Prof. Me. Sérgio da Silva Kucera, Prof. Dr. Leandro Luís Corso
Universidade de Caxias do Sul
Abril/2020
Figura 2 - Fator de arrasto induzido () vs afilamento () e Figura 5 – Modelamento matemático
alongamento (AR)
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𝑛
𝑛! Figura 6 - Valores médio e mínimo de aptidão por geração
𝑦(𝑡) = ∑ 𝑡 𝑖 (1 − 𝑡)𝑛−𝑖 𝑌𝑖 (2)
𝑖! (𝑛 − 𝑖)!
𝑖=0
• a geometria e os coeficientes aerodinâmicos da asa e dos Após finalização do programa, obteve-se o perfil da asa,
estabilizadores, utilizando a metodologia apresentada por mostrado na Figura 7, e o dos estabilizadores (Figura 8). As
Anderson (2012) para obtenção das características respectivas curvas são apresentadas nas Figuras 9 e 10.
aerodinâmicas de asas finitas a partir dos dados do perfil Observa-se para a asa um perfil bastante arqueado e com um
aerodinâmico, AR e , respeitando as limitações bordo de fuga muito fino, que são características que
geométricas; contribuem para uma alta sustentação, porém que pode
• a polar de arrasto completa da aeronave, conforme Roskam representar dificuldades construtivas. Já para os estabilizadores,
e Lan (1997), somando-se a contribuição da asa e dos observa-se um perfil com uma espessura ligeiramente maior do
estabilizadores horizontal e vertical. A contribuição da que o perfil da asa (tt/c = 15,5%).
fuselagem foi considerada na redução de tração do grupo
moto-propulsor montado na fuselagem, cuja curva foi Nas Figuras 9 e 10 nota-se os pontos de máxima eficiência
obtida em túnel de vento; aerodinâmica de cada perfil, e que a reta imediatamente anterior
• a estimativa de PV em função das razões de massa pela ao valor de cl nesse ponto é a que foi considerada para obtenção
envergadura para asa e estabilizadores, e das massas da do coeficiente angular a0.
fuselagem e dos demais componentes da aeronave, de
acordo com dados experimentais das aeronaves construídas Figura 7 - Perfil aerodinâmico da asa
em 2018 e 2019 pela equipe Aerosul;
• o peso máximo de decolagem (MTOW), a partir da análise
de desempenho da corrida de pista com a utilização de um
método numérico iterativo em intervalos de tempo muito
pequenos, no qual a velocidade e as forças são corrigidas a
cada iteração, conforme apresentado por Gudmundsson
(2014). Após ser encontrado o valor de MTOW que garanta
a decolagem da aeronave dentro do limite de pista, é
verificado se há reserva de potência para que haja razão de
subida (R/C) maior do que 1 m/s nesse instante;
• a CP a partir da diferença entre MTOW e PV.
RESULTADOS
A Figura 6 mostra que o resultado obtido de maior CP foi
atingido após 18 gerações e permaneceu inalterado por mais 30
gerações. Observa-se também que o valor de aptidão médio
Fonte: O autor (2020)
praticamente não variou após a 33ª geração.
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Figura 8 - Perfil aerodinâmico dos estabilizadores Figura 10 - Curvas do perfil dos estabilizadores
Pela Figura 11 observa-se uma CP minimamente decrescente Figura 14 - CP vs para b = 2,65 m, CLlo = 0,7 e AR = 7
de 2 para 2,3 m de envergadura (b), mostrando que o método
foi eficaz em desconsiderar esse ponto ótimo local e buscar o
global em envergaduras maiores. Para as demais variáveis de
controle não observou-se ótimos locais.
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Figura 15 - Aeronave desenvolvida pelo método de otimização ANDERSON, John David. Introduction to Flight. 7. ed. New
York: Mcgraw-Hill,, 2012.
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