Os elementos de liga afetam pouco o módulo de elasticidade, mas afetam significativamente as resistências mecânicas porque dificultam o movimento das discordâncias, elevando as propriedades mecânicas.
Os elementos de liga afetam pouco o módulo de elasticidade, mas afetam significativamente as resistências mecânicas porque dificultam o movimento das discordâncias, elevando as propriedades mecânicas.
Os elementos de liga afetam pouco o módulo de elasticidade, mas afetam significativamente as resistências mecânicas porque dificultam o movimento das discordâncias, elevando as propriedades mecânicas.
1 Elementos de liga influem pouco no módulo de elasticidade.
Entretanto, as resistências mecânicas são significativamente afetadas. Porquê?
Porque quando é adicionado elementos de liga, o movimento das
discordâncias é dificultado, elevando assim as propriedades mecânicas. Esse novo elemento funciona como uma barreira, sendo que o efeito é acentuado pela quantidade, ou pela diferença do tamanho dos átomos.
2 Porque as ligas de metais têm maior resistência mecânica do que os metais
puros?
Porque quando uma “impureza”, no caso outro elemento está presente em
uma liga metálica, o movimento das discordâncias ficam restringidos, assim precisa-se fornecer energia adicional para que continue havendo escorregamento.
3 Qual a dificuldade de se empregar deformação plástica para obter-se um
aumento de resistência mecânica para metais como chumbo, zinco e estanho?
Porque para os metais citados os fenômenos de reconstrução de grãos ocorrem
a temperatura baixas, assim com o crescimento do tamanho dos grãos em temperaturas muito baixas, ocorre uma diminuição das discordâncias e as propriedades mecânicas voltam ao seu estado original.
4 Qual o efeito da temperatura sobre o módulo de elasticidade e sobre a
resistência mecânica de um metal?
Após a recristalização, se o material permanecer por mais tempo em
temperaturas elevadas, ocorre o crescimento do grão. Com o tamanho de grão maior, maior será o módulo de elasticidade e menor a resistência mecânica.
5 Qual a diferença entre tensão de cisalhamento crítica e tensão de
cisalhamento efetiva?
A tensão de cisalhamento crítica é a tensão mínima necessária para iniciar o
escorregamento dos planos dentro de um monocristal, que tem seu início de escorregamento para a direção de orientação que está mais favorável. Já a tensão de cisalhamento efetiva são as tensões paralelas e perpendiculares à direção de uma tensão por tração ou compressão.
6 Porque metais com tamanho de grão pequeno possuem a temperatura
ambiente maior resistência mecânica do que se possuíssem grãos maiores?
O contorno de grão interfere no movimento das discordâncias. Devido às
diferentes orientações cristalinas presentes, resultantes do grande número de grãos, as direções de escorregamento das discordâncias variam de grão para grão. Assim, quanto menor tamanho de grão, mais descontinuidades para travar o movimento de discordâncias, tornando o material com uma resistência mecânica maior.
7 Porque metais com tamanho de grão grande possuem a elevadas
temperaturas maior resistência mecânica do que se possuíssem grãos pequenos?
Em temperaturas elevadas ocorre o fenômenos de difusão na microestrutura
dos metais, que impedem a movimentação das discordâncias. Este fenômeno ocorre mais facilmente em tamanhos de grãos pequenos. Quando os grãos da microestrutura dos metais são maiores, é necessário fornecer mais energia para que ocorra este fenômeno, tornando assim, um material de grão maior mais resistente mecanicamente.
8 Os grãos aumentam seu tamanho médio a altas temperaturas? Porque não
diminuem a baixas temperaturas?
Sim, o crescimento do tamanho do grão ocorrem apenas acima da
temperatura de recristalização, esta sendo dependente do tempo e da temperatura de fusão absoluta de cada material. Os grãos não diminuem de tamanho em baixas temperaturas, porque o material já está recristalizado.
9 Explique como um átomo de um elemento liga bloqueia uma discordância
em movimento.
Quando é adicionado um átomo de liga em um metal, devido ao seu tamanho
do raio atômico ser diferente do átomo da matriz gera-se uma deformação na estrutura cristalina, restringindo o movimento das discordâncias. A resistência ao escorregamento é maior quando os átomos da liga estão presentes, porque a deformação global da rede cristalina aumenta se uma discordância for separada ou restrigida.
10 Explique os diferentes estágios de fluência.
A fluência é analisada, quando um material é submetido a uma carga ou
tensão constante e pode sofrer uma deformação plástica ao longo do tempo. Variando o comprimento do corpo-de-prova ao longo do tempo em função do tempo. A curva de fluência pode ser dividida em 3 estágios:
I – Alongamento inicial instantâneo do corpo-de-prova: taxa de fluência diminui
ao longo do tempo;
II – Inclinação da curva de fluência é a taxa de fluência, que é constante nesta
fase; III – Taxa de fluência aumenta rapidamente com o tempo até a ruptura.
11 O que é recuperação, recristalização e crescimento de grão? Descreva esses
fenômenos.
Na recuperação ocorre um alívio das tensões internas armazenadas durante a
deformação, devido ao movimento das discordâncias resultante da difusão atômica. Redução do número de discordâncias e seu rearranjo.
Na recristalização ocorre um rearranjo dos átomos em grãos menos deformados
em temperaturas elevadas. Com o crescimento do grão o número de discordâncias reduz ainda mais e as propriedades mecânicas voltam ao seu estado original A temperatura de recristalização é dependente do tempo e está entre 1/2 e 1/3 da temperatura absoluta de fusão.
O crescimento de grão Depois da recristalização se o material permanecer por
mais tempo em temperaturas elevadas o grão continuará à crescer em geral, quanto maior o tamanho de grão mais mole é o material e menor é sua resistência.
Esses fenômenos ocorrem em sequência, no tratamento de recozimento de
metais.
12 Qual a distinção entre trabalho a frio e trabalho a quente para um metal.
Para o tungstênio, por exemplo, qual seria a temperatura limite entre um e outro?
A diferença entre trabalho a frio e trabalho a quente é dada pela temperatura
de recristalização de cada metal. A temperatura de recristalização é quando uma metal atinge seu estado térmico. Por exemplo, para o tungstênio a temperatura de recristalização é 1200°C, acima desta temperatura ocorre o trabalho a quente, abaixo desta temperatura ocorre o trabalho à frio.
13 Descreva a fratura dúctil e a fratura frágil.
A fratura dúctil ocorre apenas após extensa deformação plástica e se
caracteriza pela propagação lenta de trincas resultantes da nucleação e crescimento de microcavidades. Ex.: aços e polímeros. Já a fratura frágil ocorre pela propagação rápida de trincas, acompanhada de pouca ou nenhuma deformação. Nos materiais cristalinos ocorre em determinados planos cristalinos chamados planos de clivagem ou ao longo dos contornos de grão. Ex.: materiais cerâmicos. 14 Qual a importância da temperatura de transição. Que estruturas estão mais susceptíveis à transformação dúctil-frágil?
A quantidade de energia que o material absorve até a ruptura é influenciado
pela presença de imperfeições superficiais, como trincas, entalhes, concentradores de tensões e pela temperatura de transição. Em baixas temperaturas a trinca se propaga mais rapidamente que os mecanismos de deformação plástica, onde pouca energia é absorvida. Em temperaturas elevadas a fratura é precedida de uma deformação que consome energia. Assim mudanças bruscas ocorrem no comportamento característico de metais com estrutura CCC.
15 Explique porquê um metal monocristalino é mais macio e dúctil que um metal
policristalino?
Porque os metais monocristalinos não possuem variações na geometria do seu
arranjo cristalino que impeçam o movimento das discordâncias. Já nos metais policristalinos as restrições geométricas que são impostas sobre os grãos durante a deformação, aumentam a resistência do material, o torna menos macio e dúctil quando comparado com um equivalente monocristalino.
16 Qual a possível relação entre resistência mecânica à tração de um metal e o
resultado de dureza Brinell? Porquê?
A resistência mecânica de uma metal e dureza brinell estão diretamente ligados
a resistência de um material a deformações plástica. O aumento de uma das propriedades resulta no aumento proporcional da outra. Geralmente os materiais mais duros apresentam uma maior capacidade para suportar elevadas cargas antes de se deformarem.
17 Qual a possível relação entre resistência mecânica e limite à fadiga de um
metal? Porquê?
Quanto maior a resistência mecânica de um material, maior é a tensão por ele
suportado sem sofrer deformação, assim maior será o seu limite de resistência à fadiga.
18 Em que etapas pode-se dividir o processo de fadiga de um material
metálico?
PROPAGAÇÃO FASE I: após aplicação de um determinado número de ciclos de
carregamento, formam-se extrusões e intrusões, onde é intensa a concentração de tensões. A taxa de crescimento de trincas é baixa. PROPAGAÇÃO FASE II: ocorre a propagação de uma trinca bem definida com velocidade elevada, surgindo estrias com o avanço da trinca. A taxa de crescimento de trinca é muito
elevada.
FRATURA FINAL (CATASTRÓFICA!): trinca percorreu uma área suficiente e o
material não consegue suportar a carga aplicada, ocorre a fratura.
19 A presença de discordância contribui positivamente ou negativamente para
a deformação plástica de um metal?
Contribui negativamente, porque a resistência mecânica de um metal aumenta
com a presença das discordâncias, porém a capacidade de deformação plástica irá diminuir.
20 Explique a Figura 1 abaixo.
A figura 1 é um gráfico de trabalho a frio, tensão e deformação. O trabalho a
frio é acompanhado do encruamento que é ocasionado pela interação das discordâncias entre si e com outras barreiras, tais como contornos de grão que impedem o seu movimento através da rede cristalina. A deformação plástica produz também um aumento no número de discordâncias, as quais, em virtude de sua interação, resultam num elevado estado de tensão interna na rede cristalina. A medida que aumenta o trabalho a frio ao que o material é submetido, o mesmo é capaz de suportar altas tensões e menores deformações plásticas, ou seja aumenta a resistência do material e diminui a ductilidade.
21 Relacione a estrutura e as propriedades mecânicas apresentadas na Figura
2.
O gráfico da figura 2 mostra a resistência à tração e a ductilidade em função
do aumento do tamanho do grão e aumento da temperatura de uma liga de latão, o gráfico abaixo representa a recuperação por recristalização e o aumento do grão da liga em função do aumento de temperatura. Inicialmente os grãos foram submetidos ao trabalho á frio, ocorrendo a diminuição dos grãos e o aumento das discordâncias, nesta etapa o material consegue suportar à uma deformação tensão maior com menor deformação, a medida que a temperatura aumenta ocorre a recristalização do material, nesta etapa o material se reorganiza e forma novos grãos, ocorre também á medida que a temperatura aumenta o aumento do grão, com a reorganização e aumento do tamanho médio do grão o material tende perder resistência à tração e aumentar sua ductilidade.