Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fabio Knabben
Joinville
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 3
2.1 GEOMETRIAS DE REFERÊNCIA MIRA .................................................... 4
2.2 TIPOS DE COEFICIENTES ....................................................................... 7
2.2.1 Coeficiente de arrasto ................................................................................ 8
2.2.2 Coeficiente de sustentação ........................................................................ 8
2.2.3 Coeficiente de pressão ............................................................................... 9
3 METODOLOGIA ....................................................................................... 10
3.1 GEOMETRIA DE ESTUDO ...................................................................... 10
3.2 DESENVOLVIMENTO DA MALHA .......................................................... 12
4 DESENVOLVIMENTO .............................................................................. 15
4.1 CONFIGURAÇÕES DA SIMULAÇÃO ...................................................... 15
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................. 16
5.1 COEFICIENTE DE ARRASTO ................................................................. 17
5.2 COEFICIENTE DE SUSTENTAÇÃO........................................................ 18
5.3 COEFICIENTE DE MOMENTO DE GUINADA (PITCH) .......................... 20
5.4 ANÁLISE DA ESTEIRA E VÓRTICES ..................................................... 21
6 CONCLUSÃO ........................................................................................... 23
REFERÊNCIAS ........................................................................................ 24
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Os autores também compararam o efeito da esteira nas três geometrias. Eles descrevem
que, de forma geral, para um veículo em movimento uma zona de recirculação é gerada na
região da esteira e que quanto maior for essa região, maior será o coeficiente de arrasto, sendo
determinante para o aumento da esteira a forma geométrica da traseira. Para o notchback, nota-
se que existem duas áreas em azul, gerado pela recirculação de fluxo de ar atrás do para-brisa
traseiro. Hucho (1998) constatou que o fluxo de ar em volta do notchback pode ser caracterizado
por dois diferentes tipos de separação: quasi-bidimensional e tridimensional. Carr e Stapleford
(1986), detectaram a existência de vórtices atrás da região da lanterna traseira e estimou que o
arrasto traseiro é responsável por metade do arrasto total de um veículo com essa configuração.
Para o fastback, o fluxo de ar seguiu a geometria do vidro traseiro sem separação da camada
limite, gerando a pequena região da zona de recirculação e no squareback, a zona de
recirculação é grande, o que o leva a ter o maior coeficiente de arrasto.
Figura 3 – Efeito da esteira em cada geometria de referência
3 METODOLOGIA
3.1 GEOMETRIA DE ESTUDO
Este trabalho tem como foco a análise aerodinâmica externa da geometria de referência
MIRA notchback, em 1/3 de escala, utilizando o software Ansys Fluent. Em primeiro momento,
a geometria foi modelada em CAD (figura 7), de acordo com as especificações das dimensões
presentes na figura 8, disponibilizada em sala de aula e alterando-a para o modelo notchback
(figura 9). Também foram incluídas no modelo as condições impostas, ângulo de guinada do ar
(β) de 6 º e ângulo de saída do ar (ϴ) de 11 º (figuras 10 e 11 respectivamente). Para facilitar as
condições de contorno dentro da simulação, o ângulo de guinada do ar foi imposto na
modelagem CAD.
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Incialmente a simulação foi rodada com velocidade de escoamento de 20 m/s, mas para
ser possível uma comparação mais fidedigna com o trabalho realizado por Wang et al. (2014),
foi realizado outras iterações com a velocidade de 27,78 m/s, seguindo os mesmos parâmetros.
Em um segundo momento, foi constatado a necessidade de adicionar outro condição de
contorno, que é de fazer o chão com velocidade igual a do escoamento, para que o este estudo
fique equiparado ao de Wang et al. (2014) e as comparações sejam feitas com mais precisão.
5.1 COEFICIENTE DE ARRASTO
O valor inicial do coeficiente de arrasto (Cd) foi de 0,2936 para a simulação com
velocidade de 27.78 m/s e chão parado e comparando-o com os valores de referência
mencionados no quadro 1, percebe-se que o resultado está em conformidade com o esperado,
com algumas considerações a serem observadas a seguir. Os estudos conduzidos por Wang et
al. (2014) foram feitos sem ângulo de guinada (β) e que o ângulo de saída de 10º. A diferença
destes valores para os utilizados neste estudo possuem influência direta sobre o Cd, sendo
esperado um aumento do arrasto pela presença do (β = 6º) e uma redução da esteira na parte
posterior do veículo pela otimização do ângulo de saída (α = 11º). Outro ponto importante a ser
considerado é o limite da malha permitido pelo software, que pode prejudicar a precisão da
simulação, pela presença de elementos grandes em pontos que seria necessário um refinamento
maior. Contudo, o resultado obtido pode ser considerado como um parâmetro inicial do estudo,
que será ajustado com uma malha mais refinada e condições da simulação mais otimizadas. A
figura 17 mostra o valor do Cd calculado iteração a iteração.
Da mesma forma que o Cd, o coeficiente de sustentação (Cl) também sofreu algumas
alterações devido a mudança dos ângulos de guinada do escoamento e saída utilizados neste
estudo. O valor obtido foi de 0,1054, superior aos valores mencionados por Wang et al. (2014).
As mesmas observações feitas ao Cd podem ser aplicadas para o resultado do Cl e a evolução
do seu coeficiente pode ser analisada na figura 19. Como esta simulação não incluía a condição
de contorno do chão em movimento, a sensibilidade da pressão no assoalho do veículo em
relação ao solo, foi um dos motivos do alto valor registrado, conforme Wang, Shibo et al (2019).
Os autores ainda mencionam que este efeito proporciona um fator de variação do coeficiente
de aproximadamente dois.
Figura 19 – Coeficiente de Sustentação
O valor obtido para o momento de guinada foi de 0,0158. No artigo de estudo base não
fazia menção a tal coeficiente, sendo não possível realizar uma comparação direta entre os
estudos. A figura 21 demonstra os valores do momento conforme a iteração, para a velocidade
de 27.78 m/s e velocidade do chão zero. Já a figura 22, mostra a situação citada anteriormente,
3 picos, sendo o primeiro para a mesma configuração da figura 21 e os outros 2 foi adicionado
a condição de contorno ao chão.
Os vórtices gerados pela geometria do veículo podem ser identificados pelas linhas da
figura 24/25 e é notável que o ângulo de guinada do ar modifica seu o seu comportamento. Por
isto, o vórtice gerado pela coluna C da lateral direita do veículo possui uma dimensão reduzida
em relação ao vórtice gerado pelo para-brisa traseiro. Também é possível notar um outro
vórtice, gerado pelo escoamento que passa por de baixo do veículo e o pneu dianteiro esquerdo.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS