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Rochas magmáticas

As rochas magmáticas são as mais abundantes da crusta terrestre. Resultam da consolidação


do magma (mistura de rocha fundida e de gases) no interior da Terra, ou da lava, à sua
superfície.

As rochas magmáticas podem ser classificadas como:

Plutónicas – se o magma consolida no interior da crusta terrestre, de forma lenta e gradual.


Formam-se cristais visíveis à vista desarmada. Estas rochas têm textura granular ou fanerítica.

Vulcânicas – se o magma atinge a superfície terrestre (lava) e consolida de forma rápida. Neste
caso, a cristalização é reduzida, formando-se cristais não visíveis à vista desarmada – rochas de
textura agranular ou afanítica –, ou não se formam cristais, o que origina rochas de textura
vítrea.

Basáltico ou básico Andesítico ou Riolíticos ou ácido


intermédio
Crusta oceânica
Principal origem Manto Crusta continental Crusta continental
Manto superior
-Pobre em sílica («50%) -Teor em sílica - Rico em sílica (»70%)
Características -Pobre em gases intermédio (50%-70%) -Rico em gases;
-Temperatura elevada - Teor em gases -Temperatura mais
(1100-1200) intermédio baixa (700-800)
-Magma fluido- origina -Magma viscoso-
erupções efusivas. origina erupções
explosivas.
-Basaltos (vulcânica) -Andesitos (vulcânica) -Riólitos (vulcânica)
Rochas que -Gabros (plutónica) -Dioritos (plutónica) -Granitos (plutónica)
origina
Zonas de riftes e pontos -Zonas de subducção Zonas de colisão da
Localização quentes crusta continental

Tipos de magmas:

Minerais das rochas magmáticas

-Minerais com composição química diferente e textura cristalina semelhante dizem-se


isomorfos;

-Minerais com a mesma composição química, mas redes cristalinas diferentes dizem-se
polimorfos.

Diferenciação magmática e cristalização fracionada


A formação de diferentes tipos de rochas magmáticas pode ser explicada por um processo
designado por diferenciação magmática, segundo o qual, a partir de um só magma inicial,
poderão formar-se rochas magmáticas muito distintas. À medida que os magmas vão
arrefecendo no interior de câmaras magmáticas, verifica-se a cristalização de minerais com
estrutura e composição bem definidas.

Uma vez que os materiais cristalizados se separam do magma, formam-se frações magmáticas
com composição diferente de magma inicial. Entre os fatores que contribuem para a
diferenciação magmática é de destacar a importância da cristalização fracionada como um
fenómeno que permite a formação sequencial dos diferentes minerais. Neste processo, os
minerais não cristalizam todos ao mesmo tempo, primeiro formam-se os minerais com ponto
de fusão mais elevado, seguidos dos minerais que apresentam pontos de fusão mais baixos.

Série descontinua- Corresponde a minerais ferromagnesianos, cuja estrutura cristalina difere


ao longo da sequência de cristalização. Nesta série, a olivina, com maior ponto de fusão, é o
primeiro mineral a cristalizar, ao qual se seguem as piroxenas, as anfíbolas e, por fim, a biotite,
com menor ponto de fusão.

Série contínua- Corresponde a minerais do grupo das plagióclases que mantêm a mesma
estrutura cristalina ao longo da sequência de cristalização (minerais isomorfos). Nesta série, o
balanço entre o cálcio e o sódio, constituintes das plagióclases, vai se alterando ao longo da
sequência, formando-se, em primeiro lugar, plagióclases cálcicas e, por último, plagióclases
sódicas.

Deformação de Rochas

Tensões distensivas- Predominam nos limites divergentes, isto é, em regiões onde duas placas
se afastam uma da outra. Nestes locais, as rochas sofrem estiramento.

Tensões compressivas- Predominam nos limites convergentes, isto é, em regiões onde duas
placas se aproximam uma da outra. Nestes locais as rochas são comprimidas e dobradas.
Tensões cisalhantes- Predominam ao longo de limites conservativos associados a falhas
transformantes. Nestes locais, as rochas deslizam e deslocam-se umas em relação às outras
em direções opostas.

Quando sujeitas a tensões, as rochas deformam-se. Essa deformação pode ser de dois tipos:

o Deformação elástica – os materiais readquirem a forma original quando as forças deixam


de existir.
o Deformação plástica – os materiais mantêm a deformação, mesmo quando as forças
deixam de existir.

As rochas apresentam dois tipos de comportamento em resposta à deformação:

o Comportamento frágil, se estiverem mais próximas da superfície e a temperaturas muito


inferiores ao ponto de fusão dos minerais que as constituem. Nessas circunstâncias, como
se verifica uma grande rigidez dos materiais, a deformação tende a conduzir à fraturação
dos blocos rochosos, originando falhas;

o Comportamento dúctil, quando se encontram a maiores profundidades e a temperaturas


mais elevadas. Nessas circunstâncias, como resultado das forças de tensão exercidas sobre
o material de menor rigidez, tendem a adotar um comportamento plástico, formando
dobras.

O comportamento das rochas sujeitas a tensões depende:


o Composição química e mineralógica e da sua estrutura
o O conteúdo em fluidos
o Temperatura – quanto maior for a temperatura, maior é a plasticidade dos materiais;
o Pressão – a plasticidade dos materiais aumenta com o aumento da pressão a que estão
sujeitos;
o Tipo de tensão – a rocha tem mais resistência à rotura quando a tensão resulta do peso
das camadas superiores e menor quando a tensão está relacionada com os movimentos
tectónicos;
o Velocidade da deformação – geralmente uma velocidade de deformação rápida favorece a
deformação frágil; uma deformação lenta aumenta a resistência à rutura.

Falhas

As falhas são fraturas da crusta terrestre ao longo das quais ocorreu o movimento relativo dos
blocos rochosos que as limitam.

Tipos de falha Tipo de tensão Orientação do


associada deslocamento dos Deslocamento relativo dos blocos
blocos
Descida do teto
Falha normal Distensiva relativamente ao muro.

Deslocamento
paralelo ao longo da
linha de máxima
inclinação do plano
de falha.

Falha inversa Compressiva Subida do teto


relativamente ao muro.

Movimento lateral e Movimento lateral


Desligamento Cisalhante paralelo ao longo da
direção do plano de
falha.

Dobras
Tipos de dobras Critérios de Características
classificação
Antiformas Concavidade da
Disposição dobra orientada
espacial dos para baixo.
elementos da
Sinformas dobra Concavidade da
obra orientada
para cima.

Anticlinal As rochas mais


Idade das rochas antigas ocupam o
constituintes da núcleo da dobra.
dobra
Sinclinal As rochas mais
recentes ocupam o
núcleo da dobra.

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