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GAS-LIFT

CONTÍNUO

Autor: Galileu Paulo Henke Alves de Oliveira


GAS-LIFT
CONTÍNUO
GAS-LIFT
CONTÍNUO

Autor: Galileu Paulo Henke Alves de Oliveira


Colaborador: Gustavo Vinicius Lourenço Moisés

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

• Identificar os princípios e variáveis envolvidos no processo


de elevação natural;
• Identificar a necessidade de uso de métodos artificiais de
elevação;
• Reconhecer os princípios e procedimentos envolvendo o
método de elevação por Gas-Lift Contínuo;
• Reconhecer os equipamentos utilizados pelo método
Gas-Lift Contínuo.
Programa Alta Competência

Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos


da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das
atividades profissionais na Companhia.

É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de


empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.

Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando


prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força
de trabalho às estratégias do negócio E&P.

Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa


a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das
competências necessárias para explorar e produzir energia.

O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das


competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados
e a reciclagem de antigos.

Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo


que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de
sucesso que ela é.

Programa Alta Competência


Agradecimentos

O autor agradece à Petrobras, que lhe permitiu adquirir este


conhecimento e disseminá-lo a outros técnicos.
Como utilizar esta apostila

Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila


está organizada e assim facilitar seu uso.

No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual


representa as metas de aprendizagem a serem atingidas.

ATerrAMeNTO
De SeGUrANÇA

Autor

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

Objetivo Geral
• Identificar procedimentos adequados ao aterramento
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas
instalações elétricas.
O material está dividido em capítulos.

No início de cada capítulo são apresentados os objetivos


específicos de aprendizagem, que devem ser utilizados como
orientadores ao longo do estudo.

48

Capítulo 1

Riscos elétricos
e o aterramento
de segurança

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

Objetivo Específico
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas.

No final de cada capítulo encontram-se os exercícios, que


visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.

Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do


capítulo em questão.

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

mo está relacionada a 1.6. Bibliografi a exercícios


1.4. 1.7. Gabarito
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
1) Que relação podemos estabelecer entre
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
riscos elétricos e
Elétrica, 2007. aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
_______________________________________________________________
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
_______________________________________________________________
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
Norma Petrobras N-2222. 2) Apresentamos,
Projeto de aterramentoa de
seguir, trechos
segurança de Normas Técnicas que
em unidades
marítimas. Comissão de abordam os cuidados
Normas Técnicas e critérios relacionados a riscos elétricos.
- CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato

Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, (B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
o caso: executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
e do tipo de
A) Risco Proteção
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. de incêndio e explosão
de estruturas B) Risco
contra descargas de contato (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
es durante toda atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento
na maioria das ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de
mantê-los sob projetadas e executadas de modo que seja possível operação.”
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
is, materiais ou 24 prevenir, por meios seguros,
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> os perigos de choque
- Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25
14 mar. 2008. elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
21 à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de
( ) of Lightining
NFPA 780. Standard for the Installation “Nas instalações elétricas
Protection Systems. de
áreas classificadas
National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
a maior fonte Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção,
sária, além das como alarme e seccionamento automático para
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados
ole, a obediência br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai.sobretensões,
prevenir 2008. sobrecorrentes, falhas de
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.”

Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas


nça. isolamento, aquecimentos ou outras condições
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acessoanormais de operação.”
em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:

( ) “Nas partes das instalações


Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi elétricas
sob tensão, (...)
sica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas (F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas riscos de choques elétricos.

e demais meios de sinalização que chamem a atenção (V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
quanto ao risco.” houver falha no isolamento desse equipamento.
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e (V) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas “fio terra”.
3. Problemas operacionais, riscos e
cuidados com aterramento de segurança

T
odas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano
de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores,
geradores, painéis elétricos, transformadores e outros).

A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os


Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção
definos
nições
sistemasestão disponíveis
de aterramento envolvidosno glossário.
nestes equipamentos.Ao longo dos
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o
identifi cados, pois estão em destaque.
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento.

Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 49


diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico
por contato indireto e de incêndio e explosão.

3.1. Problemas operacionais

Os principais problemas operacionais verificados em qualquer tipo


de aterramento são:

• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato.

É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 define o valor


de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo
admissível para resistência de contato.

Alta Competência Capítulo 3. Problemas operaciona

3.4. Glossário 3.5. Bibliografia

Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIAN
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma elétricos - inspeção e medição da re
corrente elétrica. Elétrica, 2007.

Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos
– Curso técnico de segurança do trab
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
NFPA 780. Standard for the Installation
Fire Protection Association, 2004.

Norma Petrobras N-2222. Projeto de


marítimas. Comissão de Normas Técn

Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instala


Brasileira de Normas Técnicas, 2005.

Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Pr


56 atmosféricas. Associação Brasileira d

Norma Regulamentadora NR-10. Seg


eletricidade. Ministério do Trabalho
www.mte.gov.br/legislacao/normas_
em: 14 mar. 2008.
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
98
100
102

Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 104


105

insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 106


108

ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 110


112

basta consultar a Bibliografia ao final de cada capítulo. 114


115

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

1.6. Bibliografia 1.7. Gabarito NÍVEL DE RUÍDO DB (A)

CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
85
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
Elétrica, 2007. O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 86
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade.
87
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
88
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato 89
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
(B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 90
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” 91
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 92
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 93
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// operação.”
24 www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25 94
14 mar. 2008. trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 95
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
96
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão
Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”

Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 98
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.” 100
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: 102
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 104
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.

(F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer


105
riscos de choques elétricos.
106
(V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um

A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo (V)


equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
houver falha no isolamento desse equipamento.

Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um


108
110

abordado Alta
deCompetência
um determinado item do capítulo. 112
“fio terra”.

(F) A queimadura é o principal efeito fisiológico associado à passagem


da corrente elétrica pelo corpo humano. 114 Capítulo 1. Riscos elét
115

Trazendo este conhecimento para a realid


observar alguns pontos que garantirão o
incêndio e explosão nos níveis definidos pela
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a durante o projeto da instalação, como por ex
primeira observação de um fenômeno relacionado
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um • A escolha do tipo de aterramento fu
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido ao ambiente;
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome • A seleção dos dispositivos de proteção
dado à resina produzida por pinheiros que protege a
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo
• A correta manutenção do sistema elét
semelhante à fossilização, ela se torna um material
duro e resistente.

O aterramento funcional do sist

14
?
Os riscos VoCÊ
elétricosSaBIa?
de uma instalação são divididos em dois grupos principais:

Uma das principais substâncias removidas em poços de


como função permitir o funcion
e eficiente dos dispositivos de pro
sensibilização dos relés de proteçã

MÁXIMA EXPOSIÇÃO
“Importante” é um lembrete
petróleo pelo pig de limpeza é adas
parafina. questões
Devido às
baixas temperaturas do oceano, a parafina se acumula
essenciais do uma circulação de corrente para a
por anormalidades no sistema elétr
DIÁRIA PERMISSÍVEL
8 horas conteúdo tratadovirno capítulo.
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
Observe no diagrama a seguir os principais ris
5 horas
à ocorrência de incêndio e explosão:
4 horas e 30 minutos
4 horas 1.1. Riscos de incêndio e explosão
3 horas e 30 minutos
Importante!
3 horas Podemos definir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes,
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera
1 hora e 45 minutos
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de
1 hora e 15 minutos
eletricidade estática.
1 hora
45 minutos atenÇÃo
35 minutos Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer
30 minutos instalaçãoÉ e muito
seu descontrole se traduz
importante que principalmente
você conheça em os
danos
25 minutos pessoais, procedimentos específicosoperacional.
materiais e de continuidade para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
reSUmInDo...

Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
4 horas
3 horas e 30 minutos
Importante!
3 horas
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos atenÇÃo
35 minutos
30 minutos Já a caixa de destaque
É muito “Resumindo”
importante que você conheçaé uma os versão compacta
procedimentos específicos para passagem de pig
25 minutos
20 minutos dos principais pontos
em poços abordados no capítulo.
na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
reSUmInDo...

Recomendações gerais

? VoCÊ SaBIa?
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
Uma das principais substâncias removidas em poços de
• Apóspelo
petróleo a retirada
pig dede um pig, inspecione
limpeza internamente
é a parafina. Devido às
MÁXIMA EXPOSIÇÃO o recebedor
baixas de pigs;
temperaturas do oceano, a parafina se acumula
DIÁRIA PERMISSÍVEL nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
8 horas • Lançadores e recebedores deverão ter suas
vir a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos

Em “Atenção” estão destacadas as informações que não


4 horas
3 horas e 30 minutos
Importante!
3 horas
2 horas e 40 minutos devem ser esquecidas.
É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos atenÇÃo
35 minutos
30 minutos É muito importante que você conheça os
25 minutos procedimentos específicos para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
tricos e o aterramento de segurança
8 minutos
7 minutos
reSUmInDo...

Recomendações gerais
dade do E&P, podemos
controle dos riscos de
Todos os recursos• Antes
didáticos presentes nesta apostila têm
do carregamento do pig, inspecione o
as normas de segurança
xemplo:
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo.
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
uncional mais adequado
• Lançadores e recebedores deverão ter suas

o e controle;
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profissional!

trico.

tema elétrico tem


namento confiável
oteção, através da
15
ão, quando existe
a terra, provocada
rico.

scos elétricos associados


Prefácio

Neste final da primeira década do século XXI, a PETROBRAS se


depara com um momento de transição, no qual se apresenta o
grande desafio de produzir as ricas jazidas encontradas na camada
pré-sal, alterando significativamente seu patamar de produção
de óleo e gás. No instante em que se prepara para este salto de
produção, é fundamental que o E&P disponha de uma força de
trabalho preparada para atender as demandas deste crescimento.

Ao mesmo tempo, fruto da distribuição etária de seus recursos


humanos, a companhia se encontra numa situação na qual uma
nova geração de empregados admitidos nos últimos 10 anos
necessita adquirir os conhecimentos acumulados por vários
profissionais experientes, muitos dos quais já se aproximando da
aposentadoria. Esta transmissão, não apenas de conhecimentos
brutos, mas da "maneira PETROBRAS" de projetar e operar campos
de petróleo no mar e em terra, que faz parte de nossa cultura
organizacional, é fundamental para o sucesso da companhia
perante os desafios que se apresentam.

Neste sentido, criou-se o Alta Competência - Programa corporativo


de Gestão de Competências Técnicas do E&P - que é formado por
um conjunto de projetos orientados para a concretização do objetivo
organizacional de Adequação da Força de Trabalho do E&P.

A atuação do Alta Competência na Área de Operação está


relacionada à própria origem do Programa, cuja criação se deu,
dentre outras razões, em função da necessidade de apoiar o
Comitê Funcional de Operação nas ações relativas à Adequação da
Força de Trabalho nesta área. Assim, para qualificar os Técnicos
de Operação nas atividades de produção relacionadas à Elevação
e Escoamento (EE) foram mapeadas as habilidades e competências
necessárias para o exercício destas tarefas na operação dos campos
de petróleo e gás. Para desenvolver os módulos de treinamento
de EE, os conhecimentos foram distribuídos entre especialistas nos
diversos temas específicos, espalhados por todo o Brasil.
Alta Competência

Este esforço de mobilização da comunidade de EE, logrou


documentar seu conhecimento técnico e possibilitou a elaboração
de módulos de treinamento com alta qualidade, que buscam
capacitar os Técnicos de Operação nas atividades de Produção de
petróleo e gás.

Geraldo Spinelli
Gerente de Elevação e Escoamento
Sumário
Introdução 19

Capítulo 1 - Elevação natural


Objetivos 21
1. Elevação natural 23
1.1. Exercícios 29
1.2. Glossário 32
1.3. Bibliografia 33
1.4. Gabarito 34

Capítulo 2 - Gas-Lift Contínuo


Objetivos 37
2. Gas-Lift Contínuo 39
2.1. Princípios e metodologia 40
2.2. Desempenho do método de elevação por Gas-Lift Contínuo 49
2.3. Otimização de Gas-Lift Contínuo 51
2.4. Exercícios 55
2.5. Glossário 60
2.6. Bibliografia 61
2.7. Gabarito 62

Capítulo 3 - Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo


Objetivos 67
3. Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo 69
3.1. Equipamentos de superfície 69
3.2. Equipamentos de subsuperfície 70
3.2.1. Mandril de Gas-Lift 71
3.2.2. Válvula de Gas-Lift 72
3.3. Descarga de um poço de Gas-Lift Contínuo 76
3.4. Operação do Gas-Lift Contínuo 77
3.5. Exercícios 79
3.6. Glossário 82
3.7. Bibliografia 83
3.8. Gabarito 84
Introdução

Q
uando os fluidos de um reservatório possuem pressão
suficiente para vir até a superfície sem o auxílio de processo
de elevação artificial, o poço é denominado “surgente”.
Entretanto, com o decorrer do processo de exploração e a retirada
dos fluidos, a pressão do reservatório tende a cair. A perda de
produtividade sinaliza a necessidade de utilização de um método de
elevação artificial.

O método de elevação por Gas-Lift Contínuo é uma das principais


e mais utilizadas formas de elevação artificial em uso, em
virtude da sua robustez, baixo custo, simplicidade, facilidade
de manutenção e a larga faixa de vazão. A injeção de gás nos 19
poços reduz o peso da coluna de óleo, auxiliando o processo de
elevação e escoamento dos fluidos presentes no reservatório até
a superfície. Entretanto, o desempenho dos poços com gas-lift
deverá ser analisado freqüentemente, pois o seu desempenho está
relacionado às condições de produção e às características de fluxo
de cada reservatório. Esses aspectos podem mudar ao longo da
vida produtiva da instalação.

Este material aborda especificamente a importância da técnica de


elevação artificial por Gas-Lift Contínuo.

CORPORATIVA
CORPORATIVA
Capítulo 1
Elevação
natural

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Definir ponto de equilíbrio poço-reservatório;


• Diferenciar as curvas de pressão requerida do poço e
pressão disponível do reservatório;
• Definir o que é a vazão de surgência de um poço;
• Analisar as curvas de pressão disponível e requerida.

CORPORATIVA
Alta Competência

22

CORPORATIVA
Capítulo 1. Elevação natural

1. Elevação natural

P
ara definir a vazão de produção do poço por surgência, assim
como definir quando aplicar o método de elevação artificial
por Gas-Lift Contínuo, dois conceitos são necessários: curva
de pressão requerida do poço e curva de pressão disponível do
reservatório.

a) Curva de pressão requerida do poço (CPR ou TPR):

Indica qual a pressão necessária de fundo de poço para fazer com que
o fluido chegue ao separador com uma pressão pré-determinada. Essa
curva leva em consideração, por exemplo, a geometria da tubulação
(diâmetro, comprimento, inclinação) e as características do fluido
produzido (BSW, RGO, viscosidade).
23
b) Curva de pressão disponível do reservatório (CPD ou IPR):

Descreve o desempenho da formação produtora no fundo do poço


na região dos canhoneados. Essa curva depende, principalmente, das
características do reservatório, como porosidade, permeabilidade e
pressão estática.

As curvas de pressão requerida e disponível são classificadas como


curvas de sistema. Elas apresentam a pressão no fundo do poço em
função da vazão (PxQ).

Em termos práticos, a pressão no fundo e a vazão de um poço em


produção são determinadas pela condição de equilíbrio em regime
permanente. Esta condição exige que, para uma dada vazão, a pressão
necessária para que o fluido se movimente seja igual à pressão para a
qual o reservatório entregaria a vazão considerada.

A determinação do ponto de equilíbrio do poço-reservatório


corresponde ao ponto mais importante da elevação natural. É através
dessa abordagem que se determina a vazão que um poço deve
produzir, antes mesmo que ele seja completado, e quais os valores de
pressão esperados no fundo ou em outros pontos do sistema.

CORPORATIVA
Alta Competência

A ilustração a seguir, contém a curva de pressão disponível do


reservatório (CPD ou IPR) e a curva de pressão requerida do poço
(CPR ou TPR), para exemplificar o que foi dito.

280,0
Curva de pressão disponível
Pressão no fundo do poço (bara)

270,0
Curva de pressão requerida
260,0

250,0

240,0

230,0

220,0

210,0

200,0

190,0
250 A 500 C 750 B 1000 1250 1500

Vazão de líquido (sm /d)3

24 Condição de equilíbrio

Admitindo-se inicialmente que o poço esteja produzindo a vazão


indicada pelo ponto A (aproximadamente 350 m3/d), observa-se
que a curva de pressão disponível mostra um valor mais alto de
pressão que a curva de pressão requerida, ou seja, o poço requer
apenas 210 bara para fazer fluir esta vazão, mas o reservatório
entrega a vazão com uma pressão de aproximadamente 228
bara. Já que o poço exige apenas 210 bara, o reservatório tende
a entregar uma vazão maior. É natural, portanto, que a vazão de
produção do poço seja maior que os 350 m3/d.

Observe o ponto B e perceba que a mesma análise se repete


(aproximadamente 850 m3/d) e a pressão requerida (238 bara) é
maior que a pressão disponível (205 bara). Logo, para 238 bara,
o reservatório não consegue entregar 850 m3/d, mas apenas uma
vazão menor.

O único ponto onde ambas as curvas coincidem é o ponto C, onde


para uma mesma vazão as pressões requerida e disponível são as
mesmas. Assim, podemos dizer que o ponto de equilíbrio deste
poço corresponde a uma vazão de 600 m3/d e pressão de fundo de
222 bara.

CORPORATIVA
Capítulo 1. Elevação natural

Importante!
O ponto de interseção entre as curvas de pressão dis-
ponível e requerida define a vazão de surgência do
poço, isto é, a vazão produzida naturalmente, sem
recursos auxiliares.

280,0
Curva de pressão disponível
270,0
Curva de pressão requerida
Pressão no fundo do poço (bara)

260,0

250,0

240,0

230,0

220,0

210,0
25
200,0

190,0
250 500 750 1000 1250 1500

Vazão de líquido (sm3/d)


Condição de equilíbrio

Observe atentamente o gráfico anterior, sobretudo o ponto de


cruzamento entre as curvas de pressão requerida e disponível. Veja
que na região à direita desse ponto, para uma determinada vazão,
a pressão requerida ou necessária será sempre superior à pressão
disponível. Portanto, para alcançar vazão superior à vazão de
surgência será necessária a complementação de energia através da
utilização de um método de elevação artificial de petróleo.

Veja que na região à esquerda desse ponto, para uma determinada


vazão, a pressão requerida ou necessária será sempre inferior à
pressão disponível. Portanto, para alcançar vazão inferior à vazão de
surgência será necessário dissipar a energia por meio do fechamento
de uma válvula de superfície, que será ajustada de acordo com a
vazão limite pré-determinada.

CORPORATIVA
Alta Competência

Importante!
A vazão limite de produção depende das caracterís-
ticas do reservatório e é definida a fim de evitar a
produção de areia e a formação de cones de água
e gás. O engenheiro de reservatório é o profissional
responsável pela definição dessa variável.

Este conjunto de curvas de pressão - disponível e requerida - é o


principal meio de se determinar o ponto de equilíbrio de um poço.
Além disso, o efeito de diversos parâmetros sobre a produção pode
facilmente ser visualizado em um gráfico desse tipo.

ATENÇÃO
26 Considerando-se que a curva de pressão requerida é
influenciada pela RGO, BSW e diâmetro da coluna de
produção, logo, esses parâmetros afetam o ponto de
equilíbrio do sistema.

Para demonstrar esse fenômeno, a ilustração a seguir apresenta o


efeito da RGO sobre a produção do poço em questão. Cada uma das
TPR foi traçada para diferentes valores de RGO, resultando que sua
interseção com a CPD ocorre em diferentes pontos do plano.

275

250
Pressão no fundo do poço (bara)

225

200

175

CPD
150
CPR RGO=130 m3/m3
CPR RGO= 200 m3/m3
125
CPR RGO= 300 m3/m3
CPR RGO= 500 m3/m3
100 0 250 500 750 1000 1250 1500

Vazão de líquido (sm3/d)

Efeito da RGO sobre o ponto de equilíbrio

CORPORATIVA
Capítulo 1. Elevação natural

Os pontos de interseção indicados no gráfico são justamente os


pontos de operação, isto é, os pares de vazão e pressão de fundo
em que o poço é capaz de produzir. Para cada valor de RGO têm-
se os valores aproximados de vazão de líquido apresentados na
tabela a seguir.

RGO (m3/ m3) Vazão de líquido (sm3/d)


130 580
200 770
300 800
500 760

Nota-se que o aumento de RGO de 130 para 200 promove um grande


aumento de vazão de líquido. De 200 para 300 resultando em um
aumento muito menos expressivo e, finalmente, o aumento de 300
para 500, provocando a redução da vazão.
27
Outro efeito sempre presente durante a vida produtiva de um poço
é o declínio natural de vazão, conseqüência da gradual redução
da pressão estática do reservatório. Este efeito é representado na
ilustração a seguir.
280,0
CPD , Pe=221,7bara
270,0 CPD , Pe=231,5bara
Pressão no fundo do poço (bara)

CPD , Pe=241,3bara
260,0
CPR
250,0

240,0

230,0

220,0

210,0

200,0

190,0 0
250 500 750 1000 1250 1500

Vazão de líquido (sm /d)


3

Efeito do declínio da pressão estática sobre o ponto de equilíbrio

Como é possível observar, foram traçadas diversas curvas de pressão


disponível (CPD ou IPR), uma para cada valor de pressão estática.
Todas as curvas têm a mesma inclinação, significando que o índice
de produtividade permaneceu inalterado nos três casos. Essas curvas
interceptam a TPR em diferentes pontos, resultando nas vazões de
730, 590 e 440 m3/d.

CORPORATIVA
Alta Competência

Deve-se notar que isto é uma idealização do declínio de um poço,


porque admitimos que apenas a pressão estática muda com o
tempo. De fato, ocorre na prática que pressão estática, índice de
produtividade, RGO, BSW, além de outras características dos fluidos
variam com o tempo e simultaneamente. Assim, o que se tem na
prática é uma sobreposição dos efeitos acima mencionados.

28

CORPORATIVA
Capítulo 1. Elevação natural

1.1. Exercícios

1) O que é ponto de equilíbrio poço-reservatório e qual a necessida-


de de sua definição?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________

2) Quais as duas relações que estabelecem a dependência de vazões


no que se refere à pressão no fundo do poço?

_______________________________________________________________
________________________________________________________________

3) Diferencie as características da “curva de pressão requerida


do poço” da “curva de pressão disponível do reservatório”,
preenchendo corretamente o espaço entre parênteses usando o 29
código a seguir.

I ) Curva de pressão requerida do poço;

II) Curva de pressão disponível do reservatório.

( ) Esta curva depende, principalmente, das características do


reservatório como porosidade, permeabilidade e pressão
estática.
( ) Indica qual a pressão necessária de fundo de poço para fa-
zer com que o fluido chegue ao separador com uma pressão
pré-determinada.
( ) Esta curva leva em consideração as características do fluido
produzido (BSW, RGO, viscosidade).
( ) Descreve o desempenho da formação produtora no fundo
do poço na região dos canhoneados.
( ) Esta curva leva em consideração, por exemplo, a geometria
da tubulação (diâmetro, comprimento, inclinação).

4) Como são determinadas a pressão no fundo e a vazão de um poço


em produção?

_______________________________________________________________
________________________________________________________________

CORPORATIVA
Alta Competência

5) Como é definida a vazão de surgência do poço?

_______________________________________________________________
________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________

6) Como é definida a vazão limite de produção e com que finalidade?

_______________________________________________________________
________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________

7) Com base no gráfico a seguir, responda as perguntas propostas:

280,0
CPD , Pe=221,7bara
270,0 CPD , Pe=231,5bara
Pressão no fundo do poço (bara)

CPD , Pe=241,3bara
260,0
CPR
250,0

240,0
30
230,0

220,0

210,0

200,0

190,0 0
250 500 750 1000 1250 1500

Vazão de líquido (sm /d)


3

a) Qual a vazão de surgência para cada curva de pressão disponível?

_______________________________________________________________
________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________

b) Devido ao baixo grau de compactação dos grãos da matriz da for-


mação, o engenheiro de reservatório definiu a vazão limite de pro-
dução dada por 500 m3/d para evitar a produção de areia. O poço
poderá produzir essa vazão? Se positivo, explique como. Leve em
consideração a pressão estática de 241,3 bara para sua análise.

_______________________________________________________________
________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

CORPORATIVA
Capítulo 1. Elevação natural

c) Como o projeto de injeção de água atrasou, a pressão estática do


reservatório começou a ser depletada. O que devemos fazer para
manter a produção de 500 m3/d, se a pressão estática estiver em tor-
no de 221,7 bara.

_______________________________________________________________
________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

31

CORPORATIVA
Alta Competência

1.2. Glossário
BSW (Basic Sediments Water) - teor de água e sedimentos contidos no petróleo,
expresso em porcentagem volume por volume (%v/v).

CPD - Curva de Pressão Disponível.

CPR - Curva de Pressão Requerida do Poço.

IPR - Pressão disponível do reservatório.

RGO - Razão Gás-Óleo. Relação entre a vazão de gás e a vazão de óleo.

Surgência - propriedade atribuída aos poços cujos fluidos produzidos têm


potencial para alcançar a superfície sem a necessidade de auxílio por elevação
artificial.

TPR (Tubing Pressure Relantionship ) - curva de pressão requerida do poço.

32

CORPORATIVA
Capítulo 1. Elevação natural

1.3. Bibliografia
BENNETT, C.O. & MYERS, J.E. Fenômenos de transporte. São Paulo: McGraw-Hill,
1978.

BLASIUS, H. Ähnlichkeitsgesetz bei Reibungsvorgängen in Flüssigkeiten.


Alemanha: Forschungs-Arbeit des Ingenieur-Wesens, 1913.

BRILL, J.P. & MUKHERJEE H. Multiphase flow in wells. Texas: Society of Petroleum
Engineers Inc, 1999.

DREW, T B , KOO, E C and McADAMS, W H. The friction factor for clean round
pipes. Transactions AIChE 28, 1932.

THOMAS, J.E. et alii. Fundamentos de engenharia de petróleo. Rio de Janeiro:


Interciência, 2001.

33

CORPORATIVA
Alta Competência

1.4. Gabarito
1) O que é ponto de equilíbrio poço-reservatório e qual a necessidade de sua
definição?

O ponto de equilíbrio poço-reservatório corresponde ao ponto mais importante


da elevação natural, pois determina a vazão que um poço deve produzir antes
mesmo que ele seja completado e quais os valores de pressão esperados no fundo
ou em outros pontos do sistema.

2) Quais as duas relações que estabelecem a dependência de vazões no que se


refere à pressão no fundo do poço?

O conjunto de curvas de pressão - disponível e requerida - é o principal meio de se


determinar o ponto de equilíbrio de um poço.

3) Diferencie as características da “curvas de pressão requerida do poço” da “curva


de pressão disponível do reservatório”, preenchendo corretamente o espaço entre
parênteses usando o código a seguir.

I ) Curva de pressão requerida do poço;

II) Curva de pressão disponível do reservatório.


34
( II ) Esta curva depende, principalmente, das características do reservatório
como porosidade, permeabilidade e pressão estática.

(I) Indica qual a pressão necessária de fundo de poço para fazer com que o
fluido chegue ao separador com uma pressão pré-determinada.
(I) Esta curva leva em consideração as características do fluido produzido
(BSW, RGO, viscosidade).
( II ) Descreve o desempenho da formação produtora no fundo do poço na
região dos canhoneados.
(I) Esta curva leva em consideração, por exemplo, a geometria da tubulação
(diâmetro, comprimento, inclinação).

4) Como são determinadas a pressão no fundo e a vazão de um poço em


produção?

A pressão no fundo e a vazão de um poço em produção são determinadas pela


condição de equilíbrio em regime permanente.

5) Como é definida a vazão de surgência do poço?

O ponto de interseção entre as curvas de pressão disponível e requerida define


a vazão de surgência do poço, ou seja, a vazão produzida naturalmente, sem
recursos auxiliares.

6) Como é definida a vazão limite de produção e com que finalidade?

A vazão limite de produção depende das características do reservatório e é definida


a fim de evitar a produção de areia e a formação de cones de água e gás.

CORPORATIVA
Capítulo 1. Elevação natural

7) Com base no gráfico a seguir, responda as perguntas propostas:

280,0
CPD , Pe=221,7bara
270,0 CPD , Pe=231,5bara

Pressão no fundo do poço (bara)


CPD , Pe=241,3bara
260,0
CPR
250,0

240,0

230,0

220,0

210,0

200,0

190,0 0
250 500 750 1000 1250 1500

Vazão de líquido (sm3/d)

a) Qual a vazão de surgência para cada curva de pressão disponível?

Pe=221,7 bara -> Qsurgência =400 m3/d

Pe=231,5 bara -> Qsurgência = 600 m3/d

Pe= 241,3 bara -> Qsurgência = 730 m3/d 35


b) Devido ao baixo grau de compactação dos grãos da matriz da formação,
o engenheiro de reservatório definiu a vazão limite de produção dada por
500 m3/d para evitar a produção de areia. O poço poderá produzir essa vazão?
Se positivo, explique como. Leve em consideração a pressão estática de 241,3
bara para sua análise.

Sim, porque a pressão disponível (CPD) é superior a pressão requerida (CPR) para
a vazão de 500 m3/d. O poço poderá produzir por meio do fechamento da válvula
de superfície que dissipará parte da energia do poço.

c) Como o projeto de injeção de água atrasou, a pressão estática do reservatório


começou a ser depletada. O que devemos fazer para manter a produção de
500 m3/d, se a pressão estática estiver em torno de 221,7 bara.

Como a pressão disponível é inferior à pressão requerida para a vazão de


500 m3/d, o fluido produzido não tem energia suficiente para chegar até a
superfície. Para produzir a vazão de 500m3/d é necessário utilizar um método de
elevação artificial para complementar essa energia.

CORPORATIVA
CORPORATIVA
Capítulo 2
Gas-Lift
Contínuo

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Conceituar Gas-Lift Contínuo;


• Correlacionar curvas típicas usadas para analisar o
comportamento do sistema com suas respectivas definições;
• Calcular o ponto econômico de otimização das operações
com Gas-Lift Contínuo.

CORPORATIVA
Alta Competência

38

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

2. Gas-Lift Contínuo

A
elevação natural dos hidrocarbonetos em poços é um
fenômeno que resulta do uso da própria energia do
reservatório para trazer os fluidos da zona produtora até
a superfície. Sob determinadas circunstâncias, porém, a energia
(pressão) disponível não é suficiente para manter os poços com altos
valores de produção. Nessas situações, a elevação artificial surge
como um método para adicionar energia ao fluido, complementando
a energia do reservatório.

O Gas-Lift Contínuo é um método de elevação de petróleo


largamente usado. É empregado não só em poços sem condições de
surgência, mas também naqueles nos quais se pretende aumentar a
produção de óleo. Consiste basicamente na injeção contínua de gás
num determinado ponto da coluna, reduzindo a densidade média
dos fluidos produzidos. Isso provoca uma diminuição no gradiente 39
de pressão ao longo da tubulação e, conseqüentemente, menor
pressão requerida no fundo do poço. O resultado é um aumento da
vazão de produção.

Embora existam variações, o esquema básico de um poço equipado


para produzir por Gas-Lift Contínuo é mostrado na ilustração a seguir.
Recuperação do gás Vaso separador

Líquido + Gás

Líquido

Gás Cabeça
do poço

Estação de
compressores
Controle de
injeção de gás

Válvulas
de gas-lift

Coluna de produção

Esquema básico para produção de Gas-Lift Contínuo

CORPORATIVA
Alta Competência

Ao longo da coluna de produção estão distribuídos alguns mandris


de gas-lift contendo, cada um, uma válvula de gas-lift. O gás é
normalmente injetado através do espaço anular revestimento-coluna
de produção (setas escuras) e penetra na coluna por meio das válvulas
especialmente desenhadas para essa finalidade.

2.1. Princípios e metodologia

Os princípios e limitações do método de elevação artificial por Gas-


Lift Contínuo podem ser compreendidos com o auxílio de alguns
gráficos de perfil de pressão.

O gráfico a seguir apresenta uma conjugação de dois tipos diferentes


de gráficos representados como I e II:

gas-lift Psep
40

Cabeça do
poço

Pwh
Válvula de
gas-lift I
L

Pressão
Pwf Pe

q II
Vazão de
líquido
IPR

Gráfico de perfil de pressão num poço produzindo por GLC

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

Onde:

Pe = pressão estática;

Pwf = pressão de fundo em fluxo;

Pwh = pressão de cabeça;

IPR = pressão disponível do reservatório;

Psep = pressão de separador;

q = vazão.

O gráfico I, na parte superior, indica o gradiente de pressão entre o


fundo do poço e a planta de processo. 41

O gráfico II, na porção inferior da ilustração, representa um gráfico


de vazão de líquido contra pressão de fundo que mostra a pressão
disponível do reservatório - IPR.

A justaposição dos gráficos com variáveis diferentes tem por


objetivo auxiliar a compreensão da relação entre perfil de pressão,
pressão de fundo em fluxo e vazão de líquido.

No perfil de pressão pode-se ler o valor de pressão em cada ponto


da coluna de produção ou de linha. Assim, por exemplo, tem-se
que, do fundo do poço até a superfície, a pressão se reduz de Pwf
(pressão de fundo em fluxo) até Pwh (pressão de cabeça); entre a
cabeça do poço e a planta de processo varia de Pwh (pressão de
cabeça) até Psep (pressão de separador). Observam-se diferentes
inclinações da curva do perfil de pressão, isto é, diferentes gradientes
em diferentes pontos do sistema. Dessa forma, podemos ter um
gradiente alto (linha tracejada) entre o fundo do poço e a válvula
de gas-lift e entre a válvula e a cabeça do poço um gradiente mais
baixo (linha cheia). Esta diferença no gradiente de pressão constitui
a base de funcionamento desse método.

CORPORATIVA
Alta Competência

O gráfico de IPR (Inflow Performance Relationship) corresponde a uma


curva de desempenho do reservatório e mostra a relação entre a
pressão de fundo (Pwf) e a vazão de líquido produzida (q).

O gás injetado pelo espaço anular entra na coluna de produção


através da válvula de gas-lift. Neste ponto de injeção o gradiente
de pressão na coluna sofre uma mudança abrupta (no cruzamento
entre a curva cheia e a tracejada). Na coluna acima deste ponto,
o gradiente de pressão torna-se menor (linha cheia) porque o
gás é injetado e ao se misturar com os fluidos do poço, reduz a
densidade média desses fluidos. Ou seja, torna a mistura de fluidos
“mais leve” (menos densa). Abaixo do ponto de injeção, contudo, o
gradiente de pressão é maior devido a existência de uma quantidade
proporcionalmente maior de líquido (curva tracejada).

Ao invés de se utilizar o perfil de pressão, conforme mostra o gráfico,


42 pode-se visualizar o efeito do gas-lift através de um sistema, como
mostra o gráfico a seguir.

Pressão
TPR sem gas-lift

Pe

∆p TPR com gas-lift

IPR

ql Vazão de líquido

Gráfico de curvas de pressão requerida e


disponível no fundo do poço

Onde:

Pe = pressão estática de reservatório;

IPR = pressão disponível de reservatório;

TPR = pressão requerida pela coluna;

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

∆p = diferença de pressão entre a IPR e a TPR surgente;

ql = vazão de líquido.

Nesta ilustração temos duas curvas de pressão requerida no fundo do


poço (TPR): a primeira com gas-lift e a outra sem.

É assinalada também a curva de pressão disponível do reservatório


(IPR). A interseção entre as curvas TPR e IPR indica o ponto de operação
do sistema.

A TPR com gas-lift está abaixo da curva sem gas-lift, ou seja, a


pressão de fundo em fluxo (Pwf) do primeiro caso é menor que a
do segundo.

Vê-se que para o poço em questão não há solução de equilíbrio entre


43
o poço reservatório na condição sem gas-lift, isto é, não há interseção
entre a IPR e a TPR. Resumindo, o poço não é surgente. Contudo,
com injeção de gás, obtém-se uma solução, ou seja, um ponto de
operação do poço.

Resumidamente, o efeito do gas-lift pode ser compreendido pela


interpretação dos dois tipos de gráficos:

• Perfil de pressão - redução do gradiente de pressão acima


do ponto de injeção num poço produzindo por Gas-Lift
Contínuo, promovendo uma redução de pressão ao longo de
toda a coluna;

• Curvas de sistema - redução da pressão de fundo requerida,


que pode ser percebida pela alteração no comportamento da
curva TPR no gráfico de CPD e CPR.

Há duas variáveis com grande impacto sobre o perfil de pressão:

CORPORATIVA
Alta Competência

1º) A primeira delas é a profundidade de injeção de gás, cujo efeito


pode ser observado no gráfico a seguir. Nele são apresentados
três perfis de pressão, sendo um deles surgente (cinza) e os outros
dois (linhas dupla e tracejada) com injeção de gás em diferentes
profundidades.

Pwh Pressão
Profundidade

Válvulas

Pressão
Pe
Q1
44 Q2
Q3
Vazão

IPR

Efeito da profundidade de injeção sobre a vazão

Onde:

Pwh = pressão da cabeça do poço;

Pe = pressão estática de reservatório;

IPR = pressão disponível de reservatório;

Q1, Q2, Q3 = valores de vazão de líquido.

Importante!
De modo geral, quanto maior a profundidade
de injeção, menor é a pressão de fundo em fluxo;
portanto, maior é a vazão de líquidos produzida.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

A primeira situação de poço surgente, ilustrada por Q1, é a que


resulta na maior pressão de fundo em fluxo e, conseqüentemente,
na menor vazão de líquido produzido.

Na linha dupla Q2, o gás é injetado aproximadamente no meio da


coluna, o que promove redução do gradiente acima deste ponto e da
pressão de fundo. O resultado disso é uma vazão de líquido maior.

Finalmente, a linha tracejada Q3 compreende a injeção do gás


mais próximo ao fundo do poço, levando ao maior valor de vazão
de líquido.

2º) A segunda variável com grande impacto sobre o desempenho do


poço é a vazão de gás injetado. Por razões práticas, é freqüente o
uso do parâmetro razão gás-líquido de injeção (RGLI), definido pela
equação abaixo, em substituição à vazão de gás injetado. Entretanto,
ambos os parâmetros - RGLI e vazão de gás (Qgi) - indicam a quantidade 45
ou proporção de gás que está sendo utilizado na elevação artificial.

Qgi Vazão de gás injetado


RGLI = =
QL Vazão de líquido (óleo e água)

O gráfico a seguir apresenta três situações sobrepostas, todas com


injeção no mesmo ponto da coluna, sendo a primeira (Q1) com o
poço surgente (RGLI = 0) e as demais (Q2 e Q3) com vazões de gás
progressivamente maiores. Embora a profundidade de injeção seja
fixa, a RGLI determina vazões diferentes e, como regra geral, valores
maiores de RGLI implicam em maiores vazões de líquido.

CORPORATIVA
Alta Competência

Pwh Pressão

RGLI1
Profundidade

RGLI2 > 0

RGLI3 > RGLI2

Válvula

Pressão
Pe
Q1
Q2
Q3
Vazão

IPR

Gráfico de efeito da RGLI sobre a vazão


46
Onde:

RGLI = razão gás-líquido de injeção;

Pwh = pressão de cabeça;

IPR = pressão disponível do reservatório;

Pe = pressão estática de reservatório;

Q1, Q2, Q3 = valores de vazão de líquido.

A seguir, um exemplo de perfil de pressão para diferentes vazões de


injeção.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

0
Pressão de separação
200
400 Qgi m3/d
Profundidade (m)

surgente
600
50 mil
800 100 mil
1000 L 200 mil
Válvula de gas-lift 300 mil
1200

1400

1600
0 20 40 60 80 100 Pressão de fundo
em fluxo
Pressão (kgf/cm ) 2

Gráfico de efeito da vazão de gás injetado sobre o perfil de pressão

O aumento da vazão de injeção ocasiona a redução da pressão de 47


fluxo e conseqüentemente o aumento da vazão. Porém, o incremento
da vazão de injeção não gera uma redução proporcional da pressão
de fundo ou aumento proporcional da vazão.

Ocorre, entretanto, que a injeção de gás em demasia introduz no


escoamento multifásico, tanto na coluna de produção quanto na
linha e riser, um adicional de perda de carga por fricção. O gas-lift
aumenta a velocidade do escoamento acima do ponto de injeção,
o que implica em aumento do gradiente de pressão por fricção.
Estabelece-se, assim, uma contraposição entre dois efeitos:

• Por um lado, o gás tende a reduzir a densidade do fluido e,


portanto, o gradiente gravitacional;

• Por outro, faz aumentar o gradiente por fricção. Esse fato, a


rigor, aumenta também o gradiente por aceleração, mas este é
usualmente de pouca importância.

Isso impõe um limite claro à eficiência do método, como ilustram os


próximos gráficos.

CORPORATIVA
Alta Competência

Os gráficos “Efeito da vazão de gás injetado (Qgi) sobre o perfil de


pressão” e “Efeito da RGLI sobre a curva de pressão requerida obtidos
de um poço real”, demonstram que valores excessivamente altos
de vazão de gás injetado podem ser prejudiciais. Mais do que isso,
valores de RGLI (razão gás-liquido de injeção) ou de Qgi (vazão de
gás de injeção) aceitáveis para uma determinada vazão de produção
do poço podem não ser para outras vazões.

Deve-se observar a grande diferença entre uma curva de pressão de


fundo requerida elaborada com RGLI constante ou com Qgi constante.
Para o gráfico a seguir, assume-se que a quantidade de gás injetado
é variável e proporcional à vazão de líquido do poço. Assim, quanto
mais alta a vazão de líquido, maior a vazão de gás injetado.
Pressão de fundo em fluxo (kgf/cm2)

260

240
48
220
RGLI
200
surgente
180 150 m3/ m3
300 m3/ m3
160
500 m3/ m3
140 700 m3/ m3

120

100
0 200 400 600 800 1000
Vazão de líquido (m /dia)
3

Gráfico de efeito da RGLI sobre a curva de pressão requerida

Para o gráfico posterior, a vazão de gás é independente da vazão.


Assim, para vazões de líquido muito baixas, a RGLI é muito maior
que para altas vazões de líquido. Estes dois tipos de curvas são,
simplesmente, duas formas diferentes de se analisar o mesmo
fenômeno.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

260

Pressão de fundo em fluxo (kgf/cm2)


240
Qgi m3/d

220 Surgente

50 mil
200 100 mil
180 200 mil
300 mil
160

140

120

100
0 200 400 600 800 1000
Vazão de líquido (m /d)
3

Gráfico de efeito da Qgi m3/d sobre a curva de pressão requerida

Assim, a RGLI ideal para um poço, isto é, aquela que conduz à


maior vazão, depende de diversos parâmetros, como por exemplo
a vazão de líquidos produzida, a profundidade de injeção do gás, o
comprimento da linha etc. 49

2.2. Desempenho do método de elevação por Gas-Lift Contínuo

Uma forma concisa e clara de demonstrar o efeito da RGLI ou da


vazão de gás injetado é analisar a curva de desempenho do gas-
lift. Essa curva é elaborada considerando o equilíbrio entre poço e
reservatório. Esses pontos de equilíbrio são aqueles em que a curva
de IPR intercepta as curvas de TPR.

A curva de IPR é única e independente do gas-lift. A TPR, porém,


é fortemente afetada pelo gás injetado para elevação. Assim,
sobrepondo a IPR às diversas curvas de TPR (uma para cada vazão de
gás) temos diferentes pontos de equilíbrio, como mostra o gráfico a
seguir. Apesar da vazão de equilíbrio geralmente aumentar com o
aumento da RGLI, podemos identificar que existirá um ponto ideal
de produção máxima. A partir deste nível, ocorre uma diminuição
da vazão. Isto pode ser melhor compreendido através da análise da
curva de desempenho do gas-lift, como mostra o gráfico do ”efeito
da Qgi sobre a curva de pressão requerida”. Esta curva resume o
que se pode esperar do poço utilizando-se o gas-lift como método de
elevação artificial.

CORPORATIVA
Alta Competência

Pressão de fundo em fluxo (kgf/cm2) 260

240 RGLI

220 surgente

150 m3/m3
200
300 m3/m3
180 500 m3/m3
160 700 m3/m3

140 IPR
120

100
0 200 400 600 800 1000
Vazão de líquido (m /d)
3

Sobreposição de IPR e TPRs para diferentes valores de RGLI

A partir do cruzamento da curva de IPR com as curvas de TPR para


diversas vazões de injeção é possível gerar a curva de desempenho
50 que descreve o comportamento da vazão de líquido produzida em
função da vazão de gás injetado, como gráfico a seguir.

800
Vazão de líquido produzido (m3/d)

700

600

500

400

300

200

100
0

0 100 200 300 400 500


Vazão de gás injetado (milm3/d)

Curva de desempenho do poço

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

A curva de desempenho é válida apenas para um determinado poço


em questão e para uma dada profundidade de injeção, ou seja, se por
qualquer razão o gás passar a ser injetado por outra válvula, a curva
representada no gráfico acima não se aplica mais. Da mesma forma,
com o passar dos meses, ocorre uma mudança da IPR, causada pela
depleção do reservatório ou alteração do BSW ou BSW da formação
(teor de água e sedimentos contidos no petróleo), o que provoca
alteração das curvas de TPR e, conseqüentemente, também da curva
de desempenho.

2.3. Otimização de Gas-Lift Contínuo

O termo otimização de gas-lift, extensivamente empregado na


indústria, refere-se à elaboração da curva de desempenho e à escolha
do ponto de operação. Essas tarefas são conduzidas pelas equipes de
operação e de elevação artificial. Baseiam-se em algumas relações
econômicas, cujo desenvolvimento será demonstrado a seguir:
51
550
Tangente econômica

500
O
Vazão de líquidos (m3/d)

E
450  QL B

A
400

350

 QGI
300
0 50 100 150 200 250 300 350
Vazão de Gás Injetado (1000 m /d)
3

Onde:

O = ponto de máxima vazão;

E = ponto econômico;

∆QL = variação da vazão de líquidos;

∆Qgi = variação da vazão de gás injetado.

CORPORATIVA
Alta Competência

• Princípio da otimização econômica do gas-lift

Se o poço operar com gas-lift no ponto O, estará trabalhando no


seu ponto de máxima vazão de líquidos. Admitindo-se não haver
limitação da disponibilidade de gás para o gas-lift, este seria o ponto
ideal de operação. Convém ressaltar, mesmo sendo óbvio, que operar
aquém do ponto O pode ser razoável, se houver qualquer limitação
que obrigue a isso. Porém, operar além do ponto O é inadmissível,
porque além de se consumir mais capacidade de compressor para
comprimir um volume maior de gás, o resultado seria uma menor
vazão de produção de líquidos.

O componente econômico é o que determina o ponto ideal de


operação. Considere que o poço representado no gráfico de “curva
de desempenho do poço” esteja operando no ponto A e que se
deseje aumentar sua produção de líquidos até se atingir o ponto
B. Em outros termos, deseja-se obter um aumento ∆QL na vazão de
52
líquidos à custa de um aumento de ∆Qgi na vazão de gás injetado.

A decisão de se passar do ponto A para o ponto B, a despeito de


significar um aumento na produção de líquidos, só deve ser tomada
se houver ganho econômico, isto é, se a receita adicional proveniente
do incremento na produção de óleo for maior ou igual, aos custos
extras decorrentes do aumento da vazão de gás injetado. Assim,
matematicamente, tem-se:

Onde:

fO = fração de óleo produzida no total de líquidos

1 – BSW
fO = ;
100

RO = receita decorrente da produção de óleo;

CG = custo de fornecimento da vazão de gás para o gas-lift.

Rearranjando esta inequação, tem-se:

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

Dessa forma, o processo de aumento da produção de óleo do poço


a partir do incremento da vazão de gás deve ser feito de tal forma
que esta inequação seja respeitada, ou seja, é viável desde que haja
economicidade. Assim, se o aumento da vazão de óleo for grande ou
o seu valor de mercado for alto, então possivelmente o incremento
de vazão de gás será compensado pelo aumento da receita de óleo.

Isto poderá ser repetido até que esta inequação torne-se uma
equação, ou seja, até que um incremento da receita de óleo torne-
se equivalente ao dispêndio promovido pela vazão de gás. A partir
desse ponto o processo será anti-econômico. O ponto onde se verifica
53
a igualdade é chamado de ponto econômico, assinalado como ponto
E do gráfico de “curva de desempenho do poço”, uma vez que ele
traduz a melhor relação entre a produção de óleo e gás injetado do
ponto de vista econômico.

A cada ponto de curva QL x Qgi pode-se traçar uma reta tangente.


A tangente trigonométrica desta reta corresponde exatamente à
relação ∆QL / ∆Qgi. A reta tangente que passa pelo ponto econômico,
denominada tangente econômica, está assinalada no gráfico
“princípio da otimização econômica do gas-lift”.

Numa consideração gráfica nota-se que a tangente econômica é


aquela de menor inclinação possível, que ainda possui caráter de
economicidade, já que acima do ponto E a inequação mostrada
anteriormente não é respeitada. Em outros termos, para se conseguir
produção de óleo maior do que a correspondente ao ponto E deve-
se operar o gas-lift numa condição não econômica onde, por certo, o
custo com a compressão do gás a ser injetado será maior do que a
receita adicional advinda do ganho de óleo.

CORPORATIVA
Alta Competência

A conclusão mais importante dessa avaliação é o fato de que a


operação com gas-lift, no ponto de máxima vazão de líquidos (ponto
O), ou em qualquer outro ponto entre E e O, só é admissível em casos
muito particulares, onde o custo da compressão de gás adicional
tende a ser muito baixo.

Há diversos procedimentos e algoritmos aceitos para proceder a


otimização de um poço. Porém, todos implementam variações do
seguinte método:

a) Obter a curva de QL x Qgi do poço. Pode ser obtida com auxílio


de simuladores numéricos ou diretamente a partir de testes de
produção.

b) Obter o valor do custo de compressão de gás, bem como a receita


adquirida na produção de óleo.
54
c) Calcular a relação:

d) A partir de um ponto qualquer no trecho crescente da curva QL x


Qgi, verificar a possibilidade de se proceder a um incremento na vazão
de gás respeitando a inequação:

e) Repetir o passo d até o atendimento da condição de igualdade.


Nesta situação, estará definido o ponto econômico de operação
recomendado para o gas-lift do poço.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

2.4. Exercícios

1) Conceitue o método gas-lift de elevação de petróleo.

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________

2) Marque V (verdadeiro) e F (falso) em relação ao método de bom-


beamento artificial por Gas-Lift Contínuo.

( ) O Gas-Lift Contínuo é um método de elevação de petróleo


largamente usado.
( ) É empregado apenas em poços sem condições de
surgência.
( ) Consiste, basicamente, na injeção contínua de gás num de-
terminado ponto da coluna, reduzindo a densidade média
dos fluidos produzidos. 55
( ) A injeção contínua de gás provoca um aumento no gradien-
te de pressão ao longo da tubulação e, conseqüentemente,
maior pressão requerida no fundo do poço.
( ) Ao longo da coluna de produção estão distribuídos al-
guns mandris de gas-lift contendo, cada um, uma válvula
de gas-lift.

3) Associe a simbologia com suas respectivas definições:

( a ) TPR ( ) Pressão de separador


( b ) Pwf ( ) Pressão de cabeça
( c ) Pwh ( ) Pressão disponível do reservatório
( d ) IPR ( ) Pressão de fundo em fluxo
( e ) Psep ( ) Pressão requerida pela coluna

CORPORATIVA
Alta Competência

4) Correlacione as curvas típicas usadas para analisar o comportamen-


to do GLC com suas respectivas variáveis.
a) Perfil de pressão ( ) Vazão de líquido versus vazão
de gás injetado.
b) Curvas de sistema ( ) Pressão versus profundidade.
c) Curva de desempenho ( ) Pressão de fundo de poço ver-
sus vazão de líquido.

5) A partir do gráfico abaixo, responda:

800
Vazão de líquido produzido (m3/d)

700
A
600

500
B

400 C

300
56 200

100
0

0 100 200 300 400 500


Vazão de gás injetado (milm /d)
3

Gráfico de curvas de desempenho dos poços A, B e C

a) Qual (ou quais) dos poços pode ser considerado(s) surgente(s)?

( ) Apenas o poço A

( ) Apenas o poço B

( ) Apenas o poço C

( ) Os poços A e B

( ) Todos os poços

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

b) O que você recomendaria para o poço B?

( ) Fazer gas-lift com a mesma vazão de gás dos poços A e C


( ) Não fazer gas-lift, em razão de ser a curva de desempenho
declinante.
( ) Fazer gas-lift com uma vazão de gás de 400 mil m3/d
( ) Fazer gas-lift com uma vazão de 50 mil m3/d, porque este é o
ponto de interseção entre as curvas do poço A e B.
( ) Fazer gas-lift com vazão de gás menor que a do poço A e
maior que a do poço C.

c) Em qual (ou quais) poços você injetaria se você dispusesse ape-


nas de 50 mil m3/d para gas-lift?

( ) Injetaria 25 mil m3/d no poço A e 25 mil m3/d no poço B

( ) Injetaria 50 mil m3/d no poço A

( ) Injetaria 50 mil m3/d no poço B 57

( ) Injetaria 50 mil m3/d no poço C

( ) Distribuiria a vazão igualmente entre os três poços.

CORPORATIVA
Alta Competência

6) Um poço elevado através do método Gas-Lift Contínuo tem um


comportamento traduzido segundo a curva apresentada a seguir:

700
Vazão de líquido produzido (m3/d)

600

500

400

300

200

100
0

0 50 100 150 200 250

Vazão de gás injetado (milm /d)


3

Considere os seguintes valores econômicos:

CG = 109 US$/1000 m3
58
RO = 100 US$/m3

Encontre o ponto econômico de operação do gas-lift, para as situ-


ações em que:

a) BSW = 0%

b) BSW = 50%

OBS: Para auxiliar nos cálculos, na tabela a seguir são apresentados


valores de vazão de gás injetado (em mil m3/d) e de líquido produzido
(em m3/d), mostrados no gráfico anterior. Algumas colunas úteis para
os cálculos foram também acrescentadas para facilitar a resolução.

QGi (mil m3/d) QL (m3/d) ∆QGi ∆QL

0 0
45 393
50 422
55 444
60 463
65 477
70 491

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

QGi (mil m3/d) QL (m3/d) ∆QGi ∆QL

75 503
80 513
85 521
90 529
95 536
100 541
105 546
110 551
115 555
120 558
125 561
130 564
59
135 566
140 568
145 570
150 571
155 572
160 573
165 574
170 575
175 575
180 575
185 574
190 574
195 574
200 573
205 572
210 571
215 569

CORPORATIVA
Alta Competência

2.5. Glossário
BSW - (Basic Sediments Water) - teor de água e sedimentos contidos no petróleo,
expresso em porcentagem volume por volume (%v/v).

CPD - Curva de Pressão Disponível.

EE - sigla para Elevação e Escoamento.

Escoamento multifásico - escoamento de fluido em duas ou mais fases, tais como


gás + óleo + água.

Depleção - redução de qualquer matéria armazenada no corpo. É quando se retira


fluido do reservatório e não se injeta fluido suficiente para manter a pressão
original do reservatório.

IPR - (Inflow Performance Relationship) - curva de desempenho do reservatório ou


curva de pressão disponível do reservatório.

Mandril - dispositivo ou acessório instalado na coluna de produção para


60 posicionamento de equipamentos.

Pe - pressão estática.

Psep - pressão de separador.

Pwf - pressão de fundo em fluxo.

Pwh - pressão da cabeça do poço.

Qgi - vazão de gás injetado.

QL - vazão de líquidos.

RGLI - razão gás-líquido de injeção.

RGO - Razão Gás-Óleo. Relação entre a vazão de gás e a vazão de óleo.

Riser - porção vertical de uma linha de escoamento para transporte do óleo/gás


natural do poço até a plataforma. Dutos flexíveis que ligam as linhas submarinas à
plataforma de produção.

Surgência - propriedade atribuída aos poços cujos fluidos produzidos têm potencial
para alcançar a superfície sem a necessidade de auxílio por elevação artificial.

TPR - (Tubing Performance Relationship) - curva de pressão requerida no fundo do


poço.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

2.6. Bibliografia
BRILL, J.P. & MUKHERJEE H. Multiphase Flow In Wells. Richardson, Texas, Society of
Petroleum Engineers Inc., 1999. 156p.

BROWN, K.E. The Technology of Artificial Lift Methods. V.2a. Tulsa, OK, The
Petroleum Publishing Co., 1980. 720p.

OLIVEIRA, G.P.H.A. Elevação Artificial por Gas-Lift Contínuo. PETROBRAS. Apostila,


Macaé, 2002.

61

CORPORATIVA
Alta Competência

2.7. Gabarito
1) Conceitue o método gas-lift de elevação de petróleo.

Método de elevação artificial que consiste basicamente na injeção contínua de


gás num determinado ponto da coluna, reduzindo a densidade média dos fluidos
produzidos.

2) Marque V (verdadeiro) e F (falso) em relação ao método de bombeamento


artificial por Gas-Lift Contínuo.

( V ) O Gas-Lift Contínuo é um método de elevação de petróleo largamente usado.


(F) É empregado apenas em poços sem condições de surgência.
Justificativa: é empregado não só em poços sem condições de
surgência, mas também naqueles nos quais se pretende aumentar a
produção de óleo.
( V ) Consiste, basicamente, na injeção contínua de gás num determinado ponto
da coluna, reduzindo a densidade média dos fluidos produzidos.
(F) A injeção contínua de gás provoca um um aumento no gradiente de
pressão ao longo da tubulação e, conseqüentemente, maior pressão
62 requerida no fundo do poço.
Justificativa: a injeção contínua de gás provoca uma diminuição no
gradiente de pressão ao longo da tubulação e, conseqüentemente,
menor pressão requerida no fundo do poço.
( V ) Ao longo da coluna de produção estão distribuídos alguns mandris de gas-
lift contendo, cada um, uma válvula de gas-lift.

3) Associe a simbologia com suas respectivas definições:

( a ) TPR ( e ) Pressão de separador


( b ) Pwf ( c ) Pressão de cabeça
( c ) Pwh ( d ) Pressão disponível do reservatório
( d ) IPR ( b ) Pressão de fundo em fluxo
( e ) Psep ( a ) Pressão requerida pela coluna

4) Correlacione as curvas típicas (que indicam variáveis) usadas para analisar o


comportamento do GLC com suas respectivas variáveis.

a) Perfil de pressão (c) Vazão de líquido versus vazão de gás


injetado.
b) Curvas de sistema (a) Pressão versus profundidade.
c) Curva de desempenho (b) Pressão de fundo de poço versus vazão de
líquido.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

5) A partir do gráfico abaixo, responda:

800

Vazão de líquido produzido (m3/d)


700
A
600

500
B

400 C

300

200

100
0

0 100 200 300 400 500


Vazão de gás injetado (milm /d)
3

Gráfico de curvas de desempenho dos poços A, B e C

a) Qual (ou quais) dos poços podem ser considerado(s) surgente(s)?

( ) Apenas o poço A

( X ) Apenas o poço B 63
( ) Apenas o poço C

( ) Os poços A e B

( ) Todos os poços

b) O que você recomendaria para o poço B?

( )Fazer gas-lift com a mesma vazão de gás dos poços A e C

( X ) Não fazer gas-lift, em razão de ser a curva de desempenho declinante.

( ) Fazer gas-lift com uma vazão de gás de 400 mil m3/d

( ) Fazer gas-lift com uma vazão de 50 mil m3/d, porque este é o ponto de interse-
ção entre as curvas do poço A e B.

( ) Fazer gas-lift com vazão de gás menor que a do poço A e maior que a do poço C.

c) Em qual (ou quais) poços você injetaria se você dispusesse apenas de 50 mil m3/d
para gas-lift?

( ) Injetaria 25 mil m3/d no poço A e 25 mil m3/d no poço B

( X ) Injetaria 50 mil m3/d no poço A

( ) Injetaria 50 mil m3/d no poço B

( ) Injetaria 50 mil m3/d no poço C

( ) Distribuiria a vazão igualmente entre os três poços.

CORPORATIVA
Alta Competência

6) Um poço elevado através do método Gas-Lift Contínuo tem um comportamento


traduzido segundo a curva apresentada a seguir:

700
Vazão de líquido produzido (m3/d)

600

500

400

300

200

100
0

0 50 100 150 200 250

Vazão de gás injetado (milm3/d)

Considere os seguintes valores econômicos:

CG = 109 US$/1000 m3

RO = 100 US$/m3
64 Encontre o ponto econômico de operação do gas-lift, para as situações em que:

a) BSW = 0%

b) BSW = 50%

a) QGi = 95 mil m3/d e QL = 536 m3/d

b) QGi = 75 mil m3/d e QL = 503 m3/d

OBS: Para auxiliar nos cálculos, na tabela a seguir são apresentados valores de
vazão de gás injetado (em mil m3/d) e de líquido produzido (em m3/d), mostrados
no gráfico anterior. Algumas colunas úteis para os cálculos foram também
acrescentadas para facilitar a resolução.

QGi (mil m3/d) QL (m3/d) ∆QGi ∆QL

0 0
45 393
50 422
55 444
60 463
65 477
70 491
75 503
80 513

CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo

QGi (mil m3/d) QL (m3/d) ∆QGi ∆QL

85 521
90 529
95 536
100 541
105 546
110 551
115 555
120 558
125 561
130 564
135 566
140 568
65
145 570
150 571
155 572
160 573
165 574
170 575
175 575
180 575
185 574
190 574
195 574
200 573
205 572
210 571
215 569

CORPORATIVA
CORPORATIVA
Capítulo 3
Equipamentos
utilizados pelo
Gas-Lift Contínuo

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Identificar os equipamentos de superfície e subsuperfície e


de suas respectivas funções;
• Conceituar mandril e válvula de gas-lift;
• Identificar os elementos de uma válvula de gas-lift;
• Explicar os procedimentos envolvidos na descarga de um
poço de Gas-Lift Contínuo;
• Associar equipamentos com situações envolvidas na
operação com o método de bombeamento artificial por
Gas-Lift Contínuo.

CORPORATIVA
Alta Competência

68

CORPORATIVA
Capítulo 3. Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo

3. Equipamentos utilizados
pelo Gas-Lift Contínuo

O
uso de equipamentos específicos permite a redução da
pressão de fluxo no fundo do poço, gerando um conseqüente
aumento do diferencial de pressão que resulta em um
aumento da vazão.

Os equipamentos utilizados no método de elevação por gas-lift podem


ser divididos em dois grupos diferenciados:

a) Equipamentos de superfície;

b) Equipamentos de subsuperfície.
69
A seguir, detalharemos os dois grupos diferentes de equipamentos.

3.1. Equipamentos de superfície

São os equipamentos que tem a responsabilidade de ancorar a coluna


de produção, fazer a vedação entre a coluna e o revestimento de
produção, controlando fluxo de fluidos à superfície.

Existe uma série de equipamentos padronizados que constituem os


diversos sistemas de cabeça do poço para a completação de poços
terrestres e poços submarinos. Os principais equipamentos de cabeça
de poço são:

• Árvore de natal - controla e direciona o fluxo.

• Controlador Lógico Programável (CLP) - dispositivo eletrônico


que controla a duração da injeção de gás pelo anular dos poços.
O CLP envia um sinal elétrico para uma válvula solenóide, que
converte este sinal em pneumático para abrir ou fechar uma
motor-valve.

CORPORATIVA
Alta Competência

• Válvula solenóide - válvula que converte o sinal fornecido pelo


CLP de elétrico para pneumático, fornecendo ou interrompendo
o suprimento de gás para a motor-valve.

• Motor-valve - válvula de controle instalada na linha de gas-lift


de cada poço, que abre e fecha a intervalos regulares, de acordo
com o comando do CLP, para injetar ou suspender a injeção de
gás no poço.

3.2. Equipamentos de subsuperfície

Os principais equipamentos de subsuperfície estão descritos abaixo:

• Coluna de produção (tubing) - conduz os fluidos à superfície e


impede o vazamento das pressões;

• Obturador (packer) - ancora a coluna ao revestimento e impede


70
a comunicação de pressões;

• Válvula de pé (standing valve) - impede o retorno de fluidos


para a formação;

• Mandris - assentam as válvulas de gas-lift;

• Válvulas de gas-lift - regulam a injeção de gás na coluna de


produção e impedem o retorno de fluido para o revestimento.

Óleo + gás
Gás

Poço GLI

3
4 1
1. Coluna de produção (tubing)
2. Mandris com as válvulas de gas-lift
3. Obturador (packer)
4. Válvula de pé (standing valve)

CORPORATIVA
Capítulo 3. Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo

3.2.1. Mandril de Gas-Lift

O mandril de gas-lift é um componente da coluna de produção


usado como alojamento de diversos tipos de válvulas (denominadas
gas-lift), que promoverão a comunicação entre anular e coluna.
O mandril de gas-lift pode ser descrito como sendo um tubo com uma
bolsa lateral, dentro da qual é assentada a válvula de gas-lift. Ele
permite que não haja nenhuma redução de diâmetro interno para
a passagem de ferramentas. Deve possuir o mesmo tipo de rosca
dos tubos da coluna de produção, caso contrário será necessária a
utilização de adaptadores de rosca. A substituição das válvulas é
feita através de uma operação com arame por dentro da coluna de
produção, sem a necessidade de intervenção com sonda.

Mandril 71

Latch
Engaxetamento

Pressão de
anular

1 2 3 4 5

Retirada da válvula
Retirada da válvula de gas-lift por operação de arame.

CORPORATIVA
Alta Competência

Os mandris de gas-lift (MGL) mais comumente utilizados são


excêntricos, isto é, as bolsas de assentamento das válvulas são
localizadas na lateral do mandril, só sendo acessíveis com a utilização
de ferramentas especiais (desviadores). Assim, os mandris mantêm
uma área de fluxo igual ao dos tubos da coluna de produção.

Conexão caixa
Guia do
41,”2”EU 3 1/2” EU
desativador

Defletor

Ressalto para
travamento
da válvula

Área polida
superior

Orifício de
comunicação
anular x coluna
72 Área polida
inferior
Conexão caixa
41,”2”EU 3 1/2” EU

I) Alguns MGL, em corte;


II) Esquema do mandril de gas-lift com bolsa lateral;
III) Desviador instalando uma VGL na bolsa do MGL.

3.2.2. Válvula de Gas-Lift

A válvula de gas-lift é o equipamento por onde ocorre a injeção de


gás na coluna. Ela permite a passagem de fluidos no sentido anular/
coluna, mas não a passagem no sentido inverso. Eventualmente,
pode ser instalada no mandril uma válvula cega, que não possibilita a
circulação de fluidos enquanto estiver assentada. Serve para reservar
uma posição estratégica na coluna para uso futuro.

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Capítulo 3. Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo

73
Válvulas de gas-lift de 1 ½“

Normalmente, nas Unidades de Negócio encontramos válvulas de


gas-lift dos tipos orifício e de pressão.

• Válvulas de “orifício” contêm internamente uma sede com um


orifício circular. Normalmente são instaladas na profundidade
limite de operação, ou seja, ocupam a posição no mandril mais
profundo. Sua única função é oferecer resistência à passagem
do gás do revestimento para a coluna de produção, permitindo
assim certo nível de controle por parte do técnico de operação;

• Válvulas de pressão, também denominadas válvulas calibradas


ou de fole carregado, permitem um controle mais refinado
sobre a vazão de gás. A válvula calibrada (ilustração anterior), do
tipo normalmente fechada, abre-se apenas com alta pressão no
espaço anular. Em um fole no seu interior é injetado nitrogênio
a alta pressão para forçar a haste contra a sede e, dessa forma,
obstruir o orifício. Para baixa pressão de gás no anular a válvula
permanece fechada; porém, em pressões mais altas, estabelece
um equilíbrio entre o gás fora do fole e o nitrogênio dentro do
fole, o que leva a haste a se afastar do orifício, permitindo a
passagem de gás.

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Alta Competência

Existem duas funções básicas deste tipo de válvula no método Gas-Lift


Contínuo:

• A primeira - e principal - é permitir a retirada do fluido de


amortecimento do poço a partir da pressão de gás disponível na
superfície - operação de partida (kick-off).

• A segunda é utilizada como válvula operadora, controlando


a vazão de gás a ser injetada na coluna de produção. Mais
detalhadamente, esta válvula é mostrada na ilustração a seguir.

Coluna de
produção

74 Mandril de
gas-lift

Packer

Posicionamento de uma válvula de gas-lift no mandril

Seu princípio de funcionamento é relativamente simples e pode ser


compreendido com auxílio da próxima ilustração.

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Capítulo 3. Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo

Domo
Corpo Ab
Pbt
Domo
Fole

Fole
Anéis de
vedação

Haste
Haste Pvo
Pressão de Ap
Porta gás no anular
Porta
Válvula de
retenção
Válvula de
retenção
Anéis de
vedação
Pressão da coluna
de produção PT

Esquema em detalhe de um corte de uma válvula de gas-lift


75

A pressão do nitrogênio (Pbt) no interior do domo atuando sobre


a área da seção transversal do fole (Ab) gera uma força que tende
a manter a válvula fechada. Já as pressões do gás no revestimento
(Pvo) e do fluido na coluna de produção (Pt), atuando na área do
fole subtraída da área da sede (Ab - Ap) e na área da sede (Ap),
respectivamente, geram forças que tendem a manter a válvula
aberta. A posição da haste, que define a condição de abertura ou
fechamento da válvula, é função da resultante dessas forças.

Por exercerem o controle da injeção de gás na coluna, esses


equipamentos são muito importantes nas instalações convencionais
do método, tornando-se necessário um bom conhecimento do
seu desempenho dinâmico, ou seja, do comportamento quanto
à passagem de gás em função das pressões de montante e jusante
(revestimento e tubo respectivamente).

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3.3. Descarga de um poço de Gas-Lift Contínuo

Corresponde ao processo de retirada do fluido de amortecimento


que se encontra dentro do poço, utilizado na intervenção do poço
com sonda de produção. Logo após a instalação dos equipamentos
de subsuperfície no poço, o espaço anular e a coluna de produção
encontram-se preenchidos com fluido de amortecimento, que pode
ser óleo morto ou água adensada com algum tipo de sal. Para que o
poço comece a produzir, é necessário remover este líquido e substituí-
lo por gás. Este procedimento é feito pelos operadores de produção
e chama-se “dar a partida no poço” ou “dar o kick-off no poço”.

Dependendo da profundidade do poço, da pressão de injeção do


gás, densidade do fluido de amortecimento e pressão estática do
reservatório, pode ser necessária a utilização de válvulas adicionais,
além da operadora. Essas válvulas adicionais, espaçadas ao longo da
76 coluna de produção quando de sua instalação, são denominadas de
válvulas de descarga ou válvulas de kick-off. A descarga pode ser feita
pelo processo contínuo ou intermitente.

Outra maneira de fazer a descarga do poço é através de uma


unidade de nitrogênio (N2). Nesse caso, um flexitubo é inserido
pela coluna de produção e descido até uma dada profundidade
definida pelo engenheiro de elevação. Depois de confirmada a
posição do flexitubo, o gás N2 é injetado na coluna de produção
emulando o comportamento de uma válvula de gas-lift. O flexitubo
vai descendo até a proximidade da válvula operadora. Com isso,
o poço começa a produzir e a válvula operadora a injetar o gás
na coluna de produção. Após a partida do poço, a unidade de
nitrogênio é retirada do poço.

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Capítulo 3. Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo

3.4. Operação do Gas-Lift Contínuo

Após a partida, o gás é injetado na coluna de produção na altura


da válvula operadora. Os fluidos produzidos pelo reservatório
recebem uma corrente de gás na altura da válvula operadora. A alta
velocidade do gás proveniente da válvula de gas-lift propicia uma
mistura homogênea dos fluidos. Como a densidade do gás é baixa,
a densidade da mistura resultante (gás + fluido do reservatório),
possui uma densidade menor, se comparada à densidade do fluido
produzido, ocasionando uma redução do gradiente de pressão ao
longo da coluna de produção após a válvula de gas-lift. Isso acarreta
uma diminuição da pressão de fundo na frente dos canhoneados,
aumentando a vazão produzida.

A operação de um poço de gas-lift é feita por meio do controle


da vazão de gás injetado e da supervisão das variáveis medidas
do poço, como por exemplo as pressões de fundo e da árvore 77
de natal.

Dependendo do tipo de completação (molhada ou seca) e do arranjo


submarino, o controle da vazão de gás injetado pode ser feito por
uma válvula (choke) de superfície ou submarina. A cada novo teste
de produção, o poço é alinhado ao separador de teste e as vazões
produzidas e injetadas são medidas, assim como as variáveis de
controle, tais como:

• Pressão de fundo;

• Pressão do separador de teste;

• Pressão na árvore de natal molhada;

• Pressão a montante do choke;

• Pressão a jusante do choke;

• BSW;

• RGO.

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Através de aumento / redução de vazão do gás injetado, verifica-se


se o poço se encontra no ponto ótimo de operação. Se necessário, a
vazão é aumentada ou diminuída, alterando a abertura do choke de
injeção de gás. Quando o poço estiver no ponto ótimo, é alinhado ao
separador de produção.

Além da supervisão das variáveis medidas, é possível acompanhar


os poços com gas-lift contínuo por meio de medidores virtuais que
geram estimativas das vazões dos poços com base nas pressões
medidas e na medição do gás injetado. Alguns medidores utilizam
a pressão de fundo, quando disponível, e outros, a variação de
pressão no choke de injeção. Isso permite detectar alterações no
comportamento dos poços antes de um novo teste de produção e
minimizar as perdas de produção.

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Capítulo 3. Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo

3.5. Exercícios

1) Correlacione os equipamentos de superfície na coluna da esquerda


com suas respectivas definições na coluna da direita.
a) Árvore de ( ) Converter o sinal elétrico em pneumático
natal
b) CLP ( ) Controlar e direcionar o fluxo
c) Válvula ( ) Abrir e fechar, segundo o sinal recebido e
solenóide acionar ou interromper a injeção no poço.
d) Motor-valve ( ) Comandar a injeção de gás e enviar o sinal
elétrico para a válvula solenóide

2) Complete as lacunas das frases que descrevem os equipamentos de


subsuperfície:

a) A _______________________ impede o retorno de fluidos para a 79


formação.

b) A ______________________ conduz os fluidos à superfície e im-


pede o vazamento das pressões.

c) As ____________________ regulam a injeção de gás na coluna de


produção e impedem o retorno de fluido para o revestimento.

d) Os______________________ assentam as válvulas de gas-lift.

e) O _______________________ ancora a coluna ao revestimento e


impede a comunicação de pressões.

3) Identifique os equipamentos de subsuperfície correlacionando a


numeração com os respectivos equipamentos.

Óleo + gás
Gás

Poço GLI
( ) Válvula de pé (standing valve)
2 ( ) Coluna de produção (tubing)

( ) Obturador (packer)
3
4 1 ( ) Mandris com as válvulas de gas-lift

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4) Defina mandril e válvula de gas-lift.

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________

5) Identifique, na ilustração a seguir, que representa uma válvula de


gas-lift, os elementos I, II, III, IV e V.

I
II

( ) Seção transversal do fole (Ab)


80
( ) Pressão de fluido na coluna de produção (Pt)

( ) Pressão do nitrogênio (Pbt)


V
( ) Pressão do gás no revestimento (Pvo)
III
( ) Área da sede (Ap)

IV

6) Explique o que é e qual a função do procedimento denominado


“descarga de um poço de Gas-lift Contínuo”.

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________

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Capítulo 3. Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo

7) Compete as lacunas com as situações que envolvem a operação


através do método de Gas-lift Contínuo.

• Após a partida, o gás é injetado na ____________________________


na altura da válvula operadora. Os fluidos produzidos pelo
reservatório recebem uma corrente de gás na altura da
____________________________.

• A alta velocidade do gás proveniente da _____________________


propicia uma mistura homogênea dos fluidos. Como a densi-
dade do gás é baixa, a densidade da mistura resultante (gás +
fluido do reservatório), possui uma densidade menor se com-
parada à densidade do fluido produzido, ocasionando uma
______________________________ ao longo da coluna de produ-
ção após a válvula de gas-lift. Isso acarreta uma diminuição da
_______________________________na frente dos canhoneados, au-
mentando a vazão produzida.

81

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3.6. Glossário
Ab - seção transversal do fole.

Ap - seção tranversal da sede.

BSW - (Basic Sediments Water) - teor de água e sedimentos contidos no petróleo,


expresso em porcentagem volume por volume (%v/v).

Choke - válvula de superfície ou submarina.

CLP - Controlador Lógico Programável.

Excêntricos - componente que está localizado afastado do centro.

Kick-off - descarga.

Mandril - dispositivo ou acessório de máquina-ferramenta, destinado a segurar a


ferramenta ou a peça a ser trabalhada.
82
MGL - Mandril Gas-Lift.

Operação com arame - wireline.

Packer - obturador.

Pbt - pressão do nitrogênio.

Pt - pressão do fluido na coluna de produção.

Pvo - pressões do gás no revestimento.

RGO - razão gás-óleo. Relação entre a vazão de gás e a vazão de óleo.

Solenóide - bobina contendo um elemento móvel de material magnético que se


move em função da direção do campo magnético.

Standing valve - válvula de pé.

Tubing - coluna de produção.

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Capítulo 3. Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo

3.7. Bibliografia
BRILL, J.P. & MUKHERJEE H. Multiphase Flow in Wells. Richardson, Tx, Society of
Petroleum Engineers Inc., 1999. 156p.

BROWN, K.E. The Technology of Artificial Lift Methods. V.2a. Tulsa, OK, The
Petroleum Publishing Co., 1980. 720p.

OLIVEIRA, G.P.H.A. Elevação Artificial por Gas-Lift Contínuo. PETROBRAS.


Apostila, Macaé, 2002.

83

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3.8. Gabarito
1) Correlacione os equipamentos de superfície na coluna da esquerda com suas
respectivas definições na coluna da direita.

a) Árvore de natal (c) Converter o sinal elétrico em pneumático


b) CLP (a) Controlar e direcionar o fluxo
c) Válvula solenóide (d) Abrir e fechar, segundo o sinal recebido e acionar
ou interromper a injeção no poço.
d) Motor-valve (b) Comandar a injeção de gás e enviar o sinal elétrico
para a válvula solenóide
2) Complete as lacunas das frases que descrevem os equipamentos de
subsuperfície:

a) A válvula de pé impede o retorno de fluidos para a formação.

b) A coluna de produção conduz os fluidos à superfície e impede o vazamento das


pressões.

c) As válvulas de gas-lift regulam a injeção de gás na coluna de produção e impedem


o retorno de fluido para o revestimento.
84
d) Os mandris assentam as válvulas de gas-lift.

e) O obturador ancora a coluna ao revestimento e impede a comunicação de


pressões.

3) Identifique os equipamentos de subsuperfície, correlacionando a numeração


com os respectivos equipamentos.

Óleo + gás
Gás

Poço GLI
( 4 ) Válvula de pé (standing valve)

2 ( 1 ) Coluna de produção (tubing)

( 3 ) Obturador (packer)
3 ( 2 ) Mandris com as válvulas de gas-lift
4 1

4) Defina mandril e válvula de gas-lift.

O mandril de gas-lift é um componente da coluna de produção, uma “bolsa lateral”


usada como alojamento de diversos tipos de válvulas de gas-lift, que promoverão
a comunicação entre anular e coluna.

A válvula de gas-lift é o equipamento por onde ocorre a injeção de gás na coluna.


Ela permite a passagem de fluidos no sentido anular/coluna, mas não a passagem
no sentido inverso.

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Capítulo 3. Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo

5) Identifique, na ilustração a seguir, que representa uma válvula de gas-lift, os


elementos I, II, III, IV e V.

I
II

( II ) Seção transversal do fole (Ab)

( IV ) Pressão de fluido na coluna de produção (Pt)

( I ) Pressão do nitrogênio (Pbt)


V
( V ) Pressão do gás no revestimento (Pvo)
III
( III ) Área da sede (Ap)

IV

6) Explique o que é e qual a função do procedimento denominado “descarga de 85


um poço de Gas-lift Contínuo”.

Corresponde ao processo de retirada do fluido de amortecimento que se encontra


dentro do poço, utilizado quando da intervenção no poço com sonda de produção.
Logo após a instalação dos equipamentos de subsuperfície no poço, o espaço anular
e a coluna de produção encontram-se preenchidos com fluido de amortecimento,
que pode ser óleo morto ou água adensada com algum tipo de sal. Para que o
poço comece a produzir, é necessário remover este líquido e substituí-lo por gás.
Este procedimento é feito pelos operadores de produção e chama-se “dar a partida
no poço” ou “dar o kick-off no poço”.

7) Compete as lacunas com as situações que envolvem a operação através do


método de Gas-lift Contínuo.

Após a partida, o gás é injetado na coluna de produção na altura da válvula


operadora. Os fluidos produzidos pelo reservatório recebem uma corrente de gás
na altura da válvula operadora.

A alta velocidade do gás proveniente da válvula de gas-lift propicia uma mistura


homogênea dos fluidos. Como a densidade do gás é baixa, a densidade da mistura
resultante (gás + fluido do reservatório), possui uma densidade menor se comparada
à densidade do fluido produzido, ocasionando uma redução do gradiente de
pressão ao longo da coluna de produção após a válvula de gas-lift. Isso acarreta
uma diminuição da pressão de fundo na frente dos canhoneados, aumentando a
vazão produzida.

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