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Ciência dos materiais

Prof. Dr. Germano Tremiliosi Filho


Deformação dos metais:
Plastica e Elastica

Kelly Suely Galhardo


Mariana Beatriz dos Reis Silva
PROPRIEDADES MECÂNICAS
POR QUÊ ESTUDAR?
 O conhecimento das propriedades mecânicas é muito
importante para a escolha do material para uma
determinada aplicação, bem como para o projeto e
fabricação do componente.
 As propriedades mecânicas definem o comportamento
do material quando sujeitos à esforços mecânicos, pois
estas estão relacionadas à capacidade do material de
resistir ou transmitir estes esforços aplicados sem
romper e sem se deformar de forma incontrolável.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
 Resistência à tração
 Elasticidade
 Ductilidade
 Fluência
 Fadiga
 Dureza
 Tenacidade,....
TIPOS DE TENSÕES QUE UMA
ESTRUTURA ESTA SUJEITA

 Tração
 Compressão
 Cisalhamento
 Torção
ENSAIOS MECÂNICOS
São utilizados para determinar as Propriedades
Mecânicas do material

 Utilização de corpos de prova


 Utilização de Normas Técnicas

 ASTM (American Society for Testing and


Materials)
 ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas)
PROPRIEDADES MECÂNICAS
COMPORTAMENTO DOS METAIS
QUANDO SUBMETIDOS À TRAÇÃO

Dentro de certos limites,


a deformação é proporcional
à tensão (a lei de Hooke é
obedecida)

Lei de Hooke:  = E 
A DEFORMAÇÃO PODE SER
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

 Prescede à deformação  É provocada por tensões que


plástica ultrapassam o limite de
 É reversível elasticidade
 Desaparece quando a tensão é  É irreversível porque é
removida resultado do deslocamento
 É praticamente proporcional à permanente dos átomos e
tensão aplicada (obedece a lei portanto não desaparece
de Hooke) quando a tensão é removida
DEFORMAÇÃO PODE SER
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA
 Precede a deformação plástica.
 A deformação não é permanente (reversível)  o material
retorna à posição inicial após retirada a força.
 A Tensão é proporcional à deformação (Lei de Hooke)
=Ex  = tensão
E = módulo de elasticidade (módulo de Young)
 = deformação
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA:
COEFICIENTE DE POISSON
 Quando o material é submetido a uma
tensão de tração (ou compressão),
ocorre um “ajuste” (acomodação) nas
dimensões perpendiculares à direção
da força aplicada.
 O Coeficiente de Poisson () é
definido como a razão (negativa) entre as
deformações lateral (x, y) e
longitudinal (ou axial, z) do material.
Teremos x = y quando o material é
isotrópico e a tensão aplicada for uniaxial
(apenas na direção “z”)
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA:
COEFICIENTE DE POISSON
 Teoricamente, materiais isotrópicos devem apresentar
um coeficiente de Poisson de 0.25.
 O máximo valor para “” é 0.5 (valor para o qual não
existe qualquer alteração líquida no volume)
 Para muito metais e ligas, este valor está entre 0.25 e
0.35
 O coef. de Poisson também é usado na relação entre os
módulos de cisalhamento ( G ) e e de elasticidade
( E ) de materiais “isotrópicos”, pela relação:

E = 2G (1 + ) Para a maioria dos metais G  0,4E


O COEFICIENTE DE POISSON PARA
TENSÕES DE CISALHAMENTO
 Tensões de cisalhamento produzem deslocamento de
um plano de átomos em relação ao plano adjacente
 A deformação elástica de cisalhamento é dada ( ):
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DE
CISALHAMENTO

tensões de cisalhamento
solicitam as estruturas
cristalinas que produzem Sem deformação
um deslocamento de um
plano de átomos em
relação ao plano
adjacente
Deformação de cisalhamento
MÓDULO DA ELASTICIDADE
VERSUS TEMPERATURA
 o módulo da elasticidade
de todos os materiais
decresce com o aumento
da temperatura
 a expressão térmica reduz
o valor de , desta forma,
diminui o módulo da
elasticidade

 O aumento da temperatura
provoca:
 Módulo de Elasticidade
 Força de Elasticidade
 ductibilidade
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA:
ESCOAMENTO
 Esse fenômeno é nitidamente observado em alguns
metais de natureza dúctil, como aços com baixo teor de
carbono.
 Caracteriza-se por um grande alongamento sem
acréscimo de carga.
 Para a maioria dos materiais metálicos, a deformação
elástica persiste apenas até deformações de  0,005.
Após este ponto ocorre a deformação plástica (não-
reversível).

A lei de Hooke não é mais válida !


DEFORMAÇÃO PLÁSTICA:
ESCOAMENTO
Em nível atômico, a deformação Plástica é causada pelo “deslizamento”, onde
ligações atômicas são quebradas pelo movimento de deslocamento, e novas
ligações são formadas.

Tração Compressão
TENSÃO DE ESCOAMENTO

y= tensão de escoamento (corresponde


a tensão máxima relacionada com o
fenômeno de escoamento)

de acordo com a curva “a”, não observa-se


nitidamente o fenômeno de escoamento

na curva “b”, o limite de escoamento é bem


definido (o material escoa- deforma-se
plasticamente sem praticamente aumentar a
tensão). Neste caso, geralmente a tensão de
escoamento corresponde à tensão máxima
verificada durante a fase de escoamento
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA:LIMITE
DE ESCOAMENTO
O limite de escoamento
corresponde à tensão necessária
para promover uma deformação e
permanente de 0,2%
(denominada de “tensão limite
de escoamento” - e ). O valor
de e corresponde à interseção
entre uma linha reta, construída
paralela a porção elástica, e a
0,002
curva de tensão x deformação.
LIMITE DE RESISTÊNCIA À
TRAÇÃO
 O “Limite de Resistência à Tração” - LRT, corresponde à tensão
máxima (ponto M) aplicada ao material antes da ruptura. (se esta tensão
for mantida ocorrerá a fratura do material)
 É calculada dividindo-se a carga (força) máxima suportada pelo material
pela área de seção reta inicial
M
LRT
DUCTIBILIDADE
Representa uma medida do grau de deformação plástica que o
material suportou quando de sua fratura, ou seja, corresponde à
elongação total do material devido à deformação plástica.
RESILIÊNCIA
É a capacidade de um material absorver energia quando este é
deformado elasticamente e depois, com o descarregamento, ter
essa energia recuperada.

e

e
Materiais resilientes são aqueles que têm alto limite de elasticidade e baixo
módulo de elasticidade (como os materiais utilizados para molas).
TENACIDADE
Corresponde à capacidade do material de absorver energia
até sua ruptura.

A tenacidade à fratura é uma propriedade indicativa da resistência do


material à fratura quando este possui uma trinca.
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA NOS
METAIS POLICRISTALINOS
 Os grãos não sofrem as mesmas tensões elásticas

 A tensão de cisalhamento efetiva varia coma orientação do grão

 A tensão crítica de cisalhamento necessária para o


escorregamento depende do plano de cristal e da direção
cristalina.

 Há um certo número possível de planos de escorregamento no


cristal.
PROPRIEDADES DOS METAIS
DEFORMADOS PLASTICAMENTE

A deformação plástica altera a estrutura


interna de um metal; logo, deve-se
esperar que a deformação também mude
as propriedades de um metal.
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA NOS
METAIS POLICRISTALINOS

Ás temperaturas mais baixas, os limites de


grão geralmente endurecem os metais
metálicos, porque constituem obstáculos
ao movimento das deslocações
RECRISTALIZAÇÃO
 Os cristais plasticamente deformados, têm mais
energia que os cristais não deformados, pois
estão cheios de discordâncias e outras
imperfeições
 Havendo oportunidade, os átomos desses
cristais se reacomodarão de forma a se ter um
arranjo perfeito e não deformado
 Tal oportunidade ocorre quando os cristais são
submetidos à temperaturas elevadas
RECRISTALIZAÇÃO
RESUMO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 VAN VLACK, Lawrence H. Princípios de Ciências dos
Materiais, São Paulo, Edgard Blucher, 1970.

 SMITH, William F.; Princípios de Ciência e Engenharia de


Materiais, Lisboa, 3a edição, Editora McGRAW-HILL de
Portugal, 1998

 Guy, A. G.; Ciência dos Materiais, São Paulo, Editora da


Universidade de São Paulo, 1980

 HELMAN, Horácio; Fundamentos da conformação


mecânica dos metais; Fundação Christiano Ottoni, 1993.

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