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Atividade 2: Questionário –Estrutura cristalina e amorfa nos

materiais. 1. Responda:

a) Explique por que os sólidos iônicos são frequentemente frágeis


enquanto os metais são maleáveis?

Os sólidos iônicos são tipicamente duros, porém quebradiços, isto ocorre


porque quando aplicamos uma força sobre um cristal iônico (por
exemplo, uma martelada), ocorre o deslocamento de uma camada de íons
em relação à outra. Já os metais têm uma rede cristalina cúbica de corpo
centrado ou de faces concentradas e possuem espaços intermoleculares,
os átomos podem deslizar fazendo uma espécie de lacuna entre eles
formando outras posições, já os sólidos iônicos possuem estruturas
hexagonais compactadas e os espaços intermoleculares são pequenos em
relação aos outros átomos dificultando a ocupação de outros lugares, daí
a ideia de sólidos iônicos quebradiços.
b) Explique por que ocorre uma ligação entre duas cadeias de PVC.

A molécula de PVC possui densidade de carga altamente negativa nos


átomos de cloro e dessa forma gera uma alta polaridade fazendo que as
interações dipolo-dipolo estejam presentes ao longo da cadeia. Com
essas interações a molécula de PVC sofre uma alta atração eletrostática e
assim gerando um polímero rígido.

2. Responda:

a) Explique por que as maclas de recozimento são frequentes nos


aços inoxidáveis austeníticos e muito raras nos aços inoxidáveis
ferríticos.

As mesclas de recozimento ocorrem mais frequentemente durante a


recristalização e/ou durante o crescimento de grão. Elas são mais
frequentes sem materiais com baixa energia de defeito de empilhamento.
A energia do contorno coerente de mescla é aproximadamente a metade
da energia de defeito de empilhamento. Desta maneira, é esperado que
materiais com baixa EDE apresentem alta frequência de mesclas de
recozi mento. Por exemplo, as mesclas de recozimento são raríssimas em
alumínio, ferro-alfa, nióbio, mo-libdênio e tungstênio, mas são muito
frequentes em cobre, prata, ouro, latão e em aços inoxidáveis
austeníticos. As mesclas de recozimento são raras no estado bruto de
fundição, mesmo em materiais de baixa EDE. Isto mostra que sua
formação ocorre principalmente durante a recristalização e o crescimento
de grão, quando ocorre migração de contornos de alto ângulo.
Frequentemente, as mesclas de recozimento
terminam no interior do grão. Neste caso, aparece um contorno
incoerente de mescla. A energia por unidade de área destes contornos
incoerentes de mescla é comparável a energia dos contornos de grão.

b) Relacione a energia de defeito de empilhamento com a distância


entre as discordâncias parciais em um cristal com estrutura CFC.
Justifique.

Um material com energia de defeito de empilhamento baixa apresenta


após deformação plástica maior densidade de discordâncias, distribuição
mais uniforme de discordâncias e maior energia armazenada na
deformação, do que um material com energia de defeito de
empilhamento alta e deformado nas mesmas condições. Além disto, os
materiais com baixa EDE geralmente apresentam maior taxa de
encruamento, maior resistência à fluência e maior suscetibilidade à
corrosão sob tensão que materiais com alta EDE.

A distribuição das discordâncias em um metal ou liga deformado


plasticamente depende de vários fatores: estrutura cristalina, energia de
defeito de empilhamento, temperatura e velocidade de deformação. Por
exemplo, quando um metal com estrutura CFC e baixa EDE é deformado
por métodos usuais (ensaio de tração, laminação ou forjamento), suas
discordâncias têm baixa mobilidade devido ao fato das discordâncias
parciais estarem muito afastadas entre si. Isto implica em dificuldade
para ocorrência de fenômenos de escorregamento com desvio
(“cross-slip”) e escalada (“climb”) de discordâncias. Uma vez tendo
baixa mobilidade, as discordâncias geradas na deformação tenderão a ter
uma distribuição plana (homogênea) na microestrutura.

Por outro lado, metais e ligas com estrutura CCC, ou metais e ligas com
estrutura CFC e alta EDE, deformados plasticamente por métodos
habituais na temperatura ambiente, apresentam discordâncias dissociadas
em parciais próximas umas das outras, facilitando a ocorrência de
escorregamento com desvio e de escalada. Isto implica em discordâncias
com alta mobilidade, que tendem a se localizar em planos cristalinos de
baixos índices de Miller, assim como aniquilar-se com discordâncias
vizinhas de sinal oposto. Devido a estes fatores, metais e ligas com alta
EDE tendem a apresentar uma distribuição heterogênea de discordâncias.

c) Que fatores determinam o tipo de poliedro, quando um grão for


descrito como sendo um poliedro? Justifique.

Um grão em um agregado policristalino é um poliedro. Quando um grão


for descrito como um poliedro ele deve satisfazer os seguintes fatores:
preencher todo o espaço (sem deixar vazios), satisfazer o equilíbrio de
tensões superficiais e, é claro, satisfazer as relações entre o número de
vértices, arestas e faces (teorema de Euler). O poliedro que mais se
aproxima destas exigências é o ortotetracaidecaedro.
3. Represente em células unitárias hexagonais as seguintes direções e
̅ ̅
planos cristalográficos: [��������] e (��������)

4. A figura a seguir apresenta o difratograma do chumbo


policristalino obtido com radiação CuK �� (= ��, ��������
Å). Considerando a indexação apresentada, calcule: a) o
espaçamento entre os planos e b) o parâmetro de rede do chumbo.

Leitura das posições (����) dos picos: (111) = 31,29°; (200) =


36,29°; (220) = 52,27°; (311) = 62,19°; (222) = 65,29°; (400) = 77,06°;
(331) = 85,50°; (420) = 88,28°; (442) = 99,44°.

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