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Fratura Dúctil
.
Fratura frágil
Clivagem
(a)
(b)
Transição dúctil-frágil
(a) (b)
Figura 48-Representação esquemática do efeito da temperatura na
tenacidade de metais que exibem a transição dúctil- frágil
.
A tenacidade à fratura de um aço ferrítico pode mudar drasticamente
para uma pequena faixa de temperatura figura 49 (a, b). Para baixas
temperaturas, o aço é frágil e falha por clivagem. Para altas temperaturas, o
material é dúctil e falha por coalescimento de microcavidades. A fratura dúctil
inicia para um valor particular de tenacidade, como indicado na linha hachurada
da figura 49(a). A trinca cresce quando a carga é aumentada. Eventualmente o
material falha instantaneamente por colapso plástico ou rasgamento. Na região
de transição dúctil frágil, ambos os mecanismos de fratura podem ocorrer no
mesmo material. Na região de transição inferior, o mecanismo é por clivagem
pura, mas aumentando a tenacidade com a temperatura a clivagem torna-se
mais difícil. Na região superior da transição, a trinca inicia por coalescimento de
microcavidades, mas falha final ocorre por clivagem. Isto porque,
provavelmente, não existem partículas críticas próximas ao vértice da trinca
que poderiam desenvolver a clivagem. Eventualmente, com o crescimento de
trinca e com as partículas, a clivagem ocorre. Pelo fato de que a energia
absorvida (tenacidade à fratura) na região de transição dúctil/frágil é governada
por efeitos estatísticos, em função das heterogeneidades do material, os dados
tendem a ser altamente dispersos.
A figura 50 (a, b) mostram resultados de ensaios de impacto onde nota-
se a mudança no aspecto de fratura em função da temperatura de ensaio.
Fractografia:
a) b)
Uma vez que a iniciação da fratura por fadiga não requer altas tensões,
normalmente há pouca ou nenhuma deformação no material que fraturou por
fadiga. Se a tensão máxima não exceder o limite de escoamento do material,
pode ocorrer praticamente nenhuma deformação plástica, embora a região da
ruptura final poderá ter alguma deformação macroscópica. A figura 58 mostra
uma representação esquemática da evolução de uma trinca e um material
ensaiado sob fadiga. Nota-se que à medida que o estado de tensão muda de
deformação plana (triaxial de tensão) para tensão plana (triaxial de
deformação), o aspecto da fratura muda de plano (onde a zona plástica é
restringida devido ao estado triaxial de tensão) para rompimento em torno de
45°, onde a zona plástica fica mais pronunciada.
Quando um material está sob carregamento cíclico e em um meio
corrosivo, ele estará sujeito ao fenômeno de corrosão-fadiga. Considerando
que a fadiga é a causa de 90% das fraturas nos materiais, e, ainda com a ação
corrosiva de um determinado meio, a vida do componente será certamente
abreviada.
Tensão Material
(Tração) Susceptível
CST
Meio corrosivo
Corrosão intergranular
(a)
(b)
Figura 62 - Representação da precipitação de carbonetos de cromo em
contornos de grãos (a,b).
Fratura por desgate
O fenômeno de desgaste pode ser definido como a degradação não
proposital de um material resultante do uso ou da interação com o meio. Por
exemplo, um processo onde ocorre a remoção de partículas metálicas em
função de movimento relativo entre dois materiais em contato.
As superfícies sólidas são geralmente constituídas de irregularidades
(rugosidades) onde praticamente não se apresentam perfeitamente planas.
Observam-se irregularidades de diferentes formas em termos macro e
microscópicos.
O processo de geração de descontinuidades superficiais em decorrências de
desgaste de componentes estruturais pode induzir deformações elásticas e
plásticas localizadas em agentes concentradores de tensão e, por conseguinte,
nucleação de trincas e fratura do material. A Tabela 4 classificam-se os
diferentes tipos de desgaste como:
Desgaste abrasivo
A ação cortante de abrasivos sob cargas que não são suficiente para
vencer a resistência destes abrasivos ao esmagamento é desenvolvida quando
são aplicadas baixas tensões. Isto resulta em arranhamento da superfície
metálica onde poderá ser crítico quando o componente estrutural for solicitado
sob carregamento cíclico, desenvolvendo-se a deformação plástica localizada
com possível nucleação de trincas e posteriormente fratura por fadiga. No caso
da abrasão for sob altas tensões ocorre esmagamento ou moagem do
abrasivo. O desgaste é causado por tensões compressivas localizadas no
ponto de contato com o abrasivo, ocorrendo possivelmente deformação
plástica e fadiga de constituintes dúcteis e a ruptura de constituintes duros do
material.
A figura 65 mostra este tipo de representação esquemática de dois tipos
de forças aplicadas em partículas presentes em superfícies de materiais.
Desgaste erosivo