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CENTRO TECNOLÓGICO
COLEGIADO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Vitória, ES
2021
Julia Martins Caldas
Vitória, ES
2021
Julia Martins Caldas
Professor
Convidado 1
Professor
Convidado 2
Professor
Convidado 3
Professor
Convidado 4
Vitória, ES
2021
Agradecimentos
Primeiramente agradeço a Deus, por ter me concedido forças para chegar até aqui
sem nunca pensar em desistir. Mesmo sob toda dificuldade, Deus me levantou, e diante
da dor, tornou-me forte e resiliente. Agradeço à minha família, por ter me ajudado e me
acolhido em todas as circunstâncias, principalmente à minha mãe, que muito orou para que
eu pudesse entrar na universidade, e que sonhou com o momento que eu saísse formada.
Agradeço aos meus amigos da "panelinha da mecânica", que ouviram minhas
lamentações durante esses 5 longos anos, e sempre me encorajaram a dar o meu melhor, e
me consolaram nos momentos difíceis. Sempre serei grata a Deus pela amizade e confiança
que conquistamos.
Também agradeço à Equipe Vitória Baja, por ter me ensinado tanto, dando-me a
oportunidade de crescer a cada dia, tanto no âmbito técnico quanto humano. A experiência
que vivi nessa equipe, está eternizada no meu coração. Uma vez bajeira, sempre bajeira.
Jamais poderia esquecer de agradecer aos amigos e colegas que fiz na VALE, que
me inseriram neste desafio e me motivaram a crescer diante das dificuldades ao longo
do projeto. Também agradeço aos meus orientadores de estágio, Vinícius Frazzi e Carlos
Papa, por tantos ensinamentos e oportunidades. E claro, agradeço ao meu coorientador de
TCC, Daniel Ricas, que muito me ensinou durante longos meses de projeto, e tornou o
trabalho tão divertido e enriquecedor, sempre me ensinando tudo aos mínimos detalhes.
Por fim, gostaria de agradecer ao professor Lucas Campos, por orientar este projeto
e confiar no meu trabalho.
"Onde há variação, existe oportunidade de ganhos"
Donald Wheeler
Resumo
Este trabalho aborda a problemática de desalinhamentos de correia utilizando-se da
metodologia Seis Sigma. A motivação para o projeto é o grande número de paradas
corretivas em usinas de pelotização de minério, onde os transportadores de correia são os
principais ativos que mais falham, com modo de falha de desalinhamento predominante.
Por ser um equipamento que está presente entre todas as etapas de produção das usinas,
seu desempenho é um fator chave para garantir a estabilidade do processo produtivo.
Falhas funcionais em transportadores de correia são problemas que devem ser solucionados
rapidamente, para que haja o retorno de produção.
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2 REFERENCIAL TEÓRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1 Processo de Pelotização do Minério de Ferro . . . . . . . . . . . . . 11
2.1.1 Beneficiamento do Minério . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1.2 Espessamento e Filtragem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1.3 Mistura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.4 Pelotamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.5 Queima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2 Transportadores de Correia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2.1 Funcionamento do Transportador de Correia . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2.2 Principais Componentes do Transportador de Correia . . . . . . . . . . . . 15
2.2.2.1 Estrutura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2.2.2 Correia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2.2.2.1 Tipos de Correia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2.2.2.2 Emendas e Vulcanização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2.2.3 Cavaletes e Roletes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2.2.4 Tambores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.2.2.5 Chutes e Guias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2.2.6 Raspadores e Limpadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.2.2.7 Dispositivos Tensionadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2.2.8 Acionamento, Contrarrecuo e Freios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2.2.9 Chaves de Emergência e Desalinhamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.3 Indicadores de Desempenho de Manutenção . . . . . . . . . . . . . . 22
2.3.1 Disponibilidade Física - DF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.3.2 Tempo Médio entre Falhas - MTBF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.4 Método Seis Sigma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.4.1 Metodologia PDCA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.4.2 Níveis de Complexidade Abordados pelo Método Seis Sigma . . . . . . . . 24
2.4.3 Fases do Projeto Green Belt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.4.3.1 Identificação do Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.4.3.2 Análise do Fenômeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.4.3.2.1 Estratificação do Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.4.3.2.2 Análise de Variação dos Focos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.4.3.3 Análise do Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.4.3.4 Plano de Ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.4.3.5 Verificação de Resultados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.4.3.6 Padronização e Manutenção de Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.5 Método dos Elementos Discretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.1 Identificação do Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.1.1 Estabelecimento da Meta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.1.2 Quantificação dos Ganhos Previstos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.2 Análise do Fenômeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.2.1 Estratificação do Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.2.1.1 Análises das Estratificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.2.1.2 Conclusão das Estratificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2.2 Estudo das Variações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.2.3 Definição das Metas Específicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.3 Análise do Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.3.1 Mapeamento das Causas via FTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.3.2 Levantamento das Causas Potenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.3.3 Priorização das Causas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
3.4 Estabelecimento do Plano de Ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.4.1 Levantamento das Soluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.4.2 Estabelecimento e Comunicação do Plano de Ação . . . . . . . . . . . . . 50
3.4.3 Implantação e Acompanhamento do Plano de Ação . . . . . . . . . . . . . 50
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
4.1 Verificação do Alcance da Meta Geral e Metas Específicas . . . . . 51
4.2 Verificação de Eficácia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
4.3 Quantificação dos Ganhos Reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.4 Padronização e Monitoramento de Desvios . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.5 Fluxo de Ações Corretivas para Recorrência do Problema . . . . . . 55
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
10
1 Introdução
2 Referencial Teórico
2.1.3 Mistura
A partir da polpa retida obtida na filtragem, é feita a adição de aglomerante,
fundentes e, por vezes, combustível sólido. Os fundentes são importantes para conferir
basicidade às pelotas, adequando suas propriedades metalúrgicas, químicas, físicas para o
uso nos autofornos ou reatores de redução direta. A mistura é feita por misturadores, que
são equipamentos responsáveis pela mistura e homogeneização da polpa.
2.1.4 Pelotamento
O pelotamento é a fase na qual são produzidas as pelotas cruas, onde podem
ser utilizados discos ou tambores para a produção, onde os discos de pelotização são os
mais utilizados. O tamanho das pelotas cruas pode ser ajustado, através das variáveis
de controle nessa operação, tais como: taxa de produção, inclinação, velocidade do disco.
Após o pelotamento, obtém-se as pelotas verdas, ou cruas, que antes de entrarem no forno
são peneiradas pela peneira vibratória e classificadas por seu tamanho, onde as pelotas de
tamanho inadequado são retornadas para o início do processo.
2.1.5 Queima
A fase de queima é responsável por conferir à pelota crua suas propriedades de
resistência e dureza. O processo de queima pode ser realizado por três diferentes tipos
de forno de pelotização: forno vertical, forno rotativo de grelha móvel e forno simples de
grelha móvel. O forno simples de grelha móvel é aplicado nas usinas de pelotização que
serão estudadas neste trabalho. Este equipamento possui características como o uso de
diferentes tipos de combustíveis e projetos de queimadores, ótimas condições de queima
para vários tipos de minérios, recuperação do calor sensível das pelotas queimadas, projeto
mais simples, proporcionando a construção de grandes fornos.
Capítulo 2. Referencial Teórico 14
2.2.2.1 Estrutura
2.2.2.2 Correia
Para se ter uma noção completa sobre uma correia transportadora, é necessário
saber como ela é construída, pois isto possibilita avaliar seu comportamento nas mais
variadas condições de operação. A correia é o principal elemento móvel do transportador,
que é basicamente constituída por carcaça/cabos, coberturas de borracha, conforme a
Figura 5.
2.2.2.4 Tambores
Já as guias laterais servem para reter o material na correia depois que este deixa
o chute de carregamento até alcançar a velocidade da correia, vide Figura 12. Também
são utilizadas guias de fundo, que são responsáveis por não permitir o retorno de material
contra o sentido da velocidade da correia.
Materiais transportados com umidade elevada não são normalmente soltos no ponto
de descarga e voltam pelo lado de retorno da correia, empregnando-a. Tal situação provoca
desgaste das partes móveis do sistema. Para evitar que isso ocorra, os transportadores
devem ser providos de sistemas de limpeza que são fabricados especificamente para cada
aplicação. Os raspadores podem conter uma ou mais lâminas raspadoras ao longo da
largura da correia, pressionadas por um contrapeso ou dispositivo pneumático.
Figura 13 – Raspadores
Figura 14 – Limpadores
contato entre a correia e tambor. O acionamento dos transportadores é feito por motores
elétricos ligados a redutores via acionamentos hidráulicos, eletromagnéticos etc. Também
podem ser empregados motorredutores, que são motores já acoplados ao redutor.
Nos transportadores inclinados, quando carregados, a correia tende a recuar se
houver uma parada motivada por uma falta de energia ou um defeito mecânico no sistema
de acionamento. Esse recuo provocará a queda e o empilhamento do material transportado
na área do tambor de retorno, o que acarretará sérios danos ao transportador, além de
uma parada forçada para limpeza, manutenção e consequente perda de produção. Para
evitar tais prejuízos, esses transportadores devem ser providos de contra-recuo, que é um
dispositivo mecânico projetado para operar em uma direção desejada permitindo total
liberdade de rotação ao sistema de acionamento. Dessa forma, se houver interrupção
de energia ou problema mecânico no acionamento, o tambor é imediatamente travado,
impedindo o recuo da correia, (MERCURIO, 2019).
Já o freio, que tem a finalidade de controlar o tempo de parada do transportador,
pode também atuar como contra-recuo. Podem ser eletromagnéticos, eletromecânicos ou
eletro-hidráulicos.
Figura 15 – Chaves
1. Master Black Belt: é o nível de certificação mais alto. Esse profissional está
capacitado para direcionar as estratégias junto ao programa Seis Sigma em uma
organização;
2. Black Belt: nível referente à profissionais com cargo efetivo na hierarquia
da empresa que respondem direta ou indiretamente ao Master Black Belt.
Geralmente ligados à área de gestão da organização, e disponibilizam, preferen-
cialmente, 100% de seu tempo ao programa Seis Sigma;
3. Green Belt: geralmente administradores e engenheiros a nível de supervisão.
Esses dedicam parte de seu tempo (geralmente cerca de 20 a 30% do tempo) a
atividades de melhoria contínua e execução de projetos Seis Sigma;
4. Yellow Belt: profissionais do nível tático da empresa que são treinados nos
fundamentos do Seis Sigma para que possam dar suporte aos Black Belts e Green
Belts na implementação dos projetos. Com uma base teórica não aprofundada
nos conceitos Seis Sigma;
5. White Belt: membros treinados nos fundamentos do Seis Sigma para executar
ações de rotina, de forma a auxiliar os Yellow, Green e Black Belts no andamento
de projetos Seis Sigma dentro da empresa.
Capítulo 2. Referencial Teórico 25
• Já foram utilizadas outras abordagens para solução do problema (por exemplo PDCA,
padronização, 5S, etc.), porém sem sucesso?
• Local: os resultados são diferentes nas diversas unidades? Nos diferentes equipamen-
tos?
foco. A análise de variação dos focos é sustentada por uma série de ferramentas estatísticas,
(WERKEMA, 2014a):
• Histograma
• Boxplot
• Gráfico Sequencial
• Cartas de Controle
• Diagrama de Ishikawa
• Mapa de Processos
• Análise de Regressão
• Tabela cruzada
• Teste de Qui-Quadrado
Com base nessa analogia feita, a equação geral que governa o sistema de elementos
discretos é expressa pela seguinte equação:
M · a + C · v + K · u = ∆F (2.3)
3 Metodologia
Pela Figura 22, pode-se entender melhor o problema, onde foi identificado que o equipa-
mento que apresenta o maior número de paradas corretivas é transportador de correia,
Capítulo 3. Metodologia 31
representando 64% das falhas mecânicas no período e usinas analisados. Sendo, o modo
de falha mais impactante deste equipamento o desalinhamento de correia transportadora,
representando 41% das paradas corretivas mecânica de transportador de correia (Usinas 3
e 4, anos de 2018 e 2019).
Medição Valor
Número de Dados 24
Média 6, 50
Desvio Padrão 4, 26
Mínimo 0, 00
1º Quartil 3, 00
Mediana 6, 00
3º Quartil 9, 00
Máximo 16, 00
Amplitude 16, 00
BMK 0, 00
Para o cálculo da meta, foi utilizado o método da lacuna, conforme (SOUSA, 2018),
que se baseia na redução de 50% da diferença entre a média e o benchmark assumido, que
foi igual a zero paradas, que é o valor ótimo de referência para o caso:
• Dia da semana;
• Horário;
• Letra do turno;
• Fase do Processo;
• Largura da Correia;
• Velocidade da Correia;
• Equipamento.
O próximo ponto analisado foi a faixa de tempo pós manutenção que ocorreram
os desalinhamentos, onde só foram considerados eventos de desalinhamento após paradas
maiores que 10h. Na Figura 28 é perceptível que nas primeiras 24h pós manutenção, tanto
para usina 3 quanto para a usina 4, a incidência de desalinhamentos é maior.
Outro fator analisado foi a fase do processo, na Figura 29. É observado que no
pelotamento e no pátio de pelotas há uma maior incidência de desalinhamentos.
A variação do perfil de carga pode ser observada na simulação feita por elementos
discretos na Figura 34, no transportador 4P24TC, onde a variação da taxa de produção
modifica o perfil de carregamento, observado pelos diferentes ângulos de perfil obtidos na
simulação. Conforme o DCL explicitado na Figura 35, essa variação do perfil de carga irá
causar uma variação no deslocamento lateral da correia, e a cada mudança da taxa de
produção, o desalinhamento é favorecido.
Pela análise do boxplot expressa na Tabela 2 e Figura 37, pode-se observar como
os dados se comportam:
Pela análise via boxplot da usina 3, observa-se que o intervalo entre o 3º quartil e
valor máximo é consideravelmente maior do que o mesmo intervalo observado na usina 4,
com um acréscimo relativo de 2 desalinhamentos/mês. É válido salientar que 25% dos dados
da usina 3 estão distribuídos entre 3 a 7 desalinhamentos/mês, o que difere razoavelmente
da média, que está centralizada em 1,89 desalinhamentos/mês. Assim, pode-se inferir a
presença de causas especiais, que devem ser avaliadas via carta de controle.
O objetivo da carta de controle é identificar se o problema é sistêmico (causas
comuns) ou localizado (causas especiais), de acordo com (WERKEMA, 2014a), visto que
foi observado que 25% dos dados possuem uma grande diferença do valor médio. A carta
X-AM será utilizada, em que ela é um conjunto de dois gráficos que avalia simultaneamente
a locação (carta de valores individuais) e a variabilidade (carta das amplitudes móveis) da
taxa de desalinhamento mensal. Os limites superior e inferior de controle abrange 99,75%
dos dados, definido como a variação natural dos dados em torno da média, de acordo com
a curva de gauss, e pode ser expressa pela relação abaixo:
LSC/LSI = X ± 3 · σ̂ (3.2)
Na Figura 40, pode-se confirmar que os eventos estão fora da amplitude natural de
distribuição estabelecido pelo boxplot. Assim, ambas as causas especiais serão expurgadas
do cálculo de meta específica.
Usina 3 Usina 4
3P14TC 4P4TC
3P16TC 4P16TC
3P14ATC 4P24TC
C
3P14AT
4P4TC
3P14T
3P16T
4P16T
4P24T
4 Resultados
Para que o ciclo PDCA seja seguido, deve-se checar os resultados e agir sobre os
desvios. Assim, os resultados mensais devem ser monitorados a longo prazo, para garantir
a eficácia do projeto e tratar os desvios.
Para verificar a real eficácia do projeto, foi avaliado o alcance das metas específicas,
que foram definidas na sessão 3.2.3.
É possível perceber na Figura 54 que a usina 4 desde fevereiro de 2020 não funciona,
sendo a usina 3 a responsável pela elevação dos valores de desalinhamento no período. É
possível perceber que no período de Abril/2021 a usina 3 funcionou apenas 30% do mês, e
ainda sim não atingiu a meta traçada para a usina 3, continuando a performar mal em
Maio/2021, e melhorando os resultados nos 3 últimos meses.
Assim, é visível que os resultados ainda não estão estabilizados, mesmo havendo
uma significativa diminuição do número de desalinhamentos, comparado aos anos de 2018
e 2019. A diminuição dos resultados pode estar atrelada positivamente aos resultados
obtidos via projeto seis sigma, ou também às paradas de usina ocorridas em 2020 e 2021.
Logo, deve-se continuar monitorando o número de desalinhamentos, e avaliar novamente a
eficácia quando as usinas 3 e 4 estiverem funcionando plenamente acima de 90% ao mês.
Capítulo 4. Resultados 54
5 Conclusão
Referências
CEMA. Transportadores de Correia para Materiais a Granel. 7. ed. S. l.: ABNT, 2014.
Citado 5 vezes nas páginas 10, 15, 16, 19 e 20.
COUTINHO, T. Guia completo para Certificação Seis Sigma. 2020. Disponível em:
<https://www.voitto.com.br/blog/artigo/certificacao-seis-sigma> . Acesso em: 20 junho
2021. Citado na página 24.
HELMAN, H. Analise de falhas: Aplicação dos Métodos de FMEA e FTA. 1. ed. S. l.:
UFMG, 1995. Citado 2 vezes nas páginas 27 e 43.
PAULA, G. B. de. O que é 5W2H: reduza incertezas, ganhe produtividade e aprenda como
fazer um plano de ação. 2015. Disponível em: <https://www.treasy.com.br/blog/5w2h/>
. Acesso em: 05 julho 2021. Citado na página 28.
SOARES, M. Green Belt: Você sabe o que é e qual a sua função? 2021. Disponível em:
<https://www.laboneconsultoria.com.br/green-belt-saiba-o-que-e/> . Acesso em: 12
setembro 2021. Citado na página 24.
VALE. Apostila do Curso Seis Sigma Green Belt. 1. ed. S. l.: VALE, 2020. Citado 3 vezes
nas páginas 25, 26 e 28.