Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Montes Claros, MG
25 de Março de 2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 2
MATERIAIS 6
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 7
RESULTADOS 9
CONCLUSÃO 27
REFERÊNCIAS 27
1
1. INTRODUÇÃO
Misturas que contém partículas sólidas, e que no meio há fluidos, são extremamente
comuns de serem encontradas nos processos industriais, e na rotina das fábricas. Por isso,
faz-se necessário estudar, entender e desenvolver técnicas de separação dos materiais, com o
intuito de aprimorar os processos e aumentar a eficiência maior na separação dos
equipamentos.
2
2.1 - Formulação Matemática
(1)
(2)
onde Qp é a vazão volumétrica de sólidos.
A fração da área transversal disponível do tubo para o fluxo de gás é pode ser
assumida como a mesma fração de volume ocupada pelo gás, isto é, a porosidade ou fração
de vazios (ε). Logo, fração da área do tubo disponível para o fluxo de sólidos é, portanto, um
menos a porosidade. Sendo assim, as velocidades são respectivamente:
(3)
(4)
(5)
3
(6)
2.2 - Ciclone
4
Figura 2 - Funcionamento do Ciclone
5
Fonte: UFSC, 2012.
3. MATERIAIS
6
Sendo composto por dois ramos, ramo pneumático para análises de Câmara de
sedimentação e o ramo pneumático para análises de ciclone. Ele permite trabalhar em circuito
aberto ou fechado, é um Circuito pneumático, com dutos de diâmetro interno igual a 76 mm,
possuindo dois ramos.
Constituído por:
● Painel de Comando elétrico e pneumático;
● Medidores de vazão (dois Ventures iguais);
● Manômetros de tubo U inclinados, para cada Ramo pneumático;
● Soprador centrífugo;
● Câmara Gravitacional;
● Carvão ativado;
● Bandejas plásticas;
● Ciclone;
● Filtro de manga;
● Frascos coletores de fundo do Ciclone e da Câmara gravitacional.
● Silo e Sistema de Alimentação de sólidos;
● Sistema de Realimentação (Reciclo) de sólidos;
● VB1- Válvula para o Ramo pneumático da Câmara gravitacional e
● VB2- Válvula para o ramo pneumático do Ciclone.
● Termômetro;
● Balança;
● Cronômetro;
● Jogos de peneiras (quando possível);
● Sintéticos que seguem com o equipamento: pellets de PE (polietileno) e PS (po-
liestireno não expandido);
● Particulado (farinha de mandioca).
● Ciclone
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
7
4.1.1 - Calibração da alimentação
Para esse procedimento foi pesado uma massa de 300 gramas, setado um valor para
alimentação e para a exaustão e alimentado o reservatório com carvão ativado com a massa
separada. O material foi circulado em todo o sistema até que toda a massa fosse
completamente consumida pela fonte de alimentação. A massa final presente no tubo de
coleta presente no underflow do ciclone foi coletada, pesada, e após, realizada análise
granulométrica pelo sistema Tyler. Vale ressaltar que foram observadas variações de pressão
nos manômetros.
8
módulo por completo. Ou seja, todo o material particulado foi alimentado e passou pelos
venturis, e pelos equipamentos de separação, que neste caso são o ciclone e a câmara
gravitacional. Todo material coletado nos underflows de ambos os equipamentos foram
realimentados no sistema, e os grânulos mais finos foram coletados no mangote. Essa análise
foi realizada de forma qualitativa.
5. RESULTADOS
9
EXP. 3 3,218 7,370 9,034 10,03
Por sua vez, os dados das tabelas 3 e 4 a seguir apresentam a massa de pellet rosa
adicionado e a vazão mássica de alimentação em função de cada intensidade aplicada à
válvula de alimentação, respectivamente.
10
● Calibração e Verificação do Equipamento
Antes de dar início aos experimentos, foi necessário verificar a vedação completa do
equipamento com o intuito de detectar alguma vazão de ar ou montagem incorreta do mesmo.
Além disso, realizou-se a calibração da rosca de alimentação para correto ajuste de dados. As
curvas de calibração seguem dispostas nas figuras abaixo:
11
Figura 2: Curva de calibração para os pellets rosa.
0 0,00
2 0,12
4 1,33
6 2,59
8 3,86
12
10 4,58
● Eficiência do Ciclone
material)
sistema (g)
● Análise Granulométrica
As peneiras utilizadas possuem uma determinada abertura, para cada tipo e para cada
quantidade de mesh que possuem. A tabela abaixo apresenta a relação peneira e abertura de
cada mesh.
4 4,77
13
6 3,36
10 1,68
14 1,19
20 0,84
25 0,71
35 0,42
60 0,25
Faz-se necessário dispor o sistema Tyler e o diâmetro médio das partículas naquele
determinado intervalo de peneiras.
14
Sistema Tyler Abertura
média da
peneira (mm)
+4 4,77
-4+6 4,07
-6+10 2,52
-10+14 1,43
-14+20 1,02
-20+25 0,77
-25+35 0,57
-25+60 0,33
-60 0,25
15
8,000 418,07 422,20 427,68
16
13,000 8,75 16,22 1,33
Também pode-se expressar a relação das peneiras com a fração mássica retida em
cada uma delas, bem como a distribuição dessas frações em função do diâmetro médio das
partículas.
SOMA 1 1 1
17
Os gráficos abaixo são referentes à distribuição dessas frações em função do diâmetro
médio das partículas.
18
Figura 5: Distribuição de frações em função do diâmetro para o experimento 3.
19
Figura 7: Distribuição de frações acumuladas do experimento 2.
20
Após essas análises é possível adaptar os resultados nos modelos para as distribuições,
a começar pelo modelo RRB, para as três massas utilizadas durante o experimento.
21
Figura 11: Modelo RRB para a amostra 3.
Para o modelo GGS a adaptação dos dados pode ser identificada nos seguintes
gráficos.
22
Figura 13: Modelo GGS para a amostra 2.
23
Figura 15: Modelo Sigmóide para a amostra 1.
24
6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
25
Por fim, foi avaliado o funcionamento do módulo experimental tento o sistema de
corrente de reciclo e retroalimentação. A avaliação nesta etapa foi somente qualitativa, não
tendo sido observados diretamente os dados experimentais que haviam sido observados
anteriormente. Nesse caso, pudemos observar que, a maior eficiência de coleta e separação
das partículas se dá com a utilização simultânea do ciclone e da câmara de poeira, visto que
todas as partículas mais grossas que não são coletadas pelo ciclone (underflow), na corrente
de recirculação, acabam sendo alimentadas na câmara de poeira. Dessa forma, temos uma
fração mais fina separada e coletada no ciclone (overflow), e três outras frações distintas
coletadas na câmara de poeira, variando cada uma conforme o diâmetro da fração coletada.
Avaliamos também que a perda de carga do sistema é menor quando é aplicada a
corrente de reciclo, isso se dá justamente porque há uma melhor distribuição do material
particulado ao longo dos dois processos de separação, e porque acabamos por não ter tão
significativamente o fenômeno de estanqueidade do ciclone, as partículas dos underflow são
coletadas e enviadas ao processo posterior, havendo menor abrasão e menores perdas devido
ao acúmulo de material dentro da tubulação do módulo utilizado.
Vale ressaltar que o módulo experimental utilizado apresenta diversas outras
possibilidades de análises relativas à eficiência da separação do material utilizado que, devido
a questões operacionais não foram abordadas neste trabalho. Vale destacar por exemplo,
como a influência da velocidade do fluido que carrega as partículas irá influenciar na
eficiência de coleta, comparado cada sistema de separação separadamente e também
trabalhando paralelamente; a influência da velocidade do fluido enquanto um fator que possa
contribuir com as perdas observadas e no próprio fenômeno de estanqueidade observado no
ciclone, bem como as velocidade de entrada e saída do ciclone e a velocidade ótima para
separação efetiva do material considerando determinado diâmetro de corte, entre outros.
Na análise granulométrica, percebe-se que as partículas presentes nas amostras,
apresentam distribuições similares, diferenciando entre si em pequena proporção, portanto,
infere-se que de uma forma geral as partículas possuem não somente características, mas
comportamentos similares.
Os modelos de distribuições também tiveram alguns comportamentos semelhantes
quando compara-se em termos do coeficiente de determinação (R2) das regressões lineares
dos três modelos que adaptaram-se neste experimento. O modelo GGS foi o que apresentou
uma pior adaptação aos resultados , com o R2 médio de 0,81 para as três amostras. O modelo
RRB ficou como o segundo que melhor se ajustou aos com valores experimentais, com um
R2 médio apresentado de 0,92, e o modelo que melhor adaptou foi o modelo sigmóide, com
26
um R2 médio de 0,94. Para ambos os modelos a amostra que melhor se ajustou foi o
experimento 2, isso pode se dar à possibilidade de que essa amostra tenha uma distribuição
mais uniforme, ao se comparar com as outras amostras.
7. CONCLUSÃO
Nesta prática foi abordado a análise completa de um ciclone, desde a calibração até a
análise granulométrica, onde a calibração realizada e representada nos gráficos, mostraram
uma ótima adequação à curva projetada, na qual conclui-se que o equipamento de
alimentação possui uma ótima coerência no seu funcionamento em diferentes intensidades.
Através desta prática também foi possível observar e obter os parâmetros essenciais
para avaliar a eficiência do ciclone, como também as quedas de pressões e análise
granulométrica. Verificou-se que a eficiência real do ciclone se situa acima dos 99%, o que
indica um ótimo trânsito das partículas pelo meio, não sendo a perda de material um fator de
preocupação do sistema. Nas análises granulométricas, o alto coeficiente de determinação
para ambas as amostras, na avaliação sigmóide, indica uma adequação do procedimento a tal
modelo, na qual valida o processo.
8. REFERÊNCIAS
DENADAI, J. Operações unitárias I. Escola técnica Estadual Tiquatira: São Paulo, 2013.
Disponível em:http://www.profjuarezdenadai.yolasite.com/resources/Apostila.
Acesso: 20/03/2022.
FOUST, A.S., WENZEL, L. A., CLUMP, C.W., MAUS, L., ANDERSEN, L.B. Princípio
das Operações Unitárias. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois, 1982.
27