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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas


Departamento de Engenharia Civil

Prof. Eduardo A. G. Marques

CIV 432 – Introdução à Mecânica das


Rochas

Propriedades de Resistência e
Deformabilidade dos Maciços Rochosos
Viçosa - MG
2021
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

A resistência de maciços rochosos


depende da resistência da rocha intacta
e da resistência das descontinuidades.
Para se prever o comportamento da
rocha como um material de engenharia,
algumas propriedades da rocha intacta
(matriz), das descontinuidades e do
maciço rochoso devem ser
determinadas.
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3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

3
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Os problemas de engenharia em mecânica das rochas


envolvem duas questões básicas:
 A resistência ao colapso para um determinado
estado de tensão: as tensões atuantes no maciço
rochoso atingirão os níveis máximos toleráveis,
provocando, consequentemente, ruptura local ou
total do material?
 Os deslocamentos admissíveis: os deslocamentos
do maciço rochoso, sob o carregamento aplicado,
irão produzir deformações na estrutura a ponto de
provocar danos ou seu colapso?
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3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Comportamento Dúctil x Frágil x


Os problemas de engenharia em
Parcialmente Frágil
mecânica das rochas envolvem duas
questões básicas:
 A resistência ao colapso para um
determinado estado de tensão: as
tensões atuantes no maciço
rochoso atingirão os níveis máximos
toleráveis, provocando,
consequentemente, ruptura local
ou total do material?
 As deformações admissíveis: os
deslocamentos do maciço rochoso,
sob o carregamento aplicado, irão
produzir deformações na estrutura
a ponto de provocar danos ou seu
colapso? COMPORTAMENTO
REOLÓGICO!
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Para se prever o comportamento da rocha como um material de


engenharia, algumas propriedades da rocha intacta (sã), das
descontinuidades e do maciço rochoso devem ser determinadas,
através de:
a) Medição direta das propriedades fundamentais;
b) Determinação de propriedades-índice como uma comparação
indicativa da qualidade da rocha: procedimento mais fácil e menos
dispendioso de ser executado;
c) Determinação dos parâmetros/propriedades por retroanálise; e
d) Análise de sensibilidade, através de processo iterativo.

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3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

 Propriedades da rocha intacta:


 Ensaio de compressão uniaxial
 Ensaio de compressão triaxial
 Ensaio de compressão puntiforme
 Ensaio de tração
Direta
 Ensaio de tenacidade
Indireta
 Ensaio de flexão
 Ensaio de Abrasividade
 Ensaio de Cisalhamento Direto
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Amostragem

- Extração de corpos de prova a partir de blocos de rocha


- Seleção de blocos representativos;
- Extração via sonda rotativa

Fonte: O Autor e Baesso, A.C.D. Estudo experimental da determinação da resistência à tração direta de rochas.
Dissertaçã0 (Mestrado). DEC/PUC-Rio. 98p. 2021; e Goodman, R.E . Introduction to rock mechanics. Wiley & Sons. Second
Edition. 576 p. 1989 .
Amostragem

- Extração de corpos de prova a partir de blocos de rocha


- Usinagem dos corpos de prova

Fonte: Baesso, A.C.D. Estudo experimental da determinação da resistência à tração direta de rochas. Dissertaçã0
(Mestrado). DEC/PUC-Rio. 98p. 2021; e Goodman, R.E . Introduction to rock mechanics. Wiley & Sons. Second Edition. 576
p. 1989 .
Amostragem

- Extração de corpos de prova a partir de blocos de rocha


- Usinagem dos corpos de prova

Fonte: O Autor
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Compressão Uniaxial

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3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
- Determinação de
Parâmetros de
Deformabilidade

A determinação das
propriedades de
deformação (E e ν) implica
na necessidade de medida
das deformações
transversais e longitudinais,
sendo necessária a
utilização de dispositivos
para isto, tais como strain
gauges, clip gauges ou
LVDTs (Linear Variable
Differential Transformer).
Fonte: O autor; Jaques, D.S. Caracterização morfológica, mineralógica e geomecânica de perfis de intemperismo de rochas graníticas em clima
tropical. Tese (Doutorado). Departamento de Engenharia Civil / UFV. 137 p. 2019; e Alejano et al. A method to correct inderect measurements in
laboratory uniaxial and triaxial compressive strength tests. Rock Mech. And Rock Eng. DOI: 10.1007/s00603-021-02392-4
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

120.00

80.00

TENSÃO (MPa)
40.00

Legenda

Def. Lateral
Def. Axial
Def. Volumétrica

Compressão Uniaxial 0.00


-0.40 -0.20 0.00 0.20 0.40
DEFORMAÇÃO (%)

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3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Fonte: O autor e Jaques, D.S. Caracterização morfológica, mineralógica e geomecânica de perfis de intemperismo de rochas graníticas
em clima tropical. Tese (Doutorado). Departamento de Engenharia Civil / UFV. 137 p. 2019.
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
- Determinação de Parâmetros de Deformabilidade

Fonte: O autor
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
- Determinação de Parâmetros de Deformabilidade
- Uma forma alternativa para obtenção das propriedades de
deformabilidade, é se realizar um ensaio inicial para determinar um valor
de resistência máxima. Com base neste valor, realizar os demais ensaios
e promover ciclos de descarregamento e carregamento a valores de 40,
50 e 60% da resistência máxima. A inclinação da curva de carregamento
é usualmente uma reta em que o módulo de elasticidade é o mais
preciso.

Fonte: Marcellino, L.C. Estudo de mecânica da


fratura associada à alterabilidade em rochas
básicas intrusivas do Quadrilátero Ferrífero (MG).
Dissertação (Mestrado). Departamento de
Engenharia Civil/ UFV. 95 p. 2020
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Determinação de Parâmetros de Deformabilidade
- Na PUC-Rio o ensaio é realizado com o seguinte procedimento:
-Início do ensaio com controle de deformação axial com taxa de 0,00005
mm/mm/s, até atingir 50 % de ruptura do material;
-Mantendo-se o mesmo controle de deformação axial, faz-se o
descarregamento até 10% do valor de ruptura;
-- Ao atingir o mínimo, nova aplicação do carregamento com manutenção da
taxa de deformação axial inicial;
-- Ao atingir 60% da ruptura, o controle é alterado para controle
circunferencial, com taxa de 0,0015 mm/s, e mantido até a ruptura total do
material.

Fonte: Baesso, A.C.D. Estudo


experimental da determinação da
resistência à tração direta de rochas.
Dissertaçã0 (Mestrado). DEC/PUC-
Rio. 98p. 2021; e Goodman, R.E .
Introduction to rock mechanics.
Wiley & Sons. Second Edition. 576 p.
1989 .
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Fonte: Galván, V.R. Simulação de propriedades geotécnicas de rochas arenosas brandas por meio de materiais artificiais.
Tese (Doutorado). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo (1999) .
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Dificuldades:
• A preparação das amostras pode ser difícil e cara;
• Relação H/D entre 2,5 e 3,0 (ISRM) ou 2,0 e 3,0 (Eurocode) ou 2,0 e 2,5
(ASTM);
• Quanto menor for o corpo-de-prova, menor é a região (volume) que está
sob o efeito de compressão simples e maior é o volume que está sob efeito
biaxial e, portanto, maior é a resistência.

H/D H/D Volume sob compressão


2.5 to 3.0 2.0 to 2.5

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3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Aspectos Relevantes em Ensaios de Compressão:
 Não Uniformidade do Estado de Tensões

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3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Aspectos Relevantes em Ensaios de Compressão:


 Rigidez da Máquina de Ensaio

Km

Km Kr
Km Kr

um ur

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3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Compressão Triaxial

22
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Compressão Triaxial

3 1


+ 3 3

23
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

1 6 0.0 0

1 2 0.0 0

Tensão (MPa)
8 0 .0 0

4 0 .0 0

Compressão Triaxial 0 .00

0 .00 0 .20 0 .40 0 .60 0 .80


D e form a ção A xial (% )

24
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
- Determinação de Parâmetros de Deformabilidade
- Com base nos dados coletados nos ensaios, plota-se as curvas tensão-
deformação para as direções axiais e laterais e calcula-se os módulos de
elasticidade, E, e o coeficiente de Poisson, ν. Estas propriedades podem
ser calculadas de diferentes formas, a saber:

 Tangente – usualmente calculado em um nível de tensões fixo, expresso


na forma de percentagem. Usualmente adota-se 50% da resistência
máxima;
 Inclinação média da porção reta da curva tensão-deformação - Essa
inclinação média pode ser obtida visualmente ou pode ser obtida melhor
regressão quadrada à reta; e
 Secante - determinado pela reta que une a deformação zero a alguma
percentagem fixa da resistência máxima, usualmente 50%.
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Em que:
Ei: módulo de deformabilidade tangente à
porção inicial da curva;
Compressão Triaxial E50: módulo de deformabilidade secante,
para 50% da tensão de ruptura;
Eur: módulo de deformabilidade no
descarregamento/recarregamento; 26
q: tensão desviadora;
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
- Tangente – usualmente calculado em um
nível de tensões fixo, expresso na forma
de percentagem. Usualmente adota-se
50% da resistência máxima;
- Inclinação média da porção reta da curva
tensão-deformação - Essa inclinação
média pode ser obtida visualmente ou
pode ser obtida melhor regressão
quadrada à reta; e
- Secante - determinado pela reta que une
a deformação zero a alguma
percentagem fixa da resistência máxima,
usualmente 50%.

De acordo com Alejano et al. (2021), os


parâmetros de deformabilidade devem ser
determinados em uma faixa de 10-60%
da tensão máxima.

Fonte: Norma ASTM D-7012


3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

- Resistência à Compressão
Triaxial

Ao lado apresenta-se a
sequência para cálculo do
coeficiente de Poisson, com
base em dados de um ensaio 40
40
de compressão uniaxial.
0,08
E = 40/0,0008
ν = 50/200=
= 50 GPa
0,25

0,02
Inclinação = 40/0,0002 =
200 GPa
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

- Resistência à Compressão
Triaxial

Ao lado apresenta-se a 148


sequência para cálculo do
módulo de elasticidade para
curvas tensão-deformação de 6060
um ensaio em um gnaisse
com diferentes níveis de
E = 20/0,0028 =
intemperismo. 36
7,1 GPa

20
0,28
0,16
E = 60/0,0016 = 0,16
37,5 GPa 0,20

E = 36/0,002 =
18,0 GPa
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

- Resistência à Tração Indireta


- A resistência à tração pode ser indiretamente determinada por
meio de ensaios de compressão diametral, ensaios de flexão e
ensaios de compressão puntiforme.
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

- Resistência à Compressão Puntiforme


- O índice de resistência (Is) é dado por:

Em que:
IS = índice de resistência à compressão puntiforme;
P = Força de ruptura;
D = distância entre cones de carregamento

- Para corrigir o valor do ensaio para um diâmetro (D) igual a 50 mm,


utiliza-se a equação:

Em que:
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
- Resistência à Compressão Puntiforme

- São ensaiados 10 corpos de prova. Os 2 maiores e os 2 menores


valores são descartados. Se apenas 8 resultados estiverem
disponíveis, apenas 1 maior e 1 menor são descartados. Se
apenas 6 ensaios foram realizados nenhum valor é descartado;
- Se a rocha apresentar foliação, ensaios paralelos e
perpendiculares a esta estrutura devem ser realizados e o índice
de anisotropia, Ia, dado pela divisão entreva média do valor
medido na direção perpendicular e o valor medido na direção
paralela é calculado.

Fonte: O autor.
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

- Compressão puntiforme
- Permite definir a resistência à tração de forma indireta em amostras de
rocha retiradas de testemunhos de sondagem (testes diametrais ou
axiais), cortadas de blocos (testes em blocos), ou em agregados de
forma irregular (testes em amostras irregulares);

Fonte: o Autor
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
- Compressão puntiforme
- No ensaio diametral, a
relação H/D deve ser de, no
mínimo, 1. No caso dos
ensaios axiais, entre 0,3 e 1;
- O plano de ruptura deve
cortar toda a extensão do
corpo de prova, entre os dois
pontos de carregamento,
para ser considerada válida.

Fonte: o Autor
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

- Compressão diametral – Preparação de amostras


- Amostras cilíndricas, obtidas em testemunhos de sondagem ou
extraídas de blocos de rocha, preferencialmente com diâmetro NX (54mm);
- A norma não define um número, mas usualmente realizam-se 10
ensaios;
- Usinagem de topo, base e geratriz (caso necessário), dos corpos de
prova para eliminação de marcas de serra e irregularidades;
- As irregularidades não podem exceder 0,025 mm na geratriz e 0,25 mm
nas faces, que devem, ainda ser paralelas com um erro de 0,250;
- Recomenda-se a utilização de corpos de prova com relação H/D
(espessura/diâmetro) igual a 0,5);
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

- Compressão diametral
- Rochas com foliação devem ser ensaiadas em diferentes direções para se
avaliar a anisotropia.
- No ensaio, um disco de rocha é submetido à aplicação de carregamento
compressivo ao longo de sua geratriz;
- A ruptura é produzida por tensões de tração, teoricamente uniformes,
atuantes na região central do diâmetro carregado;
- Recomenda-se a mordentes que reduzam a concentração de tensões no
contato entre a rocha e o aço com um arco de contato de cerca de 10 0;
- Problema - além do plano de ruptura da amostra ser imposto pelas
condições do ensaio, a ruptura é produzida por um estado de tensão mais
acentuadamente biaxial do que uniaxial .
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Compressão
Diametral y

(b)
(a)
W

y –
R
2

y
x

x -0 ,4 0

(p )
P
(d)

38
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Tração Indireta – Compressão Diametral

39
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

16.00
N ível I - C P 2-I
P erpendicular

12.00 A

Compressão Diametral

C arga D iam etral (kN )


8.00

4.00

0.00

0.00 0.20 0.40 0.60 0.80


D eform ação D iam etral (m m )

40
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

10.00
Legenda

N ível 1
N ível 2
N ível 3
8.00

Tensão de Ruptura à Tração (M Pa)


A m ostras ensaiadas na direção
perpendicular à F oliação
Compressão 6.00
Diametral

4.00

2.00

0.00

1 2 3
N ível de A lteração

41
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
- Resistência à Flexão de 3 ou 4
pontos

A amostra é composta por 10


(dez) corpos-de-prova com
formato prismático retangular
com dimensões de 20 cm × 10
cm × 5 cm;

Pode-se usar testemunhos de


sondagem;

A ruptura é considerada válida


quando ocorrer entre as duas
marcas mais próximas da
marca central.
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

- Flexão de 3 ou 4 pontos

Fonte: Marques, E.A.G e Vargas Jr., E.A. Introdução à Mecânica das rochas. Oficina do Texto, São Paulo. 144 p. No
prelo.
Ensaios em Rocha

- Resistência à Tração Indireta

Fonte: Baesso, A.C.D. Estudo experimental da


determinação da resistência à tração direta de
rochas. Dissertaçã0 (Mestrado). DEC/PUC-Rio.
98p. 2021; e Goodman, R.E . Introduction to rock
mechanics. Wiley & Sons. Second Edition. 576 p.
1989 .
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Tração Direta
T0 = F/A

45
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

- Resistência à Tração Direta

Este tem sido um ensaio com muitos desenvolvimentos recentes,


visando resolver os problemas anteriormente descritos. Dentre os
diversos autores que propuseram novos esquemas de
determinação da resistência de forma direta, pode-se citar: Blümel
(2000), Plinninguer et al. (2004), Klanphumeesri (2010), Zhao
(2014), Unlu & Yilmaz (2011) e Tufecki et al. (2016).

O procedimento desenvolvido por Klanphumeesri (2010) foi


recentemente objeto de um estudo na PUC-Rio (Baesso, 2021),
utilizando um conversor de carga compressão-tração (CTC).
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Baesso, A.C.D. Estudo experimental da determinação da resistência à tração direta de rochas. Dissertaçã0 (Mestrado). DEC/PUC-
Rio. 98p. 2021; e Goodman, R.E . Introduction to rock mechanics. Wiley & Sons. Second Edition. 576 p. 1989 .
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Tenacidade

P
0,35D
P a

005D
H
D

GIC - Energia necessária para se criar uma nova


área de superfície;
KIC - Função do fator de intensidade de tensões.
48
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Abrasividade Cerchar - CAI

Esquema de equipamentos para ensaios Cerchar. À direita o equipamento


originalmente desenvolvido por Cerchar (1986) e, à esquerda, o modificado
por West (1989). 49
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Abrasividade Cerchar - CAI

50
Equipamento Cerchar da UFV).
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Parâmetros Geomecânicos (c, )
250.00


S n tg 

T ensão P rincipal M aior na R uptura (M P a)


 200.00

(a)

150.00
Si 

 100.00
m b 

o u lo
Tensão “cutoff”

h r- C
Mo
r io
it é
Cr
(b) 50.00
S1


-      

-10.00 0.00 10.00 20.00 30.00


51
T ensão P rincipal M enor (M P a)
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Parâmetros Geomecânicos (c, )

τ = 6,2 + σ tg36,40

τ = 15,5 + σ tg17,60

52
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Eberhardt, E. The Hoek-Brown Failure Critrion.


Rock Mechanics and Rock Engineering. V. 45, p.
981-988. DOI: 10.1007/s00603-012-0276-4.

53
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Fonte: Marques et al. (2021). Influence of weathering on the strength and Hoek-Brown parameters of a kinzigite gneiss. Geotechn. Geological
Engineering. DOI: 10.1007/s10706-021—1727-w
54
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Efeito da Água na Resistência de Rochas

O efeito da água nas rochas pode ser dividido em três


categorias:
 desagregar a microestrutura, principalmente
argilominerais;
 desenvolver a poropressão;
 Intemperizar a rocha, produzindo minerais secundários
com menor resistência e maior deformabilidade.

55
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

drenado
nã o drenado

1 - 3

wi = 10,7 %


1 - 3
wi = 10,6 %
pw

Si


V/V u

axial

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3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Efeito de Escala na Resistência de Rochas

A resistência da amostra vai depender do tamanho da


amostra ensaiada. As rochas são compostas de várias
feições, como cristais, grãos, microfraturas e fissuras,
que condicionam o comportamento mecânico.
Amostras de tamanho reduzido podem não ser
representativas do maciço rochoso como um todo.

57
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Efeito de Escala na Resistência de Rochas

A resistência da amostra vai depender do tamanho da


amostra ensaiada. As rochas são compostas de várias
feições, como cristais, grãos, microfraturas e fissuras,
que condicionam o comportamento mecânico.
Amostras de tamanho reduzido podem não ser
representativas do maciço rochoso como um todo.

58
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Dessa forma, há uma
tendência geral de se
aumentar a resistência
com a diminuição do
tamanho da amostra de
rocha, uma vez que, no
tamanho reduzido, estes
planos de fraqueza
podem não estar
presentes nesta.

59
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Efeito de Anisotropia na Resistência de Rochas

A anisotropia de resistência das rochas corresponde à variação


da resistência à compressão/tração de acordo com a direção
das tensões principais. Trata-se de uma característica das
rochas compostas por minerais dispostos em arranjos
paralelos, orientados segundo uma direção, como micas,
cloritas e argilas. Estes minerais orientados são largamente
encontrados em rochas metamórficas, especialmente xistos,
filitos e ardósias.

60
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Resistência das Rochas com Uma
Descontinuidade

A presença de uma descontinuidade


usualmente controla a resistência de um maciço,
em função de suas características de resistência,
que pode ser expressa por:

j = Cj + n,j tg j

61
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Resistência das Rochas com Uma
Descontinuidade
Em que
j = Cj + n,j tg j j e n,j - tensões cisalhante e normal na descontinuidade;
Cj - resistência coesiva da superfície da descontinuidade; e
j - ângulo de atrito da superfície da descontinuidade.

1
R up tura da

R esistên cia axial da am ostra, 

rocha intacta O deslizamento ocorre quando:

  R up tura por
deslizam en to
da sup erfície 2 (C j   3 tg  j )
da descon tinu ida de 1   3 
(1  tg  j tg ) sin 2
1
Inclinação d a descontinuidade, 
(a) (b)

62
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Resistência das Rochas com Uma
Descontinuidade

63
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Características das Descontinuidades

As descontinuidades ocorrem geralmente em


famílias, ou seja, em conjuntos de estruturas
planares aproximadamente paralelas entre si.
Estas famílias podem ocorrer de forma bastante
regular, ou não.
As principais características geométricas de uma
descontinuidade são representadas pelos 10
parâmetros listados a seguir.
64
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Características das Descontinuidades

65
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Característica Geométrica das Técnica de Medida
Descontinuidades
Orientação Bússola geológica
Espaçamento Fita graduada (Métrica)
Persistência Fita graduada (Métrica)
Rugosidade Ábacos de referência
Resistência da parede Martelo de Schmidt
Abertura Escala
Preenchimento Observação táctil-visual
Condições de fluxo Observações no tempo
Número de famílias Projeção estereográfica
Tamanho do bloco Frequência de abertura 3D

66
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

67
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Orientação
É a atitude da descontinuidade no espaço, descrita pela direção
do mergulho (dip direction) ou azimute, medida no sentido horário
a partir do norte verdadeiro, e pelo mergulho (dip) da linha mais
inclinada da descontinuidade em relação à horizontal, conforme a
figura a seguir.
- mergulho (dip) - máxima inclinação do plano estrutural da
descon­tinuidade em relação à horizontal (ângulo );
- direção do mergulho ou azimute de mergulho (dip direction ou
dip azimuth) - é a direção da horizontal traçada pela linha do
mergulho, medida no sentido horário a partir do norte (ângulo ); e
- direção (strike) - é o ângulo entre a direção norte e a linha de
interseção
- entre um plano inclinado com a horizontal e o plano horizontal.
Forma ângulo reto com a direção do mergulho.

68
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Orientação

69
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Espaçamento

É definido como a distância perpendicular de


separação entre descontinuidades adjacentes,
exprimindo a “abundância” relativa de
descontinuidades. Em geral, é medida em
afloramentos, testemunhos de sondagem e em
furos de sondagem através de fitas graduadas
(métricas), câmaras fotográficas e periscópios de
furo de sondagem.

70
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Espaçamento

71
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Em furos de sondagem, o espaçamento entre
desconti­nuidades pode ser calculado pela
expressão:


S - espaçamento das descontinuidades; S

L - comprimento do furo de sondagem;


 - ângulo entre a normal à descontinuidade e o eixo do
furo de sondagem; e
NC - número de descontinuidades interceptadas.

72
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Classificação de espaçamentos entre descontinuidades

Descrição Espaçamento (cm)


Extremamente pouco espaçada < 20
Muito pouco espaçada 20 – 60
Pouco espaçada 60 – 200
Moderadamente espaçada 200 – 600
Espaçada 600 – 2000
Muito espaçada 2000 – 6000
Extremamente espaçada > 6000

73
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Persistência

A persistência ou continuidade de uma descontinuidade está


ligada à sua extensão em área ou dimensão. Pode ser
estimada pelo comprimento dos traços de descontinuidades
nas faces expostas dos maciços rochosos, como taludes,
túneis e galerias.
É um dos mais importantes parâmetros dos maciços
rochosos, porém é de difícil quantificação, posto que seu
valor depende da orientação e da dimensão da superfície
rochosa na qual se expõe.
A avaliação da persistência das diversas famílias de
descontinuidades é fundamental na investigação da ruptura
potencial de taludes rochosos.

DEMONSTRAR NO QUADRO
74
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Persistência

75
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 O comprimento do traço, medido por fita graduada
(métrica), de cada família de descontinuidades, pode
ser classificado por meio da seguinte tabela:

Grau de Comprimento da
persistência descontinuidade
Muito baixa <1m
Baixa 1–3m
Média 3 – 10 m
Alta 10 – 20 m
Muito alta > 20 m

76
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Rugosidade
A rugosidade é uma componente potencialmente
importante na resistência ao cisalhamento de
descontinuidades, especialmente no caso de
fraturas não preenchidas.
Distinguem-se duas escalas de rugosidades nas
paredes das descontinuidades. A primeira é
caracterizada por ondulações que podem atingir
até dezenas de metros. A segunda refere-se a
rugosidades de pequena escala, que afetam
comprimentos menores.

DEMONSTRAR

77
3. Propriedades de Resistência dos
Maciços Rochosos
Perfis De Rugosidade Típicos
JRC
1 0-2

2 2-4

3 4-6

4 6-8

5 8-10

6 10-12

7 12-14

8 14-16

9 16-18

10 18-20

0 5 10cm
ESCALA

78
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Resistência da Parede

A resistência à compressão das paredes de


uma descontinuidade é um componente
importante da resistência ao cisalhamento e da
deformabilidade. Em razão da sua resistência,
a rugosidade da descontinuidade pode ser
destruída sob ação das tensões cisalhantes.
Através do Esclerômetro de Schmidt

DEMONSTRAR
79
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Abertura da Descontinuidade

O termo “abertura” é definido como a


distância perpendicular de separação entre
as paredes de rocha de uma descontinuidade
aberta, cujo interior se encontra preenchido
por água ou ar. Distingue-se abertura,
definida anteriormente, de largura, termo
empregado para o espaço entre as paredes
de uma descontinuidade que se encontra
preenchido por um material sólido, por
exemplo, argilas.
DEMONSTRAR
80
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Abertura da Descontinuidade

81
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
A ISRM (1981) propõe uma classificação de
abertura, apresentada na tabela, a seguir:

Abertura Descrição Aspecto


< 0,1 mm Muito estreita
0,1 – 0,25 mm Estreita Feições fechadas
0,25 – 0,5 mm Parcialmente aberta
0,5 – 2,5 mm Aberta
2,5 – 1 mm Moderadamente larga
Feições entreabertas
10 mm Larga
1 – 10 cm Muito larga
10 – 100 cm Extremamente larga
>1m Cavernosa Feições abertas

82
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Material de Preenchimento

É chamado material de preenchimento todo aquele que


ocupa a distância entre as paredes de rocha de uma
descontinuidade, ou seja, a largura da descontinuidade.
Dentre os materiais de preenchimento mais comuns,
destacam-se: óxido de ferro, calcita, clorita, areias, argilas
e siltes.
Em razão da enorme variedade de ocorrência, as
descontinuidades preenchidas apresentam grande
variação de comportamento, especialmente no que se
refere à resistência ao cisalhamento, à deformabilidade e
à permeabilidade.
DEMONSTRAR

83
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Os fatores condicionantes do comportamento de
descontinuidades preenchidas mais importantes são:

 Mineralogia e granulometria do material de


preenchimento;
 Teor de umidade, razão de pré-adensamento e
permeabilidade do material de preenchimento;
 Persistência;
 Deslizamento cisalhante prévio;
 Rugosidade da parede;
 Largura do material de preenchimento;
 Estado de fraturamento ou esmigalhamento da parede da
descontinuidade.

84
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Condições de Fluxo

O estabelecimento de fluxo em maciços


rochosos resulta, sobretudo, da passagem de
água através das descontinuidades. A ISRM
(1981) propõe uma classificação que associa as
características da descontinuidade não-
preenchida ou preenchida ao tipo de fluxo
possível.

85
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Número de Famílias
O comportamento mecânico do maciço rochoso
é essencialmente influenciado pelo número de
famílias de descontinuidades que possui, uma
vez que este número determina a extensão do
maciço que pode se deformar sem envolver a
ruptura da rocha intacta.
A avaliação das famílias de descontinuidades é
feita por meio de exame visual, bússola
geológica e clinômetro.

86
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Número de Famílias

87
3. Propriedades de resistência dos maciços
rochosos
 Tamanho de bloco
O tamanho de bloco é um indicador extremamente
importante do comportamento do maciço rochoso;
é determinado pelo espaçamento e persistência da
descontinuidade e pelo número de famílias e suas
orientações. Estes dois últimos parâmetros
definem o formato dos blocos rochosos (estrutura
geomecânica elementar do maciço rochoso), que
podem ser instáveis ou não.
Os maciços rochosos podem ser descritos através
do tamanho e da forma dos blocos, classificados
segundo a tabela:
88
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Maciço rochoso Características dos blocos

Maciço Poucas juntas ou grande espaçamento

Em blocos Blocos aproximadamente equidimensionais

Dimensão dos blocos consideravelmente


Tabular menor do que as outras duas

Dimensão dos blocos consideravelmente


Colunar maior que as outras duas

Grandes variações de tamanho e formato de


Irregular
bloco
Britado Extremamente fraturado

89
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Determinação das Propriedades Mecânicas
de Descontinuidades
Amostragem das descontinuidades para
ensaios de laboratório:
- Perfuração de grande diâmetro, orientada
longitudinalmente à descontinuidade. No
caso de a descontinuidade ser
perpendicular ao eixo da sondagem,
sugere-se a instalação de pequenos
chumbadores para impedir o movimento
da fratura durante a perfuração.
- Extração de blocos contendo a
descontinuidade não perturbada (Figura
3.58c). A instalação de chumbadores é
recomendada antes da retirada do bloco.
90
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Determinação das Propriedades Mecânicas
de Descontinuidades
No ensaio de cisalhamento direto

Suporte Caixa de
cisalhamento

Material
preenchedor

N
F

91
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Determinação das Propriedades Mecânicas
de Descontinuidades
No ensaio de cisalhamento direto




 

 

Goodman, 1980
Ensaio Triaxial em Descontinuidade
Ensaio de Cisalhamento In situ
92
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
 Determinação das Propriedades Mecânicas
de Descontinuidades
Influência da água na resistência das descontinuidades



   


Resistência da
 descontinuidade






 u    

93
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
A resistência de maciços rochosos vai
depender da resistência da rocha
intacta () e da resistência da
descontinuidade (j). No entanto, ainda
não é claro em que proporções estas
parcelas se compõem para estabelecer
a resistência dos maciços rochosos.

94
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos
Goodman, 1980

(i) Caso I – Isotrópico, função da


resistência da rocha intacta;
(ii) Caso II – Anisotrópico, função
das resistências da rocha intacta e
da descontinuidade;
(iii) Caso III – Anisotrópico, função
das resistências da rocha intacta e
das descontinuidades e dos
mecanismos de interação entre os
blocos; e
(iv) Caso IV – Razoavelmente
isotrópico, função da resistência
das descontinuidades somente.

95
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Goodman, 1980

Configuração do modelo de blocos


ensaiado por Ladanyi e Archambault
(1972). 96
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Goodman, 1980
Comparação entre (a) a resistência prevista pela teoria de
Jaeger; e (b) a resistência observada no modelo ensaiado por 97
Ladanyi e Archambault.
3. Propriedades de Resistência dos Maciços
Rochosos

Goodman, 1980

Mecanismos de ruptura do modelo de blocos: (a) ruptura em uma


superfície de cisalhamento; (b) ruptura através de uma zona de
cisalhamento; e (c) ruptura por “kink band”.

98
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

Deformabilidade das rochas significa a capacidade


de a rocha se deformar sob a ação de um
carregamento ou descarregamento.

O estudo da deformabilidade das rochas é bastante


relevante nos problemas da engenharia. Nos
projetos envolvendo fundações de barragens, os
recalques na fundação, provenientes de seu peso,
irão depender dos parâmetros de deformabilidade
dessa fundação. Em projetos de túneis, o
conhecimento da expansão da cavidade é de
fundamental importância, sobretudo na definição do
revestimento.
99
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

Vargas, 2014

100
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

Vargas, 2014

101
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

Vargas, 2014

102
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos
Medida das Propriedades de Deformabilidade
Na consideração do comportamento dos diferentes
sistemas na transição entre a rocha intacta e um
maciço rochoso muito fraturado, deve-se ter em
mente que a qualidade e a quantidade dos dados
experimentais decrescem rapidamente quando se
passa de uma amostra de rocha intacta para o
maciço rochoso.

103
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos
Deformabilidade da rocha intacta – ensaios de
laboratório

Os seguintes ensaios são normalmente


utilizados:
i) Ensaio uniaxial;
ii) Ensaios triaxiais ;
- ensaio triaxial axissimétrico;
- ensaio de compressão hidrostática.
104
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos
3 1


+ 3 3

105
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

Cálculo dos parâmetros de


Deformabilidade (módulo de
elasticidade e o coeficiente de
Poisson) utilizando a inclinação
média do ramo elástico da
curva tensão-deformação. 40
40

Você considera o
comportamento deste material 0,08
como sendo dúctil ou frágil? ν = 50/200= E=
0,25 40/0,0008 =
50 GPa

0,02
Inclinação = 40/0,0002
Fonte: O Autor. = 200 GPa
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos
Deformabilidade do maciço rochoso – ensaios
in situ – estáticos

Ensaios in situ são muito dispendiosos e


podem não refletir a deformabilidade do
maciço, dependendo da situação particular
deste (espaçamento das descontinuidades,
por exemplo) e do ensaio (tamanho da placa
ou do macaco utilizado, por exemplo).

107
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos
Ensaio de placa (plate bearing test)

O ensaio de placa é um método comumente


utilizado na determinação da deformabilidade
do maciço rochoso, particularmente na
engenharia de fundação. A deformabilidade
do maciço pode ser medida in situ, por meio
do carregamento de sua superfície e da
monitoração das deformações resultantes.

108
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

Ensaio de Placa

109
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos
Dilatômetro (borehole test)

Em comparação com
outros métodos de
determinação de pro-
priedades de deforma-
bilidade, este é o ensaio
mais rápido e o menos
dispendioso.

110
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

Macaco plano (flat jack test)


Neste tipo de ensaio, grande
volume de rocha pode ser
carregado a até 70 MPa ou
mais, utilizando-se placas de
aço inoxidável.

111
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

112
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

Método
Doorstopper

113
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

Método Doorstopper

114
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

Vargas, 2014

115
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

CSIR Triaxial
strain cell
(África do Sul,
em Vargas,
2014)

116
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

CSIR Triaxial
strain cell
(África do Sul,
em Vargas,
2014)

117
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

USBM- style
gauge (Geokon,
2020)

118
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

USBM- style
gauge (Geokon,
2020)

119
4. Propriedades de Deformabilidade dos
Maciços Rochosos

CSIRO HI Cell (
www.esseearth.com,
2020)

https://youtu.be/jSEAvP5za_8
https://youtu.be/0a50jHxrQIY
120

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