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CATEGORIA: CONCLUÍDO
SUBÁREA: Engenharias
2. INTRODUÇÃO
O que faz um avião voar? Esta talvez seja uma das primeiras perguntas que
ficam ecoando na cabeça dos seres humanos ao ver um objeto tão grande sair do
solo e ganhar os céus. Pode-se dizer que são vários os fatores, mas com certeza os
maiores responsáveis são: o formato das asas e o conjunto que gera o impulso
(motor e as hélices).
A SAE BRASIL (2022) organiza todos os anos uma competição chamada
AeroDesign para os alunos de Engenharia, que visa promover a troca de
conhecimentos entre engenheiros experientes e alunos sobre técnicas e
conhecimentos de engenharia aeronáutica, através de um desafio real de projeto
aeronáutico, desde a sua concepção, detalhamento, construção e testes. No âmbito
desta competição, busca-se o desenvolvimento de aeronaves rádio controladas
leves, capazes de transportar a maior relação entre quantidade de carga e peso
estrutural possível, ou seja, quanto maior for a carga admissível e menor for o peso
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estrutural da aeronave, mais interessante se torna o projeto. Além disso, outros
requisitos fazem parte da competição, incentivando mais pesquisas em cima do
desenvolvimento da aeronave.
Neste sentido, busca-se no projeto de sua asa, a utilização de perfis
aerodinâmicos capazes de gerar altos valores de coeficiente de sustentação sem
que este perca a sua eficiência aerodinâmica. É importante ressaltar também que a
facilidade construtiva é, na maioria das vezes, uma restrição de projeto para as
equipes participantes.
3. OBJETIVOS
4. METODOLOGIA
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A Figura 1 apresenta o resultado da interação entre estas fontes,
apresentando por meio dos vetores a disposição das forças atuantes em um perfil.
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A espessura do perfil representa a altura máxima entre o intradorso e o
extradorso do perfil, medida perpendicularmente a linha de corda. O arqueamento
representa a máxima distância entre a linha de arqueamento médio e a linha de
corda.
Os coeficientes de sustentação e arrasto de um perfil, são geralmente
determinados através de ensaios em túneis de vento ou em softwares CFD que
simulam um túnel de vento, sendo função da geometria, do número de Reynolds e
do ângulo de ataque, este último, o termo utilizado para definir o ângulo alfa (α) entre
a linha de corda e o vento relativo assim como mostra a Figura 3.
Figura 3 – Representação para o ângulo de ataque
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Segundo Gudmundsson (2013), a manufatura moderna de aeronaves exige o
desenvolvimento de novos perfis aerodinâmicos visando alta eficiência, tendo como
consequência a redução de custo de operação e um menor impacto ambiental.
Atualmente, estes perfis são geralmente desenvolvidos utilizando-se de softwares
computacionais e duas metodologias tradicionais, estas sendo, Direct Analysis
Method e Inverse Airfoil Design Method em que suas descrições detalhadas
encontram-se fora do escopo deste trabalho. Alguns softwares podem ser
encontrados em suas versões gratuitas, como é o caso do XFRL5 comumente
utilizado na indústria aeronáutica e acadêmica, possibilitando um menor custo
operacional das análises.
As curvas aerodinâmicas possuem características semelhantes, no entanto,
com valores diferentes de acordo com a eficiência aerodinâmica de cada perfil
(RAYMER, 1992). A Figura 4a apresenta as curvas de coeficiente de sustentação
versus o ângulo de ataque para um perfil hipotético, enquanto que, a Figura 4b,
apresenta as curvas de coeficiente de arrasto versus o ângulo de ataque para o
mesmo perfil a números de Reynolds que variam de cem mil a quinhentos mil com
intervalos de cem mil.
Figura 4 – Características das curvas aerodinâmicas de um perfil
(a) (b)
Fonte: Airfoiltools, 2022
O coeficiente de sustentação (Cl) possui um valor máximo a um determinado
ângulo de ataque (α) onde a partir destes valores, há uma queda na geração de
sustentação. Estes valores variam de acordo com o número de Reynolds, sendo que
seus valores máximos chamados de coeficiente de sustentação máximo (Clmax) e
ângulo de estol (αmax), respectivamente. No desenvolvimento de um novo perfil, a
busca por um maior ângulo de estol e um maior valor de coeficiente de sustentação
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máximo é prioridade na maioria das vezes, isso se deve a variação no ângulo efetivo
da aeronave mediante perturbações provocadas por rajadas de vento.
Diferentemente do coeficiente de sustentação, o coeficiente de arrasto (Cd),
possui um valor mínimo a um determinado ângulo de ataque. Neste caso, no
desenvolvimento de um novo perfil, é priorizada a busca por menores valores de Cd
a ângulos de ataque mais próximos de zero, isso se dá pelo fato de que, é buscado
para a aeronave, menor resistência ao avanço a um menor ângulo de operação, o
que aumenta o banco de arfagem para a aeronave garantindo maior segurança
durante o voo.
Segundo Roskam (1997), os coeficientes de sustentação e arrasto são
diretamente influenciados pelos parâmetros geométricos do perfil aerodinâmico
conforme relações são apresentadas a seguir.
1 – Quanto maior o arqueamento do perfil, maior o coeficiente de sustentação
máximo para este perfil.
2 – Quanto maior a espessura do perfil, maior o ângulo de estol deste perfil.
3 – Quanto maior o arqueamento e a espessura do perfil, maior o coeficiente
de arrasto.
4 – Quanto maior o raio do bordo de ataque, maior a geração de sustentação
a elevados ângulos de ataque, todavia, maior a geração de arrasto de pressão.
5 – O gap do bordo de fuga influência no gradiente de pressão adverso e na
facilidade construtiva das seções transversais da asa a depender das restrições de
projeto da aeronave.
Selig (1996) apresenta um estudo das características de perfis considerados
capazes de gerar altos valores de coeficientes de sustentação a baixos números de
Reynolds, e em suas análises de caráter experimental foram realizadas em túneis de
vento convencionais, conforme mostrado na Figura 5.
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Figura 5 – Perfis geradores de altos valores de sustentação
5. DESENVOLVIMENTO
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6. RESULTADOS
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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economia em se tratando de recursos computacionais e operacionais. É importante
ressaltar que, análises numéricas utilizando diferentes softwares podem ser
realizadas para fins comparativos aos resultados apresentados neste trabalho.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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