Você está na página 1de 15

PROJETO TÚNEL DE VENTO

Everton KOBAYASHI, Marcos COSTAS, Victor ABREU Victor BARROS

Curso de Engenharia Mecânica. ESTÁCIO-IESAM

Av. Governador José Malcher, 1148-66.055-260-Belém-Pa.

RESUMO

Tendo em vista, a importância de estudar o comportamento dos fluidos - em nosso


caso a influência do vento - e mais as observações em sala de aula, os quais os alunos têm um
pouco de aversão a disciplina Mecânica dos Fluidos, por considerá-la complexa. No motivou
a proposta de desenvolver este projeto, que consiste em dimensionar e construir um túnel de
vento com dimensões reduzidas e com baixo custo, a fim de favorecer, o conhecimento
básico, sobre esse equipamento e despertar mais interesse dos colegas, tornado os estudo em
mecânica dos fluidos, mais interessante e proveitoso.

Palavras-chaves: Escoamento, dimensionamento, túnel de vento, construção.

WIND TUNNEL PROJECT

ABSTRACT

In view of the importance of studying the behavior of fluids - in our case the wind influence -
and more notes in class, which students have some aversion to Fluid Mechanics discipline,
considering it complex . In motivated the proposal to develop this project, consisting of scale
and build a wind tunnel with small size and low cost, in order to promote the basic knowledge
about this equipment and arouse more interest from colleagues, making the study fluid
mechanics, more interesting and profitable.

KeyWords: Flow, design, wind tunnel, construction.

1. INTRODUÇÃO

Com a necessidade de melhorar o desempenho de aviões e carros no início do


século XX, no período entre guerras, o estudo da aerodinâmica ganhou grande importância. A
intenção de tal estudo era obter o menor atrito possível com o ar, proporcionando altas
velocidades e menor consumo de combustível (MATOS et al. 2007). Dessa forma surgiu à
necessidade de um equipamento na qual proporcionasse tais estudos, tornando os tuneis de
vento uma poderosa ferramenta no desenvolvimento de projetos com desempenhos melhores.

De modo geral, o túnel de vento é uma ferramenta de pesquisa que, de forma


regular e controlada, serve de instrumento para simular e estudar os efeitos do ar sobre e/ao
redor de objetos sólidos, com objetivo de determinar experimentalmente as condições do
escoamento e medir distribuições de esforços, de temperatura e acompanhamento de
partículas, e outros elementos relevantes do estudo.

Os tuneis de vento apresentam inúmeras configurações para diferentes propósitos.


Alguns possuem dimensões que permitem fazer teste de aerodinâmicos em aviões em
tamanho reais, e outros em escalas bem menores. Dessa forma, existem tuneis com capazes de
simular o comportamento do objeto estudado, em várias circunstância de ambientes
(temperatura, umidade, velocidade do vento, etc.), com análises muito mais sofisticadas
dessas variáveis. Resolvendo dessa forma, vários problemas associados aos efeitos estáticos e
dinâmicos dos fluidos.

1.1 Motivação

O conhecimento e a compreensão dos princípios básicos e dos conceitos da


mecânica dos fluidos são essenciais para análise de qualquer sistema no qual o fluido é o meio
operante (FOX, et al, 2006). Como já citado, os tuneis de vento são amplamente utilizado nos
estudos de mecânica dos fluidos. Dessa forma pode-se afirmar que, o estudo de tuneis de
vento é de grande relevância no currículo acadêmico de qualquer engenheiro.

Tendo em vista, a importância de estudar o comportamento dos fluidos - em nosso


caso a influência do vento - e mais as observações em sala de aula, os quais os alunos têm um
pouco de aversão a disciplina Mecânica dos Fluidos, por considerá-la complexa. No motivou
a proposta de desenvolver este projeto, que consiste em dimensionar e construir um túnel de
vento com dimensões reduzidas e com baixo custo, a fim de favorecer, o conhecimento
básico, sobre esse equipamento e despertar mais interesse dos colegas, tornado os estudo em
mecânica dos fluidos, mais interessante e proveitoso.

1.2 Objetivo
Este trabalho tem por objetivo principal construir um túnel de vento compacto de
baixo custo, para realização de aulas práticas, enriquecendo o processo de ensino-
aprendizagem na engenharia.

2. METODOLOGIA DE PESQUISA

Primeiramente, será realizada uma revisão bibliográfica a respeito dos tuneis de


vento, e por meio dessa análise de literaturas publicadas iremos traçar um quadro teórico e
fará a estruturação conceitual que nos dará sustentação ao desenvolvimento de nosso projeto
de engenharia. Após essas análises, faremos o dimensionamento do nosso projeto, baseados
nos dados obtidos nas literaturase desenvolveremos com auxílio do software Autocad, a
planta esquemática de nosso projeto. Em seguida será feita a escolha e aquisição dos
materiais apropriados, que sejam de qualidade e baixo custo, que propiciarão um projeto
confiável. A partir de então, iniciaremos as etapas de construção do componentes do túnel de
vento, colocando essas etapas em um manual. E por fim serão realizados teste no túnel já
pronto, faremos ainda comparativos de resultados com outros dados de trabalhos já
publicados.

3. REVISÃO DE BIBLIOGRÁFICA

A construção e o dimensionamento de um túnel de vento não segue uma norma


especifica, existindo diversos tuneis de vento, com configurações diferentes em prol de um
objetivo especifico. Alguns dados são preponderantes para determinar a configuração e para o
dimensionamento dos túneis de vento, o que favorece na escolha de um projeto de construção
de um túnel de vento. Esses dados serão abordados a seguir, tendo como principais
referências os trabalhos de Coutinho (2014) e Menezes (2015), Vincensi (2014)

3.1 Configurações

Em Menezes (2015), a classificação pode se dar, de acordo com a velocidade


desenvolvida pelo ar, tipo de circuito e a configuração da câmara de ensaio.

3.1.1. Configuração quanto à velocidade do ar:

De acordo com Fox (2006), o número de March ( Ma) é o parâmetro utilizado para
determinar se o escoamento é Subsónico, Sônico ou Transônico, Supersônico e Hipersônico.
Onde, Ma é a razão entre a velocidade do escoamento do fluido pela velocidade de
propagação do som. De acordo com a equação 01:

velocidade de escoamentodo ar
Ma=
velocidade de propagação do ar

Dessa forma, o escoamento é considerado subsônico quando o número de Ma for


menor que 1. O escoamento transônico, se dar quando o númerofor igual a 1, ou seja a
velocidade do escoamento do ar é igual a velocidade de propagação do som. E supersônico
quando esse parâmetro for maior que 1.Para Ma> 5 o escoamento é considerado hipersônico,
esse comportamento é estudado principalmente na aeronaves militares. Quando Ma> 25 o ar
já se torna um plasma ionizáveis e aeronaves precisam ser selado, ocorrendo em ônibus
espaciais (Vincensi. 2014).

3.1.2. Quanto a sua geometria (Tipo de circuito):

Quanto a sua geômetra basicamente os tuneis de vento são classificados em


circuito aberto e circuito fechado.

Nos túneis de vento de circuito fechado (figura 01) o ar de saída é reutilizado.


Possui vantagens de um melhor controle da qualidade do ar, não existem interferências
externas no ar de entrada ou saída durante todo o circuito e o nível de ruído emitido é
reduzido. Mas como desvantagem, possuem altos custo de fabricação de seus componentes e
precisam de uma área de instalação maior.

Figura 1-Tunel de vento de circuito fechado. Fonte:www.flatout.com.br

Os túneis de vento de circuito aberto, como mostra a figura 01, apresentam uma
configuração mais simplificada quando comparados aos tuneis de vento de circuito fechado.
O ar é utilizado apenas uma vez nos teste, sendo descartado para ambiente. Existem dois
tipos: Tipo Soprador, quando o ventilado está na localizado na entrada do túnel, permite
operar com secção de testes a pressão atmosférica e como vantagem não há a necessidade de
vedação permitindo um fácil acesso à secção de teste. Tipo Sugador, quando o ventilador está
na saída do túnel. É a configuração mais simples de túneis de vento, sendo constituída
basicamente de uma contração na entrada, a seção de testes, o difusor e o ventilador (em geral
axial) succionando o ar. (Menezes, 2015).

Apresentam custo de produção geralmente inferior por apresentarem componentes


menores e ainda apresenta facilidade de construção e acesso a seção de testes. Contudo
possuem alto ruído e deve-se tomar cuidado quanto ao ambiente no qual o túnel será
instalado, para que o fluxo de ar não seja afetado.

Figura 2- Tunel de Vento de Circuito Aberto. Fonte: http://www.heliodon.com.br.

3.1.3. Tipo de secção de teste:

As câmaras de testes podem ser do tipo aberta ou fechada. As câmaras abertas


apresentam perdas de carga muito maiores que as câmaras em configuração fechada,
diminuindo a velocidade do escoamento. Mas apresentam vantagens quanto a menor
complexidade e baixo custo de fabricação.

3.2 Componentes

3.2.1 Secção de testes

A secção de teste é um componente importante dos túneis de vento que


determinará as dimensões dos outros componentes.É o local onde é analisado o escoamento
sobre os objetos estudados. Seu projeto é determinado de acordo com as dimensões dos
mesmos. As paredes devem facilitar a visualização do experimento e manuseio, de modo que
não interfiram no escoamento.

Coutinho (2014), ao analisar o trabalho de Bradshaw e Mehta (2008), diz que as


dimensões e formatos são projetados de maneira que as interferências no corpo de prova
sejam mínimas. Geralmente, o comprimento mínimo necessário para suavizar o escoamento a
níveis aceitáveis deve equivaler a 0,5-3 vezes seu diâmetro hidráulico, mas existem casos
onde são utilizados mais do que três vezes deste diâmetro.

As perdas de carga na secção de teste são consideradas, devido à alta velocidade.


A perda de pressão é calculada pela equação:

n
∆ Ptot =∑ k i qi
i=1

Onde,q i pressão dinâmica local, i varia com cada componente do túnel e k i é o coeficiente de
perda total

L
K i=f
DH

Sendo, L o comprimento do componente a ser analisado, D H diâmetro hidráulico associado ao


comprimento do túnel e f é o fator de atrito, obtido através de formula teórico-experimentais
ou gráfico e uma função do número de Reynolds ( Re ), uma expressão que pode ser utilizada
para determinação de f vem da universal de Prandtl. (Shames 2002)

1
=2 log 10 ( Re √ f )−0 ,8
√f

O número de Reynolds é determinado por:

ρVL
Re =
μ

Onde, ρ é massa especifica, V velocidade do escoamento, L comprimento característico e μ é


a viscosidade do ar ambiente.

3.2.2 Difusor
O objetivo do difusor é reduzir a velocidade a fim de recuperar a altura de pressão
do escoamento. O benefício é significativamente importante, pois uma vez que o ar
proveniente do ventilador, após passar pelo difusor encontra a câmara de estabilização. Dessa
forma, o ar estará mais lento ao encontra as telas de turbulência e as colmeias, o que é
benéfico considerando que a resistência ao escoamento das telas ao fluxo de fluido é
proporcional ao quadrado da velocidade. (Viscensi, 2014).

De acordo com Menezes, 2015, ao analisar o trabalho de Balowet al. (1999),


apresentam a equação para o cálculo do comprimento do difusor ( L D). Essa equação é
facilmente derivada para cones com áreas paralelas de entrada e saída, usando a relação de
área e o ângulo equivalente do cone (Figura 2.22).

[ ]
1 /2
A −1
L D= ( R i )
tan ( θ e )

Sendo:Ri o raio hidráulico na entrada do difusore θe o ângulo de expansão do


difusor.

Figura 3-Geometria de um difusor de angulo aberto e sua notação. Retirado de Menezes, 2015.

3.2.3 Câmara de Estabilização

A câmara de estabilização é composta pela colmeia seguidas das telas de controle


de turbulência. Sua geometria é baseada no comprimento da coméia e no número de telas que
são usadas.

Telas
As telas são utilizadas para a proteção do ventilador, controla a separação do fluxo
do difusor e também é usada para controle de turbulência. As telas instaladas na câmara de
estabilização são destinadas a melhorar a qualidade do escoamento, trabalhando junto com a
colmeias. O espaçamento entre as telas deve ser tal que a pressão estática se recupere da
perturbação causada pela tela imediatamente à montante da seguinte. Mehta e Bradshaw
(1979) sugerem que a distância entre as telas seja de aproximadamente 0.2 vezes o diâmetro
hidráulico (Dhse) da câmara de estabilização. (Menezes ,2014).

Colmeias

Em Coutinho (2014), diz que a colméia é um dispositivo de guia que através pelo
qual os filamentos de ar individuais se tornam paralelos. Em outras palavras a colmeia tem
função de corrigir a direção do escoamento. Existem vários tipos de geometria das colmeias,
as mais comuns são as circulares, hexagonais quadradas e triangulares.

Figura 4-tipos de colmeias mais utilizadas. Fonte: Coutinho(2014).

3.2.4 Cone ou Bocal de Contração

Esse elemento é utilizado para elevar a velocidade do ar, proveniente da câmara


de estabilização para que este chegue à secção de testes de velocidade máxima e reduzir as
variações tanto da velocidade média quanto da sua flutuação ao longo do tempo, para uma
dada seção transversal.

A razão de contração (c), definida como a relação entre a área de entrada e de


saída da contração, é parâmetro necessário para alcançar esses efeitos. Em Menezes (2014),
citando os trabalhos BRADSHAW e PANKHURST, 1964; MEHTA e BRADSHAW, 1979;
BELL e MEHTA, 1988, diz que razões de contração entre 6 e 10 foram encontradascomo
sendo mais adequadas para a maioria dos túneis de vento de baixa velocidade. O limite
superior de c é geralmente limitado pelo máximo comprimento da contração ou pela máxima
distancia aceitável entra a linha de centro do túnel e o piso.
Pode-se projetar uma contração utilizando funções polinomial ou “a olho” como
citam alguns pesquisadores da área. Como exemplos do primeiro tipo, tem-se o túnel de vento
AMES da Aeronáutica Nacional e Administração do Espaço (NASA) e o túnel instalado no
renomeado Imperial CollegeofLondo. Como exemplo do segundo tipo, existem outras duas
contrações também presentes no túnel AMES. (Vincensi, 2014).

3.2.5 Ventiladores

O ventilador deve atender a demanda do sistema, superar as perdas geradas em


cada componente, dessa forma a fornecer a vazão esperada. Desse modo, para encontrar a
potência a ser consumida pelo ventilador deve-se primeiro calcular a perda de carga total
gerada no túnel de vento. Geralmente se utilizam ventiladores centrífugos ou axiais nos casos
de túneis de vento subsônicos.

4. PROJETO DO TÚNEL DE VENTO

A partir das configurações estudadas na revisão bibliográfica, escolhemos para o


nosso protótipo, um túnel de vento tipo soprador, com câmara de teste aberta, subsônico.
Como nosso objetivo é fazer um túnel de vento compacto e didático, as dimensões não são de
acordo com as literaturas analisadas, para quais oferecem um escoamento ideal. Porém
projetamos os componentes buscando um escoamento satisfatório para analises de pequenos
objetos, levando em consideração cada efeito dos componentes.

4.1 Dimensionamento dos componentes

De acordo com a literatura, as dimensões dos túneis de vento dependem do


tamanho da câmara de teste, ou seja, depende das dimensões do objeto a ser estudado. Outro
parâmetro importante a ser considerado para o inicio do dimensionamento, é a razão de
contração (c). Com esses dois parâmetros, é possível determinar as dimensões dos outros
componentes do túnel.

4.1.1 - Secção de Teste

Determinamos uma área de seção transversal da secção de teste de 30x30 cm²,

com comprimento 1,5 vezes o diâmetro hidráulico (45 cm), pois de acordo com a literatura, o
comprimento pode variar até 3 vezes o diâmetro hidráulico da câmara de teste, sem que

ocorra perda de carga significativa.

4.1.2 – Contração

A área de entrada da contração é a mesma da câmara de teste. A área de saída


depende da razão de contração. Escolhemos uma razão de contração de aproximadamente 2,
devido ao nosso objetivo de chegar ao túnel de vento com dimensões reduzida. Temos clara
noção de esta razão de contração não é indicada pela literatura, porém de acordo com os teste,
o escoamento apresentou-se satisfatório. A curva foi determinada “a olho”, pois considerando
nosso objetivo não é necessária uma curva ideal, utilizando a equação de grau 5. O
comprimento utilizado na contração foi de 60 cm, que está dentro da relação abordada na
literatura.

4.1.3 – Câmara de Estabilização

A área de seção transversal, é a mesma da entrada da contração. Com 50x50 cm².


Levando em consideração nossos objetivos, optamos por colocar uma telas de aço
galvanizado, com distância entre fio de 4 mm, de seção quadrada, afim de favorecer o
escoamento. Na colméia, utilizamos canudinhos, a fim de baratear o custo, com diâmetro
igual a 6 mm com comprimento de 21 cm. Dividimos o canudinho em três partes iguais,
obtendo um comprimento de colméia aproximado da qual é determinado pela literatura.
Assim, a distância entre a tela foi de 14,6 cm, o comprimento da coméia de 6,4 cm, utilizamos
o mesmo comprimento da distância entre a colmeia e tela, para a câmara de acomodação

4.1.4 – Difusor

Escolhemos para a relação do ângulo de expansão do difusor de 2 θ =20º, o


comprimento foi determinando, de acordo com a característica do projeto, 25 cm, sem perda
significativa de efeito deste elemento. A área de entrada do difusor, dependeu do diâmetro
hidráulico da saída do ventilador, de aproximadamente 30 cm.

4.1.5 – Ventilador

Utilizamos como nosso sistema de propulsão, um exaustou axial, da marca


TRON, diâmetro de 30 mm, 127/220 V, com potência de 60/70 W, de 60 Hertz, presente no
domicilio de um dos membros de nossa equipe. As dimensões estão representadas na figura a
seguir:

Figura 5-Dimensões do Túnel de Vento.

4.2 – Construção do Túnel de Vento

A construção do túnel, foi sendo executado em etapas de acordo com os


componentes. As ferramentas e espaço para a construção do túnel, foram concedidos pela
empresa MONTEC, localizada na rua Gaspar Dultra,nº 82, bairro do Tapanã.

Iniciamos a construção do projeto, com a seção de teste, utilizamos compensado


com 6mm de espessura, e um pedaço de 20x40 cm², de acrílico incolor com espessura de 4
mm. O acrílico, também, conseguimos na residência de um dos membros da equipe.

Em seguida, construímos o difusor. Utilizamos um molde de papelão para


desenhar sobre a folha de compensado. Após os cortes, fixamos com pregos de 1/16”.

Em seguida, partimos para a construção da contração. Foi o elemento mais


complicado de se fazer, devido a curvatura presente no mesmo. Foi utilizado folha de
compensado de 6 mm de espessura. Utilizamos um molde de papelão, para desenhar as curvas
na folha de compensado. Cortadas as laterais da contração, confeccionamos três “garras” de
chapa de ferro (as quais fora reutilizadas na confecção dos flanges), com diferentes tamanhos,
com intuito de manter as laterais, com a curvatura desejada e fixar uma as outras, com pregos
de 1/16”, com distância entre pregos de aproximadamente 5 cm. Feito isso, mantivemos com
as garras de um dia para o outro, para que a madeira, se mantivesse na curvatura desejada,
afim de diminuir a força de tração sobre os pregos utilizado na fixação.
Na construção da câmara de estabilização, fizemos uma caixa com as dimensões
já especificadas, após isso elaboramos um molde de seção quadrada, para anexar a tela à caixa
fixando com arrebite de 3 mm. A coméia, como já discutido, fizemos de canudinho, anexados
utilizando cola plástica de secagem rápida.Como mostra a figura a seguir:

Figura 6-Colméia feita de canudinhos.

Para o exaustor, confeccionamos uma caixa de seção quadrada de compensado,


para facilitar o encaixe no difusor. E um molde de chapa de ferro para anexar o exaustor á
caixa, utilizamos arrebites de 3 mm para anexar.

Para juntar os componentes, seriam utilizado flanges de madeira, porém foram


utilizados 8 flanges de chapa de aço, pois as mesmas foram doadas pela empresa
MONTEC, as quais eram sobras presente dentro da oficina da mesma. Utilizamos arrebites
de 3 mm, para fixar os flange no compensado. Para juntar os componentes, utilizamos um
total de 26 parafusos sextavados de 1/4 “.

Por últimos, para o acabamento foram utilizados, massa plástica, afim evitar
fuga de ar pelas junções, e tinta da cor branco-neve. O resultado, é mostrado na figura que
segue:
Figura 7- Resultado final do projeto.

4.3 – Orçamento

Devido o espaço e ferramentas, mais as chapas de ferro, cedidas pela empresa


nosso orçamento se restringiu basicamente apenas ao material necessário para a construção do
túnel. Não foi necessário recorrer, a mão de obra terceirizada. Toda a montagem foi feita
pelos membros da equipe. Nosso orçamento teve um orçamento total de materiais de 285,85.
Os detalhes estão presentes na tabela a seguir:

PRODUTO QUANTIDADE VALOR (RS)


ARRUELA LISA 1/4" 52 4,95
PARAFUSO SEXT 1/4X1/2" 26 4,20
BROCA AÇO 6,5 mm 1 7,10
PORCA SEXTAVADA 1/4" 26 1,80
MASSA PLASTICA 500 g 1 8,40
FOLHA DE COMPENSADO 2 94,00
TINTA BRANCO-NEVE 2 29,80
CANUDINHO 140 g 10 56,00
LIXA 60 MADEIRA 2 0,80
lIXA 80 FERRO 2 0,80
ARREBITE 3mm 116 17,00
PREGO 1/6", 1/2 kg 1 4,50
COLA ADESIVA 230 ml 5 32,50
TELA 1X1m² 1 24,00
TO
TAL: 285,85

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse projeto representou pra nós uma nova experiência no curso de engenharia.
Tivemos que nos deparar com situações e problemas ao longo das etapas, que nos fizeram
buscar soluções e tomar decisões rápidas. O trabalho em equipe foi fundamental para o
resultado do projeto.

O nosso principal objetivo foi alcançado, que foi construção um túnel de vento
compacto. Claro, temos consciência de que as dimensões do projeto não apresentam uma
configuração adequada de acordo com literatura. Porém, as configurações determinada no
dimensionamento desse projeto, apresenta um escoamento satisfatório, quanto a análise
didática de pequenos objetos, o qual também é um dos nossos objetivos.

A nossa intenção não é parar por aqui, pesamos em executar um novo projeto,
uma continuação podemos dizer - afinal, esse projeto nos proporcionou uma boa
fundamentação teoria a respeitos do túneis, e também ao dimensionamento dos mesmo -
buscando uma configuração adequada seguindo de acordo com a literatura, aliada a um
conjunto de instrumentação, afim de estabelecer várias configurações, como pressão e
velocidade do túnel de vento, para similar de maneira mais precisa, as diferentes exigência
dos objetos estudados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COUTINHO, Felipe R. Projeto de um Túnel de Vento do Tipo Soprador. DEM-POLI-


UFRJ. Rio de Janeiro. RJ. 2014.

FOX, Robert W.; MCDONALD Alan.T.; PRITCHARD, Philip J. Introdução à mecânica dos
fluidos. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

MATOS, Cynthia Casagrande; BOTELHO, Róber Dias. A influência da aerodinâmica no


design. Disponível
em:<fido.palermo.edu/servicios_dyc/encuentro2007/02_auspicios_publicaciones/actas_diseno/
articulos_pdf/A4064.pdf>. Acesso em: 23 de Abril de 2015.

MENEZES, Ronaldo S. J. Projeto e Construção de um Túnel de Vento Subsônico de


Circuito Aberto. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade de Engenharia Mecânica.
UFPA, Belém PA, 2015.
SILVA, Jairo W. S, et al.Túnel de Vento de baixo custo para atividades acadêmica do
curso de engenharia mecânica. UFAM, Programa de Extensão em Saneamento no
Amazonas. Anais do CONBENGE. Gramados- RS, 2013.

SHAMES, I.H. Mechanics of Fluids. 3ª ed. MecGraw-hill, 1992.

VINCENSI, Augusto. Dimensionamento de um Túnel de Vento Subsônico. Trabalho de


Conclusão de Curso. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio grande do sul –
UNIJUÍ. Panambi - RS. 2014.

Você também pode gostar