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Estruturas das Rochas

Resultados das deformações impostas aos


corpos, maciços e províncias rochosas,
impostas ao longo do tempo geológico, e
com reflexo direto na constituição de planos
de fraqueza que controlam e definem o
comportamento dos maciços rochosos e
também dos maciços ditos terrosos, desde
que se encontrem preservadas ao longo ou
em parte dos perfis de intemperismo
ESTRUTURAS DAS ROCHAS ÍGNEAS

(a) Forma de Ocorrência: diques, sills, batólitos e stocks;

(b) Relações de contatos: Contato abrupto (corpos próximos à crosta ou


extravasantes); Contato gradacional (rocha ígnea que passa gradativamente às
características da rocha encaixante).

(c) Estruturas Internas:


Fluidais: orientação planar dos minerais;
Vesiculares: localizadas no topo de um derrame;
ESTRUTURAS DAS ROCHAS SEDIMENTARES

(a) Acamamento plano-paralelo: estratificações planares paralelas entre si

(b) Acamamento plano-cruzado: ambientes de rios meandrantes

(c) Estratificações rítmicas: alternância de finas camadas, repetidas sucessivamente

(d) Estrutura gradacional: granulometria mais grossa na base e mais fina no topo

(e) Marcas de onda: simétricas (marcam o topo da camada)

(f) Fendas de ressecamento: geralmente preenchidas com material arenoso


Foliação primária

•acamamento sedimentar
Tipos
a. Acamamento
b. Orientação dos minerais
c. Grãos deformados
d. Variação dos tamanhos dos
grãos
e. Minerais orientados numa
matriz sem orientação
f. D com minerais em lentes
g. Fraturas com orientação
preferencial
h. Combinação

Turner and Weiss (1963) and Passchier and Trouw (1996).


Estruturas das Rochas Metamórficas

Foliação: qualquer orientação planar ou linear numa


rocha:
– bandeamento
– xistosidade
– variação na granulação
– orientação preferencial de grãos minerais
– estiramento de seixos
– combinação dos itens anteriores
Proposed mechanisms for the development of foliations. After Passchier and Trouw
(1996) Microtectonics. Springer-Verlag.
Dobras

• Estruturas metamórficas ou sedimentares.

• Nas metamórficas, geradas pela movimentação das


placas tectônicas em condições de temperatura e pressão
especiais que permitem que as rochas tenham um
comportamento plástico.

• Nas rochas sedimentares são formadas pelo excesso de


peso de camadas superiores sobre inferiores não coesas.
Dobras

DOBRAS TECTÔNICAS

Deformação dúctil de uma estrutura planar anteriormente formada (primária ou


deformacional)
Estruturas Atectônicas: Não são relacionadas à dinâmica interna do planeta
Podem ser geradas por diversos mecanismos
Dobras

Mecanismos de formação de dobras

FLAMBAGEM CISALHAMENTO
• Gera dobras chamadas paralelas • Gera dobras chamadas similares
•Deslizamento entre as camadas • Deformação dúctil das camadas e
formação de foliação plano-axial
• Não hé deformação da espessura das
camadas • Modificação na espessura inicial
das camadas
• Niveis mais rasos na crosta
Dobras

CLASSIFICAÇÃO DAS DOBRAS


Classificação com base na sentido de fechamento da dobra

Antiformal

Sinformal

Anticlinal: Unidades mais


antigas no núcleo da dobra
Sinclinal: Unidades mais
novas no núcleo da dobra
Falhas
Falhas

Estruturas planares formadas pelo deslocamento


dos pacotes de rocha ou suas camadas.

Observadas quando ocorre a descontinuidade de


camadas planares.

Formadas em condições próximas à superfície,


com pressões e temperaturas não muito altas, isto
é, quando as rochas possuem comportamento
rígido e não plástico.
Falhas
Falhas

Elementos geométricos de uma falha

• Bloco abatido – Capa


• Bloco levantado – Lapa
• Movimento relativo ao
longo do plano de falha
• Plano de falha
• Escarpa de falha

O movimento de uma falha pode ser obtido de diversas formas


Falhas

Elementos geométricos de uma falha

Rejeito
Falhas

EVIDÊNCIAS DE FALHAMENTOS

Deslocamento de camadas
Classificação das Falhas

Classificação de falhas com base no movimento relativo entre blocos adjacentes.


a) falha normal; b) falha inversa; c) falha transcorrente e d) oblíqua.
Falhas Normais
Falhas Normais
Falhas Reversas
Falhas Transcorrentes
Efeitos no Relevo – Grabens e Horsts
Conceitos básicos
• Maciço Rochoso = Matriz rochosa(rocha
intacta )+ Descontinuidades
Obs1.: matriz rochosa caracteriza-se como
heterogênea, pois pode apresentar “defeitos”
em micro escala cristalina, fissuras e
anisotropias intergranulares
Obs2.: Na prática a matriz rochosa pode ser
considerada homogênea na escala de
estudo.
• Descontinuidade geomecânica: Estruturas geológicas tabulares
ou planares de reduzida qualidade mecânica, ou seja, com
resistência e rigidez muito menor do que a rocha que as contém.
São condições mais desfavoráveis para obras de engenharia

Juntas, falhas, foliação proeminente (casos especiais),


contato litológico brusco...

• Descontinuidade hidráulica: Feições geológicas tabulares ou


planares com maior permeabilidade ou condutividade hidráulica
que a matriz rochosa.

Estratos pouco consolidados em uma sequência sedimentar, níveis micáceos mais


alterados, camadas com litologia mais branda, camadas com litologia mais
alteradas ou mais deformadas que o conjunto

Obs.: Descontinuidades hidráulicas também podem representar


descontinuidades geomecânicas.
Homogeneidade X Heterogeneidade
Um material é dito homogêneo quando qualquer porção amostrada do
mesmo mantém as mesmas propriedades.
Depende da escala de observação.

Isotropia X Anisotropia
Um maciço é isotrópico quando suas propriedades não variam segundo
a direção de observação.
As anisotropias estruturais não são descontinuidades, contudo podem
representar condições geotécnicas desfavoráveis na implementação
das obras de engenharia.
Efeito escala
Efeito escala
• Deve ser considerado na caracterização das
descontinuidades;
• Verificação da relação entre o espaçamento
médio das descontinuidades e a dimensão da
obra a ser implantada;
• Se o maciço for finamente fraturado
(espaçamento médio das descontinuidades é
muito pequeno em relação a obra), o seu
comportamento será determinado pela matriz
rochosa.
• Caso o espaçamento seja da ordem de grandeza
da obra as descontinuidades são consideradas
em mesmo grupo de orientação ou famílias;
Mapa Geológico de uma parte da Cidade do Rio de Janeiro
Mapeamento geológico-geotécnico do
município do Rio de Janeiro
Carta geológico-geotécnica

Escala: 1:10.000 Data:Maio/199


Rua Farani - Laranjeiras
•Maciço rochoso pouco fraturado, com juntas de alívio e fraturas
verticais esparsas (condição inicial).
•Apresenta cobertura de alteração de rocha e solo, susceptíveis à queda.

Talude ao lado da embaixada, mais fraturado em Talude ao lado da USU. O desmonte nesta face foi
função do desmonte sem controle. mais cuidadoso, resultando num número menor de
fraturas induzidas
Estereograma 3

Pla no m áximo do set 2

Plano máximo do set 3

Possível pla no de ruptura do ta lude


Set 3 de fraturas Set 2de fraturas

Polos dos planos das fraturas

Polos dos planos do set 2


Espaça
Atitude Tipo Abertura Persistência Rugosidade Preenchimento
mento
115/75 tectônica 7cm 2,5m 2,5 a 3m polida sem
095/79 tectônica 0,5cm 2,5m 0,8m pouco polida alteração

097/77 tectônica 0,8cm 2,5m 0,8m polida alteração

110/84 tectônica 0,5cm 2,5m 0,5m polida alteração

083/74 tectônica 1cm 2,5m 0,8m polida alteração

105/80 tectônica 0,5cm 2,5m 1m polida alteração

090/90 tectônica 1cm 2,5m 1m polida alteração

287/30 tectônica 0,5cm 1m 0,5 a 0,8m rugosa alteração

268/25 tectônica fechada 1m 0,5 a 0,8m rugosa XXX

265/20 tectônica Fechada 1m 0,5 a 0,8m rugosa XXX

255/10 tectônica 0,5cm 1m 0,5 a 0,8m rugosa alteração

275/23 tectônica 0,5cm 1m 0,5 a 0,8m rugosa Alteração

263/22 tectônica fechada 1m 0,5 a 0,8m rugosa XXX

265/05 tectônica 0,5cm 1m 0,5 a 0,8m rugosa alteração

192/85 atectônica 10cm XXX 1m rugosa alteração

180/90 atectônica XXX XXX 0,3m rugosa sem


• Localização da Área de Estudo

7458000

7460000

0679000 0682000
• Apresentação dos Resultados Caracterização litológica

Gnaisse Facoidal Leptinito Kinzigito

Rocha Alcalina
• Apresentação dos Resultados • Deformações Rúpteis

70/20

190/80
• Apresentação dos Resultados • Deformações Rúpteis
• Apresentação dos Resultados Caract. Das
fraturas

Set I Set II Alivio

Sub-horizontal / paralela à superfície


Atitude NW/SE - 80º NE NE/SW - 80º NW
do terreno

Abertura 1 - 10 cm 0,2 a 5 cm 0,3 – 8 cm

Espaçamento 0,3 – 1,6 m 0,3 – 3,0 m 0.2 -1.5m

Persistência 0,01 - > 1m 0,2 - > 1 m 0.1- >1m

Solo residual / Fragmentos de rocha


Preenchimento Areno-argiloso / Ausente Areno-argiloso / Ausente
ou Ausente

Rugosidade Ondulada lisa a polida Ondulada lisa a polida Recortada variando de rugosa a lisa
• Apresentação dos Resultados
• Tabela 2
Mega Fratura Macro fratura Micro fratura
(Set I e Set II) (Set I, Set II e Alívio) (Set I, Set II e Alívio)

Abertura 0,7 – 1,0 m 3,0 – 10 cm 0,2 – 1,8 cm

Espaçamento 15 – 60 m 1,0 – 3,0 m 20 – 70 cm

Persistência 0,4 – >1,0 m 0,1 – >1 m 0,1 – 30 cm

NW-SE / NE-SW
NW-SE / NE-SW
Mergulho sub-vertical
NW-SE / NE-SW Mergulho sub-vertical
Atitude Sub-horizontal / paralela a superfície
Mergulho sub-vertical Sub-horizontal / paralela a superfície
do terreno
do terreno

Ausente ou Material Ausente ou Material Ausente ou Material


Preenchimento
arenoso areno-argiloso areno-argiloso

Rugosidade Ondulada polida Ondulada variando de lisa a polida Ondulada variando de lisa a polida
• Apresentação dos Resultados
• Elaboração do Modelo Geométrico
Estrada da Grota Funda:
Alteração Hidrotermal de feldspatos (sericitização) e micas observada ao
longo de juntas menores

Trechos de menor rugosidade e resistência do maciço rochoso sujeitos a


rápido intemperismo
ESTUDOS DO MEIO FISICO

Fraturamento microscópico
como conseqüência de
desmonte a fogo em cortes.
Trincas e fissuras são
comumente achados em
feldspatos e também micas,
funcionando como vias de
intemperismo acelerado.
Microfissuramento mineral apontado
pelo azul de metileno
MEDIÇÃO DE TENSÕES IN SITU
Estimativa por relações empíricas

VARIAÇÃO DA TENSÃO VERTICAL COM A PROFUNDIDADE (HOEK E BROWN, 1980)


EQUIPAMENTO
Talude rochoso

Pins

Deslocamentos
Medidor de

40 cm
5 cm

8 cm 8 cm
4,69 cm
6 cm

Diâmetro do furo
principal
5 cm

40 cm
45 cm

0,95 cm
1,2 cm

10 cm
Procedimento em Campo
Campus da PUC

• Gnaisse facoidal
• xistosidade entre 25º e 45 º para SW.
• Presença de diques de diabásio, intrusões graníticas e
pegmatíticas.

1 = 1,27 MPa, 3 = 0,31 MPa e  = 26º .


Instituto Pereira Passos (IPP)

• leptinito – plagiclásio gnaisse finamente laminado.


• Diques de aplito e veios de quartzo cortam a rocha.

1 = ??? MPa, 3 = ??? MPa e  = ???.

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