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NOÇÕES DE

COMPRESSORES

Autor: Cleuber Pozes Valadão


NOÇÕES DE
COMPRESSORES
NOÇÕES DE
COMPRESSORES

Autor: Cleuber Pozes Valadão

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

• Reconhecer os principais tipos de compressores, citando ou


identificando os seus principais componentes;
• Diferenciar os princípios de funcionamento e as aplicações
específicas dos compressores.
Programa Alta Competência

Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos


da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das
atividades profissionais na Companhia.

É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de


empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.

Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando


prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força
de trabalho às estratégias do negócio E&P.

Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa


a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das
competências necessárias para explorar e produzir energia.

O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das


competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados
e a reciclagem de antigos.

Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo


que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de
sucesso que ela é.

Programa Alta Competência


Agradecimentos

Agradeço a todos que direta ou indiretamente colaboraram para a


realização deste trabalho, que servirá de instrumento para as aulas
dos cursos de formação.
Como utilizar esta apostila

Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila


está organizada e assim facilitar seu uso.

No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual


representa as metas de aprendizagem a serem atingidas.

ATERRAMENTO
DE SEGURANÇA

Autor

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

Objetivo Geral
• Identificar procedimentos adequados ao aterramento
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas
instalações elétricas.
O material está dividido em capítulos.

No início de cada capítulo são apresentados os objetivos


específicos de aprendizagem, que devem ser utilizados como
orientadores ao longo do estudo.

48

Capítulo 1

Riscos elétricos
e o aterramento
de segurança

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

Objetivo Específico
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas.

No final de cada capítulo encontram-se os exercícios, que


visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.

Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do


capítulo em questão.

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

mo está relacionada a 1.6. Bibliografi a Exercícios


1.4. 1.7. Gabarito
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
1) Que relação podemos estabelecer entre
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
riscos elétricos e
Elétrica, 2007. aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
_______________________________________________________________
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
_______________________________________________________________
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
Norma Petrobras N-2222. 2) Apresentamos,
Projeto de aterramentoa de
seguir, trechos
segurança de Normas Técnicas que
em unidades
marítimas. Comissão de abordam os cuidados
Normas Técnicas e critérios relacionados a riscos elétricos.
- CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato

Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, (B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
o caso: executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
e do tipo de
A) Risco Proteção
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. de incêndio e explosão
de estruturas B) Risco
contra descargas de contato (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
es durante toda atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento
na maioria das ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de
mantê-los sob projetadas e executadas de modo que seja possível operação.”
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
is, materiais ou 24 prevenir, por meios seguros,
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> os perigos de choque
- Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25
14 mar. 2008. elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
21 à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de
( ) of Lightining
NFPA 780. Standard for the Installation “Nas instalações elétricas
Protection Systems. de
áreas classificadas
National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
a maior fonte Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção,
sária, além das como alarme e seccionamento automático para
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados
ole, a obediência br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai.sobretensões,
prevenir 2008. sobrecorrentes, falhas de
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.”

Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas


nça. isolamento, aquecimentos ou outras condições
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acessoanormais de operação.”
em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:

( ) “Nas partes das instalações


Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi elétricas
sob tensão, (...)
sica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas (F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas riscos de choques elétricos.

e demais meios de sinalização que chamem a atenção (V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
quanto ao risco.” houver falha no isolamento desse equipamento.
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e (V) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas “fio terra”.
3. Problemas operacionais, riscos e
cuidados com aterramento de segurança

T
odas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano
de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores,
geradores, painéis elétricos, transformadores e outros).

A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os


Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção
definos
nições
sistemasestão disponíveis
de aterramento envolvidosno glossário.
nestes equipamentos.Ao longo dos
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o
identifi cados, pois estão em destaque.
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento.

Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 49


diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico
por contato indireto e de incêndio e explosão.

3.1. Problemas operacionais

Os principais problemas operacionais verificados em qualquer tipo


de aterramento são:

• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato.

É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 define o valor


de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo
admissível para resistência de contato.

Alta Competência Capítulo 3. Problemas operaciona

3.4. Glossário 3.5. Bibliografia

Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIAN
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma elétricos - inspeção e medição da re
corrente elétrica. Elétrica, 2007.

Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos
– Curso técnico de segurança do trab
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
NFPA 780. Standard for the Installation
Fire Protection Association, 2004.

Norma Petrobras N-2222. Projeto de


marítimas. Comissão de Normas Técn

Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instala


Brasileira de Normas Técnicas, 2005.

Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Pr


56 atmosféricas. Associação Brasileira d

Norma Regulamentadora NR-10. Seg


eletricidade. Ministério do Trabalho
www.mte.gov.br/legislacao/normas_
em: 14 mar. 2008.
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
98
100
102

Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 104


105

insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 106


108

ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 110


112

basta consultar a Bibliografia ao final de cada capítulo. 114


115

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

1.6. Bibliografia 1.7. Gabarito NÍVEL DE RUÍDO DB (A)

CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
85
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
Elétrica, 2007. O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 86
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade.
87
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
88
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato 89
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
(B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 90
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” 91
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 92
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 93
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// operação.”
24 www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25 94
14 mar. 2008. trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 95
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
96
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão
Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”

Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 98
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.” 100
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: 102
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 104
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.

(F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer


105
riscos de choques elétricos.
106
(V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um

A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo (V)


equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
houver falha no isolamento desse equipamento.

Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um


108
110

abordado Alta
deCompetência
um determinado item do capítulo. 112
“fio terra”.

(F) A queimadura é o principal efeito fisiológico associado à passagem


da corrente elétrica pelo corpo humano. 114 Capítulo 1. Riscos elét
115

Trazendo este conhecimento para a realid


observar alguns pontos que garantirão o
incêndio e explosão nos níveis definidos pela
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a durante o projeto da instalação, como por ex
primeira observação de um fenômeno relacionado
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um • A escolha do tipo de aterramento fu
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido ao ambiente;
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome • A seleção dos dispositivos de proteção
dado à resina produzida por pinheiros que protege a
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo
• A correta manutenção do sistema elét
semelhante à fossilização, ela se torna um material
duro e resistente.

O aterramento funcional do sist

14
?
Os riscos VOCÊ
elétricosSABIA?
de uma instalação são divididos em dois grupos principais:

Uma das principais substâncias removidas em poços de


como função permitir o funcion
e eficiente dos dispositivos de pro
sensibilização dos relés de proteçã

MÁXIMA EXPOSIÇÃO
“Importante” é um lembrete
petróleo pelo pig de limpeza é adas
parafina. questões
Devido às
baixas temperaturas do oceano, a parafina se acumula
essenciais do uma circulação de corrente para a
por anormalidades no sistema elétr
DIÁRIA PERMISSÍVEL
8 horas conteúdo tratadovirno capítulo.
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
Observe no diagrama a seguir os principais ris
5 horas
à ocorrência de incêndio e explosão:
4 horas e 30 minutos
4 horas 1.1. Riscos de incêndio e explosão
3 horas e 30 minutos
ImpOrTANTE!
3 horas Podemos definir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes,
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera
1 hora e 45 minutos
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de
1 hora e 15 minutos
eletricidade estática.
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer
30 minutos instalaçãoÉ e muito
seu descontrole se traduz
importante que principalmente
você conheça em os
danos
25 minutos pessoais, procedimentos específicosoperacional.
materiais e de continuidade para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
rESUmINDO...

Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
4 horas
3 horas e 30 minutos
ImpOrTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos Já a caixa de destaque
É muito “Resumindo”
importante que você conheçaé uma os versão compacta
procedimentos específicos para passagem de pig
25 minutos
20 minutos dos principais pontos
em poços abordados no capítulo.
na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
rESUmINDO...

Recomendações gerais

? VOCÊ SABIA?
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
Uma das principais substâncias removidas em poços de
• Apóspelo
petróleo a retirada
pig dede um pig, inspecione
limpeza internamente
é a parafina. Devido às
MÁXIMA EXPOSIÇÃO o recebedor
baixas de pigs;
temperaturas do oceano, a parafina se acumula
DIÁRIA PERMISSÍVEL nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
8 horas • Lançadores e recebedores deverão ter suas
vir a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos

Em “Atenção” estão destacadas as informações que não


4 horas
3 horas e 30 minutos
ImpOrTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos devem ser esquecidas.
É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos É muito importante que você conheça os
25 minutos procedimentos específicos para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
tricos e o aterramento de segurança
8 minutos
7 minutos
rESUmINDO...

Recomendações gerais
dade do E&P, podemos
controle dos riscos de
Todos os recursos• Antes
didáticos presentes nesta apostila têm
do carregamento do pig, inspecione o
as normas de segurança
xemplo:
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo.
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
uncional mais adequado
• Lançadores e recebedores deverão ter suas

o e controle;
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profissional!

trico.

tema elétrico tem


namento confiável
oteção, através da
15
ão, quando existe
a terra, provocada
rico.

scos elétricos associados


Sumário
Introdução 17

Capítulo 1 - Compressores - definição, classificação e aplicação


Objetivos 19
1. Compressores - definição, classificação e aplicação 21
1.1. Classificação dos compressores 23
1.2. Aplicação dos compressores 26
1.3. Exercícios 28
1.4. Glossário 30
1.5. Bibliografia 31
1.6. Gabarito 32

Capítulo 2 - Compressores centrífugos


Objetivos 33
2. Compressores centrífugos 35
2.1. Princípios de funcionamento 35
2.2. Principais componentes 38
2.3. Sistemas auxiliares de um compressor centrífugo 42
2.3.1. Sistema de proteção 42
2.3.2. Sistema de selagem 43
2.3.3. Sistema de balanceamento axial 45
2.4. Circuitos auxiliares de um compressor centrífugo 47
2.4.1. Circuito de óleo de selagem 47
2.4.2. Circuito de gás de selagem 49
2.4.3. Circuito de óleo lubrificante 53
2.4.4. Circuito de processamento de gás 54
2.4.5. Circuito de controle anti-surge 55
2.4.6. Circuito de controle de capacidade 63
2.5. Operação 66
2.5.1. Preparação do circuito de gás de selagem 67
2.5.2. Preparação e partida do circuito de óleo lubrificante 68
2.5.3. Partida da unidade 69
2.5.4. Shutdown da unidade 70
2.5.5. Verificações rotineiras 70
2.5.6. Temperatura e pressão de operação de óleo –
pressão de gás de selagem 72
2.6. Exercícios 73
2.7. Glossário 76
2.8. Bibliografia 79
2.9. Gabarito 80

Capítulo 3 - Compressores axiais


Objetivos 83
3. Compressores axiais 85
3.1. Princípio de funcionamento 85
3.2. Principais componentes 88
3.3. Circuito de controle de capacidade 89
3.4. Limites operacionais 89
3.5. Exercícios 94
3.6. Glossário 97
3.7. Bibliografia 98
3.8. Gabarito 99

Capítulo 4 - Compressores de parafuso


Objetivos 101
4. Compressores de parafuso 103
4.1. Princípio de funcionamento 103
4.2. Principais componentes 105
4.3. Circuito de controle de capacidade 106
4.4. Circuito de lubrificação 108
4.5. Exercícios 110
4.6. Glossário 113
4.7. Bibliografia 114
4.8. Gabarito 115

Capítulo 5 - Compressores alternativos


Objetivos 117
5. Compressores alternativos 119
5.1. Princípio de funcionamento 120
5.2. Principais componentes 121
5.3. Circuito de controle de capacidade 124
5.3.1. Tipos de controle de capacidade 125
5.3.2. Problemas de partida 131
5.4. Circuito de lubrificação 132
5.5. Exercícios 134
5.6. Glossário 137
5.7. Bibliografia 138
5.8. Gabarito 139
Introdução

O
gás natural ganha cada vez mais destaque na matriz
energética do nosso país por ser um combustível limpo
e barato. As projeções demonstram a duplicação do
suprimento de gás nos próximos cinco anos.

Nesse contexto, em que é necessário permitir o escoamento do gás


por todo o território nacional, seu transporte ganha notoriedade por
ser uma fase fundamental para a logística de aproveitamento deste
derivado de petróleo.

Os gasodutos proporcionam o escoamento do gás entre a fonte


(reservatório) e o usuário. Os dutos são os meios de transporte; 17
entretanto, a condição necessária para o escoamento depende da
contrapressão no duto, ou seja, da pressão mínima necessária para
que o escoamento ocorra. Logo, a compressão é uma das fases
do condicionamento do gás natural que antecede o transporte
e a distribuição e que deve proporcionar a pressão necessária
ao escoamento. Entre esses dois pontos de escoamento do gás
(reservatório e usuário) pode haver uma ou mais estações de
compressores. A compressão do gás é um processo físico no qual são
utilizados compressores com o objetivo de proporcionar uma elevação
de pressão do gás para o seu escoamento.

CORPORATIVA
CORPORATIVA
Capítulo 1
Compressores -
definição,
classificação
e aplicação

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Definir compressores;
• Classificar os compressores de acordo com seus tipos e
aplicações.

CORPORATIVA
Alta Competência

20

CORPORATIVA
Capítulo 1. Compressores - definição, classificação e aplicação

1. Compressores - definição,
classificação e aplicação

O
s compressores são máquinas que servem para comprimir
um gás à pressão desejada. Podem ser requeridos para as
mais variadas condições de operação, de modo que toda a
sua sistemática de especificação, projeto, operação e manutenção
dependem, fundamentalmente, da sua aplicação.

Os compressores são máquinas operatrizes projetadas para


proporcionar a elevação da pressão de um gás, transferindo para
este energia em forma de trabalho, aplicando-se uma força.

Um compressor, como qualquer equipamento de fluxo, tem o seu


comportamento influenciado pelas características do processo no qual 21
está inserido. No caso dos compressores, toda essa influência pode
ser precisamente representada por quatro parâmetros denominados
características do processo (ou sistema), que são:

• Pressão de sucção (P1): pressão do gás na entrada do


compressor;

• Temperatura de sucção (T1): temperatura do gás na entrada


do compressor;

• Natureza molecular do gás (composição): composição do gás,


massa molecular;

• Pressão de descarga (P2): pressão do gás na saída do compressor.

sucção descarga

Esquema simplificado de um compressor

CORPORATIVA
Alta Competência

Assim, podemos considerar que os valores assumidos por esses


parâmetros, instantaneamente, definem todas as demais
grandezas associadas ao desempenho do compressor, dentre as
quais podemos citar:

• Vazão de operação (volumétrica ou mássica);

• Potência de compressão (N);

• Temperatura de descarga (T2);

• Eficiência politrópica (eficiência da compressão);

• Intensidade dos esforços.

22 A vazão de operação é o volume requerido para ser deslocado, entre


a sucção e a descarga.

A temperatura de descarga depende da temperatura de sucção,


da relação entre as pressões de descarga e de sucção e do
coeficiente politrópico.

A potência depende da vazão mássica e do trabalho cedido ao gás


durante a compressão.

A eficiência politrópica é a relação entre a energia específica útil


e a energia específica cedida pelo compressor ao gás. A energia
específica é a relação entre a energia e a massa de gás para um
volume de controle, sendo calculada por cálculos específicos de head
politrópico. Por outro lado, calcula-se a energia específica cedida
através da variação da entalpia.

Existem vários tipos de compressores, diferenciados para suas


aplicações em função dos parâmetros envolvidos, que são:

• Vazão de operação (Qo);

• Razão de compressão (P2 / P1);

CORPORATIVA
Capítulo 1. Compressores - definição, classificação e aplicação

• Composição do gás;

• Pressão de descarga.

1.1. Classificação dos compressores

Os projetos de compressores estão fundamentados em dois sistemas


conceptivos, no qual se baseiam todos os tipos de compressores de
uso industrial, que são:

a) Compressores volumétricos;

b) Compressores dinâmicos.

Observe, no diagrama a seguir, de que forma é organizada a


classificação dos compressores: 23

Compressores

Volumétricos Dinâmicos

Alternativos Rotativos Centrífugos Axiais

Palhetas / Parafusos / Lóbulos

A seguir, será abordado um pouco mais sobre as características


de funcionamento e aplicações que diferenciam esses dois tipos
de compressores.

CORPORATIVA
Alta Competência

a) Compressores volumétricos ou de deslocamento positivo:

Nos compressores volumétricos, também chamados de compressores


de deslocamento positivo, em razão de possuírem apenas um sentido
de escoamento para o fluido, a elevação de pressão é conseguida
através da redução do volume ocupado pelo gás e pode ser alcançada
com a utilização de duas concepções diferentes de operação: em um
ciclo de funcionamento ou por escoamento contínuo.

Pela concepção de ciclo de funcionamento, há diversas fases para


atingir a elevação de pressão e manter o escoamento. Trata-se, pois,
de um processo intermitente, no qual a compressão, propriamente
dita, é efetuada em um sistema fechado, isto é, sem qualquer
contato com a sucção e a descarga. Nesse caso, destacam-se os
compressores alternativos.

Na concepção de escoamento contínuo, os rotores empurram o gás,


24
promovendo o seu deslocamento por dentro do compressor, onde é
imposta a redução do seu volume, progressivamente, da sucção para
a descarga. Em conseqüência, ocorre a elevação de pressão. Nesta
categoria, destacam-se os compressores rotativos de palhetas, de
parafusos e os de lóbulos.

b) Compressores dinâmicos:

Os compressores dinâmicos também são chamados de compressores


cinéticos ou turbocompressores.

Esse tipo de compressor comprime o gás pela ação dinâmica de


palhetas ou de impulsores rotativos — os impelidores — que
imprimem velocidade e pressão ao gás. Nesses compressores, a
elevação de pressão é obtida pela variação de velocidade de um
fluxo contínuo de gás. Os compressores dinâmicos são indicados
para a movimentação de grandes volumes, à baixa ou média razão
de compressão (relação entre a pressão de descarga e a pressão de
sucção). Estes compressores operam em alta rotação e são, geralmente,
acionados por motores elétricos ou turbinas a gás. O trabalho sobre
o gás é efetuado por um rotor provido de palhetas ou impelidores.

CORPORATIVA
Capítulo 1. Compressores - definição, classificação e aplicação

A trajetória do fluxo em relação ao rotor da máquina estabelece,


ainda, dois grupos desses compressores, com sensíveis diferenças
de projeto e performance:

Centrífugos Trajetória radial, ou seja, perpendicular ao eixo.


Axiais Trajetória axial, ou seja, paralela ao eixo.

ATENÇÃO

Os ejetores são mecanismos que podem ser usados


como compressores, podendo substituí-los em
determinadas aplicações. Entretanto, não são
classificados como compressores. Por não possuírem
componentes rotativos, seriam considerados como
compressores do tipo dinâmicos, mas em uma
segunda categoria. 25

Nos ejetores, uma fonte de gás é conectada à


entrada de um difusor, por onde se consegue uma
pressão bastante baixa através de um fluxo auxiliar,
em alta velocidade. A diferença de pressões entre
a fonte e esse ponto faz com que o gás se desloque,
adquirindo velocidade e, portanto, energia cinética,
que é posteriormente convertida em energia de
pressão no difusor.

Os ejetores são usados, em geral, como bombas de


vácuo e são capazes de deslocar fluidos líquidos e/
ou gasosos.

CORPORATIVA
Alta Competência

PO

Fluxo
Fonte Auxiliar
de gás (Vapor d´água)
Ar

Difusor

Ejetor

1.2. Aplicação dos compressores

26 No E&P os compressores centrífugos são empregados para comprimir


os volumes maiores de gás natural (acima de 500 mil m3/d por
máquina), enquanto os compressores volumétricos (alternativos e
rotativos) são empregados para compressão de baixos volumes de
gás natural.

Nas plataformas de produção, todo o gás natural oriundo do


separador de produção primário — gás produzido + gás lift, que
processa o petróleo produzido pelos poços — é encaminhado para
um depurador de gás para reter e descartar condensado. A partir
dessa separação, o gás natural é direcionado para o compressor
centrífugo (turbocompressor).

O gás natural oriundo do separador do segundo estágio (separador


atmosférico) é comprimido pelo compressor volumétrico (alternativo
ou rotativo) e, nessa aplicação, é designado de Unidade Recuperadora
de Vapor (URV), por causa da baixa vazão de gás nessa fase do
processamento de petróleo.

O gás natural produzido no separador atmosférico é comprimido


pela URV e direcionado para o depurador de gás, juntando-se ao
gás natural produzido no separador primário, escoando juntos para
serem comprimidos no compressor centrífugo.

CORPORATIVA
Capítulo 1. Compressores - definição, classificação e aplicação

Os compressores axiais não são empregados para a compressão de


gás natural, mas equipam as turbinas a gás dos turbocompressores
e turbogeradores, onde comprimem o ar com fluido motriz do
ciclo termodinâmico.

A faixa de aplicação de cada tipo de compressor pode ser verificada


na tabela a seguir:

Rc / est.
Pd
Tipos de (razão de Vazão
Grandeza (pressão de
compressores compressão
descarga)
por estágio)
Unidade bar abs -------- mil m3/h
Volumé- Alterna-
3.500 10 até 8,4
trico tivo
Rotativo 17 10 0,12 a 42
Dinâmico Centrífugo 700 5 3 a 300
Axial 20 20 90 a 2.000 27

CORPORATIVA
Alta Competência

1.3. Exercícios

1) Defina compressores:

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2) Correlacione a classificação e as características das duas concepções


de compressores a seguir:

( a ) Para compressores volumétricos

( b ) Para compressores dinâmicos

( ) São chamados também de compressores cinéticos ou


turbocompressores.
( ) Operam em alta rotação e são, geralmente, acionados por
28 motores elétricos ou turbinas a gás.
( ) São divididos em dois grupos: alternativos ou rotativos.
( ) Comprimem o gás pela ação dinâmica de palhetas ou
impelidores.
( ) São subdivididos em dois grupos - centrífugos e axiais - em
função da trajetória do fluxo em relação ao rotor.
( ) Os rotores empurram o gás, promovendo seu deslocamen-
to por dentro do compressor, onde é imposta a redução do
seu volume progressivamente da sucção para descarga e,
conseqüentemente, ocorre a elevação de pressão.

3) Preencha as lacunas a seguir com o tipo de compressor (axial, cen-


trífugo ou de parafuso) de acordo com as suas aplicações:

a) Os compressores _______________ comprimem gás do separador


atmosférico e são designados de URV.

b) Os compressores _______________ são equipados com impelidores


e projetados para grandes volumes de gás.

c) Os compressores _________________comprimem altos volumes


de ar e equipam as turbinas a gás.

CORPORATIVA
Capítulo 1. Compressores - definição, classificação e aplicação

4) Nas plataformas, todo o gás oriundo dos poços é comprimido


por um:
( ) Compressor volumétrico.
( ) Compressor alternativo.
( ) Compressor rotativo.
( ) Compressor centrífugo.
( ) Compressor axial.

29

CORPORATIVA
Alta Competência

1.4. Glossário
Ciclo termodinâmico - etapas consecutivas de processos físicos fechando um ciclo.

Coeficiente politrópico - coeficiente do processo de compressão.

Entalpia - estado energético do gás, basicamente é a soma da energia de pressão


e energia de temperatura.

Fluido motriz - fluido que faz mover, que imprime movimento motor.

Gás lift - método de elevação artificial do petróleo, assim como os diversos tipos
de bombeio. Consiste na injeção de gás sob pressão na coluna de produção
por meio de válvulas situadas próximas ao intervalo produtor. O gás se mistura
ao petróleo, diminuindo sua densidade média, fazendo com que a pressão do
reservatório seja suficiente para elevar o petróleo até a superfície.

Impelidor - componente do compressor que acelera o gás, mediante a atuação de


uma força centrífuga.

30
Lóbulo - parte convexa do rotor macho.

Máquina operatriz - máquina acionada por algum tipo de motor.

Palheta - lâmina montada no eixo do compressor axial, sendo responsável pela


aceleração do gás.

Parâmetro - grandeza mensurável que permite apresentar de forma mais simples


as características principais de um conjunto estatístico.

Turbocompressor - compressor rotativo centrífugo de alta pressão, constituído


por uma ou várias rodas com pás, montadas em série em um mesmo eixo e
destinado à alimentação de uma rede ou de uma máquina.

Turbogerador - gerador elétrico acionado por uma turbina hidráulica, a gás ou


a vapor.

URV - Unidade Recuperadora de Vapor.

Vazão mássica - escoamento de massa por tempo.

CORPORATIVA
Capítulo 1. Compressores - definição, classificação e aplicação

1.5. Bibliografia
RODRIGUES, Paulo Sérgio B. Compressores Industriais. Rio de Janeiro: Editora
Didática e Científica (EDC), 1991.

31

CORPORATIVA
Alta Competência

1.6. Gabarito
1) Defina compressores:

São máquinas que servem para comprimir um gás à pressão desejada, projetadas
para proporcionar a elevação da pressão de um gás, através da transferência de
energia ao gás em forma de trabalho.

2) Correlacione a classificação e as características das duas concepções de


compressores a seguir:

( a ) Para compressores volumétricos

( b ) Para compressores dinâmicos

(b) São chamados também de compressores cinéticos ou turbocompressores.


(b) Operam em alta rotação e são, geralmente, acionados por motores
elétricos ou turbinas a gás.
(a) São divididos em dois grupos: alternativos ou rotativos.
(b) Comprimem o gás pela ação dinâmica de palhetas ou impelidores.
(b) São subdivididos em dois grupos - centrífugos e axiais - em função da
32 trajetória do fluxo em relação ao rotor.
(a) Os rotores empurram o gás, promovendo seu deslocamento por
dentro do compressor, onde é imposta a redução do seu volume
progressivamente da sucção para descarga e, conseqüentemente,
ocorre a elevação de pressão.

3) Preencha as lacunas a seguir com o tipo de compressor (axial, centrífugo ou de


parafuso) de acordo com as suas aplicações:

a) Os compressores parafusos comprimem gás do separador atmosférico e são


designados de URV.

b) Os compressores centrífugos são equipados com impelidores e projetados para


grandes volumes de gás.

c) Os compressores axiais comprimem altos volumes de ar e equipam as


turbinas a gás.

4) Nas plataformas, todo o gás oriundo dos poços é comprimido por um:

( ) Compressor volumétrico.
( ) Compressor alternativo.
( ) Compressor rotativo.
(X) Compressor centrífugo.
( ) Compressor axial.

CORPORATIVA
Capítulo 2
Compressores
centrífugos

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Identificar os principais componentes dos compressores


centrífugos e seus princípios de funcionamento;
• Caracterizar os sistemas auxiliares dos compressores
centrífugos.

CORPORATIVA
Alta Competência

34

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

2. Compressores centrífugos

O
s compressores centrífugos utilizam o princípio da
aceleração centrífuga para aumentar a pressão do gás.
São chamados também de compressores radiais, porque o
fluxo do gás direciona-se radialmente em relação ao eixo, na saída
de cada impelidor.

Esses compressores, em geral, possuem um ou mais impelidores


montados em um eixo e dotados de pás, normalmente encurvadas
no sentido inverso ao da rotação do eixo, que se dispõem na direção
do raio do impelidor. Para melhor compreensão, observe a ilustração
a seguir:

Disco
Gás
35
Cobertura

Olho do impelidor

Entrada de gás

Fluxo do fluido no rotor

Em função dos seus princípios de funcionamento, as características


construtivas de um compressor são diferentes. Isso é o que proporciona
diferentes aplicações em relação a características como: vazão, pressão
de sucção e pressão de descarga.

2.1. Princípios de funcionamento

Sob o efeito da rotação, forma-se uma corrente de gás, aspirado pela


parte central do impelidor e projetado para a periferia, na direção do
raio, pela ação da força centrífuga, alcançando os difusores.

CORPORATIVA
Alta Competência

CONJUNTO ROTOR

Conjunto rotor

Os difusores são um conjunto de condutos estacionários que


envolvem o rotor, conduzindo o gás em uma trajetória radial e espiral
para a periferia. Dessa maneira, a área de passagem é aumentada
gradativamente, pois o escoamento é de dentro para fora. Isso faz
com que o gás, ao atravessá-lo, sofra uma desaceleração que resulta
em um aumento de pressão, chamado efeito difusor.
36
Normalmente, os difusores são compostos por:

Difusor principal Situado logo em seguida ao impelidor.

Componente estacionário do compressor centrífugo, onde se


Diafragmas
tem os condutos para o escoamento do gás.

Espaço interno do compressor centrífugo que serve para


Voluta de forma orientar o gás do bocal de sucção para o olhal do primeiro
espiral impelidor e na descarga serve para orientar o gás da saída do
último estágio de compressão para o bocal de descarga.

Nos compressores centrífugos, o gás é acelerado no impelidor


e sua velocidade é, então, convertida em pressão adicional por
desaceleração gradual no difusor, ou seja: o impelidor transfere
energia ao gás e o difusor converte a energia de velocidade
em pressão.

Os compressores centrífugos são idênticos às bombas centrífugas,


possuindo ambas as mesmas partes básicas. Contudo, pode-se
distinguir uma bomba de um compressor centrífugo de vários estágios
pela variação de espessura dos impelidores dos compressores, ao passo
que os impelidores das bombas têm a mesma espessura em todos os
estágios. Os gases, contrariamente aos líquidos, são compressíveis,
portanto, sofrem uma redução de volume a cada pressurização.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

Na ilustração a seguir há um esquema que ilustra a trajetória do gás


no interior de um compressor centrífugo de múltiplos estágios.

Curva
Canal de retorno de retorno Difusor

Bocal Bocal
de de sucção
descarga

Impelidor

Impelidores (Volutas de entrada


e saída - bolsas laterais)

Fluxo do gás no compressor

Flanges
Instrumentação
37
Bocais
Diafragma

Selos
Selos

Carcaça
Mancais

Mancais

Compressor centrífugo de múltiplos estágios

O gás aspirado através do bocal de sucção do compressor desloca-


se radialmente até a entrada do primeiro impelidor. Nele, o gás é
acelerado e expelido, também radialmente, de volta ao difusor, que
é uma passagem anular, de largura normalmente constante, na qual
o escoamento continua a se processar - só que agora livremente e não
mais impulsionado - em uma trajetória espiralada que lhe propiciará
certa desaceleração, com conseqüente ganho de pressão.

CORPORATIVA
Alta Competência

Ao atingir as partes mais externas da máquina, o escoamento é


captado pela curva de retorno, que o conduz ao canal de retorno
e, deste, ao próximo estágio de compressão. Naturalmente, a curva
e o canal de retorno nunca poderão apresentar seção transversal
(área) decrescente, para não anular o processo de difusão. O canal
de retorno possui um aumento progressivo da seção transversal de
passagem do gás para compensar o efeito bocal que ocorre durante
o escoamento de fora para dentro e que, conseqüentemente,
aumentaria a velocidade do gás, ou seja, pelo projeto compensa-se o
efeito bocal do escoamento do gás, em razão da sua trajetória, por
uma difusão por aumento da área de passagem do gás.

2.2. Principais componentes

Os compressores centrífugos são constituídos por componentes


estacionários e rotativos.
38
O grupo estacionário é constituído pela carcaça, bocais de sucção,
descarga e diafragma, sendo este último composto de condutos como
o difusor, curva de retorno e canal de retorno.

O grupo rotativo é constituído pelos impelidores, eixo, pistão de


balanceamento e anel de escora.

Na ilustração a seguir é possível observar detalhes dos componentes


internos de um compressor centrífugo:

Voluta interna Cobertura

Paleta do impelidor

Chaveta

Eixo

Selo de labirinto
Selo de labirinto

Diafragma de sucção

Componentes internos de um compressor centrífugo


Impelidor e zona de sucção

Diafragma CORPORATIVA
intermediário
Chaveta

Eixo

Capítulo 2. Compressores centrífugos


Selo de labirinto
Selo de labirinto

Diafragma de sucção

Na próxima ilustração, pode-se distinguir detalhes de um impelidor:


Impelidor e zona de sucção

Diafragma
intermediário

Diafragma de entrada

Difusor
Paleta do impelidor

Canal de retorno

Selo de labirinto

Luva

Impelidor e zona de sucção

A carcaça nada mais é do que uma “casca” envoltória para o


compressor, na qual são inseridas peças semicirculares denominadas 39
diafragmas. Os difusores são formados pelas superfícies laterais
de cada par de diafragmas vizinhos. As curvas de retorno são
efetuadas nos espaços existentes entre a borda dos diafragmas e
a carcaça, enquanto os canais de retorno ocupam propriamente o
interior dos diafragmas.

Na ilustração a seguir tem-se uma visão geral dos componentes de


um compressor centrífugo:

Bocal de
Impelidor sucção
Bocal de
descarga Carcaça

Canal de
retorno
Diafragma
Difusor

Curva de
Mancais
retorno Selagem
externa
Componentes de um compressor centrífugo

CORPORATIVA
Alta Competência

Na circunferência interna dos diafragmas são instalados anéis de


pás guias. Esses anéis são conjuntos de pás fixas que captam, através
de sua periferia, o escoamento proveniente dos canais de retorno,
defletindo-o de maneira suave para a direção axial.

O eixo do compressor e os diversos impelidores a ele montados


constituem a parte móvel da máquina, denominada conjunto rotativo
ou rotor. O rotor é apoiado radialmente nas suas extremidades por
meio de mancais radiais e é apoiado axialmente no lado da sucção
por um mancal axial ou de escora.

• Mancais: Os mancais são estruturas que apóiam radialmente


e axialmente o conjunto rotativo e suportam os respectivos
esforços radiais e axiais.

• Mancais radiais: O conjunto rotativo é sustentado nas duas


40 extremidades por mancais radiais do tipo de deslizamento. Há
duas configurações usadas: limão e segmentado. Devido aos
problemas de dinâmica do rotor, a seleção adequada do mancal
se torna de grande importância.

O tipo limão possui o corpo de aço de um revestimento interno


(casquilho) de metal macio, chamado de metal patente ou babbit.
O conjunto é bipartido para facilitar a desmontagem.

Os mancais com pastilhas deslizantes, pivotadas assimetricamente,


externamente, formando um apoio oscilante contra a caixa do mancal,
permitem uma compensação para pequenos desvios angulares do
rotor, além de prevenirem a circulação da cunha de óleo ao redor do
eixo fenômeno conhecido como “instabilidade de óleo”, que provoca
falha dos mancais e vibração. É o tipo mais usado para compressores
de alta rotação (mais de 8.000 RPM) ou compressores em que a carga
dos mancais é pequena, ou quando comprimidos gases de alto peso
molecular. Modernamente, nas máquinas de grande porte, o mancal
com pastilhas deslizantes tem uso generalizado. As pastilhas são
feitas em aço, revestidas externamente de metal patente. O conjunto
é formado por cinco pastilhas, sendo arranjada de tal maneira que o
eixo, quando estacionado, repousa sobre uma delas, isto é, há duas
pastilhas na metade superior e três na metade inferior.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

1 - Corpo do mancal
2
2 - Pastilha
3 e 4 - Anel de retenção de óleo 3
4

41

Mancal radial do tipo pastilhas deslizantes

• Mancais axiais: O posicionamento axial do rotor é mantido


pelo mancal de escora ou mancal axial. O mancal de escora é
do tipo de deslizamento, sendo formado por um estojo de aço
bipartido, para permitir a desmontagem, provido internamente
de pastilhas pivotadas para tolerar pequenos desvios angulares.
As pastilhas têm revestimento, em sua face, de “metal patente”,
uma liga metálica macia e de baixo coeficiente de atrito.

Normalmente, é usado mancal axial de dupla ação, ou seja, o colar


axial, fixo ao eixo, trabalha entre duas superfícies de empuxo axial
nas partidas e paradas ou quando o compressor, indevidamente, entra
em surge. Na maioria dos casos o mancal de escora é combinado com
o mancal radial.

CORPORATIVA
Alta Competência

1. Corpo do mancal

2. Anel de retenção 1

3. Pastilhas do mancal axial

4. Anéis de apoio 2
3
7
5. Parafuso regulador

6. Anel de retenção do óleo


6 4
(anel radial) 5

7. Pastilhas do mancal radial

42

Mancal combinado (radial e axial) tipo pastilhas deslizantes

2.3. Sistemas auxiliares de um compressor centrífugo

Os sistemas auxiliares de um compressor centrífugo são


constituídos de componentes acessórios do compressor, que
proporcionam o seu monitoramento e segurança. Os seguintes
sistemas auxiliam na operação de um compressor centrífugo:
proteção, selagem e balanceamento axial.

2.3.1. Sistema de proteção

O sistema de proteção tem a finalidade de monitorar e proteger o


compressor quanto às vibrações e temperaturas altas nos mancais.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

O conjunto rotor é apoiado radialmente e axialmente por mancais


do tipo pastilhas deslizantes. Nesses mancais são instalados
sensores de temperatura tipo RTDs (TEs), vibração radial (VEs) e
deslocamento axial (ZEs).

2.3.2. Sistema de selagem

O sistema de selagem tem a finalidade de minimizar as fugas de gás


interna e externamente ao compressor entre as partes móveis (rotor)
e estáticas (diafragma e carcaça).

Esse sistema se divide em:

• Selagem interna;

• Selagem externa.
43

As fugas internas provocam a queda da eficiência de


compressão devido à recirculação do gás nos impelidores,
enquanto as fugas externas podem acarretar desequilíbrio no
pistão de balanceamento, acesso de gás aos mancais e fuga
para atmosfera local.

A selagem interna de um compressor centrífugo compreende dois


pontos por impelidor.

As fugas ocorrem onde o gás, procurando sempre as regiões de


menor pressão, tenta passar pelas pequenas folgas entre o conjunto
rotativo e as partes estacionárias.

CORPORATIVA
Alta Competência

Diagrama
de sucção

Impelidor
Selo de labirinto

Selagem interna de um compressor centrífugo

Os dispositivos utilizados com essa finalidade são os anéis de


labirintos, constituídos por uma superfície filetada que minimiza o
44 vazamento do gás pela sucessão de mudanças de direção que lhe
são impostas. Os anéis de labirintos são encaixados nas extremidades
dos diafragmas e servem também para efetuar a vedação do pistão
de balanceamento. São fabricados em metal macio, usualmente o
alumínio, que se deforma ao menor contato com o eixo, de modo a
não introduzir carregamento transversal sobre o mesmo.

A selagem externa tem como finalidade impedir o vazamento do gás


através da passagem entre a periferia do eixo e as partes estacionárias
nas extremidades dos compressores, evitando, assim, a fuga do
gás para o meio externo (atmosfera). O dispositivo de selagem do
lado do bocal de sucção atua sujeito à pressão e à temperatura de
sucção do sistema. Enquanto isso, do lado da descarga, verifica-se
uma pressão ligeiramente superior à de sucção em razão da linha
de balanceamento e uma temperatura próxima da temperatura de
descarga do compressor. Esses parâmetros, além da natureza do gás
comprimido, definem as características da selagem a ser utilizada.
Há quatro tipos de selagem externa para compressores centrífugos.
São elas:

• Selo de labirintos;

• Selo de anéis de carvão;

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

• Selo de anéis flutuantes ou de filme de óleo;

• Selo seco.

Atualmente, os compressores centrífugos do E&P utilizam selos


externos do tipo seco. Nesses selos, é utilizado gás com a finalidade
de promover o resfriamento das superfícies de contato do selo,
portanto, é necessário que o gás seja condicionado, isto é, isento de
impurezas e umidade.

2.3.3. Sistema de balanceamento axial

Nos compressores centrífugos, o gás descarregado pelos impelidores


ocupa o espaço existente entre os próprios impelidores e os
diafragmas, gerando um campo de pressões. A distribuição das
pressões resulta em uma força axial no sentido da descarga para a
sucção do compressor. O somatório das forças atuantes sobre cada 45
impelidor corresponde ao que é denominado empuxo axial. Observe
a ilustração a seguir:

Empuxo axial

Pressão
de descarga

Pressão
de sucção

Olhal do impelidor Eixo


Resultante das forças: empuxo axial

O posicionamento axial do conjunto rotativo é mantido pelo mancal


de escora. O bom funcionamento desse dispositivo exige que o
empuxo axial seja moderado, pois, caso contrário, teríamos um rápido
desgaste das pastilhas e uma elevada dissipação de energia em perdas
mecânicas. Para contornar isso, os projetistas dos compressores devem
optar por um dos seguintes recursos:

CORPORATIVA
Alta Competência

• Uso de pistão ou tambor de balanceamento e linha de


balanceamento;

• Uso de fluxo em duplo sentido.

O pistão de balanceamento é uma peça cilíndrica, fixada ao conjunto


rotativo logo após o último impelidor, com a finalidade de gerar
uma força contrária ao empuxo axial. A face interna do pistão de
balanceamento fica naturalmente exposta à pressão de descarga,
enquanto a outra face fica submetida à pressão de sucção através
de uma câmara ligada à sucção do compressor por uma tubulação
externa denominada linha de balanceamento.

Linha de balanceamento
Para descarga para sucção

46

Pistão de balanceamento

Tendo uma das faces expostas à pressão de descarga e a outra à pressão


de sucção, é gerada uma força contrária e de aproximadamente
mesma intensidade ao empuxo axial, promovendo o deslocamento do
eixo no sentido da sucção para a descarga, balanceando o conjunto
rotor axialmente. Por meio da determinação da área transversal do
pistão de balanceamento, o projetista pode compensar o empuxo
axial na medida desejada.

O outro recurso consiste em estabelecer dois conjuntos de impelidores


no mesmo eixo, de modo que eles sejam percorridos em sentidos
opostos pelo gás (back to back). Nesse caso, a anulação do empuxo
axial não é absoluta, tornando-se necessária a instalação do pistão
de balanceamento de menor porte, em relação ao emprego
anteriormente citado.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

2.4. Circuitos auxiliares de um compressor centrífugo

Os circuitos auxiliares de um compressor centrífugo atuam


com componentes externos ao compressor com a finalidade de
proporcionar a partida, a operação e a parada do equipamento de
forma segura. Os principais circuitos estão explicados a seguir.

2.4.1. Circuito de óleo de selagem

O objetivo do circuito de óleo de selagem é efetuar a selagem


das fugas de gás através dos selos de anéis flutuantes ou anéis de
carvão (carbono sintético) localizados nas extremidades dos eixos
dos compressores na parte externa, durante a seqüência de partida,
operação normal e parada. Dessa maneira, evita-se o vazamento de
gás dos selos externos para os mancais e para a atmosfera, o que
acarretaria sérios riscos operacionais.
47
Observe, nas ilustrações a seguir, os dois tipos diferentes de selagem:

Injeção Injeção
Injeção óleo
óleo de
gás de lubrificante
selagem
selagem
Ps Selo de
carvão
Gás

Eixo

Mancal
Gás radial
Óleo Óleo
+ selagem
Gás para +
tratamento Óleo
lubrificante
Rotor para o Tg

Selo de carvão

CORPORATIVA
Alta Competência

Alívio para
P/ tanques P/ tanques atmosfera
elevados elevados

Alívio para

Gás de referência
atmosfera
ão
araç
e sep
Ar d lage
m
leo de se
to de ó
imen em
Supr lag
a se
ão d
q u a lizaç e
E ad o
Linheament C
nc
bala A E
N B
T D

D
C
B
E

óleo
o de in
Retorn ado

P/ reservatório
c o n tam
não de óle
o
rn o ressão
Reto trole de p
c o n
para

Retorno de óleo
contaminado PDCV
para separador
48 Retorno de óleo
P/ reservatório contaminado para
separador

Selo de anéis flutuantes

O circuito de óleo de selagem utiliza óleo mineral (normalmente


o TR-32), e tem a finalidade de suprir óleo limpo e isento de gás
a uma temperatura determinada e com pressão superior ao gás
de referência.

Esse circuito é equipado com:

• Reservatório (armazenar o óleo);

• Bombas CA (bombeamento do óleo);

• Resfriadores dúplex (resfriam o óleo);

• Filtros dúplex (filtram o óleo);

• Válvulas controladoras de pressão diferencial (controlam a


pressão do óleo);

• Controladora de temperatura (controlam a temperatura


do óleo);

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

• Válvulas de segurança (protegem os equipamentos quanto


à sobrepressão);

• Tanques elevados - overheads ou rundown (tanques que


proporcionam o diferencial de pressão de óleo);

• Tanque desgaseificador com resistência de aquecimento


(proporcionam a liberação do gás);

• Sensores de pressão diferencial, de temperatura e de nível


(protegem o compressor).

2.4.2. Circuito de gás de selagem

O circuito de gás de selagem tem a finalidade de suprir gás limpo e


seco a uma pressão acima do gás de referência – ou seja, no ponto
49
em que tem que ser selado – para a pressurização do selo. O consumo
de gás é muito pequeno, pois passa entre os dois discos afastados 3
milionésimos de milímetro. Esse gás é encaminhado para o circuito
de queima de gás da unidade passando pelo vent primário.

O selo seco é composto por dois discos, um rotativo e outro


estacionário. Para compressores de alta pressão são empregados selos
secos duplos, que consistem de dois selos secos em série, conforme
ilustrados a seguir:

Suprimento Vent Vent Suprimento


de gás de Primário Secundário de gás de
selagem selagem

Lado do
Lado do mancal
processo

Selo de gás Selo Barreira


Disco Selo de gás
Selo de rotativo primário secundário
labirinto Disco
interno estacionário

Selo seco tipo duplo em série

CORPORATIVA
Alta Competência

Os discos são os dois principais componentes do selo seco. O disco


rotativo gira na mesma velocidade do eixo, faceando com o disco
estacionário. Entre os dois, escoa o gás de selagem.

Disco
rotativo
Disco
estacionário

50
Disco rotativo e estacionário: principais componentes do selo seco

As selagens de labirinto e as selagens de gás seco formam quatro


compartimentos na extremidade de aspiração do rotor e cinco
compartimentos na extremidade de descarga do rotor.

Ambas as extremidades do rotor têm uma pressão similar a da sucção,


que permite utilizar dois grupos semelhantes de anéis de vedação e
a mesma pressão do gás de vedação (amortecedor) para ambas as
extremidades do rotor. Na figura a seguir, você poderá observar os
dois tipos distintos de discos do selo seco.

Diagrama de selo seco de gás (tipo duplo em série)

Suprimento de Vent primário


gás de processo p/ atmosfera
Carcaça do
compressor
Vent secundário
Filtro PDI
p/ atmosfera

Ar de separação

W Gás comprimido W
Eixo
Mancal
Selo de labirinto
Selo barreira
Selo primário
Selo secundário

Selo seco

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

a) Linha de alimentação de gás de selagem

O gás de selagem é utilizado a uma pressão pouco superior à pressão


de sucção do compressor (ou do gás de referência). Esse controle
de pressão se realiza por intermédio de uma malha de controle,
composta por um transmissor diferencial de pressão (PDT), instalado
entre a linha do gás de selagem e a linha do gás de balanceamento,
que envia um sinal para um controlador de pressão diferencial
(PDIC), que controla a válvula reguladora de pressão diferencial
(PDCV) instalada na linha de entrada do gás de selagem, através de
um conversor diferencial de pressão (PDY).

A válvula reguladora é equipada com válvulas de bloqueio e duas


linhas de derivação, uma munida de uma válvula manual, outra
munida de orifício calibrado: isso assegura a passagem do fluxo de
gás de selagem, mesmo se a válvula estiver danificada.
51
b) Linha de saída de gás de selagem (vent primário):

O gás de selagem que sai dos compartimentos dos anéis do lado interno
do gás seco (um para cada vedação) chega aos compartimentos e é
levado para o circuito de queima de gás através de uma tubulação
chamada “vent primário” com indicadores de fluxo, válvulas de
orifício de regulação do fluxo e discos de ruptura de segurança.

Uma chave de pressão diferencial permite ter um sinal de alarme


em caso de excessiva pressão diferencial entre a parte a montante
e a parte a jusante da(s) válvula(s) do orifício de regulação do
fluxo. Os discos de ruptura instalados em paralelo com a válvula
do orifício do fluxo asseguram a ventilação em caso de emergência
(alta pressão diferencial).

c) Linha de saída de gás de selagem (vent secundário)

O restante do gás de selagem sai dos anéis externos das vedações


de gás seco (um por cada vedação), chega aos compartimentos e, de
lá, junto com o gás de separação que escapa dos compartimentos
adjacentes, é levado para um local seguro pelas linhas chamadas
“linhas de vent secundário”.

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Alta Competência

d) Gás de separação

A finalidade do gás de separação é evitar a contaminação do selo


com o óleo e vice-versa, através da injeção de nitrogênio no selo
barreira, localizado entre os selos externos e os mancais.

O gás de separação é oriundo de uma fonte de geração, que admite


ar e promove a separação do oxigênio e do nitrogênio.

A pressão do gás de separação é controlada pela válvula reguladora


de pressão (PCV) que é munida de válvulas de bloqueio e de linha de
derivação com válvula manual. Esse gás de separação é enviado para
os selos barreira por intermédio das válvulas do orifício de regulação
do fluxo.

O gás de separação, pressurizado dentro do seu próprio


52 compartimento, previne eventuais escoamentos de gás para fora dos
compartimentos de gás, através da vedação do labirinto e do rotor,
evitando que o vapor do óleo retirado do mancal migre axialmente
e entre em contato com as vedações do gás seco.

O compartimento de gás de separação pode ser drenado, abrindo-se


manualmente as válvulas apropriadas (LCV).

Um indicador de pressão diferencial (PDI) instalado (em cada


extremidade) entre o compartimento externo de vedação do gás
seco e o compartimento de gás de separação envia um sinal a um
transmissor que, de acordo com os valores de regulação, permite a
partida na bomba do óleo lubrificante.

A instrumentação instalada no circuito de gás de selagem


(transmissores de pressão, reguladores etc.) tem alta confiabilidade
para assegurar um funcionamento correto do circuito e para sinalizar
eventuais maus funcionamentos, alarmes e a parada do equipamento
em caso de avaria.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

2.4.3. Circuito de óleo lubrificante

O circuito de óleo lubrificante tem a finalidade de suprir óleo tipo


mineral, limpo, a uma determinada temperatura, pressão e vazão,
para resfriar e lubrificar os mancais dos compressores centrífugos
de gás, durante partida (pré-lubrificação), operação e parada (pós-
lubrificação).

Esses circuitos são equipados com:

• Reservatório: armazenam o óleo;

• Bombas: principal mecânica, pré-lubrificação CA e pós-


lubrificação CC; bombeamento do óleo;

• Filtros dúplex: filtram o óleo;


53

• Resfriadores dúplex: resfriam o óleo;

• Válvulas controladoras de pressão e temperatura: controlam a


pressão do óleo;

• Válvulas de segurança: protegem os equipamentos quanto à


sobrepressão;

• Indicadores;

• Sensores;

• Transmissores de pressão, temperatura e nível.

? VOCÊ SABIA?
Na E&P-BC a maioria dos compressores centrífugos
utiliza o sistema de óleo lubrificante dos seus
respectivos acionadores, que são as turbinas a gás.

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Alta Competência

2.4.4. Circuito de processamento de gás

A finalidade do circuito de processamento de gás ou planta de processo


é resfriar, reter e descartar condensado e permitir o alinhamento, o
bloqueio e o alívio de gás de forma segura. O resfriamento é necessário
para reduzir a potência requerida no estágio de compressão seguinte
e evitar danos aos componentes mecânicos dos compressores (selos
de labirintos). Para tanto, são instalados os seguintes equipamentos
no circuito de processamento de gás:

• Resfriadores (normalmente do tipo casco/tubo);

• Depuradores de gás (scrubbers): vasos para separar o líquido


contido no gás;

• Válvulas automáticas de fechamento (SDVs), alívio (BDVs) e


54 controle (FVs, TVs e LVs.);

• Válvulas de segurança (PSVs): garantem a segurança dos


equipamentos;

• Instrumentação de monitoração e proteção: indicadores,


sensores, transmissores de pressão, temperatura e nível.

A planta de processo tem seu circuito de segurança equipado com


rede de dilúvio, rede de fusível plug e sensores de gás.

O esquema a seguir representa uma planta de processo:

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

Queimador

BDV
SDV
SDV

Gás V1 P1 P2 V3
V2
produzido

SDV Água SDV


Condensado Água
C1 Condensado C2

FV FV
Anti-surge Anti-surge

Planta de processo ou circuito de processamento de gás


V 1 – V2 – V3 – Vasos Depuradores
P1 e P2 – Resfriadores
C1 e C2 – Compressores

2.4.5. Circuito de controle anti-surge

Os compressores centrífugos apresentam restrições impostas aos seus


55
funcionamentos quando submetidos a determinadas circunstâncias.
Sendo assim, a área útil de operação (área tracejada na ilustração
a seguir) sobre o conjunto de curvas características fica delimitada.
A envoltória dessa área é formada pelo limite superior e inferior,
respectivamente correspondentes à máxima e à mínima rotação
permissível em operação contínua, e mais os limites à esquerda e
à direita, definidos pela ocorrência de fenômenos aerodinâmicos,
conhecidos respectivamente como surge e stonewall.

H Limite de surge

Limite de stonewall

N max

N mim

Q
Limites operacionais
Limitesdo compressor do compressor
operacionais

A seguir, estão apresentados os significados de cada um desses


limites operacionais:

CORPORATIVA
Alta Competência

a) Limites de rotação:

O limite de rotação máxima (N max) é a rotação em regime


contínuo de operação, definida em função dos níveis de esforços
a que é submetido o conjunto rotativo, enquanto a rotação
mínima (N min) deve se situar acima da primeira velocidade crítica
de vibração, ou seja, da primeira velocidade na qual passa pela
velocidade de ressonância.

A norma do American Petroleum Institute (API) nº 617 regulamenta a


construção de compressores a 105% da maior rotação e 85% da menor
rotação requeridas pelas condições específicas para a máquina.

b) Limite de surge:

O surge é um fenômeno caracterizado pela instabilidade do ponto


56 de operação. Ocorre quando a vazão que o circuito se mostra capaz
de absorver é inferior a certo valor mínimo. O surge manifesta-se
através de oscilações de vazão e pressões do circuito. Em geral, essas
oscilações são acompanhadas de forte ruído e intensa vibração do
compressor, podendo levar, rapidamente, a uma falha mecânica.

Podemos explicar o surge de forma simplificada, associando-o ao


ponto máximo da curva head x vazão, que teria um ramo virtual
ascendente (representado pela linha tracejada no gráfico a seguir).
Dizemos “virtual” porque esse trecho é constituído por condições
instáveis de funcionamento (não existentes).

O head (kJ/kg) é a energia por unidade de massa absorvida pelo gás


no processo de compressão.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

H
Hmax

Qmin Q
Head x vazão

Podemos dizer que o surge é um fenômeno aerodinâmico (associado


ao escoamento do gás) que ocorre nos compressores dinâmicos
(centrífugos ou axiais) quando submetidos a operar com uma
vazão mínima, que corresponde a um head máximo. Esse fenômeno
se caracteriza pelas sucessivas inversões e reversões de fluxo. 57
Em conseqüência, ocorrem os choques entre as massas de gás,
promovendo vibrações, empeno do eixo, destruição dos circuitos de
selagem e dos impelidores.

ATENÇÃO

Deve ficar claro que, para cada rotação, existe uma


vazão mínima, e que é tanto menor quanto menor for
a rotação.

c) Limite de stonewall

Os compressores centrífugos industriais são projetados para funcionar


com regime de escoamento subsônico. Se a vazão de operação é
elevada, no entanto, é possível que a velocidade de escoamento do
gás atinja o valor sônico em algum ponto no interior do compressor,
usualmente na entrada das pás do impelidor, caracterizando o que
se denomina limite de stonewall. O resultado prático desse fato é a
impossibilidade de aumentar a vazão a partir deste ponto, além de
uma acentuada queda na eficiência do processo de compressão.

CORPORATIVA
Alta Competência

O limite de stonewall não representa nenhuma ameaça à integridade


do compressor, mas pode se constituir em um grave inconveniente
caso venha a ocorrer dentro do range de vazão necessária à operação
do circuito. Perde-se capacidade de compressão, caso isso ocorra. Por
exemplo, ao iniciarmos a abertura de uma torneira de água, a vazão
de água começa a aumentar. Dando continuidade à abertura da
torneira, a vazão de água vai aumentando proporcionalmente, até
chegar a um ponto em que, abrindo-se mais a torneira, não ocorre
um aumento da vazão.

O método de controle anti-surge empregado é o da recirculação do


gás da descarga para a sucção do compressor centrífugo através da
instalação de uma de linha com válvula de controle automático. O
controlador anti-surge deve ser programado para, ao se aproximar
do ponto de surge, comandar a abertura da válvula de modo que a
vazão no compressor fique acima da vazão mínima.
58
Veremos, a seguir, as malhas de controle anti-surge que podem ser
empregadas de acordo com a instalação do compressor centrífugo.

a) Compressor centrífugo acionado por motor elétrico, sem variação


de velocidade:

Nesse caso, o acionador (motor elétrico) opera com rotação constante


e o compressor possui a seguinte curva:

H
ponto limite de surge
Hmax

Qmin Q
Head x vazão

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

Sabendo-se que a vazão de operação deve ser maior do que a vazão


mínima é estimado um desvio de aproximadamente 10% da vazão
à direita desta para ser o ponto de ajuste no qual a válvula de
recirculação (FV) deverá iniciar a abertura. Evita-se, assim, o surge.

Na malha de controle, então, devem constar:

• Um elemento primário de fluxo (placa de orifício) na sucção


do compressor;

• Um transmissor de fluxo (FT);

• Um controlador indicador de fluxo (FIC);

• Uma válvula de recirculação (FV), conforme o seguinte esquema:


59
FIC

FV
FT

sucção FE descarga

Esquema da malha de controle anti-surge de um


compressor com rotação fixa

O elemento primário de fluxo (FE) envia o sinal de pressão diferencial


para o transmissor de fluxo (FT). Este o converte para um sinal de saída
elétrico (miliampère), que é enviado para o controlador indicador de
fluxo (FIC). Esse controlador tem o ponto de ajuste correspondente
a uma vazão 10% acima da vazão mínima de operação, que
corresponde ao ponto de surge. Durante a operação, se em algum
momento ocorrer uma queda da vazão e atingir a vazão de ajuste,
o controlador comanda o início da abertura da FV, de modo que a
vazão fique igual ao valor de ajuste.

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Alta Competência

b) Compressor centrífugo acionado por turbina a gás ou motor


elétrico com variação de velocidade:

Nesse caso, o acionador permite a operação com uma gama de


rotações e o compressor apresenta as seguintes curvas:

Linha limite de surge


H

N4

N3

60 N2
N1
Q
Head x vazão

Para cada rotação existe um ponto limite de surge, então, um FIC não
atende mais o controle, pois o ponto de ajuste não pode ser único.
Como pode ser visto, com a interseção dos pontos limites de surge,
obtém-se a linha limite de surge.

O controle, agora, deve ser realizado através de uma linha paralela e à


direita da linha limite de surge, denominada linha de controle de surge.

Linha limite de surge


H Linha controle de surge

N4

N3

N2
N1
Q
Head x vazão

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Capítulo 2. Compressores centrífugos

É dessa linha de controle que deve ser determinado o ponto


de ajuste da vazão de controle (Qa) que, para cada rotação,
corresponde a uma vazão, ou seja, o ponto de ajuste deve
ser determinado a cada condição operacional do compressor,
equivalente ao head. Obtendo-se o head, é determinado o ponto
de interseção com a linha de controle de surge. Traçando-se uma
linha paralela ao eixo do head, passando pelo ponto de interseção,
é obtida a vazão de ajuste (Qa) para aquela condição operacional,
conforme pode ser visto no gráfico a seguir:
Linha limite de surge
H Linha controle de surge

Ponto de operação

N4
61
N3

N2
N1
Qa Qo Q
Head x vazão

A FV deverá abrir com essa vazão de ajuste quando a vazão de operação


(Qo) assumir esse valor. A implementação de uma malha de controle
que realize esta função deve determinar o head e processá-lo para
obter a vazão de ajuste Qa. A vazão de operação Qo é comparada
com a vazão de ajuste. Caso Qo seja maior que Qa, a FV deverá ficar
fechada, ou seja, na condição normal de operação. Na condição de
Qo ficar igual ou menor que Qa, a FV deverá abrir, mantendo-se a
vazão na sucção do compressor igual à vazão de ajuste.

Uma vez sabendo que o head é diretamente proporcional à razão


de compressão (P2/P1) e os demais parâmetros praticamente são
constantes (n, PM, R e T1) é instalado um transmissor de pressão
na sucção e outro na descarga do compressor. Os sinais desses
transmissores são enviados para um controlador anti-surge (CAS),
que os processa para obter a vazão de ajuste. Atualmente, em
alguns painéis de turbocompressores, os controladores (CAS)
são implementados através de programas no Controlador Lógico
Programável (PLC).

CORPORATIVA
Alta Competência

No CAS é implementada a equação da linha de controle de surge. Para


simplificá-la, podemos ilustrar como sendo uma reta, cuja equação é:
Y = aX + b,

Onde:

Y = razão de compressão;

X = vazão de ajuste;

a = coeficiente angular;

b = ponto de interseção da reta com o eixo Y.

O controlador, ao receber os sinais das pressões de sucção e descarga,


62 efetua o cálculo da divisão entre P2 e P1 (Y), processa esse valor na
equação e obtém a vazão de ajuste (X). O controlador também recebe
o sinal da vazão na sucção do compressor (Qo), que é comparada com
o ponto de ajuste (Qa).

Em uma operação normal, Qo deve ser maior que Qa, pois em outra
condição fica caracterizado que o ponto de operação está próximo ao
surge. Nesse caso, a FV deve se encontrar aberta, de forma a manter
a variável igual ao ponto de ajuste. Caso a variável se encontre igual
ou menor que a vazão de ajuste, a FV deverá se encontrar aberta o
suficiente para manter a vazão na sucção do compressor igual ao
ponto de ajuste. Nesse caso, a malha de controle é representada
conforme o esquema a seguir.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

PT CAS PT

FV
FT

sucção FE
descarga

Esquema da malha de controle anti-surge com rotação variável

2.4.6. Circuito de controle de capacidade


63

O circuito de controle de capacidade tem a finalidade de efetuar


o ajuste da vazão de gás do processo com a curva de desempenho
do compressor, de modo que a vazão comprimida fique dentro das
condições de oferta e demanda de gás do circuito.

De acordo com a curva de H x Q, apresentada no gráfico a seguir,


temos o ponto de interseção a entre a curva do sistema r com a curva
de desempenho do compressor N1, que corresponde à vazão QA e
Head HA.

t
H

b
r

H
a a
C N1

N2

QB QA Q

Head x vazão

CORPORATIVA
Alta Competência

No caso de uma nova vazão de gás Q b, como é possível efetuar


a interseção da curva do circuito com a curva de desempenho
do compressor?

Existem dois métodos, a saber:

1º) Alteração da curva do sistema:

a) Uma válvula na sucção, que nesse caso poderia ser parcialmente


fechada de modo a alterar a curva do sistema de r para t, onde
obteríamos o ponto de interseção com a curva de performance em B,
demonstrando a queda de vazão de Qa para Qb.

b) Uma válvula na descarga, que poderia ser parcialmente fechada,


de modo a alterar a curva do sistema, conforme o item anterior.

64 2º) Alteração da curva do compressor:

a) Reduzir a rotação do compressor de modo a se obter uma nova


curva de desempenho N2, que promova a interseção com a curva do
sistema r no ponto C.

Do ponto de vista energético, o primeiro método promove uma perda


de energia em função das quebras de pressão. O segundo método
é melhor, pois permite um ajuste econômico da potência requerida
com a necessária para o circuito, logo, fica sendo o empregado para
o controle de capacidade dos compressores centrífugos.

De acordo com o gráfico a seguir, temos várias curvas de desempenho,


sendo uma para cada rotação:

curva do sistema

N1
N2
N3
N4

Head x vazão

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

Filosofia de controle:

A filosofia de controle consta em implementar uma curva do sistema


conveniente para o processo. Isso é proporcionado com:

• A instalação de um PT (transmissor de pressão) e um PIC


(controlador e indicador de pressão) com ação direta no coletor
de sucção;

• Um PT e um PIC com ação inversa no coletor de descarga.

Os sinais de saída desses PICs passam por um seletor de menor


sinal, que envia seu sinal de saída para o acionador (controlador de
combustível) de modo a possibilitar os ajustes dos pontos de operação
das pressões de sucção e descarga, que deverão ser mantidas pela
variação da rotação do compressor, de tal maneira que o ponto de
operação se desloque em cima da curva do sistema implementada,
65
para cima ou para baixo, de acordo com a variação de rotação.

A condição normal de operação fica estabelecida com:

• Pressão do coletor de sucção igual ao ponto de ajuste (set point)


do PIC da sucção;

• Pressão do coletor de descarga igual ao ponto de ajuste (set


point) do PIC da descarga;

• O ponto de ajuste (set point) do PIC do coletor de descarga deve


ficar acima da pressão de gás lift, ficando configurado como uma
pressão limite.

Caso ocorra uma queda na vazão de gás ofertada, a pressão de


sucção irá cair, acarretando um erro no PIC da sucção, comandando
a desaceleração do compressor. Caso contrário, irá acarretar a
aceleração, desde que o erro considerado seja menor que o referente
ao PIC da sucção.

CORPORATIVA
Alta Competência

Caso ocorra uma queda na demanda de gás comprimido, a pressão


de descarga irá aumentar, acarretando um erro no PIC da descarga,
comandando a desaceleração do compressor. Caso contrário, irá
acarretar a aceleração, desde que o erro considerado menor tenha
sido referente ao PIC da descarga.

Importante!
O controlador anti-surge de cada compressor deve
operar no modo automático durante todas as fases
da operação (partida, operação e parada). Para
operá-lo no modo manual é necessário experiência
por parte do técnico de operação, e isto só deverá
ocorrer em casos excepcionais. O controlador de
capacidade pode operar ou não, de acordo com a
manobra operacional.
66
Ao passar o controle de capacidade do modo manual
para o automático, a variável deverá estar igual ao
ponto de ajuste.

2.5. Operação

Os compressores são equipamentos de grande porte, com alto


movimento de massa e energia atingindo potências de até 50 MW, isto
é, energia suficiente para atender a uma demanda de uma cidade de
um milhão de pessoas. Por isso, a operação de um compressor precede
de capacitação e habilitação na máquina específica da Unidade
do técnico de operação e deverá ser realizada em conformidade
com os seguintes procedimentos previstos no SINPEP (Sistema
Integrado de Padronização Eletrônica da Petrobras), nas gerências
de operação: “Preparação para partida do motocompressor” ou
“Preparação para partida do turbocompressor” e “Partida e parada
do motocompressor”, “Partida e parada do turbocompressor”.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

2.5.1. Preparação do circuito de gás de selagem

A preparação do circuito de gás de selagem e limpeza do circuito de


partida deve obedecer ao seguinte procedimento básico:

• Garantir que o suprimento de ar de separação para pressurização


da câmara de selagem do labirinto externo esteja disponível;

• Garantir que todas as válvulas de by-pass estejam fechadas e as


válvulas de bloqueio das válvulas de controle estejam abertas;

• Garantir que o filtro de gás de selagem principal tenha as


válvulas de bloqueio abertas e a válvula de dreno fechada;

• Garantir que o filtro de gás de selagem stand-by tenha as


válvulas de bloqueio abertas e a válvula de dreno fechada;
67

• Garantir que as válvulas de bloqueio na linha de ventilação do


filtro de gás de selagem estejam fechadas;

• Garantir que as válvulas de bloqueio nas linhas de vent primária


estejam abertas (ambos os compressores);

• Garantir que as válvulas de bloqueio dos pressostatos,


indicadores de pressão, transmissores de pressão e indicadores
diferenciais de pressão estejam abertos;

• Garantir que a pressão diferencial entre as câmaras


pressurizadas e a câmara de gás de separação e a câmara
externa do selo seco (correspondendo às linhas de ventilação
secundária), esteja de acordo com o valor setado de forma a se
ter a permissão para a partida da bomba de óleo lubrificante
(ambos os compressores);

• Garantir que a pressão de nitrogênio no coletor de gás de


separação dos mancais esteja maior que 0,5 bar;

• Garantir que as válvulas de bloqueio dos drenos das câmaras de


nitrogênio de separação estejam abertas (ambos compressores);

CORPORATIVA
Alta Competência

• Garantir que as válvulas de bloqueio dos drenos diretos


das câmaras de ar de limpeza estejam fechadas (ambos
compressores);

• Garantir que as válvulas de bloqueio da linha de vent primária


para os compressores estejam abertas, para permitir o fluxo de
gás para o flare de baixa (LP Flare);

• Garantir que a válvula de orifício de ajuste de fluxo nas linhas


de vent primária esteja completamente aberta. Essa válvula
deverá ser ajustada depois da primeira partida para dar um
baixo diferencial de pressão. Essa válvula deverá ser fixada nessa
posição para os compressores.

2.5.2. Preparação e partida do circuito de óleo lubrificante

68 A preparação e partida do circuito de óleo lubrificante deve obedecer


ao seguinte procedimento básico:

• Garantir que as válvulas de bloqueio da linha de abastecimento


do tanque de rundown estejam abertas;

• Garantir que as válvulas de bloqueio dos pressostatos,


indicadores de pressão, transmissores de pressão e indicadores
de nível estejam abertas;

• Verificar, no manual de instruções do acionador, os valores


requeridos para o circuito de óleo lubrificante antes da partida;

• Garantir o fluxo de óleo lubrificante na saída dos mancais


axiais e radiais por meio dos visores de fluxo;

• Encher completamente o tanque de rundown com óleo


lubrificante;

• Garantir a pressão de óleo lubrificante em vários pontos;

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

• Verificar no painel de interface homem-máquina (HMI) que as


condições de alarme do circuito de lubrificação do compressor
centrífugo e circuito de gás de selagem estejam de acordo com
o status operacional, normalizando cada condição de alarme.

2.5.3. Partida da unidade

A partida da unidade deve obedecer ao seguinte procedimento básico:

• Abrir as válvulas de dreno dos compressores e tubulações de gás;

• Garantir que as válvulas de bloqueio dos manômetros,


pressostatos e outras estejam abertas;

• Purgar a unidade compressora com gás inerte, caso o gás a ser


processado faça com que isto seja necessário;
69

• Fechar as válvulas de dreno a montante e a jusante da tubulação


de gás e unidade compressora;

• Garantir a pressão e o fluxo de ar de separação entre o selo


seco e os mancais;

• Abrir lentamente a válvula de carregamento da unidade


compressora para prevenir perigosas variações de pressão;

• Garantir a ausência de qualquer condição de alarme;

• Abrir a válvula de sucção, fechar a válvula de carregamento,


partir o acionador e abrir a válvula de descarga;

• Ajustar o fluxo nas linhas de vent primária do compressor


de acordo com os valores setados na lista de instrumentos do
compressor (essas válvulas devem ser travadas);

• Garantir a pressão diferencial entre a câmara de selagem e a


linha de gás de balanceamento;

CORPORATIVA
Alta Competência

• Cuidados devem ser tomados para evitar o surge no compressor


(garantir que todos os instrumentos da malha de controle anti-
surge estejam calibrados, alinhados e condicionados).

ATENÇÃO

Para as primeiras partidas do compressor, instale


um filtro temporário na tubulação de sucção em
seção próxima ao compressor. Esse filtro deverá ser
removido somente depois que as tubulações estiverem
perfeitamente limpas.

2.5.4. Shutdown da unidade

Após o shutdown da unidade, os seguintes pontos deverão ser


verificados:
70
• Certificar-se que a bomba de lubrificação auxiliar partirá
quando a unidade diminuir sua velocidade, porque a bomba
principal tornou-se inoperante;

• Certificar-se que a bomba de óleo auxiliar deverá parar somente


depois que a temperatura na saída de óleo dos mancais tenha
se estabilizado em torno de 120 °F (50 °C) ou de acordo com o
manual de instruções do acionador;

• Certificar-se que a pressurização de gás de separação para as


câmaras de selagem dos labirintos, situada entre o selo seco e os
mancais, deve parar depois que a bomba de óleo parar.

2.5.5. Verificações rotineiras

As seguintes verificações devem ser realizadas, de forma regular,


durante a operação dos compressores, segundo os parâmetros
referenciais:

• Temperatura dos mancais;

• Temperatura de óleo na descarga dos mancais;

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

• Temperatura de óleo na descarga da caixa multiplicadora;

• Pressão de óleo no coletor de óleo lubrificante;

• Queda de pressão de óleo através dos filtros (gás de selagem);

• Pressão de óleo nos mancais axiais e radiais;

• Fluxo de óleo em cada linha de descarga;

• Pressão de óleo na linha de alimentação da caixa


multiplicadora;

• Temperatura e pressão de gás na sucção e descarga dos


compressores;
71
• Pressão diferencial entre gás de selagem e gás de balanceamento
(ou sucção do compressor);

• Pressão diferencial entre câmaras de ventilação secundária


e câmaras de selo labirintos instaladas entre o selo seco e
os mancais;

• Pressão de ar de limpeza a montante da válvula de controle


de pressão;

• Pressão diferencial através das válvulas de orifício de ajuste de


fluxo nas linhas de vent primária;

• Pressão de gás na linha de gás de balanceamento;

• Deslocamento axial do rotor (valores limite de acordo com o


fabricante);

• Vibrações radiais (valores limite de acordo com o fabricante);

• Periodicamente operar as válvulas de transferência do filtro de


selo seco.

CORPORATIVA
Alta Competência

2.5.6. Temperatura e pressão de operação de óleo – pressão de gás


de selagem

As tabelas a seguir apresentam valores de referência de parâmetros


operacionais.

Unidades
Pressão de óleo
Bar a Kpa a
Header de óleo lubrificante 2,75 275
Mancais radiais 0,9 a 2,3 90 a 230
Mancais axiais 0,3 a 2,3 30 a 230

Temperatura de óleo
°C °F
(durante operação normal)
Mínimo Entrada óleo mancal 35 95
Normal Entrada óleo mancal 50 120
72

Pressão de gás de selagem Bar a Kpa a


Pressão diferencial gás selagem / gás de
1,2 120
balanceamento (sucção do compressor)

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

2.6. Exercícios

1) Identifique na ilustração os principais componentes de um com-


pressor centrífugo, a seguir descritos:

( A ) Bocal de sucção

( B ) Bocal de descarga

( C ) Impelidor

( D ) Carcaça

( E ) Diafragma

( F ) Difusor

( G ) Canal de retorno

( H ) Curva de retorno
73
( I ) Mancais

( J ) Selagem externa

( )
( )
( ) ( )

( )
( )
( )

( ) ( )
( )

CORPORATIVA
Alta Competência

2) Quanto à operação de um compressor, marque a resposta correta:


( ) O técnico de operação deverá ser capacitado em compressores.
( ) O técnico de operação deverá ser capacitado e habilitado
na operação do compressor específico da sua unidade e
deve seguir os procedimentos para tal.
( ) O técnico de operação deverá seguir os procedimentos de
partida do compressor.
( ) O técnico de operação deverá saber sobre a partida e
parada dos compressores.

3) Correlacione os circuitos auxiliares e suas finalidades.


( 1 ) Circuito de proteção ( ) Minimizar o empuxo axial no
rotor.
( 2 ) Circuito de balancea- ( ) Proteger o compressor contra
mento axial o fenômeno aerodinâmico
74 de sucessivas inversões e
reversões de fluxo.
( 3 ) Circuito de selagem ( ) Efetuar a selagem do gás
entre as partes rotativa e
estacionária do compressor
centrífugo.
( 4 ) Circuito de controle ( ) Proteger o compressor cen-
anti-surge trífugo contra vibração, des-
locamento e temperatura
alta nos mancais.
( 5 ) Circuito de controle ( ) Controlar a vazão comprimi-
de capacidade da pelo compressor centrífu-
go de modo a adequá-la à
vazão ofertada ou demanda-
da, conforme a necessidade
operacional.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

4) Dentre as opções a seguir, marque a que melhor explica a função


do circuito de óleo de selagem:
( ) Suprir óleo tipo mineral, limpo, a uma determinada
temperatura, pressão e vazão, para resfriar e lubrificar os
mancais dos compressores centrífugos, durante partida,
operação e parada.
( ) Promover o resfriamento e depuração do gás e descarte
de condensado, efetuar o alinhamento, bloqueio e alívio
automático do gás.
( ) Suprir óleo limpo e isento de gás a uma determinada
temperatura e com pressão superior ao gás de
referência.
( ) Suprir óleo limpo e isento de gás a uma temperatura
específica e com pressão inferior ao gás de referência.

75

CORPORATIVA
Alta Competência

2.7. Glossário
Anel de labirinto - vedação não deslizante, inteiramente metálica.

API - American Petroleum Institute.

BDV - válvula automática de alívio.

By-pass - desvio.

Canal de retorno - canal do diafragma, responsável por conduzir o gás da


curva de retorno ao impelidor seguinte, mantendo-se constante a pressão e
velocidade do gás.

CAS - Controlador Anti-Surge.

Condutos - canais por onde escoa o gás.

Curva de retorno - canal no diafragma que proporciona a mudança de sentido ao


escoamento do gás, de radial para fora, passando a radial para dentro.
76
Diafragma - componente estacionário do compressor centrífugo, no qual se
encontram os canais por onde o gás escoa de um impelidor para o próximo.

Escoamento subsônico - escoamento que ocorre abaixo da velocidade do som.

FE - Elemento Primário de Fluxo.

FIC - Controlador Indicador de Fluxo

Flare - queimador de gás, onde o gás é queimado de forma segura.

FT - Transmissor de Fluxo.

FV - Válvula de recirculação ou anti-surge.

Gás lift - método de elevação artificial do petróleo, assim como os diversos tipos
de bombeio. Consiste na injeção de gás sob pressão na coluna de produção
por meio de válvulas situadas próximas ao intervalo produtor. O gás se mistura
ao petróleo, diminuindo sua densidade média, fazendo com que a pressão do
reservatório seja suficiente para elevar o petróleo até a superfície.

Head - energia por unidade de massa absorvida pelo gás no processo de


compressão.

Impelidor - componente rotativo do compressor centrífugo responsável por


transferir energia ao gás sob forma de velocidade.

Jusante - posterior.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

LCV - válvula de controle de nível.

LP Flare - queimador de gás de baixa pressão.

LV - válvula automática de controle.

Mancal - suporte de apoio de eixos.

Montante - anterior.

Olhal - ponto de entrada do gás no impelidor.

Parâmetro - grandeza mensurável que permite apresentar de forma mais simples


as características principais de um conjunto estatístico.

PCV - válvula reguladora de pressão.

PDCV - válvula reguladora de pressão diferencial.

PDI - indicador de pressão diferencial.

PDIC - controlador de pressão diferencial.


77

PDT - transmissor diferencial de pressão.

PDY - conversor diferencial de pressão.

PIC - controlador e indicador de pressão.

Planta de processo - circuito composto de resfriadores, depuradores, válvulas


de controles, válvulas de bloqueio e outros instrumentos, com a finalidade de
condicionar o gás.

PLC - controlador lógico programável.

Pós-lubrificação CC - tipo de bomba; bomba de emergência.

Pré-lubrificação CA - tipo de bomba; bomba auxiliar.

Pressostato - chave de pressão atuada ao ser atingida a pressão de ajuste.

PSV - válvula de segurança.

PT - transmissor de pressão.

Radialmente - perpendicular à linha longitudinal.

Range - faixa de vazão.

RTD - sensor de temperatura.

CORPORATIVA
Alta Competência

SDV - válvula automática de fechamento.

Shutdown - parada do equipamento ou processo.

SINPEP - Sistema Integrado de Padronização Eletrônica da Petrobras.

Tanque de rundown - tanque de recebimento.

TE - sensor de temperatura.

TR-32 - tipo de óleo mineral.

Turbocompressor - compressor rotativo centrífugo de alta pressão, constituído por


uma ou várias rodas com pás, montadas em série em um mesmo eixo e destinado à
alimentação de uma rede ou de uma máquina.

TV - válvula automática de controle.

Valor setado - valor configurado, determinado.

Valor sônico - valor na velocidade do som.


78
VE - vibração radial.

Vent - alívio.

Voluta - tipo de funil encurvado que aumenta a área no ponto de descarga.

ZE - deslocamento axial.

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

2.8. Bibliografia
RODRIGUES, Paulo Sérgio B. Compressores Industriais. Rio de Janeiro: Editora
Didática e Científica (EDC), 1991.

VALADÂO, Cleuber Pozes. Turbocompressores - TOP. Apostila. Petrobras.


Macaé: 2007

79

CORPORATIVA
Alta Competência

2.9. Gabarito
1) Identifique na ilustração os principais componentes de um compressor
centrífugo, a seguir descritos:

( A ) Bocal de sucção

( B ) Bocal de descarga

( C ) Impelidor

( D ) Carcaça

( E ) Diafragma

( F ) Difusor

( G ) Canal de retorno

( H ) Curva de retorno

( I ) Mancais

( J ) Selagem externa
80
(A)
(C)
(B) (D)

(G)

(E)
(F)

(H) (I)
(J)

CORPORATIVA
Capítulo 2. Compressores centrífugos

2) Quanto à operação de um compressor, marque a resposta correta:

( ) O técnico de operação deverá ser capacitado em compressores.


(X) O técnico de operação deverá ser capacitado e habilitado na operação
do compressor específico da sua unidade e deve seguir os procedimentos
para tal.
( ) O técnico de operação deverá seguir os procedimentos de partida do
compressor.
( ) O técnico de operação deverá saber sobre a partida e parada dos
compressores.

3) Correlacione os circuitos auxiliares e suas finalidades.

(1) Circuito de pro- (2) Minimizar o empuxo axial no rotor.


teção
(2) Circuito de ba- (4) Proteger o compressor contra o fenômeno
lanceamento aerodinâmico de sucessivas inversões e reversões
axial de fluxo.
(3) Circuito de sela- (3) Efetuar a selagem do gás entre as partes rotativa
gem e estacionária do compressor centrífugo.
(4) Circuito de con- (1) Proteger o compressor centrífugo contra 81
trole anti-surge vibração, deslocamento e temperatura alta nos
mancais.
(5) Circuito de con- (5) Controlar a vazão comprimida pelo compressor
trole de capaci- centrífugo de modo a adequá-la à vazão
dade ofertada ou demandada, conforme a necessidade
operacional.

4) Dentre as opções a seguir, marque a que melhor explica a função do circuito de


óleo de selagem:
( ) Suprir óleo tipo mineral, limpo, a uma determinada temperatura, pressão
e vazão, para resfriar e lubrificar os mancais dos compressores centrífugos,
durante partida, operação e parada.
( ) Promover o resfriamento e depuração do gás e descarte de condensado,
efetuar o alinhamento, bloqueio e alívio automático do gás.

(X) Suprir óleo limpo e isento de gás a uma determinada temperatura e com
pressão superior ao gás de referência.
( ) Suprir óleo limpo e isento de gás a uma temperatura específica e com
pressão inferior ao gás de referência.

CORPORATIVA
CORPORATIVA
Capítulo 3
Compressores
axiais

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Descrever o princípio de funcionamento dos


compressores axiais;
• Identificar os componentes dos compressores axiais;
• Citar as funções do conjunto IGV e das bleed valves nos
compressores axiais;
• Listar os limites operacionais de um compressor axial.

CORPORATIVA
Alta Competência

84

CORPORATIVA
Capítulo 3. Compressores axiais

3. Compressores axiais

O
s compressores axiais pertencem ao grupo dos
compressores dinâmicos e são empregados para comprimir
grandes vazões de ar. Esses compressores são empregados
nas plantas de craqueamento catalítico das refinarias e também
são muito empregados nas turbinas a gás, com a finalidade de
suprir ar como fluido motriz.

Como são máquinas operatrizes, necessitam de alguma máquina


motriz para acioná-las, ou seja, algum tipo de motor. Alguns desses
compressores são acionados com motores elétricos, outros por
turbinas a vapor e, no caso dos compressores axiais que equipam as
turbinas a gás, são acionados pela roda da turbina.

Participando do ciclo termodinâmico da turbina a gás como o 85


componente responsável pelo aumento da pressão do ar, o compressor
axial é acionado pela roda da turbina e é empregado, nestes casos,
por ser especificado para maiores vazões do que os compressores
centrífugos, com relação às suas dimensões.

3.1. Princípio de funcionamento

O princípio de funcionamento dos compressores axiais é o


da aceleração do ar, com posterior conversão em pressão. Os
compressores axiais são formados por componentes estacionários –
anéis com aletas estatoras – e por componentes rotativos – anéis com
palhetas rotoras. O ganho de pressão e as variações de velocidade a
cada estágio podem ser vistas na ilustração a seguir:

CORPORATIVA
Alta Competência

P = aumento de pressão
V = aumento de velocidade
V = redução de velocidade

V
V P V

Rotor Estator Rotor

Aletas estatoras e palhetas rotoras

Cada estágio de compressão é formado por um rotor com palhetas


86
e um anel com aletas estatoras. O rotor com palhetas é responsável
pela aceleração do ar, como um ventilador. Nessa etapa, o ar
recebe trabalho para aumentar a energia de pressão, velocidade
e temperatura. O anel de aletas estatoras tem a finalidade de
direcionar o ar para incidir com um ângulo favorável sobre as
palhetas do próximo estágio rotor e promover a desaceleração do
fluxo de ar para ocorrer a conversão da energia de velocidade em
pressão. Essas máquinas são projetadas para que a velocidade na
entrada de cada rotor seja a mesma para a condição de máxima
eficiência. Observe na ilustração a seguir a relação entre pressão e
velocidade durante a compressão:
Rotor Estator Rotor Estator

Pressão

Velocidade

Relação pressão x velocidade durante a compressão

CORPORATIVA
Capítulo 3. Compressores axiais

Esse processo é repetido nos estágios subseqüentes do compressor, sendo


que, em cada estágio, promove um pequeno aumento de pressão.

O fluxo de ar no compressor se dá paralelo ao eixo (axial); as palhetas


e aletas vão diminuindo de tamanho da admissão para a descarga
com o propósito de manter a velocidade do ar constante, isto é,
dentro da faixa de operação, pois a pressão aumenta a cada estágio
e, respectivamente, a massa específica também, segundo a equação
da continuidade (Q = v x s x ρ, onde Q é a vazão volumétrica, v é a
velocidade, s é a área e ρ é a massa específica).

Trajetória do ar

87

Pressão

Admissão Velocidade Descarga

Diagrama pressão e velocidade

As aletas estatoras do último estágio agem como pás-guias de saída


ou Outlet Guide Vanes (OGV), que direcionam o ar em um fluxo axial
estabilizado para a carcaça traseira do compressor, e daí para o seu
destino fim (tubulação de descarga, câmaras de combustão etc.).

CORPORATIVA
Alta Competência

3.2. Principais componentes

Os principais componentes de um compressor axial são os seguintes:

• Conjunto de admissão de ar;

• Palhetas-guias de entrada (VIGVs);

• Conjunto rotor (eixo e palhetas rotoras);

• Carcaça do compressor, com aletas estatoras.

Compressor rotor
Conjunto de VIGVs
admissão de ar
88

Carcaça do
compressor

Componentes de um compressor axial

Os compressores axiais são projetados para operar com alta


eficiência, em altas rotações. Para manter o fluxo de ar estabilizado
à baixa rotação tem-se instalado, na entrada de ar, um conjunto
de aletas-móveis-guias-de-entrada ou Inlet Guide Vanes (IGV) que
altera automaticamente o ângulo de ataque das aletas estatoras dos
primeiros estágios do compressor axial. A eficiência é gradualmente
aumentada, de acordo com o aumento da rotação. As válvulas de
sangria (bleed valve) são instaladas na descarga do compressor axial
para prevenir o surge em baixas rotações.

CORPORATIVA
Capítulo 3. Compressores axiais

3.3. Circuito de controle de capacidade

O conjunto IGV e bleed valve faz parte do circuito de controle do fluxo


de ar do compressor axial.

A proteção quanto ao surge se dá por meio de válvulas de sangria,


geralmente instaladas nos últimos estágios, que ficam abertas,
aliviando para a atmosfera durante a fase de partida, aceleração e
parada do compressor axial.

Alguns compressores axiais só possuem as IGVs, que nessa


configuração, desempenham tanto o papel de válvula anti-surge
como o de controle de capacidade, alterando a curva de desempenho
do compressor axial.

89

Rotor de um compressor axial

3.4. Limites operacionais

O compressor axial é uma máquina dinâmica. Sua operação


restringe-se a certos limites de vazão. Para condições de operação
com vazões abaixo da vazão de projeto, por exemplo, gera distúrbios
no processo de compressão, isto é, instabilidade ou surge. Já em
operações com vazões acima da vazão de projeto tem-se o limite
operacional chamado de stonewall, que está associado à baixa razão
de compressão e à baixa eficiência no compressor.

CORPORATIVA
Alta Competência

Considerando-se que o compressor esteja operando em uma


determinada condição satisfatória de operação e a resistência do
processo aumente gradualmente, passando do ponto 1 para o ponto
2 (observe no gráfico a seguir), inicialmente, o compressor manterá
o fluxo, aumentando a pressão de descarga. Em conseqüência, a
razão de compressão irá aumentar, causando redução da vazão com
queda da velocidade interna do ar. Sabendo-se que a velocidade
interna é essencial para o processo de difusão (difusor), certamente
uma vazão mínima está diretamente relacionada a uma velocidade
mínima e associada a uma determinada razão de compressão máxima
(ponto 3 do gráfico a seguir). Isso proporcionará uma inversão de
fluxo na aspiração, conhecida como bombeamento ou surge que,
dependendo da severidade, pode causar sérios danos ao compressor.
Esse fenômeno pode ser evitado por uma aplicação de circuito de
controle anti-surge.

Em operação normal, ou seja, próxima da vazão nominal, não existe


90
o risco de atingir a linha limite de surge.

Durante a partida, o compressor axial estará sujeito ao fenômeno


de surge na aspiração, e na descarga, ao fenômeno de alta vazão,
também conhecido por stonewall ou parede de pedra.

Linha limite de surge

Rptot

Área de surge Compressor


3 Resistência do
processo

2
Range de
Operação
1 Normal

Área de
Stonewall

3 2 1
Fluxo de
admissão

Gráfico de limites operacionais do compressor axial

CORPORATIVA
Capítulo 3. Compressores axiais

Aparentemente, esse fenômeno contraditório pode ser explicado


considerando as três Leis do Fan, que são as leis que norteiam o
projeto e a operação dos compressores dinâmicos. São elas:

• O volume aspirado pelo compressor é diretamente proporcional


à rotação;

• A razão de compressão é diretamente proporcional ao


quadrado da rotação;

• A potência de compressão é diretamente proporcional ao cubo


da rotação.

Por causa do volume excessivo nos últimos estágios, os compressores


poderiam não escoar o fluxo e resultar em resistência do processo
para os estágios de baixa pressão.
91
A condição nominal de operação do compressor é para a rotação de
100%. Quando se opera abaixo dessa rotação, é preciso aplicar as
Leis do Fan e a equação do processo de compressão para comparar
as condições nas quais o compressor ficará submetido. Para entender
melhor, como exemplo, cabe observar a seguinte situação e os cálculos
apresentados, onde:

P1 = pressão de admissão;

P2 = pressão de descarga;

V1 = volume de admissão;

V2 = volume de descarga;

T1 = temperatura de admissão;

T2 = temperatura de descarga;

k = coeficiente isoentrópico.

CORPORATIVA
Alta Competência

P1 P2

V1 V2
Admissão
Descarga

T2
T1
2
1

Compressor

a) Para a condição de 100% de rotação, temos:

V1 = 40 m3 / s;

P1 = 1 bar;
92
K = 1,4;

P2 = 22 bar;

V2 = ?

b) Pela lei dos gases perfeitos para compressão, podemos calcular:

P1 . V1K = P2 . V2K

1 . 401,4 = 22 . V21,4

V2 = 4,4 m3 / s

CORPORATIVA
Capítulo 3. Compressores axiais

c) Para a rotação de 50%, teremos:

V1 = 20 m3 / s (1a Lei do Fan, 50% da rotação nominal corresponde


a 50% da vazão nominal);

P1 = 1 bar;

P2 = 22/4 = 5,5 bar (2a Lei do Fan, metade da rotação nominal


corresponde a um quarto da razão de compressão);

V2 = ?

P1 . V1K = P2 . V2K;

1 . 201,4 = 5,5 . V21,4;

V2 = 5,9 m3 / s.
93
Dessa forma, podemos concluir que, para a rotação de 50%, a vazão
volumétrica na descarga é 30% maior do que para a rotação de 100%
e a vazão da sucção é 50% da vazão da rotação de 100% .

CORPORATIVA
Alta Competência

3.5. Exercícios

1) Marque a resposta correta que complemente as lacunas do texto:

Cada estágio do compressor axial é composto por um anel com


_____________________e um anel com _________________. O anel
com _____________________é responsável pela aceleração do ar,
como um ventilador. É nessa etapa que o ar recebe trabalho para
aumentar a energia de pressão, velocidade e temperatura. O anel
de __________________tem a finalidade de direcionar o ar para
incidir com um ângulo favorável sobre as palhetas do próximo
estágio rotor e promover a desaceleração do fluxo de ar para
ocorrer a conversão da energia de velocidade em energia de
pressão.

( ) palhetas rotoras, aletas estatoras, palhetas rotoras e aletas


estatoras.
94
( ) aletas estatoras, palhetas rotoras, aletas estatoras e
palhetas rotoras.
( ) palhetas rotoras, palhetas rotoras, aletas estatoras e aletas
estatoras.
( ) palhetas rotoras, aletas estatoras, aletas estatoras e palhetas
rotoras.

CORPORATIVA
Capítulo 3. Compressores axiais

2) Identifique os componentes do compressor axial na figura.

( 1 ) Palheta guia de entrada (VIGVs);

( 2 ) Compressor (conjunto rotor com eixo e palhetas rotoras);

( 3 ) Carcaça do compressor (com palhetas estatoras);

( 4 ) Conjunto de admissão de ar.

( )
( ) ( )

95
( )

3) Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas


a seguir:
( ) As bleed valves ficam fechadas durante a partida do
compressor axial.
( ) As bleed valves operam abertas durante as partidas e
aceleração do compressor axial.
( ) As VIGVs são responsáveis pelo controle de capacidade do
compressor axial.
( ) Em alguns tipos de compressores axiais as VIGVs atuam
como válvulas anti-surge e também como controle de
capacidade.

CORPORATIVA
Alta Competência

4) Identifique os limites operacionais do compressor axial no gráfico


a seguir:

1. Ponto de operação normal;

2. Ponto de operação próximo ao limite de surge;

3. Ponto limite de surge.

Rptot

Área de surge

96

Área de stonewall
3 2 1
Fluxo de admissão

CORPORATIVA
Capítulo 3. Compressores axiais

3.6. Glossário
Aleta estatora - pequena aleta fixada à carcaça do compressor (parte do compressor
axial que não gira durante o funcionamento).

Bleed valve - válvula anti-surge dos compressores axiais e alivia o ar para a


atmosfera.

Ciclo termodinâmico - etapas consecutivas de processos físicos fechando um ciclo.

Craqueamento catalítico - processo para o refino de hidrocarbonetos.

Fluido motriz - fluido que faz mover, que imprime movimento motor.

IGV - Inlet Guide Vanes - aletas guias de entrada.

Máquina operatriz - máquina acionada por algum tipo de motor.

Motriz - que ou aquela que faz mover, que imprime movimento motor: força
motriz.
97
OGV - Outlet Guide Vanes - Aleta Guias de Saída.

Palheta - lâmina montada no eixo do compressor axial, sendo responsável pela


aceleração do gás.

VIGV - aleta guia variável de entrada, é fixa na carcaça do compressor axial e é


basculante.

CORPORATIVA
Alta Competência

3.7. Bibliografia
RODRIGUES, Paulo Sérgio B. Compressores Industriais. Rio de Janeiro: Editora
Didática e Científica (EDC), 1991.

VALADÃO, Cleuber Pozes. Turbocompressores – TOP. Apostila. Petrobras. Rio de


Janeiro. Macaé, 2007.

98

CORPORATIVA
Capítulo 3. Compressores axiais

3.8. Gabarito
1) Marque a resposta correta que complemente as lacunas do texto:

Cada estágio do compressor axial é composto por um anel com palhetas rotoras
e um anel com aletas estatoras. O anel com palhetas rotoras é responsável
pela aceleração do ar, como um ventilador. É nessa etapa que o ar recebe
trabalho para aumentar a energia de pressão, velocidade e temperatura. O
anel de aletas estatoras tem a finalidade de direcionar o ar para incidir com
um ângulo favorável sobre as palhetas do próximo estágio rotor e promover a
desaceleração do fluxo de ar para ocorrer a conversão da energia de velocidade
em energia de pressão.

( X ) palhetas rotoras, aletas estatoras, palhetas rotoras e aletas estatoras.

( ) aletas estatoras, palhetas rotoras, aletas estatoras e palhetas rotoras.


( ) palhetas rotoras, palhetas rotoras, aletas estatoras e aletas estatoras.
( ) palhetas rotoras, aletas estatoras, aletas estatoras e palhetas rotoras.

2) Identifique os componentes do compressor axial na figura.

( 1 ) Palheta guia de entrada (VIGVs);


99
( 2 ) Compressor (conjunto rotor com eixo e palhetas rotoras);

( 3 ) Carcaça do compressor (com palhetas estatoras);

( 4 ) Conjunto de admissão de ar.

(2)
(1)
(4)

(3)

CORPORATIVA
Alta Competência

3) Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas a seguir:

(F) As bleed valves ficam fechadas durante a partida do compressor axial.


Justificativa: falsa porque as bleed valves ficam abertas nas partidas e
nas paradas.
(V) As bleed valves operam abertas durante as partidas e aceleração do
compressor axial.
(V) As VIGVs são responsáveis pelo controle de capacidade do compressor axial.
(V) Em alguns tipos de compressores axiais as VIGVs atuam como válvulas
anti-surge e também como controle de capacidade.

4) Identifique os limites operacionais do compressor axial no gráfico a seguir:

1. Ponto de operação normal;

2. Ponto de operação próximo ao limite de surge;

3. Ponto limite de surge.

Rptot

Área de surge
100 3

Área de
Stonewall
3 2 1 Fluxo de
admissão

CORPORATIVA
Capítulo 4
Compressores
de parafuso

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Descrever o princípio de funcionamento dos compressores


de parafuso e identificar seus componentes;
• Identificar as finalidades do circuito de lubrificação.

CORPORATIVA
Alta Competência

102

CORPORATIVA
Capítulo 4. Compressores de parafuso

4. Compressores de parafuso

O
s compressores de parafuso são do grupo dos compressores
volumétricos rotativos e empregados para baixas vazões.
Apresentam como vantagens o baixo custo de manutenção
e operação em relação aos alternativos e possuem maior relação
peso x potência.

A capacidade desses compressores pode ser de até 42 mil m3/h (até


maior, em alguns casos), com a pressão de descarga entre 1 a 10 bar
para compressores em apenas um estágio. Unidades especiais podem
atingir 17 bar e compressores em vários estágios ainda podem ir a
maiores pressões.

4.1. Princípio de funcionamento


103
A compressão é obtida com o gás sendo admitido através da câmara
de entrada para preencher o espaço entre os lóbulos adjacentes dos
rotores. Quando os rotores estão em funcionamento, esse espaço
se move para a frente da câmara, vedando o espaço proveniente
da entrada. À medida que a rotação continua, o espaço ocupado
pelo gás é reduzido, causando a compressão. O gás é descarregado
quando exposto à câmara de saída. O ciclo de compressão pode ser
visualizado na ilustração a seguir:

Sucção Compressão Compressão completa Descarga

Ciclo de compressão em um compressor de parafuso

Os rotores diferem na forma e são identificados pelos títulos de


“macho” e “fêmea”. O rotor macho possui quatro lóbulos em forma
de uma hélice ao longo do corpo do rotor. De modo parecido, o
rotor fêmea possui seis sulcos formados no lado oposto da hélice em
relação ao rotor macho (ver figura anterior).

CORPORATIVA
Alta Competência

Nos compressores de parafusos, a compressão é realizada pela


máquina, portanto, progressivamente, ou seja, é possível ter um fluxo
inverso de gás no seu interior através do giro no sentido contrário
dos fusos. Esses compressores podem ser dos tipos: seco ou molhado
com óleo de lubrificação.

No caso dos compressores de parafuso do tipo seco, os parafusos


são acionados simultaneamente por um conjunto de engrenagens,
em que o rotor macho é acionado pelo motor e este aciona o rotor
fêmea através da engrenagem. Nessa configuração, os rotores não se
tocam e, por isso, não é necessária a lubrificação entre os rotores.

Já nos compressores de parafuso molhado, o rotor macho é acionado


pelo motor, que aciona o rotor fêmea através da interferência entre
si, isto é, o rotor macho aciona diretamente o rotor fêmea. Por causa
dessa interferência, é necessária a injeção de óleo de lubrificação
104 para formar uma película entre os rotores.

O gás de entrada é misturado ao óleo lubrificante no interior da


carcaça do compressor. Esse óleo auxilia na lubrificação dos fusos
e refrigera os componentes internos da máquina, contribuindo,
também, para o controle de temperatura da descarga, o que
torna possível alcançar a taxa de compressão requerida com
apenas um estágio.

Performance:

A eficiência total, incluindo a de compressão (isoentrópica) e a


mecânica, está entre 70 a 75%, em média, sendo tanto maior
quanto:

a) Maior for a rotação;

b) Maior for o compressor.

As rotações mais comuns são de 1.800 a 3.600 rpm, limitadas pelas


engrenagens.

CORPORATIVA
Capítulo 4. Compressores de parafuso

ATENÇÃO

Modelos especiais podem atingir até 12.000 rpm.

4.2. Principais componentes

Os compressores de parafuso são compostos, basicamente, por dois


rotores embutidos em uma carcaça de ferro fundido, uma carcaça
principal, uma carcaça de entrada e outra de saída.

As dimensões dos rotores são tais que, quando posicionados na


distância apropriada da linha de centro, irão se comportar de maneira
semelhante a de um par de engrenagens helicoidais.

Os rotores são equipados com mancais radiais, mancais axiais e pistão 105
de balanceamento. O rotor macho é acionado pelo motor através de
um acoplamento.

A selagem do eixo na sua extremidade é feita com um selo mecânico


para evitar vazamento de óleo e gás. O controle da capacidade é
alcançado através de uma válvula de controle modular (slide-valve)
que altera o ponto no comprimento do rotor no qual a compressão
se inicia. O cilindro hidráulico aciona a slide-valve (válvula de controle
modular) automaticamente, usando o óleo lubrificante do compressor,
sob pressão, como fluido hidráulico.

O perfil assimétrico dos rotores confere alta eficiência de compressão.


O desgaste nos rotores é irrelevante, pois eles são lubrificados e as
bordas de ataque não entram em contato com o alojamento interno
do bloco compressor.

CORPORATIVA
Alta Competência

Observe os componentes do compressor de parafuso na ilustração


a seguir:

Mancal de escora Acoplamento


Selo mecânico

Mancal radial

Rotor macho

Mancal radial
Pistão
de balanceamento

Cilindro
Hidráulico
Rotor fêmea

Carcaça

4.3. Circuito de controle de capacidade


106
O controle de capacidade consiste em reciclo externo e reciclo interno.

O reciclo externo é projetado para operar de 0 a 10% e é composto


por uma linha equipada com uma válvula de controle, que interliga
a descarga com a sucção. Já o reciclo interno é responsável pelo
controle de capacidade de 10 a 100%, sendo composto pela slide-
valve (dispositivo móvel no fundo da carcaça principal), construída de
modo a proporcionar capacidade máxima ao compressor quando se
move totalmente em direção à entrada.

Quando a válvula é movida em direção à saída, o ponto na carcaça


no qual a compressão se inicia é movido para a saída, reduzindo o
volume efetivo a ser comprimido. Isso é análogo à redução do curso
de um compressor alternativo.

A slide-valve é conectada diretamente à haste do pistão, que desliza


dentro do cilindro hidráulico fixado na carcaça de saída do compressor.
O pistão é atuado através do óleo lubrificante alimentado pelo coletor
do compressor, por um lado ou outro do pistão.

CORPORATIVA
Capítulo 4. Compressores de parafuso

Sucção Sucção Sucção

Rotor Rotor Rotor

Descarga Descarga Descarga

Slide-valve
Para o lado de entrada Para o lado de entrada

Rotor Macho

Rotor Fêmea

Slide-valve

Cilindro
hidráulico
107

O circuito de controle de capacidade se dá através de um PIC, que


monitora a pressão de sucção do compressor. O sinal de saída é split-
range (sinal dividido para dois elementos finais de controle), sendo o
range de 0 a 12 mA para a válvula de controle do reciclo externo e de
12 a 24 mA para a slide-valve.

? VOCÊ SABIA?
O compressor de parafuso foi uma inovação importante,
desenvolvida por Patrik Danielsson e Alf Lysholm, em
1955. Três anos depois, Iwan Åkerman desenvolveu o
compressor de parafuso isento de óleo.

Em 1967, Ivar Trulsson projetou o bem sucedido


compressor estacionário do tipo ZR, também isento
de óleo e com acionamento elétrico. No mesmo ano,
a Atlas Copco apresentou um compressor de parafuso
portátil, que produzia ar comprimido isento de óleo.
Isso significa que não era injetado óleo na câmara
de compressão, uma inovação que se tornou a base
para o desenvolvimento de uma série de compressores
estacionários com acionamento elétrico.

CORPORATIVA
Alta Competência

4.4. Circuito de lubrificação

O circuito de óleo de lubrificação do compressor de parafuso molhado


tem as seguintes finalidades:

• Lubrificar os rotores, os mancais e o selo mecânico;

• Selagem entre o rotor e a carcaça;

• Resfriamento do gás em compressão;

• Acionamento hidráulico da slide-valve.

A longevidade da operação do compressor de parafuso depende


da sua lubrificação. A temperatura, a viscosidade e a filtragem
108 adequadas do óleo, segundo as especificações do projeto, são fatores
preponderantes para a qualidade da lubrificação.

Uma vez que o circuito de lubrificação a óleo não é completamente


fechado, em razão da mistura do óleo com gás do processo, torna-se
imperativo filtrar o óleo antes de retornar para o compressor. O óleo
lubrificante é filtrado por um elemento filtrante, construído com
fibras sintéticas capazes de reter partículas de até 10 microns.

Cada circuito de lubrificação é composto por filtros de óleo duplos


cilíndrico-verticais, com válvula de transferência de seis vias.

A qualquer tempo em que a pressão diferencial no elemento atingir


100 Kpad, o(s) elemento(s) deve(m) ser substituído(s).

CORPORATIVA
Capítulo 4. Compressores de parafuso

Separador e
coalescedor
Filtro de gás secundário Para
o processo

Compressor
Vaso depurador
de sucçao

Do processo

Separador gás/óleo e
reservatório de óleo

Bomba
Filtro de óleo
de óleo

Resfriador Válvula
de óleo controladora
de pressão

Circuito de óleo de lubrificação

Este circuito é composto por:


109
• Separador gás/óleo e Reservatório de óleo – Vaso na descarga
do compressor que recebe o gás em mistura com o óleo e processa
a separação dos dois, servindo como reservatório de óleo;

• Bombas – Em geral são duas, do tipo deslocamento positivo,


equipadas com PSV;

• Resfriador de óleo – Função de adequar a temperatura do


óleo para que fique 5 ºC acima da temperatura do gás na
sucção do compressor;

• Válvula de controle da pressão diferencial entre o gás e o óleo


da descarga das bombas – Mantém a pressão do óleo acima da
pressão do gás em 2 bar;

• Filtro de óleo – Tem a função de reter partículas maiores que 10


micra para garantir óleo limpo para ser injetado no compressor.

CORPORATIVA
Alta Competência

4.5. Exercícios

1) Marque a resposta correta que complete as lacunas do texto:

O compressor de parafuso consiste basicamente de dois


_______________ embutidos em uma carcaça de ferro fundido,
uma carcaça principal, uma carcaça de entrada e outra de saída.
Os rotores diferem na forma e são identificados como “macho”
e “fêmea”. O _______________ possui quatro lóbulos em forma
de uma hélice ao longo do corpo do rotor. Semelhantemente, o
______________ possui seis sulcos formados no lado oposto da héli-
ce em relação ao outro.

( ) impelidores, rotor macho e rotor fêmea


( ) rotores, rotor macho e rotor fêmea
( ) rotores macho, rotor fêmea e rotor macho
( ) diafragmas, rotor fêmea e rotor macho
110

CORPORATIVA
Capítulo 4. Compressores de parafuso

2) Identifique na ilustração os seguintes componentes do compressor


de parafuso:

• Acoplamento
• Carcaça
• Rotor fêmea
• Cilindro hidráulico
• Pistão de balanceamento
• Mancal radial
• Rotor macho
• Mancal de escora
• Selo mecânico

111

CORPORATIVA
Alta Competência

3) Com relação ao circuito de óleo de lubrificação, marque a resposta


correta:
( ) O circuito de óleo de lubrificação tem a finalidade de lu-
brificar o rotor, mancal e selo mecânico.
( ) O circuito de óleo de lubrificação tem finalidade de
lubrificar o rotor, mancal e selo mecânico; selagem entre
o rotor e a carcaça; resfriamento do gás em compressão e
acionamento da slide-valve.
( ) O circuito de óleo de lubrificação tem a finalidade de
lubrificar a slide-valve.
( ) O circuito de óleo de lubrificação tem a finalidade de
comandar, hidraulicamente, a slide-valve.

4) Correlacione a primeira coluna de acordo com a segunda.


( a ) Vaso da descarga ( ) Componente do circuito de con-
112 do compressor. trole de capacidade que contro-
la a capacidade de 0 a 10%.
( b ) Válvula controlado- ( ) Componente do circuito de
ra da pressão dife- óleo de lubrificação, que pro-
rencial entre o gás move o controle da pressão da
e o óleo (PDCV). descarga da bomba.
(c) Slide-valve. ( ) Componente do circuito de
óleo de lubrificação, que serve
de reservatório para o óleo.
( d ) Válvula de controle ( ) Componente do controle de
da pressão de sucção capacidade que controla a ca-
instalada na linha de pacidade do compressor de 10
reciclo externo. a 100%.

CORPORATIVA
Capítulo 4. Compressores de parafuso

4.6. Glossário
Câmara de compressão - parte interna do cilindro.

Isoentrópica - processo de compressão adiabática, ou seja, compressão sem troca


de calor.

Lóbulo - parte convexa do rotor macho.

PIC - controlador e indicador de pressão.

PSV - válvula de segurança.

Range - faixa.

Slide-valve - válvula de controle de capacidade, que faz parte integrante do


compressor de parafuso lubrificado e controla a capacidade do compressor de 10
a 100%.

Split-range - estratégia de controle quando se tem mais de um elemento final de


controle para um controlador e o range de atuação de cada elemento de controle
113
é escalonado.

Sulco - parte côncava do rotor fêmea.

CORPORATIVA
Alta Competência

4.7. Bibliografia
RODRIGUES, Paulo Sérgio B. Compressores Industriais. Rio de Janeiro: Editora
Didática e Científica (EDC), 1991.

VALADÃO, Cleuber Pozes. Turbocompressores – TOP. Apostila. Petrobras. Rio de


Janeiro: 2007.

114

CORPORATIVA
Capítulo 4. Compressores de parafuso

4.8. Gabarito
1) Marque a resposta correta que complete as lacunas do texto:

O compressor de parafuso consiste basicamente de dois rotores embutidos em


uma carcaça de ferro fundido, uma carcaça principal, uma carcaça de entrada e
outra de saída. Os rotores diferem na forma e são identificados como “macho”
e “fêmea”. O rotor macho possui quatro lóbulos em forma de uma hélice ao
longo do corpo do rotor. Semelhantemente, o rotor fêmea possui seis sulcos
formados no lado oposto da hélice em relação ao outro.

( ) impelidores, rotor macho e rotor fêmea

( X ) rotores, rotor macho e rotor fêmea

( ) rotores macho, rotor fêmea e rotor macho

( ) diafragmas, rotor fêmea e rotor macho

2) Identifique na ilustração os seguintes componentes do compressor de parafuso:

• Acoplamento
• Carcaça 115
• Rotor fêmea
• Cilindro hidráulico
• Pistão de balanceamento
• Mancal radial
• Rotor macho
• Mancal de escora
• Selo mecânico

Mancal de
Selo mecânico Acoplamento
escora

Mancal
radial
Rotor
macho
Mancal
radial

Pistão de
balanceamento

Cilindro
Hidráulico Rotor fêmea

Carcaça

CORPORATIVA
Alta Competência

3) Com relação ao circuito de óleo de lubrificação, marque a resposta correta:

(X) O circuito de óleo de lubrificação tem a finalidade de lubrificar o rotor,


mancal e selo mecânico.
( ) O circuito de óleo de lubrificação tem finalidade de lubrificar o rotor,
mancal e selo mecânico; selagem entre o rotor e a carcaça; resfriamento
do gás em compressão e acionamento da slide-valve.
( ) O circuito de óleo de lubrificação tem a finalidade de lubrificar a slide-valve.
( ) O circuito de óleo de lubrificação tem a finalidade de comandar,
hidraulicamente, a slide-valve.

4) Correlacione a primeira coluna de acordo com a segunda.

(a) Vaso da descarga do (d) Componente do circuito de controle de


compressor. capacidade que controla a capacidade de
0 a 10%.
(b) Válvula controladora (b) Componente do circuito de óleo de
da pressão diferencial lubrificação, que promove o controle da
entre o gás e o óleo pressão da descarga da bomba.
(PDCV).
(c) Slide-valve. (a) Componente do circuito de óleo de
116 lubrificação, que serve de reservatório
para o óleo.
(d) Válvula de controle (c) Componente do controle de capacidade
da pressão de sucção que controla a capacidade do compressor
instalada na linha de de 10 a 100%.
reciclo externo.

CORPORATIVA
Capítulo 5
Compressores
alternativos

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Descrever o princípio de funcionamento dos compressores


alternativos e identificar seus componentes;
• Diferenciar os tipos de controle de capacidade dos
compressores alternativos.

CORPORATIVA
Alta Competência

118

CORPORATIVA
Capítulo 5. Compressores alternativos

5. Compressores alternativos

O
s compressores alternativos operam em regime intermitente,
através do movimento alternado do pistão dentro do cilindro.
Em algumas aplicações, o resfriamento do gás é efetuado
simultaneamente à compressão. Nesses casos, o resfriamento se dá
pela água que escoa pela camisa que envolve o cilindro. Dessa forma,
a temperatura de descarga é reduzida em relação à mesma razão de
compressão sem o esfriamento.

O ciclo do compressor alternativo está representado a seguir, no


diagrama de pressão X volume do cilindro, pois, como será possível
constatar, esse diagrama facilita bastante o cálculo do trabalho de
compressão. Observe que a cada volume do gás (volume do cilindro)
corresponde uma posição do pistão.
119
A palavra “ciclo” refere-se ao fato de que, a cada rotação do
girabrequim (360º), ocorre a mesma sucessão de etapas (sucção/
compressão/descarga/expansão) com o gás que preenche o
cilindro, não significando, obviamente, que o gás complete um
ciclo termodinâmico.

PD Sistema
Trabalho
Perdido
PD Interna
PRESSÃO

Pd Sistema – pressão de
descarga do sistema
Pd Interna – pressão de
descarga interna no cilindro
vD VOLUME vS
CR > P1 Vs – volume na sucção
Vd – volume na descarga
Diagrama de pressão x volume do cilindro

CORPORATIVA
Alta Competência

P 3 Descarga 2

Co
mp
Exp

r ee
ans

nsã
ão

o
Sucção

4 1

Vmin Vmax

Ciclo termodinâmico

120
5.1. Princípio de funcionamento

O princípio de funcionamento de um compressor alternativo se dá


em um ciclo de quatro etapas, a saber:

Sucção 4 ~ 1 - Quando o pistão se desloca, a válvula de sucção abre,


permitindo a entrada do volume Vs de gás no cilindro, na pressão PI
sucção, a mesma do reservatório de sucção.

Compressão 1 ~ 2 - Com as válvulas de sucção e descarga fechadas,


o pistão comprime o gás segundo uma transformação politrópica.
Quando o gás atinge a pressão P2’, abre-se a válvula de descarga,
permitindo a saída do gás para o reservatório de descarga.

Descarga 2 ~ 3 - O pistão desloca todo o gás que estava contido no


cilindro para o reservatório de descarga a uma pressão constante P2
igual à pressão do reservatório.

CORPORATIVA
Capítulo 5. Compressores alternativos

Expansão 3 ~ 4 - Contendo o cilindro uma massa infinita de gás no


ponto 3, ao se deslocar ligeiramente o pistão, haverá uma rápida
expansão desse gás. Ao atingir o gás a pressão PI igual à pressão do
reservatório de sucção, abre-se a válvula de sucção, o cilindro recebe
nova massa de gás no curso 4 ~ 1 e os processos se repetem.

• Volume aspirado (Vasp) - É o volume de gás nas condições de


sucção que é retirado do reservatório de sucção pelo cilindro a
cada rotação do girabrequim.

5.2. Principais componentes

Os principais componentes dos compressores alternativos são:

• Carter;

• Girabrequim ou eixo de manivela; 121

• Biela;

• Cilindro;

• Êmbolo ou pistão;

• Válvula de admissão ou sucção;

• Válvula de descarga.

No compressor alternativo de duplo efeito existem duas câmaras de


compressão trabalhando em paralelo, cada uma delas limitada por
uma face do pistão. Observe, na ilustração a seguir, a disposição dos
componentes em um compressor alternativo:

CORPORATIVA
Alta Competência

Girabrequim ou Admissão Coletor


eixo de manivela de sucção
Volante Peça de
distanciamento Válvula de
Biela Anel sucção
limpador
Haste de óleo

Cruzeta Pistão

Selo de haste

Fundação Válvula de
Descarga
Indicador de descarga
nível de óleo
Camisas de água
de resfriamento

Componentes de um compressor alternativo

Vale acrescentar que existe o compressor alternativo de duplo efeito,


122
que possui dois cilindros dispostos a 180º um do outro, em que as
bielas são acionadas pelo mesmo girabrequim. Nesse compressor de
duplo efeito, existem duas câmaras de compressão trabalhando em
paralelo, cada uma delas limitada por uma face do pistão.

Admissão

Óleo do lubrificador
Válvula fechada

Engaxetamento
Água de
da haste
resfriamento

Haste do
pistão

Válvula aberta
Descarga

Esquema de câmara de compressão com duplo-efeito

CORPORATIVA
Capítulo 5. Compressores alternativos

Para que possa haver a vedação da câmara do lado do girabrequim


é necessário que o pistão seja movimentado pela haste guiada,
articulada na biela.

As características desta construção são:

• Torque mais regular - a cada volta do girabrequim, são


efetuados dois ciclos de compressão;

• Grandes capacidades - observar apenas que um cilindro de


duplo efeito não tem o dobro da capacidade de um de simples
efeito de mesmo tamanho, em razão do volume ocupado pela
haste (a diferença é sensível na maioria dos casos);

• Esforços laterais do pistão (anéis) contra o cilindro são


muito reduzidos;
123
• Contato lubrificante-gás pode ser mais eficientemente evitado;

• Construção mais complexa.

Os compressores de duplo efeito são muito empregados para serviços


de maior responsabilidade, como processos industriais e centrais de
ar comprimido.

Quanto à disposição dos cilindros, os compressores alternativos


podem ser:

a) Horizontais:

• Facilidade de acesso, principalmente às válvulas;

• Ocupam muito espaço e exigem maiores fundações;

• Esforços laterais sobre os anéis do pistão.

CORPORATIVA
Alta Competência

b ) Verticais:

• Acesso mais difícil;

• Menores fundações e espaço ocupado;

• Lubrificação mais fácil.

Em compressores muito grandes, o peso do pistão poderia causar


cargas adicionais sensíveis nas peças acionadoras. Nesses casos, são
usados os cilindros horizontais.

124

Compressores alternativos de duplo efeito com


cilindros horizontais

5.3. Circuito de controle de capacidade

A característica de performance de um compressor alternativo para


uma determinada rotação é a vazão, que é praticamente constante
para uma grande faixa de pressões.

Quando um compressor alternativo atua em um circuito como,


por exemplo, uma central de ar comprimido, que requer pressão
de descarga constante para qualquer vazão de consumo, o
compressor em si não conseguirá atender às necessidades
características do circuito.

CORPORATIVA
Capítulo 5. Compressores alternativos

Torna-se necessário dotar o compressor de um sistema de controle de


capacidade que possibilite variar a vazão para que, a cada instante,
se possa manter uma variável qualquer no valor desejado (pressão
de descarga, vazão em massa fornecida ao circuito) ou, sendo mais
realista, dentro da faixa desejada.

5.3.1. Tipos de controle de capacidade

As características requeridas pelo circuito irão definir o tipo do


circuito de controle.

a) Variação de rotação do compressor

A vazão em volume é proporcional à rotação do compressor. Para


uma variação na rotação:

125
• As eficiências de compressão e mecânica e o rendimento
volumétrico permanecem praticamente os mesmos;

• A potência necessária no eixo é proporcional à rotação;

• A potência necessária no eixo por unidade de massa de gás


permanece a mesma.

Esse último item evidencia que a variação de rotação é um meio


bastante eficiente de controle de capacidade do compressor, porque
é fornecida ao gás a energia necessária para o seu deslocamento.

Os acionadores mais comuns que permitem variação de rotação são:

• Turbinas a vapor ou a gás – de 80 a 110% da rpm nominal,


para um controle eficiente;

• Motor de combustão interna – de 50 a 110% da rpm nominal;

• Motor de indução de rotor bobinado – até 60% da rpm


nominal;

CORPORATIVA
Alta Competência

• Motor de indução com rotor em gaiola com acoplamento


hidráulico – o acoplamento tem baixa eficiência para rpms
diferentes da nominal.

O uso de acionadores é limitado, porque a potência total entregue


pelo motor é basicamente constante em todas as faixas de rotações.
Quando a rotação é menor, parte da potência fornecida deixa de ser
entregue pelo motor para ser consumida pelo reostato.

b) Estrangulamento na sucção

Nesse caso, o gás na sucção é estrangulado por uma válvula manual


ou automática. A pressão na entrada do compressor varia com maior
ou menor estrangulamento.

Embora o controle por estrangulamento da sucção possa ser feito até


126 vazão nula, é bastante limitado - até 5% - pois causaria temperatura
de descarga excessiva, além de aumento da potência necessária para
razão de compressão menor do que 3.

É fácil verificar que esse controle não é muito eficiente, pois existem
perdas de energia disponível do fluido no estrangulamento, causando
um aumento do trabalho necessário por unidade de massa do gás.

Nesse tipo de controle de capacidade, a válvula de estrangulamento


na sucção pode ser comandada para controlar a pressão de sucção ou
de descarga.

c) Recirculação ou descarga para atmosfera

Quando é requerida uma vazão menor que a fornecida pelo


compressor, uma parte desta pode ser recirculada da descarga para a
sucção através de uma linha equipada com uma válvula de controle.

Estando o gás na descarga em temperatura mais alta que na


sucção, é necessário que haja um resfriamento do gás recirculante.
Caso contrário, as temperaturas de sucção e descarga aumentariam
progressivamente, até atingir a temperatura de parada do compressor.

CORPORATIVA
Capítulo 5. Compressores alternativos

Se houver um resfriador na descarga, a tomada de gás deve ser


feita após o permutador. Se houver um na sucção, a entrada do gás
reciclado deverá ser feita antes do permutador. Se não existirem esses
permutadores, pode ser usado ainda um resfriador na própria linha
de reciclo.

Para relações de compressão muito baixas, pequenas vazões de


recirculação ou durante pequenos períodos, não é necessário o
resfriamento.

Quando a válvula de reciclo é operada por instrumentos, os cilindros


do compressor deverão ser superdimensionados, porque mesmo com
100% de vazão sendo enviada para consumo, a válvula deverá estar
levemente aberta para permitir o controle nessa vazão.

A recirculação é um método de controle pouco econômico, pois a


potência consumida é constante, independente do fato de a vazão 127
realmente entregue para consumo ser menor.

Em compressores de vários estágios, para evitar um consumo de


potência mais alto, em geral faz-se recirculação no primeiro estágio.
Para ar ou gases não perigosos e baratos a descarga é simplesmente
feita para a atmosfera.

d) Variação do espaço morto ou nocivo

A folga existente entre o pistão e o cilindro quando o pistão está no


final do curso é chamada de espaço morto ou nocivo.

A variação do espaço morto de um cilindro pode ser conseguida de


duas maneiras:

• Variação contínua;

• Variação descontínua.

CORPORATIVA
Alta Competência

Existem um ou mais volumes em conexão com o cilindro, mas


normalmente bloqueados por plugs. O levantamento de cada plug
causa um novo valor para o espaço morto.

A variação descontínua é facilmente adaptada para controle


automático. Até agora, a variação contínua do espaço morto
controlada automaticamente tem sido muito pouco explorada
comercialmente.

Em compressores de estágios, para evitar alterações nas pressões


intermediárias, todos os estágios devem possuir volumes disponíveis
para variação do espaço morto, de maneira que a mesma variação
de vazão ocorra para todos os estágios, mantendo as relações de
compressão previstas para os estágios.

O controle de capacidade pelo espaço nocivo é muito eficiente,


pois mantém aproximadamente o mesmo trabalho consumido por
128
unidade de massa do gás.

Por outro lado, os compressores de processo, em geral, necessitam


apenas de pequenas variações na vazão fornecida, portanto o
número e o volume dos espaços mortos necessários em um cilindro
são mínimos.

O controle através da variação do espaço morto tende, contudo, a se


tornar impraticável para razão de compressão menor que 1,8 porque,
nesse caso, os espaços mortos deverão ser muito grandes para que
reduções suficientes de vazão (baixos rendimentos volumétricos)
sejam alcançadas.

e) Alívio nas válvulas de sucção

Um cilindro ou uma das câmaras de um cilindro de duplo efeito pode


ter a vazão fornecida reduzida a zero, se forem mantidas abertas as
válvulas de sucção. Isso permite ao gás no cilindro retornar à sucção
durante o ciclo de compressão, com um mínimo consumo de potência
por esse cilindro.

Um cilindro de duplo efeito pode ter a vazão reduzida a 50% ou


anulada, aliviando respectivamente as válvulas de sucção de uma
câmara ou de ambas.

CORPORATIVA
Capítulo 5. Compressores alternativos

O alívio é feito mecanicamente por um garfo comandado manual


ou automaticamente. Esse tipo de controle é desvantajoso em
dois pontos:

• Não é gradual;

• Desbalanceia o compressor, pois no cilindro no qual foram


aliviadas as válvulas de sucção, a pressão do gás permanece
em valores muito baixos, causando forças no girabrequim que
desequilibram as dos outros cilindros.

Todos os estágios - em compressores com vários estágios - deverão ter


suas capacidades reduzidas proporcionalmente.

Quanto ao tipo, as válvulas podem ser:

• Automáticas: a sua abertura ou fechamento se faz pela


129
diferença entre a pressão do reservatório de gás, com o qual ela
comunica o cilindro, e a pressão interna do gás no cilindro. Esse
tipo de válvula é o mais usado.

Os tipos de válvulas automáticas mais comuns são de:

• Lâminas elásticas planas;

• Lâminas elásticas curvas.

Válvula
(Calha)

Batente
Assento
da válvula

Lâminas elásticas planas

CORPORATIVA
Alta Competência

Lâminas elásticas curvas

130

Lâminas elásticas curvas

POPPET
• Comandadas: abertura comandada por um eixo de cames
engrenado ao girabrequim. A abertura e o fechamento dessas
válvulas se fazem, portanto, sempre para uma mesma posição
do pistão, independente de quais sejam as pressões no cilindro
ou no reservatório.

f) Sistemas combinados

Um sistema de controle de vazão bastante empregado em cilindros


de duplo efeito combina a variação do espaço morto com o alívio das
válvulas de sucção. Esse controle é capaz de fornecer 0, 25, 50, 75 e
100% de vazão nominal.

CORPORATIVA
Capítulo 5. Compressores alternativos

g) Parada e partida do acionador

Usado para compressores de ar acionados por motor elétrico ou


motor de combustão interna.

Para motores elétricos, esse sistema é empregado para potências até


100 HP – principalmente até 10 HP – pois, para motores maiores, os
cuidados na partida tornam-se cada vez mais problemáticos ou para
sistemas que provoquem um pequeno número de paradas.

Nesse tipo de controle, um sinal proveniente de um controlador da


pressão do reservatório de descarga atua uma chave de contato que
faz partir o compressor quando a pressão cai a um nível tal como 90
psig e desliga o acionador quando a pressão atinge 105 psig (para ar
comprimido em pressão de 100 psig).

5.3.2. Problemas de partida


131
O compressor alternativo exige alto torque de partida. O torque do
motor deve ser suficiente para vencer o torque resistente por causa
da compressão do gás e ainda possibilitar a aceleração do conjunto
até a rotação nominal.

Os motores elétricos apresentam alta corrente de partida (até nove


vezes a corrente nominal), portanto, um tempo de partida muito
longo pode causar danos ao motor.

As seguintes medidas são tomadas para evitar prejuízos ao motor


elétrico durante a partida do compressor:

a) Diminuição da corrente de partida, através de:

• Chave de redução de tensão: não se pode diminuir muito a


tensão, pois o torque de partida é proporcional ao quadrado
da tensão;

• Motor especial com baixa corrente de partida;

• Motor de maior tensão nominal.

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Exemplo:

I nom. I partida

HP Tensão (V) (A) (A)

250 2300 68 350

125 440 160 915

b) Diminuição do torque resistente, possibilitando menor tempo de


partida (até atingir a rotação de regime).

Existem vários modos:

• Recirculação de gás da descarga para a sucção: nesse caso,


a tubulação de reciclo deve ser bastante ampla, para uma
132 velocidade de 100 ft/s;

• Algumas vezes, o reciclo é construído no próprio cilindro;

• Alívio das válvulas de sucção;

• Abrir a descarga para a atmosfera, no caso de ar ou gases de


pouco valor;

• Fechamento da válvula de bloqueio da sucção.

Em compressores portáteis, acionados por motor de combustão


interna, uma embreagem é usada entre o motor e o compressor, para
poupar a bateria.

5.4. Circuito de lubrificação

O circuito de lubrificação de um compressor alternativo industrial é


composto de um circuito fechado e um circuito aberto.

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Capítulo 5. Compressores alternativos

O circuito de lubrificação fechado é um sistema a óleo sob pressão


(lubrificação forçada) e tem a finalidade de suprir óleo para lubrificar
os mancais e o girabrequim.

O circuito de lubrificação aberto tem a finalidade de lubrificar a


cruzeta e os anéis de selagem. A lubrificação é realizada por um
sistema de salpicos, no qual o óleo injetado é descarregado junto
com o gás.

Os cilindros são normalmente lubrificados com um lubrificador


mecânico, com uma ou mais injeções em cada cilindro. Esse lubrificador
mecânico pode ser acionado por um pequeno motor elétrico ou pelo
próprio girabrequim, através de um jogo de engrenagens. Neste
último caso, é necessária uma bomba de pré-Iubrificação para a
partida da unidade.

O material normalmente utilizado é o bronze, havendo injeção de 133


óleo lubrificante para dissipar o calor gerado e funcionar ainda como
auxiliar de vedação, devido ao filme de óleo formado.

Quando o compressor é do tipo não lubrificado utilizam-se anéis de


vedação de teflon ou carvão.

• Selagem da haste do pistão: a maioria dos modernos


compressores utiliza anéis metálicos para vedação da haste do
pistão. Os anéis são presos através de um parafuso passante,
construídos em segmentos e apertados contra a haste do pistão
por molas circulares.

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5.5. Exercícios

1) Com relação ao princípio de funcionamento dos compressores al-


ternativos, marque a resposta correta que complemente as lacunas
no texto:

Sucção 4 ~ 1 - Quando o pistão se desloca, a ___________________


abre, permitindo a entrada do volume Vs de gás no cilindro, na
pressão PI sucção, a mesma do reservatório de sucção.

Compressão 1 ~ 2- Com as válvulas de sucção e descarga fechadas, o


pistão comprime o gás segundo uma transformação politrópica.
O gás, ao atingir a pressão P2’, abre-se a __________________,
permitindo a saída do gás para o reservatório de descarga.

Descarga 2 ~ 3 - O pistão desloca todo o gás que estava contido no


cilindro para o reservatório de descarga a uma pressão constante
134 P2, igual à pressão do reservatório.

Expansão 3 ~ 4 - Contendo o cilindro uma massa infinitésima de


gás no ponto 3, ao se deslocar ligeiramente o pistão, haverá uma
rápida expansão desse gás. Ao atingir o gás a pressão PI, igual
à pressão do reservatório de sucção, abre-se a ______________, o
cilindro recebe nova massa de gás no curso 4 ~ 1 e os processos
se repetem.

(a) Válvula de sucção, válvula de sucção e válvula de descarga.


(b) Válvula de descarga, válvula de sucção, válvula de sucção.
(c) Válvula de sucção, válvula de descarga, válvula de sucção.

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Capítulo 5. Compressores alternativos

2) Identifique os seguintes componentes do compressor alternativo


na ilustração a seguir:

• Girabrequim ou eixo manivela;

• Êmbolo ou pistão;

• Biela;

• Válvula de admissão ou sucção;

• Válvula de descarga.

135

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3) Coloque verdadeiro (V) ou falso (F) para cada uma das afirmativas
a seguir sobre os tipos de controle de capacidade dos compressores
alternativos:
( ) Uma válvula de controle comandada automaticamente é
usada com freqüência em compressores com acionadores
de rotação constante para manter a pressão constante no
vaso de descarga.
( ) Para ar ou gases não perigosos e baratos é feita simples-
mente a descarga para a atmosfera.
( ) O controle de capacidade pelo espaço nocivo é pouco efi-
ciente porque mantém aproximadamente o mesmo trabalho
consumido por unidade de massa do gás.
( ) Um circuito de controle de vazão bastante empregado em
cilindros de duplo efeito combina a variação do espaço
morto com o alívio das válvulas de sucção.
( ) O estrangulamento na sucção permite ao gás no cilindro
136 retomar a sucção durante o ciclo de compressão, com um
mínimo consumo de potência por esse cilindro.

4) Dentre as afirmativas a seguir, marque a que melhor define o


circuito de lubrificação dos compressores alternativos industriais:
( ) O circuito de lubrificação aberto é um circuito a óleo sob
pressão (lubrificação forçada).
( ) O circuito de lubrificação fechado tem a finalidade de lu-
brificar a cruzeta e os anéis de selagem.
( ) O circuito de lubrificação fechado tem a finalidade de su-
prir óleo para lubrificar os mancais e o girabrequim.
( ) O circuito de lubrificação fechado pode ser feito por sis-
tema de salpicos e o óleo injetado é descarregado junto
com o gás.

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Capítulo 5. Compressores alternativos

5.6. Glossário
Biela - componente que transmite a potência do eixo (movimento rotativo) para o
pistão (movimento alternativo).

Câmara de compressão - parte interna do cilindro.

Camisa - parte interna do cilindro.

Carter - parte inferior do motor.

Ciclo termodinâmico - etapas consecutivas de processos físicos fechando um ciclo.

Corrente de partida - corrente elétrica demandada na partida de motor elétrico,


que chega a atingir 9 vezes o valor da corrente nominal.

Cruzeta - componente de ligação entre a biela e o pistão.

Eixo de came - controla a abertura e fechamento das válvulas de admissão e


descarga.
137
Êmbolo - dispositivo que desliza em um e em outro sentido no interior de um
cilindro.

Girabrequim - eixo com curvas, onde são fixadas as bielas e dessa forma transforma
o movimento rotativo em movimento retilíneo alternativo do conjunto pistão-biela
de um motor de combustão ou de um compressor alternativo.

Mancal - suporte de apoio de eixos.

Permutador - trocador de calor, por exemplo, resfriador ou aquecedor.

Reostato - resistência variável, que colocada em um circuito, permite modificar a


intensidade da corrente elétrica.

Torque - força que tende a rodar ou virar objetos.

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5.7. Bibliografia
RODRIGUES, Paulo Sérgio B. Compressores Industriais. Rio de Janeiro: Editora
Didática e Científica (EDC), 1991.

VALADÃO, Cleuber Pozes. Turbocompressores - TOP. Apostila. Petrobras.


Macaé: 2007

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Capítulo 5. Compressores alternativos

5.8. Gabarito
1) Com relação ao princípio de funcionamento dos compressores alternativos,
marque a resposta correta que complemente as lacunas no texto:

Sucção 4 ~ 1 - Quando o pistão se desloca, a válvula de sucção abre, permitindo


a entrada do volume Vs de gás no cilindro, na pressão PI sucção, a mesma do
reservatório de sucção.

Compressão 1 ~ 2 - Com as válvulas de sucção e descarga fechadas, o pistão comprime


o gás segundo uma transformação politrópica. O gás, ao atingir a pressão P2’,
abre-se a válvula de descarga, permitindo a saída do gás para o reservatório de
descarga.

Descarga 2 ~ 3 - O pistão desloca todo o gás que estava contido no cilindro


para o reservatório de descarga a uma pressão constante P2, igual à pressão do
reservatório.

Expansão 3 ~ 4 - Contendo o cilindro uma massa infinitésima de gás no ponto 3,


ao se deslocar ligeiramente o pistão haverá uma rápida expansão desse gás. Ao
atingir o gás a pressão PI, igual à pressão do reservatório de sucção, abre-se a
válvula de sucção, o cilindro recebe nova massa de gás no curso 4 ~ 1 e os processos
se repetem. 139
( a ) Válvula de sucção, válvula de sucção e válvula de descarga.

( b ) Válvula de descarga, válvula de sucção, válvula de sucção.

( c ) Válvula de sucção, válvula de descarga, válvula de sucção.

2) Identifique os seguintes componentes do compressor alternativo na ilustração


a seguir:

• Girabrequim ou eixo manivela

• Êmbolo ou pistão

• Biela

• Válvula de admissão ou sucção

• Válvula de descarga
Girabrequim ou eixo manivela
Válvula de admissão
Biela ou sucção

Êmbolo ou Pistão

Válvula de descarga

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3) Coloque verdadeiro (V) ou falso (F) para cada uma das afirmativas a seguir sobre
os tipos de controle de capacidade dos compressores alternativos:

(V) Uma válvula de controle comandada automaticamente é usada com fre-


qüência em compressores com acionadores de rotação constante para
manter a pressão constante no vaso de descarga.
(V) Para ar ou gases não perigosos e baratos é feita simplesmente a descarga
para a atmosfera.
(F) O controle de capacidade pelo espaço nocivo é pouco eficiente, porque
mantém aproximadamente o mesmo trabalho consumido por unidade de
massa do gás.
Justificativa: está errado, pois é bastante eficiente exatamente por man-
ter o mesmo trabalho consumido por unidade de massa do gás.
(V) Um circuito de controle de vazão bastante empregado em cilindros de
duplo efeito combina a variação do espaço morto com o alívio das válvu-
las de sucção.
(F) O estrangulamento na sucção permite ao gás no cilindro retomar a suc-
ção durante o ciclo de compressão, com um mínimo consumo de potência
por esse cilindro.
Justificativa: está errado, pois o alívio nas válvulas de sucção é que per-
140 mitem ao gás no cilindro este retorno à sucção.

4) Dentre as afirmativas a seguir, marque a que melhor define o circuito de


lubrificação dos compressores alternativos industriais:
( ) O circuito de lubrificação aberto é um circuito a óleo sob pressão
(lubrificação forçada).
( ) O circuito de lubrificação fechado tem a finalidade de lubrificar a cruzeta
e os anéis de selagem.
(X) O circuito de lubrificação fechado tem a finalidade de suprir óleo para
lubrificar os mancais e o girabrequim.
( ) O circuito de lubrificação fechado pode ser feito por sistema de salpicos e
o óleo injetado é descarregado junto com o gás.

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