Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURITIBA
2019
DAVI YASUMOTO YAMAUE
GUILHERME HAMBRUSCH
CURITIBA
2019
TERMO DE APROVAÇÃO
The demand for more efficient and environmental friendly products have been increasing
every year. It has become essential to have this in mind, in the process of developing
new products, otherwise companies do not stay competitive. Trucks are an important
part of this challenge, given the large number of vehicles and the quantity of greenhouse
gases that they produce. One way of improving the efficiency of trucks and reducing the
emissions of greenhouse gases is through enhancements in aerodynamics performance.
The current paper focus in searching ways to advance in this aspect, verifying how small
changes at the Brazilian law could help improve the aerodynamic of trucks. The study was
developed comparing the drag coefficient (Cd ) of three trucks (brazilian, european and
american) with the help of the commercial software Ansys Fluent ® 19, student version.
All the analysis were made in a bidimensional space, steady state, incompressible flow,
velocity of 25 m/s, and using the k- realizable as the turbulence model. The numeric
model was validated based on studies that simulated the model in software’s and realized
experiments in wind tunnel. The numeric solution demonstrated that an elevation of the
limit of weight on the front axle would result in an economy of 1,33% of diesel, while an
increase at the total length of the truck would result in an economy of at least 1,02% of
diesel.
EU European Union
Cd Coeficiente de arrasto
Cf Coeficiente de atrito
Fd Força de arrasto
Re Número de Reynolds
u velocidade
u’ velocidade flutuante
u velocidade média
V Velocidade do escoamento
Vτ Velocidade de fricção
x Bordo de ataque
∂ Derivada parcial
ν Viscosidade Cinemática
τ Tensão de cisalhamento
τw Arrasto viscoso
ν Viscosidade Cinemática
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.2 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.3 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1 Escoamento externo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.2 Aerodinâmica no caminhão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2.1 Força de arrasto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2.1.1 Coeficiente de arrasto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2.1.2 Área frontal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.3 Perdas de potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.4 Equações de Navier Stokes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.5 Modelos de Turbulência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.6 Fechamento do capítulo 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.1 Normas regulamentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.2 Aerodinâmica no caminhão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.2.1 Distância entre o cavalo e o baú . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.2.2 Escoamento na região frontal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.3 Diferentes abordagens para estudos aerodinâmicos . . . . . . . . . . . . . . 32
3.4 Fechamento do capítulo 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
5 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
5.1 Geometrias de análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
5.1.1 Referência: caminhão nacional (Volvo FH + implemento distante da cabine) 47
5.1.2 Caso 1: veículo sueco (Volvo FH + implemento próximo a cabine) . . . . . 48
5.1.3 Caso 2: veículo americano (Volvo VNL + implemento próximo a cabine) . 48
5.2 Validação do Modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.3 Grade de Simulações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
5.4 Cálculo do consumo do combustível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
6 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
6.1 Análise do veículo referência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
6.2 Redução do coeficiente de arrasto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
6.3 Caso 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
6.4 Caso 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
6.5 Redução do consumo de combustível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
7 CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
A CONFIGURAÇÕES DO SOFTWARE . . . . . . . . . . . . . . . . 72
A.1 Malha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
A.2 Configurações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
A.3 Outras figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
14
1 INTRODUÇÃO
Fonte: Diversas
1.1 OBJETIVO
• Estudo de malha
1.3 JUSTIFICATIVA
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
V∞ x
Re = (1)
υ
Fluidos newtonianos são aqueles em que a taxa de deformação é proporcional
à tensão cisalhante (Eq. 2). A maioria dos fluidos comuns como água, ar, gasolina e
óleo lubrificante são classificados como newtonianos, ao contrário do sangue, ketchup e
plásticos líquidos que não seguem essa relação e são considerados fluidos não-newtonianos
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 20
du
τxy = µ (2)
dy
Supondo um escoamento sobre uma placa plana, tem-se uma tensão de cisalha-
mento nula em regiões suficientemente longe da placa, entretanto em uma região próxima
à placa tem-se uma situação diferente, onde a placa tende a exercer uma ação de retardo,
diminuindo a velocidade do fluido em sua vizinhança, chegando a zero em sua superfície
(condição de não escorregamento). Nesta região próxima à placa, onde o fluido percebe
a presença da superfície, as tensões cisalhantes são não-nulas, resultando em uma distri-
buição de velocidades não uniforme (gradiente de velocidades).
A dinâmica dos fluidos pode ser dividida em três áreas: hidrodinâmica (escoa-
mento de líquidos), gás dinâmica (escoamento de gases) e aerodinâmica que consiste no
escoamento do ar. Apesar das três categorias não serem excludentes, cada área apre-
senta algumas particularidades uma vez que existem diferenças entre o escoamento de um
líquido e um gás (J.D., 2010). Em adição, diferentes gases possuem diferentes comporta-
mento e dada a relevância do ar atmosférico em nossas vidas, o escoamento do ar é um
tópico relevante a ser estudado a parte.
Como apontado, a força que um objeto exerce sobre um fluido é respondida com
uma tensão de cisalhamento. Para o ar, este fenômeno é chamado de arrasto aerodinâmico
e pode ser entendido como a resistência que o ar atmosférico aplica a um corpo que
tenta transpassá-lo. O arrasto aerodinâmico é constituído por dois efeitos combinados:
o arrasto de pressão e o arrasto de fricção. A diferença entre as pressões entre a parte
frontal e traseira de um corpo, de acordo com a sua geometria, gera o arrasto de pressão,
cuja interpretação também pode ser dada como a força de resistência do fluido ao ser
deslocado de seu lugar (FOX; PRITCHARD; MCDONALD, 2011), análogo ao empuxo
para os líquidos. Já o arrasto de fricção é diretamente relacionado à tensão de cisalhamento
entre um fluido e a superfície de um sólido (ÇENGEL; A.; CIMBAL, 2006), por sua vez,
pode ser compreendido como o atrito entre o fluido e a superfície. Na indústria automotiva
as formas dos veículos são favoráveis às linhas de escoamento do ar e por isso o arrasto de
pressão é o mais relevante nesses corpos, sendo o responsável por mais de 90% do arrasto
total (WOOD; RICHARD, 2004).
ρCd AV 2
Fd = (3)
2
Dessa forma, observa-se que a força de arrasto (Fd) é função da massa específica
do fluido (ρ), velocidade do escoamento (V), área da seção transversal (A) e coeficiente
de arrasto (Cd).
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 22
O arrasto é influenciado por diversos fatores incluindo o formato (Fig. 7), a tex-
tura do corpo, a viscosidade, a compressibilidade, os ângulos de escoamento e a separação
da camada limite (NASA, 2018). A influência de todos esses fatores complexos é agru-
pada em uma só variável, o coeficiente de arrasto (Cd). O estudo de cada fator para a
determinação do Cd é em grande maioria inviável, e nestes casos a análise experimental
é usualmente aplicada (NASA, 2018).
∂u ∂u ∂P ∂ 2u ∂ 2u
ρ u +v = ρgx − +µ + (4)
∂x ∂y ∂x ∂x2 ∂y 2
∂v ∂v ∂P ∂ 2v ∂ 2v
ρ u +v = ρgy − +µ + (5)
∂x ∂y ∂y ∂x2 ∂y 2
∇ρV~ = 0 (6)
Cada termo da equação de Navier Stokes para o eixo x pode ser descrito de acordo
com a Tabela 2.4, podem ser analogamente interpretados para as demais direções.
objetivo de expor as vantagens e diferenças entre eles. Além disso, o conjunto de equações
utilizados para a solução do problema turbulento é descrito no Capítulo 4.1 de modelagem
matemática.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Fonte: www.tecnologistica.com.br
Capítulo 3. Revisão Bibliográfica 29
Fonte: www.volvogroup.com.br
Fonte: www.volvotrucks.us
Capítulo 3. Revisão Bibliográfica 30
Como pode ser observado, a região frontal e o espaço entre o caminhão e o im-
plemento são áreas com grande potencial de redução de arrasto, pois otimizando essas
duas regiões já seria possível alcançar reduções de até 50% no coeficiente de arrasto ae-
rodinâmico. O autor ainda aponta quatro princípios que são indispensáveis para redução
do arrasto aerodinâmico, dentre os quais estão a geometria aerodinâmica da parte frontal
da cabine e o menor espaço possível entre caminhão e implemento.
Fonte: www.airshaper.com
Capítulo 3. Revisão Bibliográfica 32
O mesmo tema foi abordado por uma pesquisa realizada pela empresa FKA (The
Aachen Colloquium Automobile and Engine Technology, 2012), no qual caminhões das
duas regiões foram comparados, encontrando resultados de redução do Cd similares (re-
dução de 12%). Além disso, foi destacado que caso a mudança de legislação para com-
primento de caminhões da Europa fosse efetivada, haveria uma redução de 3 a 5 milhões
de toneladas de gás carbônico emitidas por ano, além de uma redução no consumo de
combustível de 1,1 a 1,8 bilhões de litros de diesel por ano.
Tabela 2 – Resultados para o coeficiente de arrasto obtidos por Bayindirli, Akansu e Sal-
man (2016)
Número de Reynolds Força (N) Cd
312 000 0,467 0,707
469 000 1,036 0,697
625 000 1,889 0,714
781 000 2,917 0,706
844 000 3,359 0,697
O artigo escrito por Hwang et al. (2015), também teve como objetivo o estudo
Capítulo 3. Revisão Bibliográfica 35
ui = ui + u0i (8)
Outras grandezas escalares também são descritas de forma similar, como a pres-
são. Dessa forma, ao substituir os termos das equações de conservação da massa e da
quantidade de movimento, obtém-se as equações 9 e 10 de RANS, escritas abaixo.
∂ρ ∂
+ (ρui ) = 0 (9)
∂t ∂xi
∂ ∂ ∂p ∂ h ∂u
i ∂uj i
(ρui ) + (ρui uj ) = − + (µ + µt ) + (11)
∂t ∂xj ∂xi ∂xj ∂xj ∂xi
A viscosidade turbulenta, por sua vez, é descrita pela equação 12, que foi origi-
nalmente desenvolvido por Launder e Spalding (1974). E, especificamente, o coeficiente
adimensional de fechamento do modelo k- Cµ não é constante e é definido pela equação
13.
k2
µt = ρCµ (12)
1
Cµ = (13)
A0 + AS kU ∗
Sendo Cµ uma função descrita através de uma média das taxas de rotação, tensões
e campos de turbulência de k e . C2 e C1 , σk e σ são constantes obtidas experimental-
mente, com os valores de de 1,44, 1,9, 1,0 e 1,2, respectivamente. Finalmente, Sk e S são
definidos pelo usuário dentro do software.
∂ ∂ ∂ h µt ∂k i
(ρk) + (ρkuj ) = µ+ + Gk + Gb − ρ − YM + Sk (14)
∂t ∂xj ∂xj σk ∂xj
∂ ∂ ∂ h µt ∂ i 2
(ρ) + (ρuj ) = µ+ + ρC1 S − ρC2 √ + C1 C3 Gb + S (15)
∂t ∂xj ∂xj σ ∂xj k + ν k
representa a parcela de dilatação para escoamentos compressíveis, mas não será abordada
já que o escoamento em questão é incompressível.
Ao discretizar o domínio físico, cria-se uma malha, como pode ser observado na
Fig. 22. Em um segundo passo as equações que modelam o fenômeno são aplicadas a cada
elemento de malha gerando um sistema de equações que ao ser resolvido resulta na obten-
ção de valores para as variáveis de interesse em cada subelemento(FOX; PRITCHARD;
MCDONALD, 2011)).
Capítulo 4. Modelagem matemática e numérica 40
Fonte: www.esss.co/blog/
A geração da malha é um dos processos mais importantes e que mais impacta nos
resultados finais de uma simulação CFD. Como o arrasto devido a diferença de pressão
representa a maior parte da força de resistência ao movimento do veículo, a precisão dos
valores de arrasto são determinadas pela precisão na previsão das distribuição da pressão
estática no veículo. E essa distribuição de pressão é fortemente afetada pelo local de
separação do escoamento. Por isso a importância de se ter uma malha adequada, para
que seja possível a resolução de todos os detalhes da geometria, satisfazendo todos os
requisitos físicos do modelo utilizado na simulação (LANDFRIT, 2005).
Com o valor do número de Reynolds médio é possível utilizar a Eq. 16 que correla-
ciona o valor do coeficiente de atrito (Cf ) com o valor do número de Reynolds (AVRAHAM,
Capítulo 4. Modelagem matemática e numérica 41
2019).
Cf = 0, 058Re−0,2 (16)
1
τw = Cf ρV∞2 (17)
2
Com o valor da tensão de cisalhamento na parede (τ w ) e da massa específica (ρ),
é possível calcular a velocidade de fricção (Vτ ), conforme Eq. 18 (AVRAHAM, 2019).
s
τw
Vτ = (18)
ρ
y+µ
y= (19)
Vτ ρ
|Cdv − Cdn |
≤ 0, 005 (20)
Cdn
• Velocidade em X = 25 m/s;
• Velocidade em Y = 0 m/s;
Capítulo 4. Modelagem matemática e numérica 44
• Parede estacionária;
Capítulo 4. Modelagem matemática e numérica 45
r
X
RM S = Ri2 (21)
5 METODOLOGIA
O presente trabalho tem o apoio do Grupo Volvo do Brasil e por essa razão,
a utilização dos caminhões da marca foram escolhidos para as análises. Os 3 veículos
selecionados para serem realizadas as simulações são utilizados para a mesma aplicação,
que é o de transporte de grãos, a diferença se encontra nos caminhões utilizados em cada
país (Brasil, Suécia e Estados Unidos).
Como apontado nos objetivos, este estudo tem como meta a análise aerodinâmica
de três diferentes geometrias:
O modelo de implemento selecionado foi o mesmo para todos os casos e foi obtido
através de dados da Volvo. As distâncias em cada caso foram selecionadas a partir da
análise carga, efetuada pelo software interno Weight Information System (WIS).
O veículo referência escolhido foi um Volvo FH cabine alta, com entre eixos de
3200 mm. A distância máxima permita para o espaço entre a cabine e o implemento foi
de aproximadamente 1000 mm e o comprimento total foi de 18480 mm, de acordo com a
legislação para carga frontal e de comprimento máximo, como é possível se observar na
Fig. 28. Todas as dimensões foram baseadas no resultado do software interno da Volvo
WIS, que calcula as distâncias baseadas na distribuição de peso.
Capítulo 5. Metodologia 48
Para o veículo europeu, o mesmo Volvo FH base que foi utilizado como referência
foi escolhido. Entretanto, como a carga frontal permitida por lei é maior neste caso, o
software WIS calculou uma nova distância de aproximadamente 785 mm entre o caminhão
e o implemento, como pode ser observado na Fig. 29.
Para a distância entre cabine e carreta, foi adicionado cerca de 400mm para a distância
encontrada no caso de referência, para fins comparativos.
Para o presente trabalho foi definido que o modelo pode ser considerado como
validado, para uma variação máxima de 10% no Cd (coeficiente de arrasto aerodinâmico),
comparando os valores encontrados nas simulações com as do artigo de Bayindirli, Akansu
e Salman (2016).
O valor encontrado nos testes de túnel de vento realizados por Bayindirli, Akansu
e Salman (2016), foi de 0,704, enquanto os valores da validação do modelo numérico
realizadas através de simulações foi de 0,64872271. O erro percentual entre o valor do
teste realizado e da simulação foi de 7,85%, se encontrando dentro da faixa esperada de
erro. Dessa forma o modelo foi validado, e as mesmas condições de contorno e de malha
foram utilizadas para as simulações subsequentes.
Capítulo 5. Metodologia 53
8∆Cd
F S(%) = (22)
15
54
6 RESULTADOS
O veículo de referência, como citado, foi o Volvo FH. O modelo utilizado foi mode-
lado em escala real, sendo a malha composta por elementos quadrilaterais e triangulares,
selecionados pelo software. A Fig. 37 detalha os resultados obtidos para o coeficiente de
arrasto, com a evolução das iterações. O Cd final foi de aproximadamente 0,6894 após 398
iterações.
Capítulo 6. Resultados 55
linhas de corrente é caracterizada pela zona de maior pressão e menor velocidade já que
é o ponto crítico de contato do ar.
6.3 CASO 1
Tal área de baixa pressão possui maior influência no escoamento do que o espa-
çamento encontrado no veiculo de referência, o que faz com que a componente de força
Capítulo 6. Resultados 60
6.4 CASO 2
Nesta simulação, o veículo de análise foi alterado para o Volvo VNL, com o
espaçamento entre o caminhão e o implemento cerca de 400mm maior que o do caso de
referência. A malha utilizada foi composta somente por elementos quadrilaterais.
Capítulo 6. Resultados 62
percorre livremente uma área muito grande, já que a diferença de altura é muito menor
que no caso referência. Por isso, o vórtice superior não exite no caso 2.
os dados apresentados na Tabela 6.5, no qual nota-se que o VNL realmente apresentou
uma redução considerável (32,9%) na força de arrasto (proporcional ao Cd A). As informa-
ções de área frontal foram estimadas, a partir das dimensões simplificadas e aproximadas
utilizadas no trabalho.
Tem-se que a distância média percorrida por ano é de 120.000 km. Assim, aplicando a
redução de 2,3% de consumo, tem-se que cada veículo economizaria aproximadamente R$
4.830,00 em gastos de combustível por ano.
68
7 CONCLUSÕES
Este trabalho teve como objetivo geral avaliar a economia de combustível pelo
aperfeiçoamento aerodinâmico de três caminhões pesados bitrem, cujas configurações vão
de acordo com as legislações de diferentes países, para comparativo com demandas legais
brasileiras. As duas normas abordadas foram a máxima carga no eixo frontal e o má-
ximo comprimento total do veiculo. Por isso, o foco do estudo foi de avaliar as diferentes
particularidades aerodinâmicas encontradas nos escoamentos dos dois casos estrangeiros
em comparação ao caminhão nacional de referência. Assim, a análise promove avalia-
ção, introdutória, do escoamento sobre veículos a partir da alteração geométrica frontal e
redução do espaço entre carreta e cavalo.
Finalmente, é importante destacar que este estudo é o ponto inicial para uma
análise mais específica da relação entre a geométrica da cabine e o espaçamento do cavalo
e implemento, como forma de melhoria aerodinâmica . Como é apontado nos resultados,
a velocidade do escoamento e o campo de pressões é intimamente ligado a interação do
ar acelerado na parte frontal da cabine e ao ângulo de projeção de separação do teto e
Capítulo 7. Conclusões 69
posterior aderência a carreta. Além de todas as variáveis terem grande influencia a ventos
de guinada e a geometria lateral, sendo necessário também um posterior aprofundamento
através de uma análise tridimensional. Portanto, como complemento do presente trabalho,
a análise em 3 dimensões pode ser realizada, visando a obtenção de resultados mais
precisos e também a adição do estudo da influência de ventos laterias. Outra opção é
o estudo da legislação de outros países, com o intuito de verificar quais outras possíveis
mudanças poderiam ser realizadas em nossa legislação.
70
REFERÊNCIAS
NASA. The Drag Equation. 2018. Acesso em: 11/07/2018. Disponível em: <https:
//www.grc.nasa.gov/www/k-12/airplane/drageq.html>.
A CONFIGURAÇÕES DO SOFTWARE
A.1 MALHA
A.2 CONFIGURAÇÕES