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Exercícios Resolvidos
Exercícios resolvidos como parte do processo avaliativo para a disciplina de Ciência dos Materiais do
programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Tecnologia e Engenharia de Materiais, ministrada pelo
professor Juliano Toniolo.
2. Porque as ligas de metais têm maior resistência mecânica do que os metais puros?
Em função de sua temperatura de recristalização ser muito baixa, o material sofre facilmente o
processo de recristalização, reduzindo as tensões internas e suas discordâncias e por consequência
suas propriedades mecânicas.
pela temperatura, tanto em sua solidificação, propiciando variação de tensão e/ou discordâncias
quanto no comportamento do material solidificado quando submetido a determinada temperatura,
podendo causar modificações na organização do material, a exemplo do processo de recozimento.
A tensão de cisalhamento crítica é a tensão mínima necessária para iniciar o escorregamento dos
planos dentro de um monocristal, que tem seu início de escorregamento para a direção de orientação
que está mais favorável, as tensões de cisalhamento efetivas são as tensões paralelas e
perpendiculares à direção de uma tensão por tração ou compressão, as tensões de cisalhamento
efetivas não dependem apenas das tensões aplicadas, mas também da orientação do plano de
escorregamento e a direção dentro do mesmo plano.
6. Porque metais com tamanho de grão pequeno possuem a temperatura ambiente maior
resistência mecânica do que se possuíssem grãos maiores?
Devido ao contorno de grão. Quanto menor o tamanho do grão, maior o número de barreiras de
travamento para movimentação das discordâncias e escorregamento dos planos atômicos, gerando
uma maior resistência e uma menor deformação em relação a metais com tamanhos de grão maiores.
7. Porque metais com tamanho de grão grande possuem a elevadas temperaturas maior resistência
mecânica do que se possuíssem grãos pequenos?
Em função do mesmo mecanismo visto no exercício anterior. Grãos menores possuem maior número
de barreiras de travamento para movimentação das discordâncias e escorregamento dos planos
atômicos, sendo assim, quando submetidos a temperaturas elevadas sofrem com maior facilidade a
reorganização de sua estrutura e eliminação das discordâncias, enquanto grãos maiores possuem
menor ocorrência de discordâncias e necessitam de maior energia para a movimentação das mesmas,
gerando uma maior resistência.
8. Os grãos aumentam seu tamanho médio a altas temperaturas? Porque não diminuem a baixas
temperaturas?
Sim, quando submetidos a altas temperaturas os grãos apresentam redução de deformações, quando
existentes, e aumento do tamanho de grão. Em baixas temperaturas o tamanho médio não diminui
pois o material já está recristalizado.
– Alongamento inicial instantâneo do corpo de prova (taca de fluência diminui ao longo do tempo);
12. Qual a distinção entre trabalho a frio e trabalho a quente para um metal. Para o tungstênio, por
exemplo, qual seria a temperatura limite entre um e outro?
A distinção entre trabalho a frio e trabalho à quente para um metal é dada pelo limite da temperatura
de recristalização, define-se a temperatura de recristalização como a temperatura na qual a
recristalização atinge o seu término em exatamente 1 hora, para o tungstênio a temperatura de
recristalização é 1200°C, acima desta temperatura ocorre o trabalho a quente, abaixo desta
temperatura ocorre o trabalho à frio.
Em fraturas dúcteis há um aviso do material antes do rompimento. A fratura dúctil pode ser:
transgranular (crescimento plástico fratura em taça ou cone), intergranular (presença de vazios nos
contornos de grão), cisalhamento ou pela formação de um pescoço (deformação plástica). Já a fratura
frágil ocorre de maneira abrupta, geralmente a temperaturas baixas e pode ser do tipo clivagem ou
intergranular.
14. Qual a importância da temperatura de transição. Que estruturas estão mais susceptíveis à
transformação dúctil-frágil?
A transição de dúctil para frágil possui relação com os mecanismos de absorção da energia de
impacto em relação à temperatura. Em temperaturas elevadas a fratura é procedida de uma
deformação que consome energia, já em baixas temperaturas a trinca se propaga mais velozmente
que os mecanismos de deformação plástica, absorvendo pouca energia. Este comportamento é
encontrado tipicamente em aços com baixa resistência que possuem uma estrutura cristalina CCC,
para estes aços a temperatura de transição é sensível tanto a composição da liga como a sua
microestrutura.
15. Explique porquê um metal monocristalino é mais macio e dúctil que um metal policristalino?
16. Qual a possível relação entre resistência mecânica à tração de um metal e o resultado de dureza
Brinell? Porquê?
Tanto o limite de resistência à tração como a dureza são indicadores da resistência à deformações de
um metal, de modo que o aumento de uma das propriedades resulta no aumento proporcional da
outra.
17. Qual a possível relação entre resistência mecânica e limite à fadiga de um metal? Porquê?
Sabendo que fadiga é a falha que ocorre em estruturas submetidas a tensões dinâmicas e flutuantes e
que fatores como poros e irregularidades podem agir como concentradores de tensões, facilitando a
falha, é possível relacionar o aumento de resistência mecânica de materiais provocado pelo aumento
das discordâncias com o redução do limite à fadiga da peça. Sendo assim, conclui-se que materiais
com propriedades mecânicas (dureza) superiores possuem menor limite a fadiga.
– Propagação Fase Ii: ocorre a propagação de uma trinca bem definida com velocidade elevada,
surgindo estrias com o avanço da trinca.
– Fratura Final (Catastrófica): a trinca percorreu uma área suficiente e o material não consegue
suportar a carga aplicada, resultando na fratura da peça.
Representa o processo de trabalho a frio de um material, onde percebe-se que, conforme o trabalho
aumenta ocorre um aumento da resistência a tensão na estrutura da peça e uma redução da
resistência a deformação da mesma, ou seja, conforme o trabalho a frio aumenta a peça perde
ductibilidade e ganha resistência a tensão a qual sugere um aumento de resistência mecânica da
mesma.
22. O cloreto de sodio e isolante no estado solido. Entretanto no estado liquido, ele e um bom
condutor. Justifique.
23. As condutividades eletricas da maioria dos metais decrescem gradualmente com a temperatura,
mas a condutividade intrinseca dos semicondutores sempre cresce rapidamente com a
temperatura. Justifique a diferenca.
A diferença se dá pois em metais a agitacao termica reduz o livre percurso medio dos eletrons, a
mobilidade dos mesmos e como consequencia a condutividade. Já em semicondutores, o aumento da
temperatura fornece energia que liberta transportadores de cargas adicionais
24. Por que o efeito da temperatura na condutividade
https://ricardocborges.wordpress.com/2015/11/28/exercicios-resolvidos/ eletrica e, em geral, mais acentuado em um 4/5
29/07/2017 Exercícios Resolvidos | ricardocborges
24. Por que o efeito da temperatura na condutividade eletrica e, em geral, mais acentuado em um
semicondutor do que em um isolante?
Pois a banda proibida de materiais isolantes é muito grande (maior do que dos semicondutores) e
difícil de ser suplantada, mesmo com o efeito da temperatura.
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