Aula16 - Geologia Geral - CB 1º 1º Sem - Deformação Da Crosta

Sumário: GEODINÂMICA INTERNA
❑ Deformação da Crosta
❑ Dobras
❑ Falhas
Deformação da Crosta
Os Himalaias formaram-se devido à colisão entre a placa
Indo-Australiana e a placa Euro-Asiática.
A colisão entre duas massas continentais obriga ao

enrugamento dos bordos e à formação das cadeias
montanhosas.
A deformação da litosfera traduz-se na formação de estruturas geológicas como dobras e falhas.

A mobilidade da litosfera e o peso das
camadas suprajacentes provocam
tensões nas rochas ao longo dos
tempos.
Tensão – força aplicada por unidade de

área.
Alterações de volume
As deformações podem
ou
corresponder a:
alterações na forma
Na maior parte dos casos, as

deformações correspondem a
alterações de forma e de
volume, simultaneamente.
Tipos de tensões
Tensões compressivas
❑ As tensões de compressão conduzem à redução do volume da

rocha na direção paralela à atuação das forças, e ao seu
alongamento na direção perpendicular.
❑ Podem provocar a sua fratura.
Tensões distensivas
❑ As tensões de distensão conduzem ao alongamento da rocha, na direção

paralela à atuação das forças, ou à sua fratura.
Tensões de cisalhamento
❑ As tensões de cisalhamento causam a deformação da rocha por

movimentos paralelos em sentidos opostos.
Tensões compressivas - associadas Tensões distensivas - associadas Tensões de cisalhamento - associadas a
a limites convergentes de placas. a limites divergentes de placas. limites transformantes.
Como respondem as rochas às tensões?
Variação da deformação em função da tensão suportada
Comportamento elástico Comportamento plástico

• a deformação é reversível, e proporcional ao estado de • a deformação é permanente e o material fica deformado
tensão aplicado; sem rutura;
• quando cessa o estado de tensão, o material recupera a • verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha é
sua forma/volume iniciais; superior ao seu limite de elasticidade e inferior ao limite de
• verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha não plasticidade;
ultrapassou o seu limite de elasticidade. • associado à formação de dobras.
Deformação em regime dúctil Deformação em regime frágil
A rocha altera-se, sofre deformações A rocha fratura facilmente em

permanentes mas não fratura, condições de baixa pressão e baixa
mesmo em condições elevadas de temperatura
pressão e temperatura
Dobras Falhas
Fatores que condicionam a deformação das rochas
➢ Tensão e temperatura
Tensão confinante ou litostática

❑ resulta do peso das camadas suprajacentes.;
❑ aumenta a ductilidade da rocha, aumentando o campo de plasticidade e,
consequentemente, a resistência à rutura;
❑ as forças aplicadas são iguais em todas as direções e aumentam com a
profundidade;
❑ um aumento da pressão litostática provoca uma diminuição do volume das
rochas e um aumento de densidade.
Tensão não litostática ou dirigida – ocorre quando um corpo está sujeito a

forças de intensidade diferente nas diversas direções.
❑ A rutura ocorre, principalmente, quando as rochas

estão próximas da superfície.
❑ Embora à superfície a maioria das rochas apresente

um limite de plasticidade baixo, existem, contudo,
muitas séries de rochas estratificadas com
deformações do tipo plástico.
❑ A profundidades elevadas e sob a ação de grandes tensões e temperaturas, as rochas entram em rutura mais
dificilmente, revelando um comportamento plástico. A deformação ocorre em regime dúctil.
❑ Em certas condições extremas de pressão e de temperatura, as rochas podem ter mesmo um comportamento
semelhante a fluidos extremamente viscosos.
❑ Os conceitos de ductilidade e de fragilidade, nas rochas, são algo relativos, porque o seu comportamento
mecânico é influenciado por uma série de fatores ambientais.
Deformação das rochas
➢ Conteúdo em fluidos
▪ Nas zonas mais superficiais, a porosidade dos materiais é mais elevada e os espaços podem estar
ocupados por fluidos, nomeadamente, a água.
▪ Esta situação favorece a existência de deformação em regime frágil e, portanto, uma maior tendência
para a rutura dos materiais geológicos.
➢ Tempo de atuação das forças
➢ Composição e estrutura da rocha

Estruturas geológicas originadas por deformação: dobras e falhas
➢ Dobras
❖ deformações que se caracterizam pelo arqueamento
das camadas;
❖ podem existir a nível macroscópico ou a nível
microscópico;
❖ resultam da atuação de tensões de compressão em
rochas com comportamento dúctil.
➢ Dobras - Elementos de uma dobra

Charneira – zona de convergência das camadas de cada flanco,
isto é, zona de curvatura máxima da dobra, havendo uma
charneira para cada camada.
Flancos – vertentes da dobra, isto é, partes da dobra de um e

do outro lado da charneira.
Superfície ou Plano axial – plano de simetria da dobra que a

divide em duas partes (flancos) aproximadamente iguais.
Eixo – interceção do plano axial com a charneira.
Núcleo – conjunto das camadas mais internas da dobra.

➢ Dobras - Elementos de uma dobra
Dobra em caixa – Dobra apertada

dobra com duas em quartzitos do
charneiras. Ordovícico –
Dobra suave - Camadas finas de Fragas de S.
Estrada da xistos intercalam Simão (Figueiró
Beira - Coimbra com grauvaques dos Vinhos).
➢ Dobras - Tipos de dobras
Tipos de dobras (disposição no espaço)?
Tipos de dobras (idade relativa)
Tipos de dobras (idade relativa)
➢ Dobras - Atitude das camadas de uma dobra
A posição das camadas de rochas no espaço, isto é, a
atitude dessas camadas pode ser definida pela direção e
pela inclinação/pendor das referidas camadas.
Diretriz – linha horizontal resultante da interseção
do plano da camada com um plano horizontal.
Direção da camada – ângulo formado pela diretriz

com a direção N-S geográfica.
Inclinação ou pendor dos estratos - ângulo

formado pela pendente (linha de maior declive)
com o plano horizontal.
➢ Falhas
❑ deformações descontínuas em que se verifica a
fratura das rochas acompanhada do deslocamento
dos blocos fraturados, um em relação ao outro;
❑ ocorrem quando é ultrapassado o limite de
plasticidade dos materiais rochosos;
❑ podem resultar da atuação de qualquer tipo de
tensão (compressiva, distensiva ou cisalhante) em
rochas com comportamento frágil.
➢ Falhas - Elementos de uma falha
Plano de falha – superfície de fratura ao longo da qual ocorreu o

movimento dos blocos.
Teto – bloco que se sobrepõe ao plano de falha .
Muro – bloco que se situa abaixo do plano de falha.
Rejeto ou Rejeito – menor distância entre dois pontos que estavam juntos
antes da fratura e do respetivo deslocamento.
Escarpa de falha – ressalto topográfico produzido pela falha.

➢ Falhas - Tipos de falhas
O movimento relativo dos dois blocos
da falha está na base da sua
classificação.
Falha normal
❑ O teto desce em relação ao muro.
❑ Resulta, geralmente, da atuação de tensões de
distensão em rochas com comportamento frágil.
Falha inversa
❑ O teto sobe em relação ao muro.
❑ Resulta, geralmente, da atuação de tensões de compressão
em rochas com comportamento frágil.
Muitas vezes, especificam-se estas falhas de acordo com o seu pendor:

❑ Falha inversa – pendor igual a 45º
❑ Cavalgamento - 30º < pendor < 45º
❑ Carreamento – pendor < 30º
Falha de desligamento – Falha de Santo André
Os movimentos dos blocos são essencialmente horizontais e
paralelos à direção do plano de falha.
Forma-se geralmente em regime de deformação de cisalhamento.
A Falha de Santo André é uma falha geológica tangencial que se prolonga

por cerca de 1290 km através da Califórnia, marcando o encontro entre a
Placa do Pacífico e a Placa Norte-Americana.
➢ Falhas - Atitude de uma falha
1- Plano de falha
2- Teto
3- Muro
4- Direção α - Inclinação
Direção – ângulo formado por uma linha horizontal do plano

de falha com a linha N-S geográfica.
Inclinação ou pendor – ângulo formado pelo plano de falha

com um plano horizontal que interseta o plano de falha.
➢ Falhas - Associação de falhas – horsts e grabens
Horst – bloco elevado em relação aos territórios vizinhos por ação de movimentos tectónicos associados a falhas. Tendem a
ser faixas alongadas de terreno, que podem ter centenas de quilómetros de comprimento, separados do território vizinho
por escarpas de falhas normais.
Graben – depressão de origem tectónica formada quando um bloco fica afundado em resultado de movimentos
combinados de falhas tectónicas.
➢ Falhas - Associação de falhas – horsts e grabens

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A colisão entre duas massas continentais obriga ao

A deformação da litosfera traduz-se na formação de estruturas geológicas como dobras e falhas.

Tensão – força aplicada por unidade de

Na maior parte dos casos, as

❑ As tensões de compressão conduzem à redução do volume da

❑ As tensões de distensão conduzem ao alongamento da rocha, na direção

❑ As tensões de cisalhamento causam a deformação da rocha por

Comportamento elástico Comportamento plástico

Deformação em regime dúctil Deformação em regime frágil

A rocha altera-se, sofre deformações A rocha fratura facilmente em

Tensão confinante ou litostática

Tensão não litostática ou dirigida – ocorre quando um corpo está sujeito a

❑ A rutura ocorre, principalmente, quando as rochas

❑ Embora à superfície a maioria das rochas apresente

➢ Tempo de atuação das forças

➢ Composição e estrutura da rocha

➢ Dobras - Elementos de uma dobra

Flancos – vertentes da dobra, isto é, partes da dobra de um e

Superfície ou Plano axial – plano de simetria da dobra que a

Eixo – interceção do plano axial com a charneira.

Núcleo – conjunto das camadas mais internas da dobra.

Dobra em caixa – Dobra apertada

Direção da camada – ângulo formado pela diretriz

Inclinação ou pendor dos estratos - ângulo

Plano de falha – superfície de fratura ao longo da qual ocorreu o

Teto – bloco que se sobrepõe ao plano de falha .

Muro – bloco que se situa abaixo do plano de falha.

Escarpa de falha – ressalto topográfico produzido pela falha.

Muitas vezes, especificam-se estas falhas de acordo com o seu pendor:

A Falha de Santo André é uma falha geológica tangencial que se prolonga

Direção – ângulo formado por uma linha horizontal do plano

Inclinação ou pendor – ângulo formado pelo plano de falha

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