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O presente trabalho propõe a construção de um túnel de vento didático. O trabalho tem por
objetivo demonstrar que é possível transferir da escala natural em escala menor,
acontecimentos aerodinâmicos em corpos submetidos a esses eventos. É quase impossível
realizar testes em escala natural e financeiramente inviável, por isso o uso de protótipos é
amplamente utilizado para simulações, apresentando resultados satisfatórios. A teoria física
e matemática para que tal processo seja admitido, está embasada na mecânica dos fluídos,
principalmente na formulação de Daniel Bernoulli (1700-1782) para fluídos de fluxo
permanente e incompressível. A construção do túnel de vento aqui proposto é básico e
sintetizado, não levando em conta nesse momento, medições escalares e simulações
computacionais. Servirá para demonstrar a influência do fluído (ar) em elementos
submergidos ao mesmo, demonstrando o trajeto que o fluído percorre internamente ao túnel
e externamente ao objeto de estudo e na importância de cada compartimento construtivo e
design do protótipo. As áreas da engenharia que abordam esses conceitos requerem uma
forte componente experimental para desenvolvimento tecnológico. Foram obtidos resultados
satisfatórios concernentes aos testes realizados com o túnel construído. Foi possível
visualizar a camada limite de objetos testados e qual o comportamento da mesma de acordo
com a forma dos mesmos. Verificou-se também a ocorrência dos dois tipos de
escoamentos, o laminar e o turbulento e sua forte influência na mecânica dos fluídos. Os
túneis de vento sempre desempenharam um papel importante na engenharia, assim, essa
instalação sugere ser uma ferramenta oportuna para didática dos alunos.
1. INTRODUÇÃO
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O modelo considerado para construção do protótipo é o do tipo subsônico
(túneis de baixa velocidade do fluxo do ar), o mesmo já projetado e construído por
Donald D. Baals (NASA) e usado de forma vasta em instituições de ensino por todo
mundo.
O equipamento terá por finalidade fazer testes aerodinâmicos, melhorando a
didática de ensino, evidenciando a importância do estudo da mecânica dos fluídos.
Será percebido nesses estudos, por exemplo, a verificação do melhor modelo
aerodinâmico a ser aplicada na indústria aeronáutica e automobilística, buscando
economia de combustível, diminuição do nível de ruído, dirigibilidade, entre outros
fatores importantes que permeiam o mercado consumidor e a sustentabilidade
ambiental.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. TÚNEL DE VENTO
É um equipamento ou instalação usada para estudar a interação entre
corpos sólidos ou gel e correntes de ar sob condições controladas. Túneis de vento
são amplamente aplicados para determinação de parâmetros em projetos da
indústria automotiva, aeronáutica e da construção civil. São também em estudos
sobre impacto ambiental, energia eólica e meteorologia. O túnel de vento faz uma
simulação, produzindo uma corrente de ar que flui sobre o objeto. São formados
basicamente por um corredor com área para ensaio, ventilador e sensores para
medições diversas. Permitem medir pressões, ressonância, vibrações, entre outros
efeitos do ar em movimento, concluindo se o objeto de estudo suportará e/ou
responderá as forças quando solicitado (LOTURCO, 2012).
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2.2.1. APLICAÇÃO AERONÁUTICA
3
=
Onde:
Ma: número de Mach
V: velocidade média relativa do objeto
C: é a velocidade do som (340,29 m/s ao nível do mar)
. .
=
Onde:
R: número de Reynolds
: massa específica do fluído
: viscosidade dinâmica do fluído
: velocidade do escoamento
D: diâmetro da seção de escoamento
= .
Onde:
Vm é a velocidade do modelo
Vr é a velocidade real
Dr é o diâmetro da seção real
Dm é o diâmetro da seção do modelo
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2.4. COMPONENTES DO TÚNEL DE VENTO
+ + . ℎ =
2
Onde:
P: pressão em pascal
: massa específica do fluído
: velocidade do fluído
: aceleração da gravidade
ℎ : deslocamento
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2.4.3. SEÇÃO DE TESTE
Após o fluído passar pelo o cone de contração, o ar entra na seção de teste
a uma velocidade desejada. É onde acontece o teste efetivamente, com o objeto de
estudo. Nessa região estão instalados todos os instrumentos para medir as forças
interessantes que influenciam na sustentação e arrasto, como tubo pitot e a balança
de carga. A coleta dos dados na seção de teste é de grande valia, pois serão usados
no dimensionamento de asas para aviões, por exemplo ("as partes de um Túnel de
Vento", 2012).
Segundo Monqueiro e Moraes, para obtenção da velocidade na seção de
teste, coloca-se em prática o efeito Venturi. Com a diminuição da área da seção
transversal do cone de contração no sentido convergente, há um aumento da
velocidade. O esquema pode ser identificado na figura 04.
2.4.4. DIFUSOR
A próxima seção do túnel de vento é o difusor. Segundo FOX e McDonald a
finalidade do difusor é exatamente o de aumentar a vazão em um volume de
controle. O difusor é uma parte muito importante do túnel de vento, pois reduzirá o
investimento na construção do mesmo reduzindo os custos operacionais, pois
somente na região de testes há necessidade que o ar escoe com altas velocidades
(The parts of a wind tunnel, 2012).
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Figura 05: Túnel de vento
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS
Barlow, J.B., Rea, W.H., Pope, A., Low-Speed Wind Tunnel Testing,
Wileyinterscience, United States of America, 603 - 728p. 1999.
Fox, R.W., McDonald, A.T., Pritchard, P.J., Introdução à Mecânica dos Fluidos,
Editora LTC, 6a ed., Rio de Janeiro, RJ, 616 - 798p., 2006.
The Parts of a Wind Tunnel (on line). The Parts of a Wind Tunnel.
Disponível em: http://sln.fi.edu/flights/first/tunnelparts/index.html
Acessado em 23/05/2012