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PLANO DE

RESPOSTA A
EMERGÊNCIA

Autor: Simão Meyohas Pereira


PLANO DE
RESPOSTA à
EMERGÊNCIA
Este é um material de uso restrito aos empregados da PETROBRAS que atuam no E&P.
É terminantemente proibida a utilização do mesmo por prestadores de serviço ou fora
do ambiente PETROBRAS.

Este material foi classificado como INFORMAÇÃO RESERVADA e deve possuir o


tratamento especial descrito na norma corporativa PB-PO-0V4-00005“TRATAMENTO DE
INFORMAÇÕES RESERVADAS".

Órgão gestor: E&P-CORP/RH


PLANO DE
RESPOSTA À
EMERGÊNCIA

Autor: Simão Meyohas Pereira

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

• Compreender a utilização do plano de resposta à


emergência nas atividades da operação;
• Reconhecer a importância dos simulados dentro de um
plano de resposta à emergência;
• Identificar os planos de resposta à emergência utilizados
pelo E&P.
Programa Alta Competência

Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos


da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das
atividades profissionais na Companhia.

É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de


empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.

Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando


prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força
de trabalho às estratégias do negócio E&P.

Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa


a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das
competências necessárias para explorar e produzir energia.

O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das


competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados
e a reciclagem de antigos.

Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo


que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de
sucesso que ela é.

Programa Alta Competência


Como utilizar esta apostila

Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila


está organizada e assim facilitar seu uso.

No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual


representa as metas de aprendizagem a serem atingidas.

ATERRAMENTO
DE SEGURANÇA

Autor

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

Objetivo Geral
• Identificar procedimentos adequados ao aterramento
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas
instalações elétricas.
O material está dividido em capítulos.

No início de cada capítulo são apresentados os objetivos


específicos de aprendizagem, que devem ser utilizados como
orientadores ao longo do estudo.

48

Capítulo 1

Riscos elétricos
e o aterramento
de segurança

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

Objetivo Específico
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas.

No final de cada capítulo encontram-se os exercícios, que


visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.

Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do


capítulo em questão.

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

mo está relacionada a 1.6. Bibliografi a Exercícios


1.4. 1.7. Gabarito
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
1) Que relação podemos estabelecer entre
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
riscos elétricos e
Elétrica, 2007. aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
_______________________________________________________________
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
_______________________________________________________________
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
Norma Petrobras N-2222. 2) Apresentamos,
Projeto de aterramentoa de
seguir, trechos
segurança de Normas Técnicas que
em unidades
marítimas. Comissão de abordam os cuidados
Normas Técnicas e critérios relacionados a riscos elétricos.
- CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato

Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, (B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
o caso: executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
e do tipo de
A) Risco Proteção
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. de incêndio e explosão
de estruturas B) Risco
contra descargas de contato (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
es durante toda atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento
na maioria das ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de
mantê-los sob projetadas e executadas de modo que seja possível operação.”
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
is, materiais ou 24 prevenir, por meios seguros,
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> os perigos de choque
- Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25
14 mar. 2008. elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
21 à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de
( ) of Lightining
NFPA 780. Standard for the Installation “Nas instalações elétricas
Protection Systems. de
áreas classificadas
National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
a maior fonte Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção,
sária, além das como alarme e seccionamento automático para
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados
ole, a obediência br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai.sobretensões,
prevenir 2008. sobrecorrentes, falhas de
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.”

Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas


nça. isolamento, aquecimentos ou outras condições
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acessoanormais de operação.”
em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:

( ) “Nas partes das instalações


Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi elétricas
sob tensão, (...)
sica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas (F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas riscos de choques elétricos.

e demais meios de sinalização que chamem a atenção (V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
quanto ao risco.” houver falha no isolamento desse equipamento.
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e (V) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas “fio terra”.
3. Problemas operacionais, riscos e
cuidados com aterramento de segurança

T
odas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano
de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores,
geradores, painéis elétricos, transformadores e outros).

A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os


Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção
definos
nições
sistemasestão disponíveis
de aterramento envolvidosno glossário.
nestes equipamentos.Ao longo dos
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o
identifi cados, pois estão em destaque.
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento.

Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 49


diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico
por contato indireto e de incêndio e explosão.

3.1. Problemas operacionais

Os principais problemas operacionais verificados em qualquer tipo


de aterramento são:

• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato.

É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 define o valor


de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo
admissível para resistência de contato.

Alta Competência Capítulo 3. Problemas operaciona

3.4. Glossário 3.5. Bibliografia

Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIAN
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma elétricos - inspeção e medição da re
corrente elétrica. Elétrica, 2007.

Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos
– Curso técnico de segurança do trab
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
NFPA 780. Standard for the Installation
Fire Protection Association, 2004.

Norma Petrobras N-2222. Projeto de


marítimas. Comissão de Normas Técn

Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instala


Brasileira de Normas Técnicas, 2005.

Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Pr


56 atmosféricas. Associação Brasileira d

Norma Regulamentadora NR-10. Seg


eletricidade. Ministério do Trabalho
www.mte.gov.br/legislacao/normas_
em: 14 mar. 2008.
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
98
100
102

Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 104


105

insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 106


108

ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 110


112

basta consultar a Bibliografia ao final de cada capítulo. 114


115

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

1.6. Bibliografia 1.7. Gabarito NÍVEL DE RUÍDO DB (A)

CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
85
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
Elétrica, 2007. O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 86
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade.
87
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
88
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato 89
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
(B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 90
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” 91
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 92
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 93
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// operação.”
24 www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25 94
14 mar. 2008. trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 95
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
96
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão
Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”

Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 98
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.” 100
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: 102
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 104
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.

(F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer


105
riscos de choques elétricos.
106
(V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um

A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo (V)


equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
houver falha no isolamento desse equipamento.

Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um


108
110

abordado Alta
deCompetência
um determinado item do capítulo. 112
“fio terra”.

(F) A queimadura é o principal efeito fisiológico associado à passagem


da corrente elétrica pelo corpo humano. 114 Capítulo 1. Riscos elét
115

Trazendo este conhecimento para a realid


observar alguns pontos que garantirão o
incêndio e explosão nos níveis definidos pela
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a durante o projeto da instalação, como por ex
primeira observação de um fenômeno relacionado
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um • A escolha do tipo de aterramento fu
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido ao ambiente;
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome • A seleção dos dispositivos de proteção
dado à resina produzida por pinheiros que protege a
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo
• A correta manutenção do sistema elét
semelhante à fossilização, ela se torna um material
duro e resistente.

O aterramento funcional do sist

14
?
Os riscos VOCÊ
elétricosSABIA?
de uma instalação são divididos em dois grupos principais:

Uma das principais substâncias removidas em poços de


como função permitir o funcion
e eficiente dos dispositivos de pro
sensibilização dos relés de proteçã

MÁXIMA EXPOSIÇÃO
“Importante” é um lembrete
petróleo pelo pig de limpeza é adas
parafina. questões
Devido às
baixas temperaturas do oceano, a parafina se acumula
essenciais do uma circulação de corrente para a
por anormalidades no sistema elétr
DIÁRIA PERMISSÍVEL
8 horas conteúdo tratadovirno capítulo.
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
Observe no diagrama a seguir os principais ris
5 horas
à ocorrência de incêndio e explosão:
4 horas e 30 minutos
4 horas 1.1. Riscos de incêndio e explosão
3 horas e 30 minutos
ImpOrTANTE!
3 horas Podemos definir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes,
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera
1 hora e 45 minutos
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de
1 hora e 15 minutos
eletricidade estática.
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer
30 minutos instalaçãoÉ e muito
seu descontrole se traduz
importante que principalmente
você conheça em os
danos
25 minutos pessoais, procedimentos específicosoperacional.
materiais e de continuidade para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
rESUmINDO...

Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
4 horas
3 horas e 30 minutos
ImpOrTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos Já a caixa de destaque
É muito “Resumindo”
importante que você conheçaé uma os versão compacta
procedimentos específicos para passagem de pig
25 minutos
20 minutos dos principais pontos
em poços abordados no capítulo.
na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
rESUmINDO...

Recomendações gerais

? VOCÊ SABIA?
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
Uma das principais substâncias removidas em poços de
• Apóspelo
petróleo a retirada
pig dede um pig, inspecione
limpeza internamente
é a parafina. Devido às
MÁXIMA EXPOSIÇÃO o recebedor
baixas de pigs;
temperaturas do oceano, a parafina se acumula
DIÁRIA PERMISSÍVEL nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
8 horas • Lançadores e recebedores deverão ter suas
vir a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos

Em “Atenção” estão destacadas as informações que não


4 horas
3 horas e 30 minutos
ImpOrTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos devem ser esquecidas.
É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos É muito importante que você conheça os
25 minutos procedimentos específicos para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
tricos e o aterramento de segurança
8 minutos
7 minutos
rESUmINDO...

Recomendações gerais
dade do E&P, podemos
controle dos riscos de
Todos os recursos• Antes
didáticos presentes nesta apostila têm
do carregamento do pig, inspecione o
as normas de segurança
xemplo:
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo.
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
uncional mais adequado
• Lançadores e recebedores deverão ter suas

o e controle;
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profissional!

trico.

tema elétrico tem


namento confiável
oteção, através da
15
ão, quando existe
a terra, provocada
rico.

scos elétricos associados


Sumário
Introdução 15

Capítulo 1 - Plano de resposta à emergência


Objetivos 17
1. Plano de resposta à emergência 19
1.1. Normatização para planos de resposta à emergência 20
1.2. Classificação dos planos de resposta à emergência 21
1.2.1. Tipos de planos de resposta à emergência 21
1.2.2. Níveis de respostas 23
1.3. Requisitos para a elaboração do plano de resposta
à emergência 24
1.3.1. Análise de risco 25
1.3.2. Dimensionamento de recursos 28
1.3.3. Alocação de recursos 28
1.3.4. Estrutura de resposta à emergência 29
1.4. Simulados 30
1.4.1. Classificação dos simulados quanto às categorias 31
1.4.2. Participantes dos exercícios simulados 32
1.4.3. Execução do exercício simulado 36
1.4.4. Avaliação dos resultados dos exercícios simulados 38
1.5. Documentos de referência 40
1.6. Diretriz corporativa de Segurança, Meio Ambiente e
Saúde (SMS) 40
1.7. Gerenciamento de informações 42
1.8. Comunicação de emergência 44
1.9. Exercícios 46
1.10. Glossário 49
1.11. Bibliografia 50
1.12. Gabarito 51

Capítulo 2 - Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P


Objetivo 53
2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P 55
2.1. Plano de Emergência Local (PEL) 55
2.1.1. Estrutura do Plano de Emergência Local (PEL) 56
2.1.2. Gerenciamento do Plano de Emergência Local (PEL) 69
2.2. Plano de Emergência Setorial (PES) 70
2.3. Plano de Emergência Individual (PEI) 70
2.4. Plano de Emergência Regional (PER) e Plano de
Emergência Corporativo (PEC) 72
2.5. Exercícios 73
2.6. Glossário 75
2.7. Bibliografia 76
2.8. Gabarito 77
Introdução
A atividade de emergência no E&P é gerenciada pela área responsável
por Segurança, Meio Ambiente e Saúde.

Os planos de resposta à emergência são documentos que precisam


ser mantidos atualizados e gerenciados, de forma que o acesso às
informações seja o mais simples e rápido possível.

Um plano de resposta à emergência bem elaborado, ao ser posto em


prática, pode assegurar a existência de uma instalação e, certamente,
minimizará gastos e perdas.

Jamais se deve imaginar que os planos de resposta à emergência


cumpram uma função preventiva. Seu papel deve ser entendido
como a última das barreiras a ser utilizada no processo de gestão de 15
segurança de uma instalação.

Como o nome diz, o plano é para emergências e não é previsto como


fonte de consulta para ações e procedimentos de rotina, que devem
estar padronizados e também disponíveis para uso operacional.

O evento emergência é indesejável, mas deve ser previsto e sempre


exercitado através dos simulados, conforme descritos nos planos de
resposta à emergência. Exercitar os cenários acidentais de um plano,
através dos simulados, trará benefícios para o momento de um evento
real e ainda permitirá a atualização e correção do plano.

O papel dos técnicos de operação das instalações é fundamental


no processo de gestão dos planos. Esses técnicos estão presentes
em emergências e simulados, atuando como elemento de controle,
como brigadista ou desempenhando suas atribuições no controle
operacional, evitando a evolução do cenário acidental.

RESERVADO
RESERVADO
Capítulo 1
Prefácio

Plano de
resposta à
emergência

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Conceituar um plano de resposta à emergência;


• Identificar os níveis de resposta de um plano de resposta
à emergência;
• Identificar a importância e a aplicação dos exercícios simulados.

RESERVADO
Alta Competência

18

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

1. Plano de resposta à emergência


O plano de resposta à emergência é um documento, ou conjunto de
documentos, que contém as informações relativas a:

• Unidade ou instalação e sua área de influência;

• Cenários acidentais;

• Procedimentos para resposta aos diversos tipos de acidentes ou


incidentes passíveis de ocorrência, decorrente de suas atividades
ou serviços.

O plano de resposta à emergência inclui:

• Definição dos sistemas de alerta e comunicação de acidentes 19


ou incidentes;

• Estrutura Organizacional de Resposta (EOR);

• Recursos humanos;

• Equipamentos e materiais de resposta;

• Procedimentos operacionais de resposta;

• Encerramento das operações;

• Mapas, cartas náuticas, plantas, desenhos, fotografias e outros


anexos.

Elaborar um plano de resposta à emergência é como criar uma espécie


de última barreira de segurança para uma instalação.

O plano de resposta à emergência é o recurso utilizado quando todas


as medidas anteriores falham, devendo garantir ao usuário recursos
suficientes para evitar que danos maiores possam ocorrer.

A representação gráfica a seguir apresenta, de forma esquematizada,


o momento de aplicação do plano de resposta à emergência.

RESERVADO
Alta Competência

Resposta à emergências
Plano de emergência
Mecanismos fixos de redução de consequências
Sistema de dilúvio, chuveiros, detectores de gás
alarmes sonoros, paradas de emergência

Proteção passiva
Paredes corta fogo, diques

Proteção ativa
Válvulas de alívio, quebra vácuo,
corta chamas, disco de ruptura

Intertravamentos
Sistemas instrumentados de segurança
alarmes de segurança

Sistema supervisório
Alarmes críticos, ação operador,
supervisão

Controle do precesso
Alarmes, procedimentos

Segurança
intrínseca

20

Apresentação, de forma esquematizada,


do momento em que o plano de resposta à
emergência será utilizado

1.1. Normatização para planos de resposta à emergência

A norma Petrobras N-2644 (Plano de resposta à emergência) dá base


para o plano de resposta à emergência, estabelecendo, além de uma
estrutura padronizada para os planos de resposta à emergência, o
conteúdo mínimo que seus itens devem conter e a forma como o
plano deve ser apresentado no corpo do documento. Essa norma é
encontrada para consulta na rede Petrobras, no link NORTEC disponível
em <http://nortec.engenharia.petrobras.com.br>.

? VOCÊ SABIA?
Uma norma técnica Petrobras está sujeita à revisão
em qualquer tempo pela sua subcomissão autora e
deve ser analisada, novamente, a cada 5 anos para ser
revalidada, revisada ou cancelada.

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

As normas técnicas Petrobras são:

• Elaboradas por Grupos de Trabalho - formados por especialistas


da companhia e das suas subsidiárias;

• Comentadas pelas unidades da companhia e das suas subsidiárias;

• Aprovadas pelas subcomissões autoras - formadas por técnicos


de uma mesma especialidade, representando as unidades da
companhia e as suas subsidiárias;

• Homologadas pelo plenário da Comissão de Normas Técnicas


(CONTEC) - formado pelos representantes das unidades da
companhia e das suas subsidiárias.

1.2. Classificação dos planos de resposta à emergência


21

A Petrobras, através do padrão de implementação da Diretriz 11 -


Contingência (PG-11), estabelece os níveis de resposta dos planos de
resposta à emergência, conforme a demanda de recursos necessários.

1.2.1. Tipos de planos de resposta à emergência

A estrutura dos planos de resposta à emergência ainda está em processo


de padronização no E&P, mas vem utilizando os seguintes conceitos:

RESERVADO
Alta Competência

• Baseado na N-2644 (Plano de resposta


à emergência);
• Restrito a uma instalação, aos recursos
Plano de Emergência Setorial (PES)
ali disponíveis;
• Complementado pelo plano de resposta
à emergência da unidade.
• Baseado na N-2644 (Plano de resposta
à emergência);
• Plano de resposta à emergência que
conta com os recursos próprios da unidade
de negócios ou serviço, além dos recursos
Plano de Emergência Local (PEL)
da instalação e está estruturado para
atender todas as instalações da unidade;
• Complementado por recursos de outras
unidades através de protocolos ou pelo
Plano de Emergência Regional (PER).
• Baseado na resolução CONAMA n.º 398;
• Atende à resolução CONAMA n.º 398;
Plano de Emergência Individual (PEI)
• Prevê, unicamente, os incidentes de
22
poluição por óleo.
• Baseado na Diretriz 11 (Contingência) e
N-2644 (Plano de resposta à emergência);
• Acionado quando os recursos de um
Plano de Emergência Regional (PER)
Plano de Emergência Local (PEL) da
unidade forem insuficientes para combater
à emergência e outras situações.
• Baseado na Diretriz 11 (Contingência) e
N-2644 (Plano de resposta à emergência);
Plano de Emergência Corporativo (PEC) • Integra os diversos Planos de Emergências
Regionais, disponibilizando os recursos das
demais regiões e do exterior.

Os planos de resposta à emergência são aplicados de acordo com


a necessidade de ampliação da utilização de recursos. Quando
uma emergência evolui, essa evolução demanda a recorrência ao
tipo de plano de resposta à emergência específico. A ilustração a
seguir apresenta a abrangência dos tipos de planos de resposta
à emergência:

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

PEC - Plano de Emergência Corporativo

PER - Plano de Emergência Regional

PEL - Plano de Emergência Local


PEI - Plano de Emergência Indivudual
PES - Plano de Emergência Setorial

Abrangência dos tipos de planos de resposta à emergência

A evolução de um cenário acidental, não controlado pelo plano


de resposta à emergência utilizado pela unidade, demanda o
acionamento de recursos contidos em planos caracterizados como
planos de resposta à emergências regionais ou corporativos, que têm
maior abrangência.

23

ATENÇÃO

É importante saber que a norma N-2644 (Plano


de resposta à emergência) está em revisão e virá
a estabelecer uma nova nomenclatura para os
Planos de resposta à emergência.
Busque com seu instrutor a ocorrência dessa revisão.

1.2.2. Níveis de respostas

As situações de emergência que caracterizam os planos de resposta à


emergência utilizados na Petrobras devem ser classificadas segundo
os seguintes níveis de resposta:

Nível de resposta local: inclui organização, procedimentos operacionais


de resposta e recursos da instalação, atividade ou serviço que conta com
recursos próprios e externos disponíveis em instituições e empresas locais
ou outros recursos, inclusive corporativos, disponibilizados por meio de
protocolos específicos firmados para atendimento de emergências;

Nível de resposta regional: inclui recursos externos disponíveis de


unidades organizacionais da mesma região, instituições e empresas da

RESERVADO
Alta Competência

região e outros recursos corporativos localizados na região, quando os


recursos locais não forem suficientes para combater à emergência;

Nível de resposta corporativo: inclui recursos externos disponíveis


em quaisquer unidades organizacionais da companhia, instituições
e empresas nacionais ou internacionais e recursos corporativos
localizados em mais de uma região, quando os recursos regionais não
forem suficientes para combater à emergência.

ATENÇÃO

O E&P possui mais de 500 (quinhentos) planos de


resposta à emergência.
O acionamento dos diferentes tipos de planos de
resposta à emergência pode variar de Unidade
para Unidade, de acordo com as necessidades e
24 peculiaridades locais.
Procure se informar sobre os planos de resposta à
emergência atuantes em sua unidade.

1.3. Requisitos para a elaboração do plano de resposta à


emergência

Para a elaboração de um plano de resposta à emergência, algumas


etapas devem ser cumpridas.

Essas etapas envolvem profissionais de diferentes qualificações e


o técnico de operação pode vir a participar deste processo, visto
que é o profissional que está mais familiarizado com o dia-a-dia
da sua unidade.

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

Estas etapas podem se apresentar de uma forma seqüencial, como


ilustra o esquema a seguir:

Análise de risco

Dimensionamento de recursos

Alocação de recursos

Estrutura de resposta à emergências


25
Etapas da elaboração de um plano de
resposta à emergência

1.3.1. Análise de risco

No processo de elaboração de um plano de resposta à emergência,


uma das fases essenciais é o levantamento de riscos (identificação das
hipóteses acidentais). Imaginar que a intuição e a experiência serão o
bastante para se definir esses elementos poderá ser desastroso. Desta
maneira, não se deve abrir mão das técnicas tradicionais de análise.

Os critérios para essas análises estão estabelecidos na norma Petrobras


N – 2782 (Critérios de aplicação de técnicas de avaliação de riscos).

ATENÇÃO

Riscos inerentes às atividades da empresa devem


ser identificados, avaliados e gerenciados de modo
a evitar a ocorrência de acidentes, assegurando,
se necessário, a minimização de seus efeitos.

RESERVADO
Alta Competência

Esta análise de riscos é o estudo qualitativo ou quantitativo de riscos


numa instalação industrial, baseado em:

• Técnicas de identificação de perigos;

• Estimativa de freqüências e conseqüências;

• Análise de vulnerabilidade;

• Estimativa do risco.

No E&P, a forma mais comum é a análise qualitativa.

Anteriormente à elaboração de um plano de resposta à emergência, faz-


se necessário o conhecimento dos riscos e, após a eliminação, redução ou
26 controle destes, parte-se para a diminuição dos riscos remanescentes.

• Cenários acidentais

Um ponto a ser levado em consideração dentro do processo de análise


de riscos é a identificação dos cenários acidentais.

Os cenários acidentais são as situações com potencial de causar danos


aos trabalhadores, às instalações, às comunidades e ao meio ambiente.
Os métodos a serem utilizados para identificação dos cenários acidentais
podem variar de acordo com a necessidade da instalação.

Segundo a norma N-2644 (Plano de resposta à emergência), os eventos


significativos ocorridos nas instalações devem ser considerados na
identificação dos cenários acidentais.

Além disso, algumas ações auxiliam na identificação dos cenários


acidentais e são apresentadas a seguir:

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

• Deve ser feita uma simulação das conseqüências das hipóteses


acidentais significativas, conforme análise de risco, usando
programas de modelagem;

• Deve ser feita a avaliação dos eventuais impactos que as


atividades da empresa podem causar às comunidades, do ponto
de vista de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), sociais
ou econômicos, de modo a evitá-los ou reduzir ao máximo seus
efeitos indesejáveis;

• Caso a hipótese acidental atinja o público externo,


obrigatoriamente deve ser feita uma modelagem das
conseqüências, permitido que as estratégias de resposta
contempladas nos planos atendam toda a área vulnerável. Se
houver mudança na instalação, processo, atividades, sistemas,
produtos ou nos materiais manuseados ou embarcados em uma
instalação, a análise de riscos deve ser atualizada. 27

• Análise Preliminar de Riscos (APR)

O método para a identificação dos perigos utilizado com mais


freqüência no E&P é a Análise Preliminar de Riscos (APR), que é uma
técnica estruturada para a identificação de perigos decorrentes de
falhas em instalações ou erros humanos, bem como suas causas
e conseqüências.

A técnica de identificação dos perigos de processo e potenciais


problemas de operação é o HAZOP (Hazards and Operability Analysis –
Estudo de Perigos e Operabilidade).

? VOCÊ SABIA?
RISCO ≠ PERIGO
Risco é a associação entre a conseqüência ou severidade
de um perigo e a probabilidade deste se materializar.
Perigo é o estado potencial para a ocorrência de lesão às
pessoas, impacto ao meio ambiente ou dano econômico.

RESERVADO
Alta Competência

1.3.2. Dimensionamento de recursos

Segundo o PG-11 (Padrão de Gestão da Diretriz 11 - Contingência)


cada unidade organizacional deve dimensionar os recursos humanos,
materiais e financeiros.

Isso deve ser feito de acordo com a legislação e norma técnica


pertinente, que devem ser compatíveis com as estratégias e respectivas
ações necessárias ao controle das emergências, para todos os cenários
acidentais possíveis. Esses cenários devem ser definidos em análise de
risco, considerando recursos próprios ou previstos em acordos formais
internos da Petrobras ou com terceiros.

Importante!
Conforme a N-2644 (Plano de resposta à emergên-
28 cia), as orientações para o dimensionamento de re-
cursos devem atender aos critérios estabelecidos na
norma, nos regulamentos específicos e em outras
normas Petrobras.
O dimensionamento de recursos pode também ocor-
rer após a realização de um exercício simulado, ou
com o aprendizado proporcionado com a ocorrência
de uma emergência, sem que tenha havido a etapa
de análise de riscos.

1.3.3. Alocação de recursos

Para cada cenário identificado, devem ser alocados recursos mínimos


necessários, de acordo com os distintos níveis de resposta, utilizando
os critérios descritos para alocação de recursos do PG-11 (Padrão
de Gestão da Diretriz 11 - Contingência), disponível no Sistema
Informatizado de Padronização Eletrônica da Petrobras (SINPEP).

A distribuição de recursos pode ser diferente da estabelecida no


PG-11 (Padrão de Gestão da Diretriz 11 - Contingência) desde que
a unidade organizacional responsável pelo plano considere no
dimensionamento alguns pontos como: a otimização dos recursos e
custos, a logística local ou regional, a utilização de acordos e que esse

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

dimensionamento ocorra sem prejudicar a eficácia de resposta e do


atendimento pós-emergencial.

1.3.4. Estrutura de resposta à emergência

Todas as unidades do E&P contam com uma estrutura de resposta


à emergências, estejam elas em terra ou no mar. Essa estrutura é o
conjunto de recursos humanos e materiais.

Compondo essa estrutura, existem as equipes de resposta.

Nas unidades, as equipes de resposta são compostas por brigadistas


que recebem, entre outros treinamentos:

• Combate a incêndio;
29
• Primeiros socorros;

• Resgate;

• Recolhimento de óleo no mar.

Essas ações fazem parte da matriz de treinamento para a atividade


de emergência.

O papel dos profissionais que atuam nas instalações industriais


do E&P é extremamente importante no processo de gestão das
emergências, uma vez que, de uma forma geral, são eles que
fazem parte dessas brigadas e também são os responsáveis pelos
procedimentos operacionais de controle da instalação.

RESERVADO
Alta Competência

Equipamento de Proteção Individual (EPI) -


vestimenta de combate a incêndio usada pelos brigadista.

1.4. Simulados

30 As situações de emergência em cada instalação - atividade, operação,


serviço e empreendimento em todo o sistema da Petrobras - devem ser
previstas e enfrentadas com rapidez e eficácia, visando reduzir ao máximo
seus efeitos, considerando os melhores recursos e tecnologias disponíveis.
A partir disso são identificados objetivos que irão nortear o simulado.

A preparação para enfrentar situações de emergência é exercitada


com base nos planos de resposta à emergência, de forma a minimizar
os danos às pessoas, às instalações e ao meio ambiente. Isso acontece
por intermédio da realização periódica de treinamentos e exercícios
simulados e a respectiva avaliação dos resultados.

As normas da Petrobras e legislações vigentes exigem que os planos


de resposta à emergência sejam exercitados, a fim de assegurar o
desempenho, a preparação, a capacitação e a avaliação das equipes e dos
recursos quanto à sua disponibilidade, adequação e tempo de resposta.

ATENÇÃO

O simulado é entendido como a ferramenta mais


poderosa na avaliação dos planos de resposta à
emergência; sendo assim, é tratado com muito rigor e
atenção por parte dos envolvidos em sua realização.

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

1.4.1. Classificação dos simulados quanto às categorias

Os planos de resposta à emergência devem ser avaliados através da


realização de simulados de vários tipos.

No quadro a seguir são apresentados os simulados, classificados de


acordo com suas categorias.

• Verifica e avalia os procedimentos de alerta,


canais de comunicação e chamada das partes
interessadas - Estrutura Organizacional de
Resposta (EOR), órgãos públicos e privados,
comunidades, entre outros;
• Conduzido utilizando o telefone e outros
Simulado de comunicação
meios de comunicação;
• Deve estar de acordo com os fluxogramas
de comunicação de emergência, verificando
se as informações indicadas no plano, como 31
as listas de nomes e telefones de contato de
emergência estão atualizadas.
• Envolve o deslocamento de pessoal e/ou
de equipamentos de resposta, conforme as
estratégias estabelecidas no Plano para um
determinado cenário acidental;
• Verifica a eficácia no processo de
acionamento das equipes, dos materiais e
Simulado de mobilização de recursos
dos equipamentos, próprios e/ou de terceiros,
necessários ao controle da emergência;
• Os recursos são apenas deslocados sem,
no entanto, haver emprego dos mesmos,
avaliando-se o tempo de deslocamento e as
dificuldades encontradas.
• Geralmente compreende discussões
interativas entre os membros da equipe de
resposta sobre um cenário simulado, como uma
Simulado em sala de treinamento forma de se avaliar o conhecimento de todos
ou simulado de mesa os envolvidos em suas respectivas atribuições
para o controle da emergência, sem envolver a
mobilização de pessoal ou equipamentos;
• Utiliza a dramatização em sala.
• Geralmente o mais complexo dos simulados;
• Envolve processo de comunicação e a
Simulado de campo
mobilização, com a utilização e emprego
dos recursos humanos e materiais.

RESERVADO
Alta Competência

Importante!
É muito importante que, no acionamento de todas
as classes de simulado, fique claro que se trata de um
exercício. Deve-se, portanto, ser colocado no início
de cada comunicação a frase: “Isto é um simulado”.

1.4.2. Participantes dos exercícios simulados

Os exercícios simulados envolvem equipes com pessoas capacitadas


que possuam funções e responsabilidades essenciais para sua
realização. Os quadros a seguir apresentam o participante, suas
funções e responsabilidades.

32

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

Coordenador do planejamento
O coordenador deve ser um integrante de uma das unidades envolvidas. Ele é o
responsável pela atividade geral do simulado e é indicado pela gerência responsável pelo
exercício simulado.
• Assegurar o cumprimento das políticas e
dos procedimentos estabelecidos;
• Assegurar o cumprimento do processo de
planejamento;
• Solicitar membros para a equipe de
planejamento, incluindo o responsável pela
avaliação;
• Promover as reuniões de planejamento;
• Coordenar o registro de informações,
incluindo os arquivos e relatórios;
• Assegurar o andamento satisfatório do
planejamento e da condução do exercício;
• Assegurar a definição do cenário para a
Responsabilidades: realização do exercício;
• Cuidar para que o planejamento
33
do exercício seja implementado
adequadamente;
• Orientar a atuação dos facilitadores
durante a execução do exercício simulado;
• Apoiar os treinamentos;
• Garantir a segurança do cenário, por
intermédio da análise dos riscos envolvidos;
• Assegurar a desmobilização dos recursos;
• Coordenar as reuniões de fechamento e
de avaliação;
• Coordenar a elaboração do relatório do
exercício simulado.

RESERVADO
Alta Competência

Equipe de planejamento
A equipe de planejamento consiste de representante(s) da(s) unidade(s) que participa(m) do
exercício. Dependendo da classificação do exercício simulado, pode ser necessário mais de
um representante de cada unidade.
A principal responsabilidade dessa equipe é planejar um exercício realista que valide os
planos de emergência e os procedimentos que normalmente seriam implantados para uma
emergência real.
Para exercícios de menor porte, do qual apenas uma unidade participa, a equipe de
planejamento pode consistir apenas do pessoal interno dessa unidade.
• Garantir que o cenário seja realista para
o local;
• Assegurar que as funções e os planos
Responsabilidades: de emergência sejam exercidos de
maneira adequada;
• Cuidar para que a condução do exercício
permita avaliação eficiente.
Observações:
O coordenador e os membros da equipe de planejamento podem atuar como facilitadores
34 no desenvolvimento do cenário.
Recomenda-se que os membros da equipe de planejamento não participem do grupo de
avaliação, nem da Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) durante o simulado.

Responsável pela avaliação


O responsável pela avaliação será indicado pelo coordenador do planejamento do simulado,
sendo este um membro da equipe de planejamento.
• Participar do planejamento do simulado;
• Determinar a estratégia de avaliação;
• Determinar a estrutura, tamanho e composição
da equipe de avaliação;
• Recrutar os participantes da equipe de avaliação;
• Determinar o programa de atividades;
• Preparar os documentos para o registro das
observações dos avaliadores (formulários e/ou
Responsabilidades e fichas de avaliação);
atividades: • Conduzir os treinamentos da equipe de
avaliação;
• Providenciar suporte logístico da equipe de avaliação;
• Supervisionar e avaliar o recolhimento de dados
da equipe de avaliação do exercício;
• Atuar como facilitador durante a consolidação
dos dados da avaliação;
• Administrar a preparação das informações da
avaliação que irão compor o relatório do simulado.

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

Avaliadores
Os avaliadores serão indicados pelo responsável pela avaliação do simulado.
• Participar do treinamento da equipe de
avaliação;
• Verificar materiais recebidos para a avaliação;
• Conhecer os objetivos do exercício simulado e
procedimentos de resposta a serem avaliados;
• Conhecer e respeitar as orientações para os
Responsabilidades e
avaliadores;
atividades:
• Avaliar o simulado nos locais definidos pela
equipe de planejamento;
• Compilar os dados individuais para apresentação;
• Participar da reunião de fechamento;
• Participar da reunião de análise crítica quando
solicitado.

Equipe de resposta
A equipe de resposta é formada por membros da Estrutura Organizacional de Resposta
(EOR) que têm funções definidas nos planos de emergência. 35
• Tomar decisões e reagir aos eventos do cenário
Responsabilidades:
de maneira mais real possível.
Observações:
Todos devem estar familiarizados com as suas atribuições e os procedimentos que devam
executar.

Observadores
• Observadores são convidados que recebem autorização para acompanhar as atividades
em locais específicos;
• Devem ser instruídos para se manterem fora da prática do exercício e não fornecerem
quaisquer informações aos participantes.
Observações:
• A maioria dos simulados contará com pessoas que desejam observar o exercício;
• Recomenda-se que na fase de planejamento seja prevista a presença de convidados.

Atores
Alguns exercícios podem utilizar atores - não membros da Estrutura Organizacional de
Resposta (EOR) para manter o realismo, representando vítimas, pessoas jurídicas ou físicas,
a mídia e o público em geral.

RESERVADO
Alta Competência

1.4.3. Execução do exercício simulado

Existem algumas ações que devem ser realizadas antes da execução


do exercício simulado. A seguir apresentamos essas ações de forma
ordenada, descrevendo as mesmas.

1. Reunir a equipe de planejamento e de execução do cenário

As equipes de planejamento e de execução do cenário devem se reunir


antes da realização do simulado para o recebimento de material
(formulários, fichas de avaliação etc.), reconhecimento do cenário e
instruções finais.

2. Montar a técnica do cenário

Devem ser feitos, previamente, a preparação, a montagem e o


36
teste dos equipamentos de simulação e de comunicação que serão
utilizados pela equipe de execução do cenário.

Recomenda-se confirmar toda a logística necessária à equipe de


execução do cenário.

3. Realizar o treinamento dos avaliadores

Dependendo da classificação do simulado, deve ser realizado o


treinamento dos avaliadores.

Os membros da equipe de avaliadores devem receber informações e


materiais necessários para atuarem durante a execução do simulado.

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

ATENÇÃO

O treinamento deve incluir:


• A abrangência do simulado, incluindo objetivos
a serem demonstrados;
• O cenário e o passo a passo das ações do
simulado, incluindo as tarefas individuais do(s)
avaliador(es) e ator(es);
• A s instruções de Segurança, Meio Ambiente e
Saúde (SMS);
• O s esclarecimentos para o preenchimento do(s)
formulário(s) de avaliação;
• O s detalhes dos procedimentos e das regras do
simulado com os objetivos do exercício;
• A divulgação e o alerta de boas práticas e 37
oportunidades de melhorias, observadas nas
avaliações de simulados anteriores;
• O cronograma do exercício e a divulgação
das atividades de pós-exercício (reuniões de
fechamento e de avaliação);
• Informações de logística.

4. Realizar preparativos finais do cenário

• Revisar o cenário e a encenação, montar o local e equipamentos


e finalizar os aspectos logísticos e de coordenação do exercício
simulado;

• Confirmar a montagem de toda a logística necessária para os


convidados, os observadores e a comunidade;

• Providenciar crachás ou outros meios de identificação, tais como


coletes de identificação para os facilitadores, os avaliadores, os
atores e os observadores;

RESERVADO
Alta Competência

• Revisar o cenário e a encenação, montar o local e equipamentos


e finalizar os aspectos logísticos e de coordenação do exercício
simulado;

• Confirmar a montagem de toda a logística necessária para os


convidados, os observadores e a comunidade.

5. Conduzir a realização do exercício simulado

O coordenador do planejamento deve assumir a responsabilidade pela


execução do cenário e assegurar que o simulado permaneça dentro
do planejado e que os objetivos sejam cumpridos, supervisionando as
seguintes atividades:

• Deflagração do cenário de início do simulado;

38
• Posicionamento dos avaliadores e dos atores nos locais designados;

• Gerenciamento do fluxo e do ritmo do simulado.

Acompanhamento das ações de resposta ao cenário deflagrado, até


que o término do exercício seja comunicado pela coordenação da
Estrutura Organizacional de Resposta (EOR).

1.4.4. Avaliação dos resultados dos exercícios simulados

Outro aspecto relevante sobre os exercícios simulados são as


avaliações. Elas devem ser tratadas em reuniões de análise crítica,
nas quais se tenha a oportunidade de identificação de pontos que
colaborem para a melhoria do processo.

O processo de avaliação começa durante a fase de planejamento do


plano de emergência e compreende:

• Definição dos objetivos e dos critérios de avaliação;

• Elaboração da ficha de avaliação com base nos critérios definidos;

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

• Observação, coleta, análise e documentação de dados;

• Identificação de eventuais melhorias no(s) plano(s) de resposta;

• Avaliação da eficácia do treinamento da Estrutura


Organizacional de Resposta (EOR);

• Indicação do nível geral de prontidão para uma resposta;

• Apresentação dos resultados no relatório do exercício simulado.

A documentação dos pontos fortes e das oportunidades de


melhorias proporciona o aprimoramento contínuo das capacidades
de resposta de emergência.

ATENÇÃO
39

Os critérios de avaliação do simulado devem espelhar


os objetivos definidos na fase de planejamento.

Todas as instalações têm cronogramas para a prática de simulados.


Veja a seguir um exemplo de cronograma de simulados.

Anexo C - CRONOGRAMA DE SIMULADOS


05/01/2005
13/10/2004
20/10/2004
27/10/2004

10/11/2004
17/11/2004
24/11/2004

15/12/2004
22/12/2004
29/12/2004
29/9/2004
6/10/2004

3/11/2004

1/12/2004
8/12/2004

12/1/2005
19/1/2005
26/1/2005

CRONOGRAMA DE SIMULADOS
G1 G3 G4 G5 G1 G2 G3 G4 G5 G5 G1 G2 G3 G4 G5 G1 G2
G2 G1 G2 G3 G4 G5 G1 G2 G3

Abandono da plataforma - QUINZENAL P


R
P
Evacuação da plataforma - TRIMESTRAL
R
P
Incêndio / Explosão- QUINZENAL
R
P
Vazamento de gás - SEMESTRAL
R
P
Vazamento de óleo ou derivados - TRIMESTRAL
R
P
Colisão de aeronave no heliponto - BIENAL
R
P
Adernamento / Alagamento / Abalroamento - BIENAL
R
P
Acidente com fonte radioativa - BIENAL
R
P
Acidentes pessoais / Doença / Morte - BIENAL
R
P
Disparo acidental de Co2 com pessoas dentro - BIENAL
R
P
Queda do homem ao mar - MENSAL
R
P
Perda geração principal e emergência (black out) - ANUAL
R
LEGENDAS
Prevista
Realizadas

Cronograma de simulados

RESERVADO
Alta Competência

1.5. Documentos de referência

A elaboração dos planos de resposta à emergência tem se apoiado,


basicamente, nos seguintes documentos:

Lei n.º 9.966, de 28 de abril de 2000 - Dispõe sobre a prevenção, o


controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo
e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição
nacional e dá outras providências.

Norma Petrobras N-2644 (Plano de resposta à emergência) - Plano de


resposta à emergência.

NORMAN - Normas da autoridade marítima - Plano de Emergência


para prevenção da poluição por óleo (SOPEP).

40
PG – 0V3 - 00011 – Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) -
Padrão de Gestão que estrutura e reflete a Diretriz 11 (Contingência).

Resolução do CONAMA n.º 398 - Dispõe sobre o conteúdo mínimo do


Plano de Emergência Individual (PEI) para incidentes de poluição por
óleos originados em portos organizados, instalações portuárias ou
terminais, dutos, plataformas, bem como suas respectivas instalações
de apoio e orienta a sua elaboração.

1.6. Diretriz corporativa de Segurança, Meio Ambiente e Saúde


(SMS)

O sistema Petrobras obedece ao conjunto de 15 Diretrizes


Corporativas de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). Nele
está contida a Diretriz 11 (Contingência), ilustrada a seguir.

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

1. Liderança e Responsabilidade
2. Conformidade Legal
3. Avaliação e Gestão de Riscos
4. Novos Empreendimentos
5. Operação e Manutenção
6. Gestão de Mudanças
7. Aquisição de Bens e Serviços
8. Capacitação, Educação e Conscientização
9. Gestão de Informações
10. Comunicação
11. Contingência
12. Relacionamento com a Comunidade
13. Análise de Acidentes e Incidentes
14. Gestão de Produtos
15. Processo de Melhoria Contínua
Ilustração da capa do livro que
trata das relações das diretrizes
corporativas de Segurança, Meio 41
Ambiente e Saúde (SMS)

A Diretriz 11, que trata de contingência, define, de forma resumida,


todo o processo de gestão de emergência na Petrobras.

Entende-se como contingência, de acordo com a PG – 0V3-00011:

Estado de preparação permanente para enfrentar situação de


risco com potencial de ocorrer, inerente às atividades, produtos,
serviços, empreendimentos, equipamentos ou instalações e
que ocorrendo se caracteriza em uma emergência.

Segundo essa diretriz, as situações de emergência devem estar


previstas e devem ser enfrentadas com rapidez e eficácia, visando à
máxima redução de seus efeitos.

São requisitos dessa diretriz:

• Garantia de que os planos de contingência de cada unidade


estejam avaliados, revisados e atualizados, bem como
integrados aos planos de contingência regionais e corporativos
da empresa;

RESERVADO
Alta Competência

• Desenvolvimento de programas de esclarecimento e


treinamento junto às comunidades potencialmente expostas a
riscos, visando sua incorporação aos planos de contingência;

• Adequação dos planos de contingência às variações de risco


eventualmente identificadas;

• Consideração, nos planos de contingência, dos impactos sociais,


econômicos e ambientais decorrentes de possíveis acidentes;

• Implementação de mecanismos que assegurem a atualização,


divulgação e pronto acesso aos planos de contingência por
parte da força de trabalho, órgãos governamentais e não-
governamentais, comunidades e demais partes interessadas;

• Realização periódica de treinamentos e exercícios simulados,


42 com a participação de todos os envolvidos e posterior avaliação
dos resultados.

ATENÇÃO

Nesse caso, o termo plano de contingência deve ser


entendido como plano de resposta à emergência.

1.7. Gerenciamento de informações

Todas as informações referentes à estrutura dos planos de resposta à


emergência podem ser consultadas e devem ser armazenadas através de
ferramentas de gestão de informação. As ferramentas utilizadas são:

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

Sistema Informatizado de Padronização Eletrônica da


SINPEP Petrobras, onde todos os padrões da empresa estão
dispostos, sendo de acesso à força de trabalho.

Sistema de Informações de Apoio à Emergência -


ferramenta desenvolvida com o objetivo de centralizar
SIAE as informações sobre todos os recursos disponíveis
para emergências na Petrobras.

Sistema Informatizado para Apoio a Plano de Ação


de Emergência - um software da Petrobras e único
InfoPAE no mundo com esta característica, que tem por
objetivo gerenciar emergências e planos em ambiente
informatizado de fácil utilização.
Sistema Integrado de Gestão de Anomalias – um
SIGA ambiente para gestão e registro de anomalias.

Embora tenha como sigla provisória o mesmo nome


do Plano de Emergência Individual, trata-se de um
repositório de planos de resposta à emergência, 43
PEI desenvolvido no ambiente Notes, com o objetivo de
centralizar padrões da área de emergência em um
único local.

Sistema de registro de simulados – um ambiente para


SIMU gestão e registro de simulados.

ATENÇÃO

A documentação gerada deve ser arquivada de


acordo com:
• A política de segurança da informação do sistema
Petrobras;
• Os tempos de prescrição conforme definidos por
legislação ou pela Petrobras.

RESERVADO
Alta Competência

1.8. Comunicação de emergência

Para garantir a correta utilização dos meios de comunicação de


emergência, é necessário estabelecer procedimentos que visam
integrar os recursos e as equipes de atendimento de emergência.
Portanto, um fluxo de acionamento deve ser estabelecido para
facilitar a ordem na comunicação.

De uma forma geral, esses procedimentos estão estabelecidos em


padrões das unidades e também nos planos de emergência. O número
de telefone para atendimento de emergências é padronizado e único
na empresa, atualmente esse número é 8800.

Além dos procedimentos internos, também existem telefones


comunitários do tipo 0800, que podem ser utilizados por qualquer
cidadão que tenha necessidade de comunicar algum evento anormal
44 para a empresa.

A seguir, apresentamos um exemplo de fluxograma de comunicação


utilizado pela UN-RIO na ocorrência de um vazamento de óleo.

Formaliza comunicação externa


CIPOSO/RI via CADINC ou
anexo-05 do PEI via faz para IBAMA, EOR
ANP, DPC e FEEMA CDA

UN
- Vazamento - Boletim Ger. geral
alerta visual GEPLAT DPC interno GG
coord.SMS
alerta automático (tel) Imprensa coord.com

Barge master Central de


Observador Fiscal da
ou sondador OIM atendimento à
do evento Petrobras
(sal.cont) emergência
8800

Público interno da U.M Gerente


= alarme de emergência e/ou operações - Vazamento -
sistema de comunicação alerta bacia
pública
Gerente
ATP
Equipe de controle de Formaliza comunicação interna
emergência da U.M CIPOSP/RI via CADINC ou
Gerente anexo-05 do PEI via faz para
(kit SOPEP)
SMS 6-3652 ou chave FMLJ

Fluxograma de comunicação

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

Qualquer observador deve informar anormalidades. Importante


considerar o tempo como fator primordial nas ações de resposta.
Cabe ao técnico de operação de uma instalação realizar os
procedimentos de interrupção e as manobras para evitar que o
acidente tome maiores proporções.

O esquema a seguir exemplifica uma ação típica de interrupção de


descarga de óleo.

Observador
do evento Sala de Interrupção Sim
controle automática?
Alarmes
Não
Interrupção
manual via
sala de controle
Alerta do 45
observador
Equipe de Não Descarga
parada de
interrompida?
emergência
Sim
Interrupção
manual no Fim
campo

Fluxograma de interrupção de descarga de óleo – ação do técnico de operação

RESERVADO
Alta Competência

1.9. Exercícios

1) O que é um plano de resposta à emergência?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2) Indique as alternativas que apresentem as informações contidas


no conjunto de documentos que compõe um plano de resposta à
emergência:

( ) Instalação ou Unidade e sua área de influência.


( ) Número de funcionários.
( ) Cenários acidentais.
( ) Procedimentos para resposta aos diversos tipos de aciden-
tes ou incidentes passíveis de ocorrência.
46
( ) Respostas a riscos e perigos.

3) Relacione a primeira coluna com as definições apresentadas na


segunda coluna:

1. Nível de resposta ( ) Utilizado quando os recursos locais


local não forem suficientes para combater
à emergência. Esse nível de resposta
inclui recursos externos disponíveis
de unidades organizacionais, institui-
ções e empresas e outros recursos cor-
porativos localizados na região.

2. Nível de resposta ( ) Esse nível de resposta contempla or-


regional ganização, procedimentos operacio-
nais de resposta e recursos da insta-
lação, atividade ou serviço que conta
com recursos próprios e externos dis-
poníveis em instituições e empresas
locais ou outros recursos. Inclui, ain-
da, recursos corporativos, disponibili-
zados por meio de protocolos especí-
ficos firmados para atendimento de
emergências.

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

3. Nível de resposta ( ) Utilizado quando os recursos re-


corporativo gionais não forem suficientes para
combater à emergência. Esse nível
de resposta inclui recursos externos
disponíveis em quaisquer unidades
organizacionais da companhia, insti-
tuições e empresas nacionais ou in-
ternacionais e recursos corporativos
localizados em mais de uma região.

4) Leia as afirmativas a seguir:

I. As legislações vigentes e as normas da Petrobras estabelecem o


exercício que simula os planos de resposta à emergência, a fim de
assegurar o desempenho, a preparação, a capacitação e a avaliação
das equipes e dos recursos quanto à sua disponibilidade, adequação
e tempo de resposta.
47
II. Atividade, operação, serviço e empreendimento em todos os sis-
temas Petrobras configuram situações de emergência em cada ins-
talação, portanto, devem ser previstas e enfrentadas com rapidez e
eficácia, visando a reduzir ao máximo seus efeitos, considerando os
melhores recursos e tecnologias disponíveis.

III. Com base nos planos de resposta à emergência, a preparação para


enfrentar situações de emergência é exercitada de forma a minimizar
os danos às pessoas, às instalações e ao meio ambiente. Isso acontece
por intermédio da realização periódica de treinamentos e exercícios
simulados e a respectiva avaliação dos resultados.

As afirmativas apresentam a importância da realização dos exercícios


simulados. Estão corretas:

( ) I e II.
( ) II e III.
( ) I e III.
( ) I, II e III.

RESERVADO
Alta Competência

5) Preencha as lacunas com as palavras abaixo:

Simulado de comunicação Simulado em sala de treinamento


Simulado de mobilização de recursos Simulado de campo

a) O ____________________________ é geralmente mais complexo,


pois envolve processo de comunicação e mobilização, com o
emprego dos recursos humanos e materiais.

b) O _______________________________ é conduzido utilizando o


telefone e outros meios de comunicação e deve estar de acordo
com o fluxograma de comunicação de emergência.

c) O _______________________________ envolve o deslocamento


de pessoas e de equipamento de resposta, conforme as
estratégias estabelecidas no plano para um determinado cenário
48 acidental.

d) O ________________________ compreende, geralmente, discussões


interativas entre os membros da equipe de resposta sobre um cenário
simulado.

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

1.10. Glossário
APR - Análise Preliminar de Riscos.

Brigadista - técnico treinado adequadamente, com função específica para respostas


de emergência.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente.

CONTEC - Comissão de Normas Técnicas.

EOR - Estrutura Organizacional de Resposta.

HAZOP - Hazards and Operability Analysis - Estudo de Perigos e Operabilidade.

NORTEC - Normalização Técnica da Petrobras.

PEC - Plano de Emergência Corporativo.

PEI - Plano de Emergência Individual. 49


PEL - Plano de Emergência Local.

PER - Plano de Emergência Regional.

PES - Plano de Emergência Setorial.

SIAE - Sistema de Informações de Apoio à Emergências.

SINPEP - Sistema Informatizado de Padronização Eletrônica da Petrobras.

SOPEP - Shipboard Marine Pollution Emergency Plans. Plano de Resposta à Emergência


para Prevenção da Poluição por Óleo.

SMS - Segurança, Meio Ambiente e Saúde.

RESERVADO
Alta Competência

1.11. Bibliografia
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução n.º 398.
Jun 2008.

PETROBRAS. Diretriz corporativa de SMS 11 – Contingência.

PETROBRAS. PG-0V3 – 00011 – Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde.

PETROBRAS. Plano de resposta à emergência, N-2644.

50

RESERVADO
Capítulo 1. Plano de resposta à emergência

1.12. Gabarito
1) O que é um plano de resposta à emergência?

O plano de resposta à emergência é o recurso utilizado quando todas as


medidas anteriores falham, devendo garantir ao usuário recurso suficiente
para evitar que danos maiores possam ocorrer.

2) Indique as alternativas que apresentem as informações contidas no conjunto


de documentos que compõe um plano de resposta à emergência:

(X) Instalação ou Unidade e sua área de influência.

( ) Número de funcionários.

(X) Cenários acidentais.


(X) Procedimentos para resposta aos diversos tipos de acidentes ou
incidentes passíveis de ocorrência.
( ) Respostas a riscos e perigos.

3) Relacione a primeira coluna com as definições apresentadas na segunda coluna:


51
1. Nível de resposta local (2) Utilizado quando os recursos locais
não forem suficientes para combater à
emergência. Esse nível de resposta inclui
recursos externos disponíveis de unidades
organizacionais, instituições e empresas e
outros recursos corporativos localizados
na região.

2. Nível de resposta regional (1) Esse nível de resposta contempla


organização, procedimentos operacionais
de resposta e recursos da instalação,
atividade ou serviço que conta com
recursos próprios e externos disponíveis
em instituições e empresas locais ou
outros recursos. Inclui, ainda, recursos
corporativos, disponibilizados por meio
de protocolos específicos firmados para
atendimento de emergências.
3. Nível de resposta (3) Utilizado quando os recursos regionais
corporativo não forem suficientes para combater
à emergência. Esse nível de resposta
inclui recursos externos disponíveis em
quaisquer unidades organizacionais
da companhia, instituições e empresas
nacionais ou internacionais e recursos
corporativos localizados em mais de
uma região.

RESERVADO
Alta Competência

4) Leia as afirmativas a seguir:

I. As legislações vigentes e as normas da Petrobras estabelecem o exercício que


simula os planos de resposta à emergência, a fim de assegurar o desempenho, a
preparação, a capacitação e a avaliação das equipes e dos recursos quanto à sua
disponibilidade, adequação e tempo de resposta.

II. Atividade, operação, serviço e empreendimento em todos os sistemas Petrobras


configuram situações de emergência em cada instalação, portanto, devem ser
previstas e enfrentadas com rapidez e eficácia, visando reduzir ao máximo seus
efeitos, considerando os melhores recursos e tecnologias disponíveis.

III. Com base nos planos de resposta à emergência, a preparação para enfrentar
situações de emergência é exercitada de forma a minimizar os danos às pessoas, às
instalações e ao meio ambiente. Isso acontece por intermédio da realização periódica
de treinamentos e exercícios simulados e a respectiva avaliação dos resultados.

As afirmativas apresentam a importância da realização dos exercícios simulados.


Estão corretas:

( ) I e II.

( ) II e III.

( ) I e III.
52
( X ) I, II e III.

5) Preencha as lacunas com as palavras abaixo:

Simulado de comunicação Simulado em sala de treinamento

Simulado de mobilização de recursos Simulado de campo

a) O simulado de campo é geralmente mais complexo, pois envolve processo de


comunicação e a mobilização, com o emprego dos recursos humanos e materiais.

b) O simulado de comunicação é conduzido utilizando o telefone e outros meios de


comunicação e deve estar de acordo com o fluxograma de comunicação de emergência.

c) O simulado de mobilização de recursos envolve o deslocamento de pessoas e de


equipamento de resposta, conforme as estratégias estabelecidas no plano para um
determinado cenário acidental.

d) O simulado em sala de treinamento compreende, geralmente, discussões inte-


rativas entre os membros da equipe de resposta sobre um cenário simulado.

RESERVADO
Capítulo 2
Prefácio

Planos de resposta
à emergência
mais utilizados
pelo E&P

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Identificar os tipos de planos de resposta à emergência


mais utilizados pelo E&P.

RESERVADO
RESERVADO
Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

2. Planos de resposta à emergência


mais utilizados pelo E&P

O
s planos de resposta à emergência mais utilizados pela
Petrobras, no E&P, são:

• Plano de Emergência Local - PEL;

• Plano de Emergência Setorial - PES;

• Plano de Emergência Individual - PEI;

• Plano de Emergência Regional - PER;

55
• Plano de Emergência Corporativo - PEC.

ATENÇÃO

Vale lembrar que a norma N-2644 (Plano de


resposta à emergência) está em revisão e virá
a estabelecer uma nova nomenclatura para os
planos de emergência.

Busque com seu instrutor a ocorrência dessa revisão.

A seguir, esses planos serão mais detalhados.

2.1. Plano de Emergência Local (PEL)

Baseado na N-2644 (Plano de resposta à emergência), o Plano de


Emergência Local (PEL) é um plano de nível de resposta local, ou seja,
conta com os recursos próprios da unidade de negócios ou serviço;
além dos recursos da instalação pode estar estruturado para atender
todas as instalações da unidade ou não. Pode ser complementado
por recursos de outras unidades através de protocolos ou pelo Plano
de Emergência Regional (PER).

RESERVADO
Alta Competência

2.1.1. Estrutura do Plano de Emergência Local (PEL)

O quadro a seguir apresenta a estrutura que deverá ser obedecida na


elaboração do PEL.

Estrutura do Plano Emergencial Local (PEL)


1. Objetivo
2. Documentos aplicáveis
3. Definições
4. Abrangência do plano e caracterização das instalações e da região
5. Identificação da instalação
6. Cenários acidentais
7. Informações e procedimentos para resposta:
• Sistemas de alerta;
• Comunicação do acidente ou incidente;
• Estrutura organizacional de resposta;
• Equipamentos e materiais de resposta;
56 • Procedimentos operacionais de resposta.
8. Encerramento das operações
9. Mapas, cartas náuticas, plantas, desenhos e fotografias
10. Anexos

Descreveremos a seguir os itens que definem a estrutura do Plano de


Emergência Local (PEL).

1. Objetivo
Neste item deve constar, de forma clara e concisa, o objetivo do PEL.
Exemplo:
“Estabelecer os procedimentos a serem seguidos para o controle das situações de
emergência que possam ocorrer na P-54, a fim de minimizar as suas conseqüências, bem
como definir responsabilidades, recursos, materiais e equipamentos a serem utilizados.”

RESERVADO
Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

2. Documentos aplicáveis
Neste item estão relacionadas legislações, normas, regulamentos, planos mútuos de
operação, cartas de acordo e outros documentos aplicáveis, que foram considerados durante
a elaboração do PEL ou que devem ser observados durante o desencadeamento das ações.
Exemplos:
Lei n.o 4395 de 1998: cria o Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC).
NBR-14276: Programa de Brigada de Incêndio.
N-1645: critérios de segurança para projeto de instalações fixas de armazenamento de gás
liquefeito de petróleo.

3. Definições
Embora não conste na estrutura definida para o PEL pela N-2644 (Plano de resposta à
emergência), sugere-se que a relação, que pode ser encontrada nessa norma, sirva de
orientação geral para todos os planos.
Ato de retirar de forma ordenada todas as
Abandono de área
pessoas da área interna afetada.
Evento imprevisto e indesejável, instantâneo ou
não, que resultou em dano à pessoa (inclusive
57
Acidente
doença ocupacional), ao meio ambiente ou ao
patrimônio (próprio ou de terceiros).
Empregado designado pelo gerente da
Administrador do plano instalação para atualização e manutenção
do Plano de Emergência Local (PEL).
Região que possui populações
circunvizinhas com importância econômica,
Área sensível turística, recreativa ou, ainda, que sejam
ecologicamente relevantes em termos de
impactos ambientais.
Região suscetível aos efeitos adversos e
Área vulnerável
provocados por um acidente ou incidente.
Conjunto de tarefas que, sendo parte ou
Atividade não de um processo, visa atender a um
objetivo específico.
Processo sistemático e documentado de
verificação, executado para obter e avaliar, de
Auditoria
forma objetiva, evidências que determinem
conformidade com critérios estabelecidos.
Conjunto de situações e circunstâncias
Cenário acidental específicas de um acidente ou incidente.

RESERVADO
Alta Competência

3. Definições
Conjunto das etapas de um
empreendimento, instalação, produto,
Ciclo de vida serviço ou operação, desde o planejamento
e concepção até a desativação, disposição
final ou encerramento.
Colegiado composto por Órgãos Públicos e
Petrobras, sob sua coordenação, que atua
Comando unificado
na gestão da emergência na medida de
suas atribuições e competências específicas.
Estado de preparação permanente para
enfrentar situação de risco com potencial
de ocorrer, inerente às atividades, produtos,
Contingência
serviços, empreendimentos, equipamentos
ou instalações e que, ocorrendo, se
caracteriza em uma emergência.
Responsável pela coordenação geral dos
Coordenador das ações de resposta
procedimentos operacionais de resposta.
58 Qualquer evento ou percepção negativa que
possa trazer danos à imagem da Petrobras
ou prejudicar seu relacionamento com a
Crise
sociedade, clientes, acionistas, investidores,
parceiros, órgãos reguladores e poderes
públicos e demais partes interessadas.
É a distância calculada para determinados
níveis de interesse de radiação térmica,
sobrepressão ou concentração de
Distância de interesse
substâncias químicas associadas à
previsão de impactos danosos às pessoas,
instalações e ao meio ambiente.
Situação em um processo, sistema ou
atividade que, fugindo aos controles
estabelecidos, possa resultar em acidente e
Emergência que requeira, para controlar seus efeitos, a
aplicação de recursos humanos capacitados
e organizados, recursos materiais e
procedimentos específicos.
Estrutura previamente estabelecida,
mobilizada em uma situação de emergência,
Estrutura Organizacional de Res- com a finalidade de utilizar recursos e
posta (EOR) implementar as ações dos procedimentos
operacionais de resposta.

RESERVADO
Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

3. Definições
Ato de retirar de forma ordenada as pessoas
de área externa, afetada ou que possa ser
Evacuação de área externa afetada, em consonância com as diretrizes
estabelecidas pelo Sistema Nacional de
Defesa Civil, conforme Lei n.º 4395.
Ato de retirar de forma ordenada todas as
pessoas de área interna, que não estejam
Evacuação de área interna envolvidas no controle de uma emergência
e direcioná-las para uma área segura ou
previamente definida.
Conjunto de atividades que visam a
representar um determinado cenário
Exercício simulado
acidental e a implementação das ações de
resposta para controle de emergência.
Exercício simulado em que o conhecimento
do cenário a ser testado e do momento
Exercício simulado não-avisado
de sua realização é restrito a um grupo
reduzido de pessoas. 59
Pessoas que executam atividades para o
Sistema Petrobras incluindo empregados
próprios, estagiários, prestadores de
serviços caracterizados como autônomos,
Força de trabalho empregados de cooperativas contratadas,
empregados de outras empresas que
prestem serviços ou executem atividades
contidas no objeto do contrato com a
empresa contratada.
Responsável pela coordenação geral, no
âmbito da unidade, de todas as ações
Gestor central
estabelecidas no Plano de Emergência Local
(PEL), durante uma emergência.
Grupo responsável pelas proposições
relacionadas à gestão de contingência
em nível regional, incluindo as ações
relacionadas ao Plano de Emergência
Grupo de Coordenação do Plano
Regional, composto por representantes
Regional (GCPR)
das Unidades Organizacionais da Região
e coordenado pelo coordenador regional
de Segurança, Meio Ambiente e Saúde
Corporativo (SMS/CORP).

RESERVADO
Alta Competência

3. Definições
Grupo técnico permanente responsável por dar
Grupo Técnico de Contingência suporte ao subcomitê de gestão de Segurança,
(GTEC) Meio Ambiente e Saúde (SMS) nas questões
relacionadas à gestão da contingência.

Tipo de ocorrência identificada na análise


de risco, que gera cenários acidentais. Esses
Hipótese acidental
cenários são a base para os procedimentos
operacionais de resposta.
Evento imprevisto e indesejável que
poderia ter resultado em dano à pessoa,
ao patrimônio (próprio ou de terceiros)
ou impacto ao meio ambiente. Para efeito
Incidente
da N-2644 (Plano de emergência local)
entende-se por incidente evento de poluição
por óleo, conforme definido na resolução
CONAMA n.º 398.
Porto organizado, instalação portuária
60 ou terminal, dutos, faixas de dutos,
plataformas, canteiros de obras, refinarias
Instalação e unidades industriais, terminais, bases
terrestres, áreas administrativas (prédios) ou
outras suscetíveis a acidentes ou incidentes,
conforme definido nesta Norma.
Medida e avaliação de agentes químicos
ou de seus produtos de biotransformação
no sangue, urina, ar exalado, secreções
Monitoramento biológico e tecidos ou alguma combinação desses,
para estimar a exposição ou risco à saúde
humana, quando comparados com uma
referência apropriada.
Um indivíduo ou grupo de indivíduos
com interesse comum no desempenho da
organização e no ambiente em que opera.
A maioria das organizações possui as
seguintes partes interessadas: os clientes,
Partes interessadas a força de trabalho, os acionistas e os
proprietários, os fornecedores e a sociedade.
A quantidade e a denominação das partes
interessadas podem variar em função do
perfil da organização.

RESERVADO
Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

3. Definições
Documento, baseado nas hipóteses
acidentais identificadas, que contém o
conjunto de medidas que determinam
e estabelecem as ações a serem
desencadeadas para controle da emergência,
Procedimento operacional de
bem como os recursos humanos, materiais
resposta
e equipamentos mínimos necessários ao
controle e combate à emergência, levando
em consideração os aspectos relacionados
à saúde e à segurança do pessoal envolvido
nas ações de resposta.
Documento formal que estabelece
Protocolo de interface responsabilidades para primeiro atendimento
à emergências entre unidades organizacionais.
Atividade de transmitir e/ou receber
Treinamento conhecimentos e práticas para melhoria do
desempenho individual e das equipes.
Subdivisão da estrutura organizacional em 61
cada Área e Empresa do Sistema Petrobras
criada para atender às necessidades da
divisão de trabalho, contando com gerente,
Unidade organizacional
equipe e responsabilidades próprias. Essa
subdivisão é definida de acordo com
critérios estabelecidos pelas respectivas
Áreas e Empresas do Sistema Petrobras.
Medida de perda econômica, humana, e/ou
ambiental resultante da combinação entre
Risco
freqüência esperada e conseqüência destas
perdas.

4. Abrangência do plano e caracterização das instalações e da região


Neste item devem ser apresentadas a definição da área geográfica e a descrição dos
equipamentos ou instalações abrangidos pelo plano.
As características da região devem estar descritas em termos de:
• Ocupação populacional e perfil socioeconômico em torno das instalações ou que
possam ser afetadas pela emergência;
• Edificações que possam ser utilizadas no caso de deslocamento da população;
• Edificações com ocupação social intensiva, tais como escolas, creches, clubes, hospitais,
orfanatos e asilos;
• Rios, lagoas, lagos, baías e outros corpos d’água;
• Pontos geográficos e ambientalmente notáveis;
• Áreas passíveis de serem atingidas;
• Condições climáticas típicas;
• Áreas de disposição provisória ou definitiva de resíduos; e
• Acessos disponíveis na região (aéreos, terrestres, fluviais ou marítimos).

RESERVADO
Alta Competência

a) Abrangência do plano
É importante que a abrangência descreva os limites de jurisdição das instalações e a área
geográfica considerada vulnerável, definida a partir do Estudo de Análise de Riscos (EAR).
Exemplo:
1. Definição da área geográfica do ativo
Localização do ativo - Rodovia General Câmara, Km 32 – Rosas/PE
Limite geográfico ao norte – Rio Vermelho
Limite geográfico ao sul – Rodovia General Câmara
Limite geográfico leste – Divisa com a Companhia Petroquímica Alvear
Limite geográfico ao oeste – Reserva Florestal da Serra Grande
2. Abrangência do plano
A área de abrangência deste plano está indicada no Mapa de Abrangência. Esta área
abrange a região populacional do Jardim Santo Antonio, além de pequenas parcelas dos
bairros de São Matias e Canavieira, no Município de Rosas. No que tange às empresas
circunvizinhas ao ativo, a Companhia Petroquímica Alvear e a Fábrica de Borracha estão
englobadas pelo Plano de Emergência Local.
Estão englobadas neste Plano de Emergência Local todas as unidades operacionais
existentes no ativo, bem como os tanques de armazenamento de petróleo e derivados e as
62 esferas e cilindros de gás liquefeito de petróleo, propeno e propano.
Conforme definido em termo de compromisso, firmado entre o ativo e a Transpetro, ficaram
definidos os limites de responsabilidades para atendimento à emergências pelo ativo na
faixa de dutos da Transpetro até a válvula n.º 18.

b) Caracterização das instalações


Neste item devem estar relacionados os equipamentos e instalações abrangidas por este plano.
Exemplo:
Unidades de processo
2 unidades de destilação atmosférica e a vácuo;
1 unidade de craqueamento catalítico fluido;
1 unidade de recuperação de enxofre;
1 unidade de tratamento de gás residual;
2 unidades de hidrotratamento de diesel.
Planta de utilidades
Uma central de utilidades (energia elétrica, vapor, ar comprimido e diversos tipos de água);
Sistema de tratamento de efluentes.
Área de armazenamento
12 tanques de petróleo;
42 tanques de derivados;
6 esferas de GLP;
4 cilindros de propano e propeno.
Sistemas de tochas
5 tochas.

RESERVADO
Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

Observações:
O detalhamento das características operacionais não deve constar do PEL. Em caso de
necessidade das mesmas, a melhor forma de buscar estas informações é o manual de
operação da Unidade.

c) Caracterização da região
A caracterização da região, necessariamente, deve partir de uma visão macro para uma
descrição mais detalhada nas proximidades da Unidade. Sempre que possível, devem ser
descritas as características das comunidades no entorno, a rede hidrográfica, o clima, a
vegetação, o solo e outras características que venham a influenciar no momento de alguma
ação de resposta na região.
Exemplo:
As comunidades vizinhas ao ativo, potencialmente expostas ao risco do ativo, são a do
Jardim Santo Antonio (440 habitantes), além de pequenas parcelas dos bairros de São
Matias (180 habitantes) e Canavieira (168 habitantes), no Município de Rosas.
Encontram-se no entorno das instalações do ativo, além da Companhia Petroquímica Alvear
e da Fábrica de Borracha, oficinas mecânicas e elétricas e pequeno comércio.
Regime Climático: A cidade de Rosas apresenta um clima de transição, tanto do ponto de 63
vista das classificações como das pluviométricas. Registra temperaturas extremas de 39 ºC e
mínimas inferiores a 10 ºC, sendo a temperatura média de 20 ºC, com pluviosidade elevada,
prevalecendo o clima quente e úmido.
Mananciais: Os rios são canalizados na parte insular. Na parte continental, os rios formam
meandros, sendo os mais importantes os rios Quilombo, Jurubatuba, Diana e Cabuçu.
Tipologia de Solo e Vegetação: A topografia santista é predominantemente de planície.
Encontra-se a 3 metros acima do nível do mar com 17 morros que cortam a cidade. O ponto
mais alto fica no Pico do Cutupé no morro do Embaré com 205 metros de altitude. O tipo
de solo encontrado na cidade de Rosas é a areia e granito.

5. Identificação da instalação
Conforme estabelece a norma N-2644 (Plano de resposta à emergência), para a
identificação da instalação devem ser encontrados alguns itens, tais como:
• Nome, endereço completo, e-mail, telefone e fax da instalação;
• Nome, endereço completo, e-mail, telefone e fax da empresa responsável pela
operação da instalação;
• Nome, endereço completo, e-mail, telefone e fax do representante legal da instalação;
• Localização em coordenadas geográficas e situação;
• Mapa de localização ou fotografia aérea;
• Descrição dos acessos à instalação;
• Acessos disponíveis na região (aéreos, terrestres, fluviais ou marítimos).

RESERVADO
Alta Competência

6. Cenários acidentais
De acordo com a N-2644 (Plano de resposta à emergência), é recomendado que estejam
descritas neste item as emergências passíveis de ocorrer e suas respectivas conseqüências,
devendo ser sempre usada uma análise de risco para identificar as ocorrências associadas à
operação da instalação.
Essa análise deve ser atualizada sempre que houver mudança significativa na instalação, processo,
atividade, sistema, produtos ou materiais manuseados ou embarcados de/para a instalação.
Ainda neste item, devem ser relacionados os cenários acidentais identificados no Estudo de
Análise de Riscos que devem ser considerados no Plano de Emergência Local (PEL).
Exemplo:
Elaborar planilha identificando o cenário acidental e as conseqüências em potencial.

Cenário acidental Conseqüências em potencial


Vazamento de GLP pelo fundo do vaso. Formação de nuvem e possibilidade de
incêndio e explosão, potencial de BLEVE.
Vazamento de petróleo, devido à ruptura Contaminação de corpo d’água com
de duto, no scraper. potencial de atingir a captação de água de
abastecimento público.
64

7. Informações e procedimentos para resposta


É importante relacionar as informações relevantes que subsidiarão o planejamento das estratégias
de resposta. Para os cenários acidentais de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) identificados
nas análises de riscos, devem ser estabelecidas estratégias de resposta, considerando:
• Logística de resgate e atendimento às vítimas e assistência aos seus familiares;
• Mapas de sensibilidade, incluindo as cartas de sensibilidade ambiental para derrames
de óleo (cartas SAO) da área vulnerável;
• Análises de vulnerabilidades identificadas nas análises de riscos;
• Recursos disponíveis, inclusive aqueles oriundos de outras unidades organizacionais de
Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) Corporativo e de entidades externas;
• Tempos de resposta para o controle da emergência.
a) Sistemas de alerta
Neste item são descritos os procedimentos e equipamentos utilizados para alerta nas
situações de emergências. Estes alertas são visual ou sonoro e cada plano de emergência
apresenta de forma detalhada os recursos existentes.
b) Comunicação do acidente ou incidente
Consta, neste item, o fluxograma dos procedimentos de comunicação das emergências para
os órgãos internos e para as entidades externas pertinentes, tais como: órgãos ambientais
(IBAMA, FEEMA etc.), Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP),
Capitania dos Portos (ou outro órgão da Marinha) etc.
A atualização destes dados, apesar de difícil, é muito importante. É comum a criação de um
anexo específico, para a facilidade de controle.
Os procedimentos de comunicação devem estar definidos, contendo a relação dos órgãos e
entidades, nome, telefone e e-mail de pessoas de contato.

RESERVADO
Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

7. Informações e procedimentos para resposta


c) Estrutura Organizacional de Resposta (EOR)
Neste item é apresentada a Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) preestabelecida a
se formar a partir da ocorrência de uma emergência.
• Deverá ser compatível com as ações necessárias ao controle das emergências, em seus
vários tipos, dimensões e hipóteses acidentais;
• Deverá possibilitar ajustes para a ampliação de sua capacidade de ação, em função da
evolução da emergência ou quando requisitados recursos adicionais, internos ou externos.
Uma estrutura típica da Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) se forma como o
organograma básico a seguir:

Gestão central

Assessoria jurídica Assessoria de SMS

Grupo de Coordenação Coordenação Coordenação


das ações de Coordenação Coordenação de relações com
operações de comunicações
resposta de logística financeira a comunidade

Organograma básico da Estrutura Organizacional de Resposta (EOR), retirado 65


da N-2644 (Plano de resposta à emergência)

Essa estrutura é desdobrada dentro das unidades, assumindo uma configuração compatível
com o tipo de emergência, o cenário, o tamanho da instalação e a evolução da emergência.
As principais atribuições e responsabilidades de cada participante da Estrutura Organizacional
de Resposta (EOR) são descritas neste item do plano de emergência, bem como os responsáveis
e os procedimentos de comunicação interna e externa à Companhia, aos órgãos externos
participantes e à sociedade.
Os nomes de todos os coordenadores e a forma de acionamento devem ser definidos
previamente, bem como os substitutos na ausência de seus respectivos titulares.

d) Equipamentos e materiais de resposta


São relacionados, neste item, os equipamentos, materiais de resposta e humanos
compatíveis com as ações necessárias ao controle das emergências, em seus vários tipos,
dimensões e hipóteses acidentais, considerando os equipamentos, materiais e recursos
humanos necessários ao combate às emergências, envolvendo aspectos de segurança, meio
ambiente e saúde.
Esta relação deve ser atualizada e constar no Sistema de Informações de Apoio à
Emergências (SIAE), disponível no sistema intranet da Petrobras.

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7. Informações e procedimentos para resposta


e) Procedimentos operacionais de resposta
Devem estar descritos, neste item, todos os procedimentos de resposta previstos para
controle de cada cenário acidental considerado.
Na descrição dos procedimentos, devem ser levados em consideração os aspectos
relacionados à segurança e saúde do pessoal envolvido nas ações de resposta, bem como a
comunidade afetada.
Deve haver descrição dos procedimentos para cenários acidentais identificados nas análises
de risco e, com base na análise de conseqüência, devem ser elaborados os procedimentos
operacionais de resposta para todos os cenários acidentais identificados.
Exemplos:
a) Procedimento para interrupção e controle da emergência;
b) Procedimento para contenção do derramamento ou vazamento do produto;
c) Procedimento para monitoramento da evolução da emergência;
d) Procedimento para recolhimento ou dispersão do produto vazado ou derramado;
e) Procedimento para resgate e atendimento a vítimas e seus familiares;
f) Procedimento para evacuação e proteção de público interno;
66 g) Procedimento para proteção das populações;
h) Procedimento para proteção da fauna e flora;
i) Procedimento para proteção de áreas vulneráveis;
j) Procedimento para limpeza, monitoramento e controle das áreas atingidas;
k) Procedimento para coleta e disposição dos resíduos gerados;
l) Procedimento para deslocamento dos recursos;
m) Procedimento para obtenção e atualização de informações relevantes;
n) Procedimento para registro das ações de resposta;
o) Procedimento para levantamento de dinheiro em espécie;
p) Procedimento para o monitoramento e controle da saúde ocupacional das pessoas;
q) Procedimento para o monitoramento e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos,
ergonômicos e de acidentes das pessoas;
r) Procedimento para vigilância das instalações e bens da companhia e de terceiros;
s) Procedimento para o acionamento do seguro e controle e inventários dos salvados.

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Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

8. Encerramento das operações


O encerramento das operações é uma atividade que deve ser exercida com máxima cautela,
tendo o cuidado de garantir, por todos os meios, que o retorno das operações possa ocorrer
sem riscos e com segurança.
Constam deste item:
• Critérios para decisão quanto ao encerramento das operações, incluindo a definição da
autoridade para a tomada de decisão;
• Procedimentos para desmobilização do pessoal, equipamentos e materiais empregados
nas ações de resposta;
• Procedimentos para ações suplementares, tais como remoção de escombros,
monitoramentos, produção de relatórios e registros técnicos;
• Realização de análise crítica.
As emergências e suas ações de controle devem ser documentadas e registradas, indicando
as ações tomadas, utilizando-se, para tal, registros fotográficos, filmagens e coleta
de amostras para análises químicas, toxicológicas e monitoramento biológico (saúde
ocupacional), a fim de:
• Preparar o relatório final;
• Permitir a avaliação e revisão do plano;
• Subsidiar processos investigatórios e jurídicos.
67
Deve ser assegurado que a documentação gerada na emergência seja encaminhada para
guarda, de forma a resguardar a empresa contra eventuais demandas jurídicas.

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9. Mapas, cartas náuticas, plantas, desenhos e fotografias


Os dados gráficos complementam o material que compõe o plano de emergência e devem
estar facilmente disponíveis.
Exemplos:
a) Desenho ou planta geral da instalação, em papel ou em formato digital, em escala
apropriada, contendo e identificando, conforme o caso, a localização de:
• Tanques, dutos, equipamentos de processo, operações de carga e descarga e outras
fontes potenciais de risco;
• Sistemas de contenção secundária;
• Rotas de acesso e fuga;
• Helipontos ou áreas que possam ser utilizadas para o pouso de helicópteros;
• Terminais portuários, píeres ou pontos de atracação de barcos;
• Estradas de acesso à locação;
• Estacionamentos;
• Localização de equipamentos e materiais de resposta.
b) Planta de drenagem da instalação, em papel ou em formato digital, em escala
apropriada, contendo e identificando, conforme o caso:
• Principais pontos e linhas de drenagem de água contaminada e água pluvial;
68 • Direções dos fluxos de derramamento de produto, a partir dos pontos de descarga
até os limites da instalação.
c) Mapas de sensibilidade e análise de vulnerabilidade ambiental.
d) Documentos técnicos tais como fluxogramas de engenharia, fluxogramas de processo,
documentos técnicos etc.

10. Anexos
Neste item devem estar incluídas informações complementares ao PEL, tais como:
• Licenças ou autorizações atualizadas para o desempenho de qualquer atividade
relacionada às ações de resposta, conforme regulamentações aplicáveis;
• Acordos formais para recebimento de auxílio nas ações de resposta;
• Plano de treinamento e cronograma de simulados;
• Glossário de termos;
• Protocolos de interface com outros órgãos da Petrobras;
• Protocolos e acordos para compartilhamento de recursos;
• Listas telefônicas para contatos internos e externos;
• Listas de hospitais e suas especialidades na região.

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Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

2.1.2. Gerenciamento do Plano de Emergência Local (PEL)

O PEL deve ser periodicamente avaliado e revisado, no mínimo nas


seguintes situações:

• Sempre que uma análise de risco assim o indicar;

• Sempre que a instalação sofrer modificações físicas, operacionais


ou organizacionais capazes de afetar os seus procedimentos ou
a sua capacidade de resposta;

• Quando o desempenho do PEL, decorrente do seu acionamento


por acidente ou incidente ou exercício simulado, recomendar;

• Em outras situações, a critério de órgão oficial competente;


69
• A cada 2 (dois) anos, caso nenhuma das situações anteriores
seja verificada.

O fluxograma a seguir, apresenta o processo de gerenciamento de


um plano de resposta à emergência.

Análise de riscos
Atender requisitos
n-2644 (Plano de
emergência local)

Análise histórica
de
ocorrências
Incorpora
melhorias PEL
Risco ocasional

Inspeção de
equipamentos ou de SIM
segurança Treinamentos Treinamento
participantes comunidades
próximas

NÃO
Plano adequado É necessário
revisar o PEL? Ocorrências

Simulados

Fluxograma do processo de gerenciamento do PEL

RESERVADO
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ATENÇÃO

Para facilidade de manter a atualização do PEL, é


recomendado que essas informações estejam contidas
em um anexo específico (prática recomendada).

2.2. Plano de Emergência Setorial (PES)

Baseado na N-2644 (Plano de resposta à emergência), o Plano de


Emergência Setorial (PES) é restrito a uma instalação e aos recursos
disponíveis na mesma e difere do Plano de Emergência Local (PEL)
apenas pela nomenclatura, pois possui abrangência e estrutura
idênticas. Pode ser complementado pelo plano de resposta à
emergência da Unidade.

70 ATENÇÃO

Nem toda Unidade de Negócio ou de serviço utiliza


como PES.

2.3. Plano de Emergência Individual (PEI)

A resolução CONAMA n.º 398 dispõe sobre o conteúdo mínimo do


Plano de Emergência Individual (PEI) para incidentes de poluição
por óleo originado em portos organizados, instalações portuárias ou
terminais, dutos, plataformas, bem como suas respectivas instalações
de apoio, e orienta a sua elaboração.

A estrutura proposta pela CONAMA n.º 398 em muito se assemelha


com a da N-2644 (Plano de resposta à emergência), podendo-se
destacar dois pontos como complementares e importantes, que são
a análise de vulnerabilidade e a obrigatoriedade de se apresentar as
pessoas treinadas como recurso do PEI.

O gerenciamento desses planos de resposta à emergência é feito


com rigor, tendo em vista a questão legal e o fato de fazer parte do
processo de licenciamento das unidades marítimas.

RESERVADO
Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

Os recursos materiais que a Petrobras dispõe para o atendimento


a este tipo de emergência (derrame de óleo) são tão grandes
e numerosos que se faz necessária a existência de uma gerência
exclusiva para a sua coordenação.

Existem estruturas corporativas dispostas em todo o território nacional,


com recursos para atendimento imediato na região de abrangência
e com a possibilidade de envio para as outras regiões. São chamadas
de Centro de Defesa Ambiental (CDA).

Mapa de localização CDA

CDA - Amazônia
Belém
(Manaus)
CDA - MA (São Luis)
Coari BA Fortaleza
Belo Monte
CDA - RN (Guamaré)
Cruzeiro
do Sul
I II BA Natal
Urucu

Porto Velho
V
BA Aracaju
Marati
71
III CDA - BA (Madre de Deus)
CDA - Centro Oeste
(Goiania)

IV
Uberaba
CDA - ES (Vitória)
CDA - Bacia de Campos (Macaé)
BA-Baia
Centro de Defesa Ambiental - CDA CDA - RJ (Rio de Janeiro) de Guanabara
BA-Litoral SP (Santos)
Centro de Defesa Ambiental - São Paulo CDA - SP (Guarulhos)
Logística Nacional / Internacional
Base avançada
VI Rebelo XV
CDA - Sul
(Itajaí)
Embarcações Dedicadas BA Tramandaí

I a VI Planos de Emergência Regionais

Unidades de Reabilitação da Fauna

Mapa com a localização dos CDA (Centro Defesa


Ambiental) no Brasil em 2007

Outro recurso de resposta que demanda grande investimento são as


embarcações de recolhimento de óleo, que atuam ao longo de toda
a costa brasileira, com dedicação exclusiva para as emergências.

Exemplos de embarcações
Fonte: Petrobras

Astro Urbana Rebelo XV Marati

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2.4. Plano de Emergência Regional (PER) e Plano de Emergência


Corporativo (PEC)

Plano de Emergência Regional (PER):

• Baseado na Diretriz 11 (Contingência) e N-2644 (Plano de


resposta à emergência);

• Acionado quando os recursos de um Plano de Emergência


Local (PEL) da unidade forem insuficientes para combater à
emergência e outras situações.

Plano de Emergência Corporativo (PEC):

• Baseado na Diretriz 11 (Contingência) e N-2644 (Plano de


resposta à emergência);
72

• Integra os diversos Planos de Emergências Regionais,


disponibilizando os recursos das demais regiões e do exterior.

Tanto o Plano de Emergência Regional (PER) quanto o Plano de


Emergência Corporativo (PEC) são, respectivamente, planos de
articulação e logística, que não possuem função operacional.

A gestão é feita pela Segurança, Meio Ambiente e Saúde Corporativo


(SMS/CORP) e são acionados apenas quando os recursos das unidades
não são suficientes.

A estrutura dos dois planos tem por base a Diretriz 11 (Contingência) e


também obedece à N-2644 (Plano de resposta à emergência). Por não
possuir característica operacional, a sua estrutura tem sua descrição
apresentada de forma reduzida.

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Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

2.5. Exercícios

1) Marque com um X a única alternativa correta:

( ) O PEL deve ser periodicamente avaliado e revisado a cada 2


anos, sempre que uma análise de risco indicar.
( ) O PEL deve ser periodicamente avaliado e revisado sempre
que a instalação sofrer modificações físicas, operacionais
ou organizacionais capazes de afetar os seus procedimen-
tos ou a sua capacidade de resposta.
( ) O PEL deve ser periodicamente avaliado e revisado sem
nenhum critério.

2) Relacione as afirmações apresentadas na primeira coluna com os


planos listados na segunda coluna:

1. Os recursos materiais que a Petrobras ( ) PEL


73
dispõe para o atendimento a este tipo
de emergência (derrame de óleo) são
tão grandes e com itens tão numero-
sos que se faz necessária à existência de
uma gerência exclusiva para a sua coor-
denação.
2. Conta com os recursos próprios da uni- ( ) PEI
dade de negócios ou serviço. Além dos
recursos da instalação, pode estar estru-
turado para atender a todas as instala-
ções da Unidade ou não.

3. Quando os recursos das unidades não ( ) PER e PEC


são suficientes, a gestão dos planos
de emergência é feita pela Segurança,
Meio Ambiente e Saúde Corporativo
(SMS/CORP).

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3) Sobre a estrutura do PEL, marque V para as afirmações verdadeiras


e F para as falsas:

( ) Documentos aplicáveis são normas, regulamentos, cartas de


acordo e outros considerados durante a elaboração do PEL.

( ) É importante que a abrangência do PEL descreva os limites


da jurisdição das instalações e a área geográfica conside-
rada vulnerável.
( ) Os cenários acidentais não são importantes e não precisam
ser descritos no PEL.
( ) Não há a necessidade de se relacionar informações que subsi-
diarão o planejamento das estratégias de resposta em um PEL.

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Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

2.6. Glossário
ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

Biotransformação - produtos de metabolização.

BLEVE - acrônimo para “Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion”. Esse é um tipo de
explosão que pode ocorrer quando um vaso contendo um líquido é pressurizado e
rompido. Essas explosões podem ser extremamente perigosas.

CDA - Centro de Defesa Ambiental.

CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente.

EAR - Estudo de Análise de Riscos.

EOR - Estrutura Organizacional de Resposta.

FEEMA - Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente.


75
GCPR - Grupo de Coordenação do Plano Regional.

GLP - Gás Liquefeito de Petróleo.

GTEC - Grupo Técnico de Contingência.

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais.

PEC - Plano de Emergência Corporativo.

PEI - Plano de Emergência Individual.

PEL - Plano de Emergência Local.

PER - Plano de Emergência Regional.

PES - Plano de Emergência Setorial.

SAO - Cartas de Sensibilidade Ambiental para Derrames de Óleo.

SIAE - Sistema de Informações de Apoio à Emergências.

SINDEC - Sistema Nacional de Defesa Civil.

SMS - Segurança, Meio Ambiente e Saúde.

SMS/CORP - Segurança, Meio Ambiente e Saúde Corporativo.

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2.7. Bibliografia
PETROBRAS. Diretriz corporativa de SMS 11 – Contingência.

PETROBRAS. PG-0V3 – 00011 – Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde.

PETROBRAS. Plano de resposta à emergência, N-2644.

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Capítulo 2. Planos de resposta à emergência mais utilizados pelo E&P

2.8. Gabarito
1) Marcar com um X a única alternativa correta:

( ) O PEL deve ser periodicamente avaliado e revisado a cada 2 anos, sempre


que uma análise de risco indicar.

(X) O PEL deve ser periodicamente avaliado e revisado sempre que a instalação
sofrer modificações físicas, operacionais ou organizacionais capazes de
afetar os seus procedimentos ou a sua capacidade de resposta.

( ) O PEL deve ser periodicamente avaliado e revisado sem nenhum critério.

2) Relacione as afirmações apresentadas na primeira coluna com os planos listados


na segunda coluna:

1. Os recursos materiais que a Petrobras dispõe para o ( 2 ) PEL


atendimento a este tipo de emergência (derrame de
óleo) são tão grandes e com itens tão numerosos que
se faz necessária à existência de uma gerência exclusiva
para a sua coordenação.

2. Conta com os recursos próprios da unidade de negócios ( 1 ) PEI


77
ou serviço. Além dos recursos da instalação, pode estar
estruturado para atender a todas as instalações da Uni-
dade ou não.
3. Quando os recursos das unidades não são suficientes, a ( 3 ) PER e PEC
gestão dos planos de emergência é feita pela Seguran-
ça, Meio Ambiente e Saúde Corporativo (SMS/CORP).

3) Sobre a estrutura do PEL, marque V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas:

(V) Documentos aplicáveis são normas, regulamentos, cartas de acordo e ou-


tros considerados durante a elaboração do PEL.

(V) É importante que a abrangência do PEL descreva os limites da jurisdição


das instalações e a área geográfica considerada vulnerável.

(F) Os cenários acidentais não são importantes e não precisam ser descritos no PEL.
Justificativa: é necessário descrever os cenários acidentais dentro da es-
trutura do PEL.
(F) Não há a necessidade de se relacionar informações que subsidiarão o pla-
nejamento das estratégias de resposta em um PEL.
Justificativa: é necessário relacionar informações que subsidiarão o pla-
nejamento das estratégias de resposta em um PEL.

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