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PORTFÓLIO
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

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Guarulhos
2016
 PORTFÓLIO
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

Trabalho apresentado ao Curso Engenharia de

Produção da Faculdade ENIAC para a disciplina
Ciência e Tcnologia dos Materiais.

Prof.

Guarulhos
2016
Respostas

1. Considere duas discordâncias em cunha no mesmo plano de

deslizamento e separadas por algumas distâncias interatômicas. O que
pode ocorrer se, devido as tensões aplicadas ao material, essas
discordâncias forem forçadas a se aproximar?

Quando um material é submetido tensões interatômicas com o intuito de

aproximar as discordâncias, o resultado dessas forças esta atrelado ao sentido
das zonas de tração e compressão, quando essas zonas estão do mesmo lado
das discordancias, devido ao campo de tensões existentes em torno de cada
discordância individual as mesmas tandem a se repelir, isto é, tendem a se
separarem, essa situação dificulta a mobilidade das discordâncias e sua
deformação plástica.
Agora quando essas zonas estão em sentidos opostos das
discordâncias, os campos de tensões existentes em torno de cada discordância
tende a se atrair, aproximando-as, desta forma melhora a mobilidade dessas
discordâncias e facilita a deformação plástica do material.

2. Uma barra cilíndrica de latão de diâmetro inicial igual a 30,0 mm

sofreu uma deformação plástica a frio, sendo o diâmetro final depois da
deformação igual a 26,8 mm.
(a) Determine o grau de deformação, em % de redução de área
(percent cold work).
 (b) Estime, utilizando os gráficos abaixo, o limite de escoamento e a
ductilidade dessa liga depois da deformação a frio.

Tensão de escoamento = ± 346 Mpa.

Ductilidade = ± 23,7%.
 3. Como a precipitação de uma segunda fase em materiais
cristalinos é um processo ativado termicamente, uma expressão de
Arrhenius pode ser usada para estimar o tempo exigido para alcançar a
dureza máxima. Como uma primeira aproximação, você pode tratar t
como uma −1 max “taxa”, onde tmax é o tempo para alcançar o máximo
da dureza. Para determinada liga de alumínio, tmax é de 40 horas a 150 °C
e somente 4 horas a 190 °C. Use a Equação dada abaixo para calcular a
energia de ativação para esse processo de precipitação.
−Q / RT
taxa=C .e
 4. Uma vareta de aço cilíndrica com raio de 7,5 mm é estirada
através de uma matriz de 4 mm de raio. Qual é a porcentagem resultante
de trabalho a frio? Durante o procedimento de trabalho a frio, a peça
acumula muitas tensões. Explique sucintamente como ocorre este efeito.

Nos processos de conformação a frio o material sobre um encruamento

através de elevadas tensões de compressão, desta forma aumenta sua dureza,
sua resistência à tração, porém inferiores a de um processo a quente. Em
contra-partida a qualidade superficial e a precisão dos produtos conformados a
frio.

5. Descreva de forma sucinta cada uma das etapas do tratamento

térmico apresentados na figura a seguir (recuperação, recristalização e
crescimento do grão), associando aos efeitos causados na ductilidade e
no limite de resistência à tração do material e também às temperaturas de
transição entre cada tipo de tratamento. Faça uma estimativa do tamanho
do grão, da ductilidade e da resistência a tração do material tratado à
temperatura de 600 °C.
 No processo de recuperação não ocorre uma mudança estrutural
perceptível a olho nú, no ponto de vista mecânico suas propriedades são pouco
alteradas. Quando o material é submetido a uma deformação a quente seu
número de defeitos cristalinos aumentam, devido à ativação térmica, as
discordâncias geradas se rearranjam para uma estrutura de subgrãos, em um
dado momento essa quantidade de defeitos gerados são compensados pela
quantidade de defeitos eliminados atingindo um estado estacionário, essa
diminuição de defeitos, são propiciadas devido a mobilidade atômica, onde os
grãos formam contornos de ângulos pequenos que permite o alinhamento de
suas discordâncias dessa forma dão origem aos subgrãos microscópicos.
Esse processo gera uma leve diminuição na dureza, podendo ocorrer
em temperaturas logo abaixo daquelas necessárias para produzir mudanças
microestruturais significativas

Recristalização é um processo que ocorre somente quando o material é

submetido a temperaturas elevadas e a tempos mais longos de exposição do
que os necessários para ocorrer a recuperação. Este processo permite que
haja a eliminação dos defeitos cristalinos e a redistribuição das discordâncias
acumuladas nos contornos dos grãos, através da nucelação e crescimento dos
grãos cristalinos não deformados.

O crescimento de grãos é um processo onde há uma continuidade de

aumento do tamanho médio dos grãos durante o tratamento térmico quando
submetidos a uma temperatura elevada. Este processo não precisa
necessariamente ser precedido pelos processos de recuperação e
recristalização, podendo ocorrer durante a sinterização (processo antigo de
fabricação de cerâmicas) em qualquer material policristalinos, metais ou
cerâmicos. Vale ressaltar que a medida que os grãos aumentam seu tamanho
há uma redução da energia de superfície total.

Estima-se um aumento de 30% na ductilidade, sua resistência à tração

diminua 210 Mpa e seus grãos sofram um aumento de 0,015 mm.
Conclusão
De acordo com as necessidades exigidas pelo projeto podemos utilizar uma
variedade de tratamentos térmicos a fim de atendê-lo.
Dentre suas finalidades pode-se optar por uma dureza maior nas peças
acabadas ou semiacabadas. Podemos endurecer ou amolecer o aço de acordo
com sua composição química. A composição química do material interfere
também no tipo de tratamento a ser aplicado. O segredo a têmpera ou aumento
da dureza dos materiais esta no resfriamento, ou melhor, no tempo de
resfriamento, quando ocorre rapidamente eleva a dureza do material e mais
lento sua dureza fica inferior. Existem também tratamentos que promovem o
refino dos grãos, como o recozimento que foi tratado neste trabalho. Desta
forma a análise prévia das aplicações e esforços a serem exigidos pelo
material deve ser minuciosa, garantindo que o mesmo não sofra com desgaste
prematuro, que suas medidas finais atendam o projeto ou que ele seja
resistente a torção e não à impacto em determinada utilização que a requeira,

Referência Bibliográfica:
James F. Shackelford, Ciência dos Materiais, São Paulo, 2008, 6°edição.