05
35º 0,035 0,50 1,15
30º 0,026 0,46 1,26
Taludes escolhidos para exemplo....

Talude- Rua Ernani Agrícola Talude: Rua sem nome


Bairro- Buritis Bairro: Engenho Nogueira
Regional: Oeste Regional: Noroeste
Ocupação: classe média a alta Ocupação: Classe pobre
Danos: assoreamento, obstrução de ruas Danos: erosão, assoreamento, perigo
Geologia: Filito Sabará de desabamento de moradias
Geologia: Granito-gnaisse (solo
residual)
Engenho Nogueira - 2003
Talude : Rua Patagônia
Bairro: Sion
Regional: Centro - Sul
Danos: destruição de laje e garagem do
Foto 1 - Vista Geral
Edifício Samanbaia, elevados prejuízos
materiais
Geologia: Filito Fecho do Funil

Foto 2- detalhe lado esquerdo da


feição , data 14-11-01

Foto 4- detalhe da feição de


escorregamento

Foto 3- mesmo local acima em 31-12-01


Talude: Rua Zodíaco
Bairro: Alto Santa Lúcia Foto 3- nascente no topo
Regional: Centro-Sul do talude durante período
chuvoso
Danos: assoreamento, obstrução de pista
Geologia: Filito Cercadinho

Foto 4 - grau de
Foto 1: Vista Geral em 14 - 11- 01 fraturamento e
descontinuidades do maciço
rochoso

Foto 2: Vista Geral em 15-12-01


Escorregamento
A Evolução das vertentes............

Modelo simplificado de
King (1953)

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